É GUERRA! O Basta no RJ

[Skar]

Cara as UPPs pelo menos parecem estar fazendo algo para ter feito um inimigo comum e unificado o traficantes aqui do rio. Longo prazo só se eles quiserem acabaram de provar hoje que não tem ponto do Rio que policia não chegue. Isso é um puta baque na cara do tráfico que ali meio que era considerado impenetrável.

É só querer e permitir e criar efetivo para policiar.

[ferdineidos]

Vejo esse problema com duas repercussões:

SE invadirem o alemão, conseguem acabar com o último grande ponto do tráfico organizado no Rio. Já ouvi de mais de um amigo policial que com as instalações de UPPs a maioria dos traficantes estava indo pro complexo, assim, agora lá tem a maior concetração de bandido por metro quadrado da cidade, e, se o cerco for bem feito, dá pra expurgar o grosso das favelas do Rio.

Claro que o tráfico vai continuar existindo, mas em menor escala e com muito menos poder. Só pra dar um exemplo o tráfico na Serra Grajaú-JPA continua rolando sem mais problemas (bom, o bagulho deve estar mais caro, mas...)

SE não invadir, aí vai cozinhar o problema até o paiol explodir de novo, e aí a coisa vai ficar mais feia.

Segundo ponto é: muitos traficantes no decorrer desses meses de instalação de UPP foram para municípios vizinhos, agora as cidades ao redor do Rio e em parte de Minas tem um tráfico mais violento.

[Myako Lumine]

Eu não moro mais na capital - e agora agradeço por isso -, mas que a situação tá complicada, tá. E não só na grande Rio. Muito marginal e traficante grande veio pra minha cidade, pra minha região, e isso tá dando problema.

Hoje de manhã teve tiroteio e arrastão no centro da cidade - é uma cidade de turismo, pequena e litorânea -. E isso se repetiu de tarde.

Além disso, eu e a patroa 'tamos bem assustadas com o que tá rolando lá "pra baixo". Eu tenho duas provas - sábado e domingo -: uma na baixada, outra em Cascadura. E, de boa? São formados engarrafamentos enormes, de pais levando os filhos, e as redondezas dos prédios onde acontecem as provas ficam cheias. Pra passar arrastão lá, e dar tiroteio, é um pulo. Porque se o objetivo é assustar e colocar medo na população, esses lugares são bons alvos.

Quanto à ação da polícia:
Acho que, se matar todo mundo, vai dar um tempo no problema - ao menos na parte mais gritante dele -, mas depois de um tempo vai voltar, e vai voltar pior. Porque eles vão saber como a polícia age, vão procurar formas de burlar isso, de desafiar mais, de - talvez - fugir mais.

E quem vai se foder, por mais alguns anos, vai ser a população.

Quanto à mídia:
Não nego a importância dela - até porque algumas imagens ajudaram, e muito, a polícia -, mas que tem horas que dá raiva, tem. Que tipo de mídia passa o plano da polícia? A repórter ainda perguntou a forma que eles iam invadir o morro, tipo, oi-Q

Edit: recebi um e-mail da Souza Marques, cuja prova era no sábado.

"Tendo em vista a onda de violência no Rio de Janeiro, o Vestibular da Souza Marques 2011 foi adiado para o dia 04/12/2010."

[Allefcapt]

Olá A todos,

GIlnei,
Rapaz, perto até demais.

A questão é mais delicada e complexa do que um post aqui permitiria resumir.
Mas a resposta rápida seria SIM e NÃO.

Sim pelo fato de que para AQUELA ÁREA, historicamente dominada pelo tráfico, que a transformou em uma Mogadício, a limpeza ocorrerá e alguns nomes de peso provavelmente tombarão.

Por outro lado NÃO, uma vez que a entrada de Drogas e Armas no Rio ocorrem em outras localidades as margens da Baía de Guanabara.

Como alguns aqui sabem, eu trabalho com isto, ou seja, com comunidades país afora, mas minha formação acadêmica foi toda em cima dos estudos de violência no Estado do Rio. As favelas são hoje parte de minhas obrigações profissionais. E construir “relacionamentos” com seus habitantes faz parte deste escopo.

Hoje não poderia haver data pior para estar na entrada de uma delas. E conhece a Lei de Murphy...

