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Mensagempor Torneco em 14 Mar 2009, 21:39

Assisti o filme hoje. Realmente, achei que foi um ótimo trabalho, acho que estou começando a achar que esse diretor deveria fazer parte de mais adaptações de quadrinhos, pois ele parece saber fazer o trabalho direito. Primeiro 300 e agora Watchmen, e os dois trabalhos ficaram muito bons. Não são obras primas, mas, são trabalhos muito bons e que valem realmente a pena serem assitidos.

Achei a trilha sonora meio estranha, mas, como cometado acima, parece que foi uma boa escolha. Achei algumas cenas de ação um pouco exageradas, assim como achei que o Homem-Coruja acabou parecendo um pouco mais violento que na HQ, apesar de não ter gostado disso, achei válida a idéia pelo menos para o filme. Tbm achei que o Homem-Coruja podia parecer mais gordinho...

Claro que, na adaptação dos quadrinhos pro cinema algumas partes tiveram que ser mudadas, senti um pouco de falta do jornaleiro e do leitor dos gibis, além de alguns plots menores, mas, gostei de ver pelo menos a aparição deles perto do final, é bom quando colocam esses tipos de referências. As mudanças mais relevantes ao plot central acabaram ser acertadas.

SPOILER: EXIBIR
Creio que o plano do Ozzymandias no filme faz mais sentido do que o dos quadrinhos, é mais fácil ter medo de um Dr. Manhattan do que de um monstro interplanetário que morreu ao chegar nessa dimensão. Sem falar que o ataque foi a várias cidades do planeta e que é muito mais fácil aceitar a construção de bombas de radiação manhattiana do que um et enorme com ataque psiquico.


Val e mencionar que o Rorshach ficou ótimo, tanto na interpretação quanto na aparência do personagem. Gostei tbm do Comediante, e achei que o ator do Ozzy no final não conseguiu passar bem aquela sensação de agonia e arrependimento que ele sentiu por ter matado muitas pessoas.

Mas é um ótim filme, realmente. Vale um 5.0, mas não é um estonteante 5.999...
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Mensagempor NeverSleep em 08 Abr 2009, 01:50

Fui ver Dragonball Evolution hoje, não vou desenvolver muito: Não assistam se não for de graça ou mais barato que uma passagem de ônibus! Fui porque consegui cortesia, não pretendia ir e estava certo.
Enquanto isso no IRC:

.:00·24·12:. ( ~soulstaker ) hoje eu imaginei uma interface idiot proof
.:00·24·27:. ( ~soulstaker ) ela teria apenas um botao na tela
.:00·24·37:. ( ~soulstaker ) "Click Here to Get Shit Done"
.:00·24·42:. ( ~soulstaker ) só
.:00·25·02:. ( ~soulstaker ) e mesmo assim eu ainda consegui achar no minimo 3 melhorias pra ela
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Mensagempor Lanzi em 11 Abr 2009, 23:31

Instinto :macaco: :macaco: :macaco: :macaco:

Se não fosse tão hollywoodiano eu daria um 5.
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Mensagempor Madrüga em 12 Abr 2009, 01:13

Sweeney Todd: o barbeiro demoníaco da rua Fleet: :frenzied: :frenzied: :frenzied: :frenzied:

Bom até para mim, que detesto musicais. Não mereceu a quinta estrela pelo excesso de CG (que fica feio numas horas) e por uns detalhes, como o sangue falso (que, embora tenha sido feito provavelmente para parecer falso, era LARANJA).
Cigano, a palavra é FLUFF. FLUFF. Repita comigo. FLUFF

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Mensagempor Bruno Pellegrino em 26 Abr 2009, 22:52

O Lutador (The Wrestler/Darren Aronofsky/2008)

:frenzied: :frenzied: :frenzied: :frenzied:

Os créditos iniciais mostram as glorias no ringue e consequente fama do lutador Randy "The Ram" Robinson (Mickey Rourke), que nos anos 80 tinha fama e prestigio na luta livre. Mas logo percebemos que as glorias passadas não tem reflexo no presente, a não ser pelos velhos fãs que restam.

