Liberté, égalité et médiocrité

Mostre seus textos, troque idéias e opiniões sobre poesias.

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Liberté, égalité et médiocrité

Mensagempor Tybert em 20 Mar 2008, 11:17

Viva a poesia ácida
a poesia diarréia
a poesia tapa na cara
e a poesia que vá pro inferno.

Viva o novo dia
a cidade poluída
as pessoas alheias
e as putas de esquina

Viva a supervisão de conteúdo
e suas magníficas tentativas de nos transformar em toupeiras tão lerdas quanto eles mesmos
Viva também a inquisição burra
quem não tem conhecimento, mas um monte de preconceito.

Caso viva, morra logo
dia após dia
vire outra pessoa
porque autenticidade não serve aqui.
Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?
— O que eu vejo é o beco.
(Manuel Bandeira - Poema do Beco)
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Mensagempor Cyrano em 20 Mar 2008, 13:34

Tybert,

Suas palavras são ásperas, e muitas vezes me soam carregadas de ódio. Lê-las é quase como sentir alguém esfregar uma lixa na nossa cara. São críticas bem ferrenhas e muitas vezes totalmente direcionadas. Seria o novo "Boca do Inferno"? Entretanto, acho que essa é mesmo sua intenção. Ou estou errado?

Parabéns!

Grande abraço
Cyrano
 
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Mensagempor Tybert em 20 Mar 2008, 23:50

Na verdade eu e o Gregório (se é a ele que você se refere) talvez até possamos ter alguns objetivos em comum, mas usamos meios diferentes. E não, meu objetivo nunca foi ser ninguém além de mim mesmo, por pior que isso possa ser.

Além disso, eu escrevo somente sobre idéias e sentimentos, nunca obras dedicadas a alguém em específico (se o fosse, provavelmente eu enviaria somente a essa pessoa, embora isso não seja muito do meu feitio).

No mais, obrigado pelo comentário.
Abraço.
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Mensagempor Sr.Personna em 22 Mar 2008, 18:39

Até Renato Russo já fez isso.
Lembra-me muito a música "Perfeição"
Mas também há algo do manifesto antropofágico.
Originalidade? Bom... não nenhuma. Mas esse possui algum ritmo truncado que caiu bem ao tema.
Repetiu o que já tantas foi dito e sem nenhuma inovação estética relevante.
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ou se deixa chicotear!"
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2) Sempre que lembrar do Jogo, você perde.
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Mensagempor Mirallatos em 24 Mar 2008, 12:18

"Porque pelo bem destes bons germes
não quebremos valiosos protocolos,
coma mais merda e cague seus miolos!
"

Acho que não é bem o conteúdo. Poesia per si j já é passiva quanto às opiniões a ela dirigida, não importando qual foi a intenção do autor. Adicione aí a imprevisibilidade da gama de leitores, a formação individual e valores de cada um...note que a vontade e concepção da maioria normalmente prevalece, quer seja certa ou não.

Sr.Personna
Mas também há algo do manifesto antropofágico.


É como eu disse no comentário ao "meu anjo" , as contra-partes se devoram.
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Mensagempor Elara em 24 Mar 2008, 14:38

De certo modo, concordo com a opinião do Personna. Embora cada expressão seja única, digna de sentido próprio.

Chero!
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Mensagempor Cyrano em 24 Mar 2008, 15:09

Tybert escreveu:Na verdade eu e o Gregório (se é a ele que você se refere) talvez até possamos ter alguns objetivos em comum, mas usamos meios diferentes. E não, meu objetivo nunca foi ser ninguém além de mim mesmo, por pior que isso possa ser.

Além disso, eu escrevo somente sobre idéias e sentimentos, nunca obras dedicadas a alguém em específico (se o fosse, provavelmente eu enviaria somente a essa pessoa, embora isso não seja muito do meu feitio).

No mais, obrigado pelo comentário.
Abraço.

Hummm...

Talvez não a alguém específico, mas a um grupo, um tipo de pensamento, algo do gênero. Foi o que quis dizer quando escrevi "específico".

Abraços!
Cyrano
 
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Mensagempor Sampaio em 25 Mar 2008, 19:28

Originalidade? Bom... não nenhuma. Mas esse possui algum ritmo truncado que caiu bem ao tema.
Repetiu o que já tantas foi dito e sem nenhuma inovação estética relevante.


Vale lembrar que o mesmo poderia ser dito com relação a qualquer um de seus escritos, Personna.

Logo não é uma crítica pertinente. Vc só achará algo de novo por aqui se por algum acaso a Spell for o palco dos traços de algum futuro gênio.

O poema do Tybert está no mesmo nível da maioria dos poemas dos que postam regularmente, mas é um tanto mais interessante por ser diferente da maioria deles.

Parabéns Tybert! Mensagem passada, vísceras vomitadas no papel.
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Mensagempor Sr.Personna em 25 Mar 2008, 20:01

Sampaio,

Claro que não, você recortou justamente meu flerte.
Leia o restante sim? Talvez ignore o valor do movimento antropofágico, mas eu não.
Falta de originalidade? Claro! Peco muito desse mal, nenhuma inovação estética relevante? (bom discordo...)
Mas que venho tratar aqui é de mostrar ao nosso amigo que ele pode melhorar e que estudar um bocado não faz mal.
Tybert parece que se considera sim um gênio. Não precisa aprender mais nem discutir o caráter estético de sua obra.
Não, os poemas dele não estão ao mesmo nível. Aqui há de toda sorte de poetas e poemas. Mas não há quem eu não critique, aponto os problemas da mesma forma que espero que apontem em meus textos.
Engraçado como só comentou nos posts de nosso querido amigo Tybert, apareceu por essas bandas só para defendê-lo? Comente um pouco nos demais, todo mundo merece um pouco de sua boa crítica
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Mensagempor Sampaio em 25 Mar 2008, 21:20

Claro que não, você recortou justamente meu flerte.
Leia o restante sim? Talvez ignore o valor do movimento antropofágico, mas eu não.