Pois é. Por volta das 07:40hs, hoje, na entrada de uma destas comunidades, aliás uma das mais importantes para a entrada de armas no Rio, gerenciada por um dos homens de confiança do Fernandinho Beira Mar, minha equipe foi parada. O “olheiro” recebera uma informação pelo rádio que o BOPE acabara de iniciar um movimento em direção a uma comunidade “amiga”. Aliás, A COMUNIDADE.



O erro estratégico dos marginais foi se reunir em duas facções como ratos em uma ratoeira. Faca na caveira.

O bonde tinha que fechar tudo.

Como sempre faço, carrego no peito uma das câmeras que uso. Ligada em modo de filmagem... tive que desligar quando o movimento me chamou...
E eu ainda não tinha idéia da guerra que estava começando na Vila Cruzeiro.

Agora acho que ao menos, parte desta casa cai.



Abraços,

[Lumine Miyavi]

Por outro lado NÃO, uma vez que a entrada de Drogas e Armas no Rio ocorrem em outras localidades as margens da Baía de Guanabara.

Como alguns aqui sabem, eu trabalho com isto(...)

[teoriadaconspiração]Isso explica de onde vem a grana pra tantos livros de AD&D, além do esquema internacional de capivaras chocadas... [/teoriadaconspiração]

[Allefcapt]

Olá a todos,

LUMINE...
Rua Prefeito Ri...., Casa,,,,

Né?

[arghsupremo]

Ainda bem que ele sabe o endereço para entregar o livro. \o/

[Joshua_Crow]

Eu pensei na mesma coisa, Lumine.

Tá, sério. O método Search and Destroy já devia ter sido usado a muito tempo no Rio de Janeiro. Na verdade, devia ser usada em todo o país. Mas aí seria a Ditadura de novo. Além que o pessoal dos Direito Humanos vivem contra "porque vai ferir inocentes" "deixa disso!" "eles só não tiveram oportunidade...". Como meu pai vive dizendo: bandido só é bom com 5 balas de .357 na nuca. E se ainda respirar, descarrega o pente! (Não, meu pai não é do BOPE nem nada, mas ele já trabalhou com a polícia. E o Ministério da Defesa Crow adverte: Mate por autodefesa. Aleije o elemento por diversão. :D)

Se esses "pic*s das galáxias" se mandassem pra cá (Manaus), não ia ser de muita vantagem. Os focos de tráfico ficam em bairros pobres (e muito afastados dos centros comerciais mais movimentados) e vez ou outra dá a cagada do traficante morrer por briga de bar com golpe de facão.

Por pessoal aí do RJ, lembrem-se: Escutou bala, se joga atrás da geladeira. Se cuidem.

[Myako Lumine]

No Rio, o povo escuta som de tiro e se joga no chão.

Aqui, o povo corre pras janelas.

[Ric.freitas]

Entrevista com Rodrigo Pimentel sobre as UPPs.

aTerra Magazine - Você acha que esses ataques são coisa de "traficante emburrado", como disse o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame?


Rodrigo Pimentel - É evidente que é. As ações de terror que visam à promoção do medo e do pânico, de muita visibilidade e que não tem intenção nenhuma de lucro, são ações de terror. São ações de reação não só às UPPs, mas a toda a política de segurança pública do Estado. A UPP é, sim, o carro chefe, é o que está dando mais prejuízo para o bandido. Mas veja só... desde que o governador Sérgio Cabral assumiu, além da pacificação, tem também o encaminhamento de bandidos para fora do Estado. Tem ainda o indiciamento e investigação de familiares de presos. Os familiares que enriqueceram ilicitamente estão sendo investigados e denunciados pelo Ministério Público. Isso provoca no tráfico revolta. Todo mundo dizia que essa UPP era esquisita porque os bandidos não reagiam. Taí a prova de que não era nada esquisito. A UPP é realmente eficaz e tira o território do tráfico. A reação é essa aí...

