Observe o mistério do adultério celestial,
Transforma lágrimas em diamantes
ou o belo em banal.
Palavras soadas aos sussurros por amantes
num ambiente quase cultural
onde a palavra é de viajantes.
Mar, belo mar,
com gaivotas nas alturas
estão livres a voar.
Sacerdotisas que fazem curas,
os feridos com olhos a brilhar
ao observar nas paredes as gravuras.
Maré de Lua Nova
ao som de violino
cujos artistas agoram moram numa cova.
Na igreja tocam o sino
onde a bíblia em mentes inocentes, desova,
clamando o conteúdo ser "divino".
Viva a noite fria
que congela o coração batente
enquanto eu ria.
Cruel é a mente
que a vida vivia
mas viver de novo tente.
Teatro da dança
rumo a morte
por vezes cansa...
E perdemos nosso norte
enquanto lentamente morremos
achando ser falta de sorte.
Nos perdemos no nada
espiral ao fosso abissal
na expectativa mais errada.
Nos levando ao núcleo do mal
que no vazio foi gerada
com o sabor de bile e sal.