No presente Robinson vive em condições precárias, sozinho, sem dinheiro, participando de lutas menores (de fundo de quintal praticamente) em pequenos clubes e trabalhando num supermercado. Alem dos envolvidos na luta e dos fãs (que ainda o reconhecem), o contato mais proximo que Robinson tem com alguem (na verdade o único, ja que os outros são superficiais) é com a stipper Cassidy (Marisa Tomei). Que aliás, tem uma trajetória parecida com a de Robinson no sentido de ter tido o apogeu e estar enfrentando a decadência. Apesar de ainda ser bonita, já é considerada (e dispensada) por muitos clientes velha para ser stripper.

Robinson acaba tendo a chance de lutar contra o seu grande rival dos anos 80, um sujeito que atende pelo pseudônimo de Aiatolá (Ernest Miller, que entra no ringue com bandeira de pais árabe e tudo). No entanto, um pouco depois de se comprometer com essa luta, Robinson tem um infarto (após uma luta razoavelmente violenta) e é avisado que não pode mais participar de lutas, sob o risco de morrer.

O filme é extremamente cru e realista. Em alguns momentos lembra um documentário. Em diversos momentos o personagem de Rourke é filmado pelas costas (principalmente quando esta andando para algum lugar), o que rende momentos interessantissimos por esse aspecto documental.

Os bastidores da luta livre praticada em locais menores e com lutadores menos conhecidos (para não dizer anônimos) é mostrado tambem. As lutas são todas combinadas, mas a dor é totalmente real. Tem cenas incrivelmente violentas, como as que envolvem arame farpado e um grampeador (as tradicionais cadeiras e porretes improvisados nem contam muito). Sem contar as cenas em que Robinson se corta com uma gilete para "simular" o sangue dos socos. Tambem é mostrado o uso de anabolizantes por parte dos lutadores.

A atuação de Rourke é muito marcante e ate comovente (pela amargura do personagem). A cena em que Robinson encontra com a filha (Evan Rachel Wood) com quem ele tinha um relacionamento ruim (na verdade, ausência de relacionamento) e que agora tenta se reaproximar é um bom exemplo disso (é duro ver um brutamontes chorar de forma convincente). So que vale lembrar que a historia do personagem é de certa forma a história do proprio Rourke, que tambem foi marcante nos anos 80 e caiu numa draga nos 90 e que agora tenta se reerguer.

O final é simples mas absolutamente perfeito para o filme (para a idéia dele). Foge de terríveis clichês que se desenhavam com o desenrolar da historia. O melhor final de um filme lançado esse ano por aqui ate agora (seguido por Gran Torino e Watchmen, mas superior). O dialogo final entre Robinson e Cassidy é marcante e emocionante pela verdade cruel da última frase, que é facilmente percebida por toda a trajétoria do personagem ate ali.


The Spirit-O Filme (The Spirit/Frank Miller/2008)

:wacko:

Não tem muito o que falar desse filme. É uma bomba atômica cinematográfica, ruim em quase todos os seus aspectos.
O visual é chupado de SIn City (com muito mais cores é claro), sem ter a mesma funcionalidade do original. O ritmo é ruim de doer, o filme se torna chato em diversos momentos parecendo ser mais longo do que realmente é.

As cenas de ação são na maioria dos casos péssimas. A luta entre Octopus (Samuel L. Jackson) e Spirit (Gabriel Macht) perto de um rio (ou um pântano) é um bom exemplo de luta desinteressante e mal feita.
Outra cena, particularmente patética, é quando Octopus metralha (usando duas metralhadoras, uma em cada mão) alguns helicópteros da policia, e o movimento que ele faz lembra aqueles robos feitos para crianças que realizam 2 ou 3 movimentos alternados e constantes (lembra tambem aquela propaganda das pilhas duracell).