As UPPs foram implantadas como um contraponto ao policiamento que combate o tráfico com mais violência. Mas aumentaram o policiamento nas ruas e as operações do Bope em favelas. A polícia divulgou nesta quarta que já foram mais de vinte mortos nessa reação aos ataques. Não corremos o risco de regredir?
É importantíssimo isso. Não é a volta da política de enfrentamento. Na verdade é uma consolidação da UPP. O governo do Estado persegue a pacificação como um caminho mais viável e mais inteligente como a única política de segurança pública do Estado - porque até então não havia nenhuma. Se existe uma reação dos traficantes a essa política de pacificação, é evidente que você tem que estancar essa reação. E para estancar essa reação, é operação em favela, sim!

Isso seria momentâneo?
Eu sempre fui um crítico desde tenente, de capitão... Eu sempre fui um crítico contundente da operação em favela. Eu sempre achei uma ação desnecessária e ineficaz, que não tinha o menor motivo. Porque você entrava na favela e saía. E aquilo não tinha fim nunca. Aí surge a UPP que entra na favela e permanece. De fato, funciona. Mas essa política de enfrentamento momentânea é para estabelecer e consolidar o processo de pacificação. Os marginais estão saindo de favelas já identificadas para efetuar pânico no Rio de Janeiro. Para queimar ônibus, matar pessoas... Então a polícia tem sim que invadir esses redutos e tomar esses traficantes. Tem que criar uma zona de desconforto para que eles não possam mais operar essas ações. Além de intensificar o policiamento nas ruas, a polícia tem que voltar às favelas e atacar esses redutos, esses sujeitos. Não tem jeito. É um caminho sem volta. É agora ou nunca. O Estado não pode ser refém, não pode se ajoelhar, não pode recuar um milímetro.

A população não sofre com isso?
Isso não é uma vontade do governo do Estado, não. É uma vontade da população. Todas as pessoas nas ruas estão solidárias às ações da polícia. Nós vamos viver no Rio de Janeiro nos próximos cinco ou seis dias, um pouco de medo, de estresse em sair à noite, de preocupação com o filho na escola. De "será que eu posso ir à faculdade porque a minha aula termina a noite?". Nós vamos viver um desconforto nos próximos dias, mas se for isso o preço para que a política de pacificação funcione, que seja pago. Está muito claro que isso é um momento. Não é uma política para sempre. É um momento. A política é a pacificação. O que a gente está vivendo agora é um momento importante para a pacificação.

Isso não pode virar um ciclo de ataques de traficantes e reações mais ostensivas da polícia?
Não. Na queda de braço com o Estado, o Estado ganha. Com todos os traficantes que o Comando Vermelho dispõe no Alemão e no complexo da Penha, o Estado já provou que consegue entrar lá. Então, nessa queda de braço quem vai sair perdendo é o traficante. E perde várias vezes. Perde porque a Justiça já entendeu que ele não pode mais ficar no Rio. Ele é uma ameaça à sociedade cumprindo pena aqui. Ele perde em cumprir pena num lugar mais distante, perde em ter seu reduto atacado pela polícia... Sinceramente, eu sou otimista. Se isso aí não fizesse parte de um pacote mais completo de segurança, eu diria que é a repetição de um ciclo que a gente já conhece. Mas não é isso.

Sobre a prisão em outros Estados, o secretário Beltrame informou que há indícios de que a ordem para os ataques tenha vindo do traficante Marcinho VP, de um presídio no Paraná...
Sim, você tem ataques que vieram do Paraná. Mas vieram em função de prerrogativas que os presos possuem no Brasil, de visita a vítimas, acesso a advogados e tal. Uma forma punitiva para eles agora é que eles sejam retirados do Paraná e sejam enviados a um presídio mais longe. Nesse intervalo, eles vão perder semanas de acesso a advogados e a familiares. E isso já descordena as ações reativas desses bandidos.

As UPPs estão instaladas, em sua maioria, na Zona Sul enquanto que investigações apontam que esses ataques estão vindo de outras regiões, da Zona Norte. O processo de pacificação não precisa ser expandido?
É. A UPP começou na região hoteleira da cidade, na região mais nobre e que tem potencial turístico. E isso é evidente em qualquer lugar do mundo. Não é privilégio para os ricos, até porque a UPP beneficia ricos e pobres. A UPP começou na região de Ipanema, Copacabana e Leme. Depois ela foi expandida. Ela já chegou, sim, à Zona Norte. Toda a região da grande Tijuca - que é um bairro de classe média - já está pacificada. E agora ela avança para uma região mais pobre. Já começou no Morro do Macaco, já entrou para o Morro do São João e está caminhando para o Morro da Matriz. Ela já está avançando para uma região... Agora, está longe do subúrbio da Leopoldina ainda, que é essa região que estamos falando da Penha. Está longe, mas ela vai chegar lá. Tanto vai chegar que a reação do bandido é em função disso. É o medo da aproximação da UPP do seu domínio territorial.

