Pálido Inverno: Última Parte

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Pálido Inverno: Última Parte

Mensagempor Lady Draconnasti em 01 Nov 2007, 00:22

A idéia é essa. Ser rápido, mas ainda assim mostrar algo que dê para entender, pois não tem muito o que mostrar sobre Yao, até porque ele seria o vilão de uma aventura que eu pretendia mestrar. Esse conto seria apenas uma base para ser usada.

Aí vai mais uma parte.
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Tempestade



Atravessou a Província dos Tigres Brancos varrendo tudo pela frente, tomando tudo o que podia interessar. Dinheiro para custear seu estilo de vida no palácio do príncipe imperial, mulheres para entretê-lo, e cavalos para serem utilizados quando suas montarias já tiverem se tornado inúteis.

Alguns de seus soldados foram deixados para trás, para cuidarem das terras conquistadas para a futura partilha. Yao prometia generosas quantias de terras para aqueles que lhe mostrassem mais cabeças dos inimigos e mais camponeses humilhados. Era a sua diversão ver seus homens disputando na sua frente, estuprando mulheres diante de seus pais e seus maridos, ou amarrando crianças em seus cavalos e colocando-os para correr até não restarem mais que pedaços.

E sempre que havia aquele que mais dava trabalho para ser apanhado, o jovem general se deliciava em caçá-lo pessoalmente, com sua irmã. Monges guerreiros eram o seu desafio favorito, por sempre acrescentarem algo a ele em suas batalhas corpo a corpo. Pôde comprovar isso quando encontrou o jovem do Templo da Terra Sagrada.

Era pálido, de longos cabelos brancos, presos em uma trança. Os olhos azuis chamaram a atenção de Yao, tanto pela raridade quanto pela determinação. Havia uma certa majestade em seu porte, o que chegou a fazer com que o general cogitasse estar diante da nobreza daquela província.

Havia escutado lendas de que os senhores daquelas terras eram chamados de Filhos do Tigre Branco.

Esse jovem monge foi o único que conseguiu escapar de Pálido Inverno, mas Yao tinha a experiência dos anos de guerra e acuou o rapaz. Não tardou para que o Mestre do Templo viesse em seu socorro, fazendo com que a atenção do general acabasse se voltando para o ancião. Foi uma das raras ocasiões em que se perguntou se teria alguma chance de vitória.

Sentira algo rasgar suas costas enquanto estava entretido com o monge mais velho, seguida por uma dor dilacerante percorrer. Pior que lâminas perfurando sua carne, lembrança tão vívida em sua mente desde que entrara para o exército, pareciam garras de alguma besta amaldiçoada. Aquilo quase o fizera enlouquecer de agonia e raiva.

Ouvira o Mestre do Templo gritar para que o jovem fugisse. Não recorda dos detalhes do que acontecera mais tarde. Erguera o braço que empunhava sua espada e abrira um generoso ferimento no ventre do velho. Yu correra em seu socorro e então os irmãos puderam ver um corpulento tigre branco que corria em direção ao bosque de bambu.

Yao percebeu, antes de ceder à dor, que aquele não era o melhor momento para avançar sobre a Terra do Tigre Branco...
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Mensagempor Lady Draconnasti em 12 Nov 2007, 15:39

Desculpem a demora. Ando tão atarefada que esqueci do conto (ainda bem que ele já estava pronto muito antes de eu decidir postá-lo).

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Inverno



As terras invernais da fronteira com a Província da Tartaruga Negra estavam impiedosas. Yao contemplou o Espelho do Inverno e suas flores frias, protegidas pela densa camada sólida que os separa. Ouvia dizer que mesmo nos dias mais quentes do verão, as águas daquele lago jamais encontrariam o toque direto do sol. Apertou seu corpo contra a manta grossa, procurando proteção contra aquele frio mortal, em vão.

Wu Lao, seu comandante, surgiu ao seu lado, acenando com a cabeça fazendo com que o general, quase vinte anos mais novo que ele, deixasse um sorriso escapar. Seu frio muito em breve escoaria para o chão...