Atuações? Se ocorreram eu não vi. O mais próximo disso é Sarah Paulson (uma das muitas mulheres que Spirit traça) que se não faz nada de especial (como se fosse possivel num filme desse..) pelo menos não irrita. Eva Mendes tambem é passável, visto que não foi chamada por suas habilidades interpretativas, e nem é muito exigida (quando é não funciona). Scarlett Johanssom esta bem ruim, super afetada como uma das capangas do Octopus. Gabriel Macht é inespressivo e em nenhum momento tenta dar uma maior complexidade para Spirit, o que prejudica muito o filme, ja que ele é o personagem principal.
Mas o pior mesmo é Samuel L.Jackson. Caricatural ao extremo, cheio de caretas e risadas, é um "tipico vilão tosco de quadrinhos" e seriados dos anos 60. Na verdade, ele lembra ate aqueles vilões do antigo seriado do Batman (com Adam West), so falta os balõezinhos.

So não dou zero para essa bomba, por causa de algumas cenas bacanas exparsas (os ambientes escuros, um certo clima sombrio são acertados tambem), um ou outro dialogo, a bunda de Eva Mendes, o bom gosto do Miller para a escolha do elenco feminino, Jackson e Johanssom vestidos como oficiais da SS (impagável) e a cena de flashback envolvendo Spirit e seu amor de adolescência.
A lamentar tambem o destino do pobre Muffin. E nessas horas que a sociedade protetora dos animais devia fazer alguma coisa.
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Mensagempor Pablo3 em 27 Abr 2009, 00:06

Amnésia (Memento)

:victory: :victory: :victory:

Bem, a princípio nao achei o filme algo super fantástico como o Internet Movie Data Base (IMDB) mostrava ser.

O filme nao conta bem o que vou descrever, mas nao encontro nada mais próximo do que o filme mostra sem revelar spoilers: um homem com um problema de perda de memória recente tem que caçar o assassino de sua esposa, porém essa deficiência permiti que qualquer pessoa o manipule com facilidade usando seu desejo de vingança para matar outras pessoas.

O filme anda de trás pra frente e volta e meia alterna com outras estórias de um tempo passado, tornando tudo muito confuso. Você também nao pode definir de que lado estao os personagens até o final do filme. E, aliás, é justamente aquele tipo de filme cujo final causa um impacto forte, um plot twist desgramado.

Nao é bom, mas vale a pena assistir.
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Imbecis
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Mensagempor Eltor Macnol em 27 Abr 2009, 01:20

CARALHO VOCÊ DISSE QUE AMNÉSIA NÃO É BOM.

Eu tenho vontade de te enforcar com teus próprios intestinos. :frenzied:

[/momento Oda]
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Mensagempor Lune em 27 Abr 2009, 10:32

Pelo que entendi, ele achou ruim porque o filme é confuso. O que é meio como reclamar dos filmes do David Lynch porque eles não são lineares.

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom :hmmm: :hmmm:
Mais um filme na veia de O Diabo Veste Prada, mas sem a Meryl Streep. O charme da protagonista não consegue segurar sozinho um roteiro previsível e sem brilho. Vale pelo figurino impecável, assumindo que você seja fã da alta costura.
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Mensagempor Frost em 27 Abr 2009, 11:30

Nao é bom, mas vale a pena assistir.

Achei interessante a descrição, mas está no cinema, ou o que? (Nunca tinha ouvido falar desse filme, e olha que eu procuro muito saber de filmes por aí).
Cenário Pirata da Spell! "Arr!!!"

A máfia está vindo...
SPOILER: EXIBIR
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Campanha: O reino atrás das cortinas. Arco II
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Mensagempor Agnelo em 27 Abr 2009, 11:43

http://www.omelete.com.br/cine/10000480 ... ueca_.aspx

O filme é de 2000, eu gostei muito quando vi, tem gente que diz que é plágio de um episódio de seinfeld, mas como tudo está contido em seinfeld então isso não é demérito.
Eu amo você. Você é meu único filho e tenho orgulho de você. Você trouxe à sua mãe e a mim mais alegria do que eu achei que houvesse. Seja bom pra ela e cuide bem dela.