Sim Personna, é natural que eu recorte a parte que pretendo criticar. E o fato de discordar sobre a relevância de se apontar originalidades ou não, não tem a ver em absoluto com valorizar ou não o movimento antropofágico (que eu valorizo). Bem da verdade não consigo ver ao certo a relação que fez entre ambos, ou como falhou em perceber que criticar um de seus comentários não dá xeque de valor nos demais.

Mas que venho tratar aqui é de mostrar ao nosso amigo que ele pode melhorar e que estudar um bocado não faz mal.


E eu não poderia concordar mais, e teria sido ótimo se tivesse dito isso, mas não disse.

Tybert parece que se considera sim um gênio. Não precisa aprender mais nem discutir o caráter estético de sua obra.


Talvez seja aqui o principal ponto que discordamos.
Não vejo pretensão nos escritos ou na fala do Tybert. O fato de escrever sobre rupturas ou raiva contra uma estética pré-definida, não quer dizer que ele se considere acima destes. Ao meu ver, quer dizer apenas que não lhe agrada as normas e burocracias (ao menos não lhe agrada naquele segundo em que esta escrevendo o poema) e derruba isso sobre a escrita, já que a poesia é a própria forma que ele expressa isso.

Oras, poderia ser interessante, mas não seria a mesma coisa escrever um manifesto contra contra as normas de uma maneira regrada e parnasiana.

Se ele de fato tiver a pretensão de ser um grande poeta, ou sequer um POETA, concordo que ele deve estudar bastante. Mas enquanto escrever como um poeta pessoal, um poeta pra ele mesmo, uma pessoa que arrisca versos, uma pessoa que quer se expressar e os coloca em forma de poesia, acho seus escritos muito válidos.

E como observei, talvez eu esteja superestimando o Tybert ou subestimando os demais, mas acho que seus escritos não destoam, em termos de qualidade, da maioria dos demais que leio por aqui.
Mas repito que é mais atrativo por ser diferente. Cansa bastante ler coisas uma atrás da outra na seção.

Engraçado como só comentou nos posts de nosso querido amigo Tybert, apareceu por essas bandas só para defendê-lo?


Não não, li quase todos da primeira página da seção. No entanto não tinha nada de interessante a comentar sobre os demais. No caso destes que comentei, senti necessidade de refuta-lo, já que discordo radicalmente do que dizia e ninguem ainda havia se manifestado contra.
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Mensagempor Elara em 26 Mar 2008, 17:03

E como observei, talvez eu esteja superestimando o Tybert ou subestimando os demais, mas acho que seus escritos não destoam, em termos de qualidade, da maioria dos demais que leio por aqui.
Mas repito que é mais atrativo por ser diferente. Cansa bastante ler coisas uma atrás da outra na seção.


Não é bom avaliar o todo pela média. O que é atrativo ou não depende do gosto estético de quem está lendo. Então, os poemas deste autor podem ser atrativos para uns e chatos para outros, o que não tira o valor da sua obra, assim como não tira o valor das demais obras que se encontram nesta seção. Portanto, não existe o
mais atrativo por ser diferente
, e sim o gosto pessoal.

Precisamos discutir as obras, e não ficar debatendo sobre gostos estéticos pessoais.

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Mensagempor Dahak em 26 Mar 2008, 19:53

Lembrou-me muito um trabalho do Gregório, mas que agora o título me fugiu.

Falando sobre obras dedicadas, Tybert, por ventura você conseguiu, caso tenha feito, entregar alguma ao devido destinatário?
Perdi as contas de quantas vezes eu escrevi mas não enviei...

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Mensagempor Tybert em 26 Mar 2008, 20:08

Na verdade eu nunca terminei uma obra dedicada.

No meio do processo sempre me parece que não vale a pena. Que a própria obra já vale muito mais que a dita pessoa, então de fato, não fui capaz de produzí-las.

(entenda, eu tenho menos vocação ainda pra escrever coisas bonitinhas e positivas. Então escrever para alguém que gosto fica difícil)
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Mensagempor Dahak em 26 Mar 2008, 22:08

Entendo.
É bem complicado escrever direcionado a alguém.
Pode funcionar como um grande propulsor de idéias, tão grande que pode até nos atrapalhar. O último dessa maneira que tentei produzir caiu nesse caso "/

Há também aquela péssima sensação de não achar palavras "dignas", o que pode ser tão frustrante quanto achar palavras demais. Sofro muito desse mal também "/


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Mensagempor Tybert em 26 Mar 2008, 22:18

Se eu escrevesse algo realmente coerente com a minha visão e meu lirismo sobre alguma garota que eu gostasse, possivelmente ela nunca mais me olharia na cara. :P

Essa é a desvantagem em relação aos poemas bonitinhos e rimadinhos. Não que eu os inveje, também. :P
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