Yao sacou sua espada, temida como a morte trazida pelo inverno, cortante como seus ventos cruéis. Não tardaria para que visse aquele a quem desafiara para o duelo surgir no horizonte...

Com a paciência de um tigre espreitando sua presa, ele aguardou o homem galgar até onde estava. Dispensou seu subordinado e estufou o peito, avançando lentamente. Embora tivesse a impressão de ter visto um estranho sorriso na face dele, Yao estava seguro de si. Os anos o moldaram para ser o Dragão Azul, título que ele estava disposto a honrar.

Ele tinha seus truques, mesmo sem sua irmã estar por perto. A deixara entretida com outra missão: vigiar bem de perto aqueles que ele sabia desejarem seu posto e descobrir aqueles que ele não sabia que desejavam seu posto. E logo se viu diante de Amano Tsumi, general do Forte da Pedra. Se o derrotar, teria livre acesso à ponte que leva à fronteira de Genbu.

Se, não... Sua petulância se negou a cogitar uma derrota sua.

O vento frio soprou, esvoaçando a manta e ameaçando cortar a face do jovem homem. Iria acabar logo com isso. Derrotaria Amano Tsumi e voltaria para a cidade onde suas forças estavam concentradas. Um banho aquecido, os braços de sua amante favorita e uma cálida noite de inverno o esperavam.
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Mensagempor Ermel em 18 Nov 2007, 20:10

Me pergunto por que todo conto oriental sempre tem algo relacionado a animais.

Enfim, deixou a desejar pelo tamanho, mas como você mesma ja explicou, ha um motivo. Primeira vez que me vejo revoltado por ler um conto pequeno. =P.

Esperando pelos proximos capitulos. =)
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Was I more alive then than I am now?
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I laugh more often now
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Mensagempor Lady Draconnasti em 19 Nov 2007, 00:48

Porque é legal? =P
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Mensagempor Lady Draconnasti em 26 Nov 2007, 13:49

Brumas



Despertou em meio à escuridão do quarto, suado, assustado. Não era comum Yao ter pesadelos, muito menos aqueles em que via a própria morte. Levou uma das mãos ao rosto, enxugando-o rusticamente e deteve-a por algum tempo sobre o olho esquerdo. Sentiu a mão sonolenta de Yukino deslizar por suas costas nuas. A noite estava mais fria que o de costume. Sabia disso pela cicatriz em suas costas, causada por um momento de descuido durante a última batalha da Terra do Tigre Branco.

A dor ajudou a dissipar o sono.

Olhou para sua amante deitada, tendo o grosso cobertor a protegê-la do vento invernal. Os longos cabelos negros soltos como poucas vezes ele pode ver. O mais sedoso véu da noite fazia parte da beleza rara da prostituta com quem ele dividia as noites frias da província.

Sentiu-a envolvê-lo gentilmente e deitar o corpo frio do homem vários invernos mais novo, deixando que sua pele aquecesse a dele. E ele deixou que seus braços a fizessem ficar mais próxima dele. Era assim, nesse silêncio sagrado, que os amantes ficavam durante boa parte do tempo sozinhos.

A Flor do Bordel cativa e o General que tomou sua cidade e a reclamou como seu espólio.

Yukino nunca se incomodou muito com isso. Ser uma Oiran era ser a mulher daqueles que pudessem pagar mais por uma noite, e assim seria por toda a sua vida, a menos que alguém a comprasse. E embora evitasse pensar nesse assunto, ela desejava do fundo de sua alma que ele o fizesse.

Não que odiasse a Casa das Flores e as demais garotas. Era profundamente grata à dona do estabelecimento por ter cuidado dela e às meninas por sempre serem amáveis com ela. Mas Yukino queria ser livre e viver apenas para aquecer a uma única pessoa em seus braços. E Yao sabia disso. Ele já tinha percebido isso.

No entanto, comprar uma prostituta de luxo era algo completamente fora de questão para ele. Embora sentisse uma calma que há muito não sentia quando estava em sua companhia, o general não queria se prender a ninguém.