Seja um dos mocinhos. Você tem que ser como John Wayne: Não aguente merda de nenhum idiota e julgue as pessoas pelo que elas são, não pela aparência.

E faça a coisa certa. Você tem que ser um dos mocinhos: Porque já existem Bandidos demais.
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Mensagempor Eltor Macnol em 27 Abr 2009, 12:31

Chato que parece que todo mundo que vai escrever uma resenha de Amnésia tenta, inspirado pelo filme, fazê-lo de uma forma inovadora e que seja fiel ao conceito da obra.

Poucos conseguem. Bem poucos. Sou mais a resenha do Cinema em Cena (fico devendo o link porque o site não funciona aqui no trabalho).
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Mensagempor Sampaio em 27 Abr 2009, 18:28

Crítica do Pablo Vilaça (Cinema em Cena) do Amnésia:
http://www.cinemaemcena.com.br/Ficha_fi ... ba=critica
Spell: não somos bonzinhos, somos sinceros!
http://www.spellrpg.com.br/portal/index ... &Itemid=72

Perguntem qualquer coisa lá:
http://www.formspring.me/Pedrohfsampaio
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Mensagempor Bruno Pellegrino em 27 Abr 2009, 21:52

Milk-A Voz da Igualdade (Milk/Gus Van Sant/2008)

:hmmm: :hmmm: :hmmm: :hmmm:

Esse filme conta a trajetória de Harvey Milk (Sean Penn, fantástico), que nos anos 70 conseguiu ser o primeiro gay assumido a conseguir ser eleito através de votação para um cargo público (no caso um dos supervisores da cidade de São Francisco). E que por sua militância na causa gay (e por alguns outros fatores) acabou sendo assassinado por Dan White (Josh Brolin), que tambem matou o prefeito no mesmo dia e tinha sido supervisor um pouco antes desse acontecimento.

E antes que alguém grite que isso é um spoiler, essa informação é revelada logo no inicio do filme, por uma imagem de arquivo inclusive, que alias são bastante utilizadas aqui.

Apesar de ser um filme de Gus Van Sant, ele é bem linear e "certinho" , sem contar com grande invencionices (lembrando que Van Sant é diretor de Elefante e Últimos Dias, dois filmes desconcertantes em alguns momentos, e atípicos em sua estrutura). Alem das imagens de arguivo e de já de cara revelar o destino de Milk, o filme vai mostrando a ascensão dele, que de um cara desinteressado por política (vivendo em Nova York), se muda para São Francisco com o namorado Scott (James Franco), torna-se dono de uma loja (num bairro que viraria ponto de encontro da comunidade gay), se tornando um militante e finalmente um politico.
A narrativa conta com intervenções de Milk gravando suas considerações sobre o que vivia (e que sempre é relacionada com o momento adequado da historia), inclusive com ele "prevendo" seu assassinato (detalhe que essa gravação de fato existe, o verdadeiro Milk fez isso mesmo).

Sean Penn esta fantástico no papel, sem exageros, e encarnando o personagem de fato (e é um personagem bem diferente de outros que ele interpretou no passado). Inclusive com alterações de postura a depender dos envolvidos (com os amigos bem descontraido e solto, com desconhecidos ou ate pessoas hostis, adotando uma postura mais fechada e formal). Josh Brolin faz um Dan White inseguro e frustrado pela própria incompetência de não conseguir convencer os outros (o próprio Milk inclusive) a aprovarem seus projetos. E é interessante notar o odio que vai crescendo (ate explodir no fim do filme) a medida que ele não consegue atingir os seus objetivos e se sente diminuído pela presença de Milk. James Franco e Emile Hirsh (que interpreta Cleve Jones, e esta irreconhecivel no filme) tambem estão muito bem.

Operação Valquíria (Valkyrie/Bryam Singer/2008)

:pirata1: :pirata1: :pirata1:

Antes de ver o filme achei que o "Valkyrie" do titulo, se referia a tentativa de assassinato de Hitler (uma delas). Não sabia que na verdade se refiria a uma operação a ser realizada após a morte de Hitler (caso ela de fato acontecesse).

