Pálido Inverno: Última Parte

[Elara]

Ahá!

Acho que li uma parte mais avançada desse conto. O cenário parece ficar mais claro agora para mim^^'

Nham... Tou no aguardo.

Chero!

[Lady Draconnasti]

Lala
Nham, pois é. Acho que cheguei a te mostrar o conto todo no começo do ano (ou não tão no começo assim).

Anonimous
Suas respostas via spoiler

SPOILER: EXIBIR

- Se for mesmo o que eu penso o que você está pensando, a troca da dor "mizeramente" épica foi proposital. Vai saber mais pra frente o porquê.
- Sim, eu comecei a história pelo fim. Eu acho esse tipo de narrativa interessante, mas nunca havia tentado antes. Decidi fazer um teste (e já vou no segundo conto no mesmo esquema de narrativa). =)

Quanto a Yrion, a possibilidade dele ser repostado é pequena, levando em consideração que só eu e o Malka estamos tentando editar aquilo. E acredite... Eu não tenho boas recordações daquele conto.

E o problema não é escrever 100 página, mas ler 100 páginas na tela do monitor. Isso sim é um saco (além de ir contra "N" regras da ergonomia aplicada a internet)

[Anonimous000]

Grato pelas respostas, e boa sorte com esse tipo de narrativa, eu particularmente nunca consegui fazer funcionar...

E sobre:

E o problema não é escrever 100 página, mas ler 100 páginas na tela do monitor. Isso sim é um saco (além de ir contra "N" regras da ergonomia aplicada a internet)

Bom, você está falando com alguém que passa 7+ horas por dia na frente de um notebook E um desktop, ao mesmo tempo.

[Lady Draconnasti]

Bom, não é muito diferente do meu caso ^^'

[Lady Draconnasti]

Neve


O sangue do general correu pelo fio da espada branca de Kuroi, que jogou sua cabeça decapitada sobre os assustados soldados inimigos. Ele sorriu divertido, exibindo as presas brancas, e se pôs de pé sobre o galho da árvore. Ninguém da província imaginava que o invasor daquelas terras seria o Deus da Morte do Forte da Neve.

Um ser metade homem, metade animal. Um Lobo.

Não estavam muito longes do acampamento do Senhor. Yu se refrescava no leito do rio enquanto Yao contemplava as folhas de eucalipto nos altos galhos balançarem com o vento. O ar fresco daquelas montanhas cobertas de verde apaziguava a ânsia de batalhas que sempre os acometia.

Saltou assustado da pedra onde estava sentado ao receber um jorro de água gelada no rosto. Seu pé escorregou no lodo que recobria o leito e perdeu o equilíbrio. A soma disso resultou em uma queda dolorosa e nas gargalhadas da garota.

Praguejava enquanto se colocava de pé com alguma dificuldade, pois a armadura que usava o atrapalhava. Pensou em como castigar a irmã por isso, mas teve que deixar para outro momento. Ouviu passos apressados em sua direção e não pensou duas vezes, sacou a espada que seu pai dera de presente há alguns meses e se preparou para o que quer que fosse.

A jovem se pôs ao lado do irmão, pronta para investir furiosamente com ele, mas não foi preciso uma reação hostil por parte deles. Era um soldado, um pouco mais velho que Yao, quem se aproximava correndo. Trazia nas mãos um papel enrolado com uma fita...

Não demorou para que os dois jovens encontrassem os restos de seus companheiros de viagem e de guerra. Em meio aos corpos retalhados, o lobo branco cujas patas e as presas estavam encharcadas com o sangue fresco dos caídos. O rapaz quase sorriu de alegria quando reconheceu a marca do Forte da Neve estampado sutilmente no ombro da besta.

Kuroi, o Deus-Lobo da Morte...

Não pensou duas vezes em desembainhar sua espada e se colocar de guarda. Yu apenas andou para trás, afastando-se cinco passos, esperando.

Sabiam o que tinham que fazer...

Yao e sua sombra deixaram um pequeno sorriso desafiador brotar em seus lábios.

[Anonimous000]

O corte de cena entre o segundo e o terceiro paragráfo me confundiu por um momento (ou melhor, minha falha em notá-lo), fora isso, muito bom.

