Mulher
Tanto tempo de dedos parados,
e agora doem frenéticos.
A poesia que tanto conteve-se,
jorra.
Cae dos meus olhos pelo corpo,
passando por cada curva
e orifício.
Jorra
A poesia contida deixa-me
e mancha o papel,
como o sangue
entre as minhas pernas.
Nathalia Melati