Nada além de batalhas e sangue teriam sua total atenção.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 17 Dez 2007, 02:06

Gelo

Não houve jeito. Os soldados estavam assustados com alguma coisa próxima ao Rio da Eternidade e se recusaram a seguir por ele. Yao estava impaciente demais para esperar que Yu fosse verificar com cautela, e preocupado demais em expor sua irmã ao que quer que fosse. Um momento raro, ele reconhecia. Estava determinado a ir sozinho, com alguns poucos voluntários.

Sua glória não podia mais esperar. Invadiria a Terra do Tigre Branco novamente e dessa vez varreria tudo pela frente com Pálido Inverno em punho. Terminaria o que começou há tempos.

A terra alagada estava coberta por uma fina bruma, que teimava em tentar pregar peças aos olhos dos homens. Constantes eram seus murmúrios assustados a respeito de algo desvanecendo atrás das árvores ressecadas pelo frio. Seus passos afundavam cada vez mais na lama cinzenta. O ar gélido parecia penetrar como lanças por suas vestes de pele e couro, mas isso era algo que o general não aceitava mostrar. De todos naquele grupo, ele sabia ser o único que tinha a obrigação de manter-se firme.

Procurava pensar em outras coisas que pudessem ajudar a desligá-lo da temperatura. Seu avanço pela terra montanhosa, seguindo o rio que corta a Terra da Tartaruga Negra com a Terra do Tigre Branco, se aproximando do Espelho do Inverno. Depois disso, cortaria caminho pelos Bosques de Eucaliptos, até chegarem a Byakku, o Palácio do Tigre Branco. Já podia sentir o calor do sangue descendo pela lâmina de sua espada e aquecendo suas mãos.

A voz de Wu Lao interrompeu seu devaneio perguntando a respeito do que eles fariam se fossem atacados por algum espírito. A palavra fluiu pelos lábios de Yao como uma correnteza. Matariam a besta, pura e simplesmente. Quando o frio o obrigou a esfregar as mãos freneticamente por baixo da manta grossa, ele voltou a distanciar sua mente para afastar aquela friagem mortal. Respirou fundo, sentindo o ar entrar cortando por suas narinas e descendo ainda gélido para seus pulmões. Liberou uma densa nuvem logo após, entregando sua tensão crescente. Estava começando a ficar realmente aborrecido com aquilo.

Algo transpassou sua pesada vestimenta, já salpicada de cristais transparentes, e penetrou em seu pescoço. Quase não sentira, tamanha a sua fadiga. Pensara ser uma peça pregada por seu corpo exausto pela caminhada tortuosa pelo terreno. Apenas quando sua vista turvou, o general percebeu que havia algo errado e voltou-se para seus soldados.

Virara a face bem a tempo da escuridão tomar seu corpo, quando o cabo da espada de Wu Lao atingia seu olho, fazendo com que os ossos da face estalassem...
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Mensagempor Lady Draconnasti em 22 Dez 2007, 00:55

Última parte oferecida especialmente para aqueles que acompanharam até o final, mesmo com minha demora inconstante em postar.

Espero que gostem do final

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Correnteza


Então era aquilo o que tinha acontecido. Yao recordara lentamente de cada momento da traição de seus subordinados. Dos golpes em seu corpo, da dor de ter os membros perfurados por espadas, da agonia em ter a face mergulhada na margem enlameada e gélida do rio. Da luta de seus pulmões em busca do ar que era negado...

Yao se recusou a acreditar naquilo, como se fosse vítima das brincadeiras perigosas de alguma raposa. Levou a mão ao pescoço e sentiu a agulha, ainda presa em sua carne e no que restou de suas roupas de frio, que o atingira sem que percebesse. Quem ou o que teria conseguido acertá-lo? Wu Lao? Não, as mãos daquele homem eram pesadas demais para isso. Mao Pin? Não, ele estava no fim do grupo. Xiang Tsu? Provável, já que ele era o mais próximo e o único dos batedores que pediu para acompanhá-lo.

Traidores. Quantos mais o seriam? Haveria mais deles no acampamento?

