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Queime-se a ferro as odes pungentes
De vozes, por vezes, lamuriantes,
Vorazes, perdidos, de fatos pendentes,
Deixados vividos, mas agonizantes.
Verdades em falso, reais inverdades
De cinzas viventes e cor desalmada
De mortos presentes e torta idade
Qual vida das covas embalsamada.
Surtidos os ventos cambaleantes
Mortalhas, momentos de não lucidez
Eventos medidos e impressionantes,
De prantos, lamentos e tal morbidez.
Queime-se a ferro os idos vertentes
Das vezes velozes, irrelevantes
Sequazes, ardidos, em fatos ausentes
Lembrados partidos, mas muito distantes...
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Poesia muito muito antiga, e uma das duas que sobreviveram à catástrofe que aconteceu ao meu PC, haha!
Até a próxima!