Entendo...
Deixa eu falar uma coisa. Eu nunca na minha vida deixei de criticar a política de segurança pública. Eu cheguei onde cheguei onde cheguei - no filme Tropa de Elite, no livro Elite da Tropa - porque cheguei criticando. Mas esse momento que eu vivo hoje da minha vida é um momento único na história do Rio de Janeiro. Eu não tenho nenhuma ligação partidária com o Sérgio Cabral. A gente tem que fazer uma opção: Essa porra tem que dar certo! Se isso não der certo minha amiga... Nós já testamos vários remédios e nada funcionou. O que a gente não testou ainda é a ocupação territorial permanente. Estamos testando e está funcionando. É necessário.

Já que você destaca esse seu posicionamento crítico, o que mudou desde o seu tempo na polícia?
Quando eu era da polícia, eu tinha a nítida sensação de estar enxugando uma pedra de gelo. A gente matava bandido e invadia favela sem ter uma luz no fim do túnel de melhora. Hoje em dia, fora da polícia, eu vejo com muito otimismo o futuro do Rio de Janeiro. Então essa é a melhor mudança. É o otimismo. Eu nunca fui otimista em 12 anos de polícia e hoje eu sou otimista. E olha que eu sou muito mais crítico agora do que eu era anteriormente.

[Fëanor]

O minimo que podemos fazer, é respeitar a situação, e não fazer piada com ela.

Porque ninguém faz piada com coisas sérias.

[KYU]

Morando no Rio e tendo feito o caminho Niteroi - Centro - Zona Oeste ainda hoje eu afirmo: depois do final de semana não vai ter mais de meia dúzia de vagabundos no Rio. Nunca vi tanto policial / exército /marinha na rua. Nem no Pan-americano.

Como já diziam por ai "vagabundo bom é vagabundo morto"...

[AKImeru]

Honestamente?

Bandido bom é bandido morto.

Parte de mim gostaria de acreditar que os policias deixaram de ser corruptos e isso é uma guerra final para matar essa geração de criminosos com fogo.

Dai só basta dar oportunidade a nova geração. Educação. E então a violencia acabaria.

Porém nós todos sabemos que isso tudo é só para proteger os gringos na olimpiada. Depois disso todo mundo vai embora.


Curiosamente, a policia esta aplicando a estrategia do Oda, de empurrar a guerrilha para fora de seus esconderijos enquanto os flanqueia.

"Avancem, e morram. Recuem e morram. Se rendam e morram."

[Agnelo]

Tchê, então é só tocar uma bomba bem grande lá, né?

Morrem todos os bandidos, morre mulher, criança, pai de família, mas morrem os bandidos também.

Aliás, se a ideia é acabar com o crime em todo território nacional de verdade é só a gente tocar uma bomba bem grande no brasil todo, pô. É tão óbvio, só falta vontade política.

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Não me entendam mal.

Concordo que a polícia e o exército estão fazendo um trabalho correto ao reagir com força proporcional a investida dos criminosos. O que eu discordo é dessa simplificação ingenua "tem que matar tudo", "bandido bom é bandido morto", "tem que meter o exército lá mesmo" e tal. Se fosse tão fácil resolver já teríamos resolvido a bem mais tempo.

[Iuri]

Eu também acho que "bandido bom é bandido morto" (dependendo do nivel de bandidage), mas não acho que seja facil conseguir isso. Até porque a ideia é justamente NÃO causar baixas em civis inocentes (o que infelizmente vai ser impossível).

E mesmo sabendo que isso é só por causa de olimpiadas eu acho uma boa. Eu não gostei da ideia do Brasil sediar esses esquemas, mas pelo menos agora tem uma motivação maior para arrumar a casa.