O filme começa com uma tentativa fracassada de assassinato contra Hitler, conduzida pelo general Henning von Treschkow (Kenneth Branagh, que infelizmente aparece pouquíssimo no filme). Paralelamente a isso, é mostrado a guerra na Africa, aonde o coronel Claus von Stauffenberg (Tom Cruise) acaba perdendo um dos olhos e uma das mão durante um ataque. E é Stauffenberg que vai acabar comandando a próxima tentativa de assassinato contra Hitler, valendo-se da "Operação Valquíria" para conseguir tomar controle da Alemanha apos a morte do fuhrer, já que apenas mata-lo não seria suficiente para parar a guerra. Alem disso era preciso tomar o controle.

Esse é no geral um bom filme, mas que acaba decepícionando porque poderia ter sido muito melhor e conta com uma historia bastante interessante. Acaba também sendo prejudicado pelo fato de sabermos como a historia acaba e por não conseguir trazer um algo mais para compensar isso.

O filme tem um momento extraordinário que é o "3° ato" (toda a sequência que ocorre depois da suposta morte do Hitler).É um momento empolgante no qual você se pega torcendo pelo sucesso dos conspiradores mesmo sabendo que eles não serão bem sucedidos (algo que dado as devidas proporções, ocorria no excelente Vôo United 93).
Talvez, o erro tenha sido não focar nesse "3° ato" e transformar ele na maior parte do filme, com a adição do inicio que alem de ser interessante é o momento aonde são feito as explicações sobre a operação e o personagem de Cruise (e outros) é apresentado.
Mesmo assim, momentos como por exemplo o encontro de Hitler (David Bamber) com Stauffenberg poderiam ter sido tranquilamente excluídos.

Cruise esta correto no filme (se valendo muito de seu carisma, é verdade), apesar de não fazer um algo a mais para tornar o personagem mais marcante (ele acaba sendo marcante pelo seu plano e liderança dos conspiradores). Ele tambem é prejudicado por questões técnicas, como o maldito olho de vidro que não convence (não parece um olho de vidro). Os outros tem pouco destaque, como Bill Nighy, Kenneth Branagh (aparece no inicio e no fim basicamente), Terence Stamp. Tom Wilkinson tem ate um bom destaque com um personagem importante. Thomas Kretschmann faz pela enésima vez um oficial nazista. E por ai vai.

Tecnicamente muito bom (apesar de não ter nenhuma novidade), a recriação de época, o caos da batalha na Africa (que é uma cena rápida) e a própria condução do 3° ato do filme funcionam muito bem.

Austrália (Australia/Baz Luhrmann/2008

:wizard: :wizard:

Esse filme é o samba do canguru doido, que se passa na época da 2° guerra mundial. Tenta ser uma fabula, um western, um filme de guerra, um épico, um filme denuncia, um filme romântico, tudo ao mesmo tempo e sem nunca conseguir se destacar em nenhum desses gêneros e ainda comprometendo as boas idéias devido a maçaroca que é feita.

Sarah Ashley (Nicole Kidman), uma inglesa rica e pentelha, tem uma fazenda em algum lugar da Austrália (na verdade do marido dela). Ela viaja ate esse lugar para encontrar o marido nessa fazenda, so que antes do encontro, ele é supostamente assassinado por um aborigéne conhecido como rei George (que é uma mistura do preto velho do candomblé com o velho do rio da novela Pantanal). O personagem de Hugh Jackman (que não lembro o nome, e nem sei se tinha na verdade), é uma espécie de "chefe" do pessoal que lida com o gado, e logo vai ficar próximo de Sarah. Vale ressaltar que o primeiro encontro dos dois é aquele velho clichê da "moça rica esnobe e mimada que veio da civilização" com o vaqueiro grosseirão, porco e beberrão (e nesse caso amigo dos aborigénes, os proscritos da historia). O proprio romance dos dois é uma forçassão de barra terrivel. Alem disso, a partir desse relacionamento com o personagem de Jackman e os outros habitantes da fazenda, Sarah muda completamente de atitude, só que isso não é feito de forma orgânica e verossímil. E a atuação de Kidman não ajuda nem um pouco.