E quanto a Yu? Será que ela já estaria sabendo que algo aconteceu a ele? Estaria sua irmã em segurança? Yukino estaria preocupada com sua ausência?

Uma tempestade de pensamentos irrompeu em sua mente, atirando-o ainda mais na confusão atordoante em que se encontrava internamente. Havia muitas perguntas que ele desejava saber a resposta e que não as poderia ter de imediato.

Olhou novamente para o que havia restado de seu rosto. Não parecia estar naquele tipo de situação e novamente desejou estar sendo vítima de alguma brincadeira de mau-gosto de algum espírito.

Sua respiração, agora normalizada, criava pequenas e finas nuvens condensadas, mesmo imaginando se tal ação lhe seria dispensável. Devagar, inclinou-se às margens do rio por mais uma vez, sem se importar com a lama, e levou a mão esquerda às mechas que tentavam esconder seus olhos sujos de sangue e terra molhada.

Pálpebra e parte da têmpora estavam dilaceradas, exibindo os ossos. Não havia um olho, mas uma órbita vazia de onde pequenos vermes se moviam eternamente famintos, se alimentando dos restos de carne que ali tinham. Restos de sua carne...

Colocou-se de pé com alguma dificuldade e cambaleou se afastando das águas frias onde esteve por tanto tempo. Levou a mão à cabeça ainda atordoado pelas lembranças que não cessavam de emergir como bolhas vindo à superfície. Fora traído por seus soldados e qual o motivo de tal afronta?

Pouco antes de sentir algo perfurar suas costas e atravessar seu corpo, pode ouvir a voz rouca de Wu ordenando para que tomassem de sua posse a Pálido Inverno. Entretanto, a espada não estava lá. Yao havia decidido não levar uma arma como aquela para o que seria uma missão de reconhecimento a qual os batedores se recusaram a fazer. Sua espada gélida seria completamente inútil contra qualquer entidade que quisesse atacá-los naquele pântano frio.

O arrogante general amargou em sua alma por seu descuido. Mantivera-se vivo por todos aqueles anos porque sempre duvidava de todos. Bastou apenas um instante...

Um único instante para estar privado de seus movimentos e de sua manta aquecida. Um instante para estar privado de sua armadura e de sua vida.

Por mais um instante em ele se deteve na lama da margem do rio, pensativo. Em seguida se levantou e iniciou seu caminho de volta à cidade onde sua tropa estava. A passos arrastados saiu vagaroso do charco abandonando a sensação de frio em sua carne morta, tomando a estrada como seu rumo, da mesma forma que faria caso estivesse vivo.

Caminhou sem dar atenção ao sol, ao vento ou a chuva. Vagou sem perceber que seu corpo e suas roupas sequer haviam secado. Estava furioso consigo mesmo, que caíra tão facilmente no ardil dos traidores. Com Yu, que não o alertara sobre a conspiração entre seus próprios soldados. Com Yukino, por ter aquecido demais a sua alma e acalmado seu espírito guerreiro.

Furioso com todos que o fizeram de tolo.

E com sua ira, gotas de chuva começaram a cair sobre a região, anunciando sua passagem funesta. Assim vagou até encontrar um velho monge peregrino...

Matou-o sem qualquer razão.

Assim fez com qualquer outro que cruzou seu caminho. Não ia parar até que vingasse sua morte. Não ia parar até que matasse todos os que cruzassem seu caminho.

Não ia parar até que conseguisse se perdoar.
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Mensagempor Anonimous000 em 22 Dez 2007, 01:12

Já comentei via MSN, mas não custa registrar aqui.

Desfecho muito bom, com uma leve surpresa no final que falhei em prever.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 22 Dez 2007, 13:19

O que você previa?
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Mensagempor Anonimous000 em 22 Dez 2007, 18:00

Nada verdade não previ nada, mas o Yao virar algum tipo de morto vivo me pegou de surpresa.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 23 Dez 2007, 00:22

O que uma vontade forte e a necessidade de arrumar um plot pra uma aventura não fazem?
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