Fico me perguntando porque todo protagonista se anima quando encontra um oponente que todo o resto do mundo teme...

[Lady Draconnasti]

Síndrome de personagem principal.

No caso de Yao, típico menino inocente que vai pra guerra e volta carniceiro.

[Anonimous000]

Ou como díria um certo Dark Schineider "Você não pode me vencer! Porque eu sou o Protagonista!"

[Lady Draconnasti]

Ou isso.

Mas Dark Schneider é O CARA

[Lady Draconnasti]

Corredeiras



A tropa avançava arrasando tudo o que encontrava. Não haviam guerreiros que fossem poupados dos fios de suas espadas, não havia casas que ficassem de pé, nem famílias que saíssem ilesas de suas aparições. Assim as pessoas se referiam ao exército de Seiryu, o Dragão Azul, liderado pelo jovem e ambicioso Yao.

A guerra novamente chegara à província e novamente seu senhor decidiu enviá-lo, a fim de terminar com os confrontos com a Terra do Tigre Branco. Até o momento, o Imperador Celestial não se pronunciara na constante disputa entre as Quatro Terras Sagradas. E ele estava feliz por isso.

Yao se tornou um herói para todos depois de enfrentar corajosamente o Deus da Morte do Forte da Neve. As garras poderosas e as presas afiadas de Kuroi eram as provas que ele sempre trazia consigo como troféus. A prova de que ele destruiu o Lobo Branco.

Mais tarde, ele percebeu que não era tão diferente quanto o Deus da Morte...

Yao não podia negar o quanto apreciava o perfume de sangue em suas vestes, nem o entusiasmo que se apossava de sua alma ao empunhar sua espada. E diante de tal força, ele guiava seus soldados. Todos os créditos eram para ele.

Ele era o homem no comando.

Yu apenas o seguia fielmente como sua sombra.

Ela nunca se incomodou com isso. Embora tenha sido treinada para a guerra, nascera mulher. E como tal, seu valor somente seria reconhecido no dia em que tivesse um marido. Ela não negava que gostava disso. Sempre soube usar sua condição inferior para seu proveito, mesmo em batalha.

Sempre era ela quem andava com o pequeno grupo de batedores para fazer o reconhecimento da região e assegurar um local tranqüilo para o acampamento das tropas. Ela sempre voltou ilesa.

Ele podia ser a garra e a presa do Dragão Azul, mas ela era o corpo serpenteante do Dragão. E assim como não há dragão sem garras, não havia batalhas de Yao sem que Yu estivesse presente. Como era a ocasião. Ele a mandara ir à frente, negociar a integridade das casas que havia na pequena cidade mais a frente. Um bom e merecido descanso para sua tropa, antes de continuar varrendo a fronteira da invasão dos Tigres Brancos.

Aguardou pacientemente, até sua irmã aparecer com as boas novas. Eles poderiam ficar na cidade, desde que não destruíssem os lares. Yao deu sua palavra.

Cumpri-la dependeria apenas dos moradores do local...

Mas ele estava de bom-humor. Já conhecia a reputação da cidade, famosa por suas casas decoradas com lanternas vermelhas. Um ótimo lugar para visitar...

[Anonimous000]

Cumpri-la dependeria apenas dos moradores do local...

Fui só eu ou mais algum ficou com um mau pressentimento sobre o que vai se passar em seguida?

Demais, muito bom, como todo o resto...

[Lady Draconnasti]

Acontece, acontece.

[Ermel]

Interessante, por enquanto so o que me paira na cabeça é a lembrança daquele personagem do jogo Darl Stalker - se não me engano - que é um homem-lobo. Achei divertida a parte onde fala que Yu usava de outros 'truques' na luta. É isso ai .

Até!

[Lady Draconnasti]

Gallon/John Talbain foi mesmo a base. Coloque-o numa roupa de ninja e com uma pelagem branca que você vê o Lobão descrito aqui

[laharra]

Está tudo indo muito rápido, diferente da maioria dos seus textos, Lady, mas está dando pra acompanhar. Também me perdi na parte Neve, entre o segundo e o terceiro parágrafos . No mais, espero o desenrolar da história para tirar outras conclusões.