Outro personagem importante é o garoto aborígene Nullah (Brandon Walters, irritante em boa parte do filme), neto do tal de rei George e filho de outro personagem, mas que é praticamente adotado por Sarah depois que sua mãe morre. Alem de servir como um dos motivos para a mudança de comportamento de Sarah e unir ela e o personagem de Jackman, o garoto tambem representa o componente "místico" da historia (junto com rei George) e é a partir dele que o filme aborda a questão da geração perdida (crianças aborígenes que eram afastadas da família pelo governo Australiano).

Essa questão da geração perdida, é um dos aspectos interessantes do filme, só que acaba sendo mal abordada devido a mistura absurda de temas e idéias e a incapacidade de uni-los de forma orgânica (sem forçar a barra). A cena em que aviões japoneses bombardeiam o porto da cidade, é outro ponto forte. Alem de tecnicamente bem feita, consegue tambem ser dramática (apesar de um tradicional clichê envolvendo os 2 protagonistas surgir dessa cena). Esteticamente o filme é bastante interessante, ajudado em muito graças as belas paisagens naturais australianas.

A questão mística é um ponto problemático (e sempre que o filme tenta ser uma fábula o caldo entorna). O garoto Nullah acredita ter poderes e muito sobre esses "rituais" aborígenes é citado , no entanto, o próprio filme no inicio da a entender que ele simplesmente imagina isso. O problema, é que em alguns momentos o personagem realmente realiza façanhas impossíveis (para um humano pelo menos). Ou um garoto normal consegue parar uma manada descontrolada indo em direção a um precipício estendendo a mão? A trajetória do rei George tambem é absurda e dura de engolir. Sem contar que sua participação no fim do filme é patética.

A lamentar tambem o personagem Fletcher (David Wenham), um típico "vilão tosco de quadrinhos", totalmente caricatural e com motivações desinteressantes. E que tambem tem uma participação patética no fim do filme. Os capangas dele são piores ainda, com direito a risada diabólica e tudo. E o chefe dele (pois é..) é o tradicional grande fazendeiro inescrupuloso, que tambem tem um destino previsível.
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Mensagempor Sampaio em 27 Abr 2009, 22:24

Esse filme é o samba do canguru doido


Perfeito. :cool:
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Mensagempor Bruno Pellegrino em 01 Mai 2009, 15:13

A Troca (Changeling/Clint Eastwood/2008)

:shock: :shock: :shock: :shock:

A historia desse filme é incrível, principalmente por se tratar de um caso real (com algumas licenças poéticas é claro), ocorrido em Los Angeles em 1928.
Christine Collins (Angelina Jolie) é mãe solteira e trabalha numa empresa telefônica. Numa das vezes que volta do trabalho ela percebe que seu filho Walter sumiu. Ela procura a policia (que não é muito solicita no inicio), e depois de 5 meses de espera, avisam ela que seu filho foi encontrado. No entanto quando vai se encontrar com ele, ela percebe que não se trata do seu filho (apesar de num primeiro momento te-lo aceitado, por pressões externas). A partir dai a trama se desenvolve, com Christine tentando provar que o garoto achado não é seu filho e sendo questionada (e frequentemente desacreditada) pela policia. Nessa luta ela acaba tendo a ajuda do reverendo Gustav Briegleb (John Malkovitch), que fazia em seu programa de radio uma campanha contra corrupção e violência da policia de Los Angeles.

A historia acaba envolvendo em certo ponto, a corrupção de uma prisão psiquiatrica que atua ao lado da policia de Los Angeles, um caso de um assassino serial de crianças (Gordon Northcott, interpretado pelo otimo Jason Butler Harner) , e os proprios desmandos do chefe de policia (sem contar a ação de seu subordinado que é quem tem contato com Christine). A historia vai tomando um rumo (e um tamanho) completamente inesperado daquele que era proposto no inicio do filme.

