Lamúria Penitente
Sozinho num corredor vazio
Com paredes brancas límpidas
Que mostram a dor e o frio
Sensação inerte e Insípida.
Mergulhado num caos de palavras
Embaralhado num jogo cartas,
Onde o coringa faz-se solidário.
E símbolos se mostram num rosário.
Escondido sobre outras formas
Escondendo a verdadeira aurora.
Custa-me caro ficar assim e pensar
Refletir e nunca sair do lugar.
Imobilizado pela inconstância do ser
Abalado e entristecido ao sobreviver.
A lamuria penitente da vida longínqua.
A triste e penitente sina
De um condenado eterno e marcado
Um ser que fora outrora abandonado.
Faça me acreditar em simples palavras,
Em tênues pensamentos suplicantes.
Num misto de poesia irradiante
Descontrolável penitência amarga.
Doce vida abafada.