O filme é todo feito em cima da personagem de Jolie, que tem uma otima atuação nesse filme conseguindo passar bem o desespero pela perda do filho, e a sua resistência contra a ação da policia (e mesmo o período aonde ela se vê numa situação insólita). Vale destacar tambem Jason Harner como Gordon (participação pequena mais marcante) e Eddie Alderson no papel de Sanford Clark, uma espécie de assistente forçado de Gordon (um matava e o outro enterrava). A cena do interrogatório com ele, é bastante dramática.

A reconstituição de época tambem é muito bem feita (o filme se passa na Los Angeles de 1928, e avança durante a narrativa). Isso sem contar as cores frias das cenas (cortesia da fotografia do filme) dando um ar triste e angustiante a passagens como a mostrada no hospício.
Os pontos fracos do filme são decorrentes da enormidade da historia (e suas muitas tramas), algumas cenas acabam sendo desnecessárias e prejudicam a fluidez do filme. Os exemplos são a execução de um dos personagens e as varias cenas do duplo julgamento do qual Christine participa (um contra o chefe da policia, o outro de Gordon).


Foi Apenas Um Sonho (Revolutionary Road/Sam Mendes/2008)

:roll: :roll: :roll:

A historia se passa nos anos 50 e narra a vida do casal Frank (Leonardo DiCaprio) e April (Kate Winslet) que acabaram de se mudar para uma casa na Revolutionary Road, e vislumbram um futuro animador. No entanto, o casal tem uma serie de problemas que os levam a uma constante infelicidade e distanciamento (acompanhado de ruidosas brigas). Tudo isso decorrente de suas frustrações pessoais, seja a carreira fracassada de atriz de April, que agora é apenas uma dona de casa insatisfeita com essa condição. Ou Frank que trabalha no mesmo local no qual o pai um dia trabalhou, e o considera enfadonho. De certa forma os dois se tornaram aquilo que sempre abominaram (e nos diálogos entre os dois e cenas de flashback fica claro o desprezo que tem pela vida mundana, sem novidade e como se consideram especiais, dignos de grandes feitos)

Em meio a esse clima de tristeza geral (com direito a traições dos dois lados), April tem uma idéia extremamente radical (envolvendo ate mudança de pais) para conseguirem sair dessa draga em que se encontram, o que num primeiro momento proporciona uma grande melhora no relacionamento entre os dois e podemos vê-los finalmente alegres com algo. No entanto, logo os dois percebem que essa mudança não é tão simples quanto parece (a medida que vários obstáculos e situações novas aparecem), o que acaba levando a um final trágico.

No fim das contas o grande lance desse filme, são as atuações de Dicaprio e Winslet e a entrega dos dois aos personagens. E é praticamente um dueto mesmo. Michael Shannon como o "problemático" (ou lunático) John Givings, ate vai bem em suas pouquíssimas aparições. O problema é que o personagem dele é totalmente desnecessário e não acrescenta nada ao filme. Ele praticamente so existe para explicar ao publico o que acontece entre Frank e April e suas motivações (faz isso através de julgamentos das escolhas do casal), coisa que o próprio publico pode perceber sozinho. Sem contar que o tradicional "maluco que diz verdades que ninguém quer aceitar", é um tipo de personagem que quase sempre enche o saco (e aqui não é diferente). Kathy Bates que interpreta a mãe de John, tambem tem pouquíssima relevância para a trama e aparece bem pouco. Outros personagens aparecem sem grande destaque (o mais relevante é um casal de amigos e vizinhos de Frank e April).
Alias é estranho notar, que apesar de Frank e April terem filhos esses raramente aparecem, o que inclusive faz com que você esqueça da presença deles (o que é uma falha grave para o desenvolvimento da historia).

O desfecho do filme é insatisfatório porque não consegue ser impactante (apesar de todo o clima triste do filme) o que acaba fazendo com que pareça gratuito. Talvez o que provoque isso, seja a falta de identificação com os personagens. Sendo que sofre daquele problema do fim que "acaba mas não acaba". Quando tudo parecia caminhar para um certo caminho (e consequente final do filme), ocorre uma pequena reviravolta aos 40 do segundo tempo que muda isso (e estende o filme mais um pouquinho).
Mesmo assim, abordagem da vida cotidiana e de suposta felicidade (só na aparência) de um casal suborbano é suficientemente interessante para tornar Foi Apenas um Sonho um bom filme.


O Leitor (The Reader/Stephen Daldry/2008)

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O filme se passa na Alemanha pós guerra, e conta a historia do adolescente Michael Berg (David Kross, ótimo no papel) que por um acontecimento fortuito conhece Hanna Schmitz (Kate Winslet), uma mulher bem mais velha que ele, mas que acaba lhe despertando o interesse e vai evoluir para um relacionamento amoroso/sexual. Sendo que esse relacionamento tem uma particularidade, Hanna gosta que Michael leia para ela.

Depois de algum tempo de relacionamento, Hanna vai embora sem avisar previamente nada para Michael que perde o contato com ela por muitos anos. Eles se reencontram por acaso, com Michael agora um estudante de direito acompanhando um julgamento de crimes de guerra cometido por um grupo de ex-membros da SS (se não me engano, todas mulheres) contra prisioneiros judeus (todas mulheres). A partir dai Michael fica conhecendo o passado ate então desconhecido de Hanna, o que obviamente provoca uma avalanche de sentimentos nele (muito bem expressos pela interpretação de Kross). Principalmente por que ele conhece uma faceta de Hanna que poderia inocenta-la da acusação mais grave de que é acusada, a qual a própria Hanna se recusa a reconhecer e assume a culpa sozinha. O que gera mais um conflito em Michael, respeitar ou não a vontade dela?

Esses conflitos que o filme levanta e pelo qual testemunhamos o sofrimento e duvida de seus personagens são fantásticos. Como lidar com o amor que se sente por alguém e a vivência feliz (por um tempo pelo menos) com essa pessoa e saber que essa mesma pessoa provocou a morte de centenas impedindo que elas saíssem de um local em chamas? E outros que surgem na narrativa e dividem seus personagens.

Ha momentos absurdamente emocionantes (verdadeiramente tocantes) no filme, como quando Michael adulto (interpretado agora por Ralph Fiennes) grava a leitura dos livros que lia para Hanna quando eles estavam juntos, e manda todo esse material (varias fitas) para ela já velha. Entre outros.

As interpretações do trio Kross, Winslet e Fiennes são excelentes. Tanto Kross quanto Fiennes conseguem passar a angustia dos seus personagens. Fiennes retrata um Michael amargurado pelo que ocorreu no passado (o que contrasta maravilhosamente com o Michael ainda alegre e sonhador da adolescência).
Winslet mostra a lógica distorcida de sua personagem na cena do tribunal, mas ao mesmo tempo que provoca repulsa por suas ações tambem provoca piedade pela sua confusão (e por certa deficiência). Ou mesmo nas cenas românticas com Kross no inicio do filme, em que apesar de uma certa rispidez, tambem consegue se mostrar amorosa (apesar de os interesses dela serem diferentes dos dele).

A lamentar uma ou outra cena tola (Michael visitando um campo de concentração sozinho e a noite, é a mais desnecessária e absurda delas), e tambem o mea culpa de Michael no fim do filme com uma das sobreviventes da matança que teve participação de Hanna. O que acaba compromentendo um pouco o resultado final.
Mesmo assim um grande filme sobre a culpa proveniente de sentimentos que entram em choque. Apesar de muitos dizerem que o filme é sobre a culpa do povo alemão pelas atrocidades da 2° guerra (o que acaba sendo, principalmente pelas cenas com a sobrevivente do massacre promovido por Hanna), a parte mais interessante acaba sendo pela culpa (que leva a grade tristeza) individual do personagem Michael, e o vislumbre de um dia um de nos passar por algo parecido e tentar ver qual seria a reação a esse dilema.
"Aqueles que não conseguem se lembrar dos erros do passado estão condenados a repeti-los."
- George Santayana
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Bruno Pellegrino
 
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