Ambas possuem seus méritos e deméritos sendo que os dois casos servem para explicar e dar visões da realidade
Aí entra uma outra questão que também gostaria de ter abordado mas obviamente não daria tempo: realismo x pragmatismo.
O realista é aquele que acredita que existe uma realidade em sí, externa a nós, e que a ciência nada mais é do que descrições desta realidade. O aprimoramente teórico e prático científico representaria, assim, descrições cada vez mais próximas de como as coisas realmente são, ou seja, de como é a realidade em sí. Consequentemente, é possível, ao menos hipoteticamente, uma explicação última a respeito de um determinado fenômeno, aquele que descreve precisamente como é a realidade em sí.
O pragmatismo considera a questão sobre a existência de uma realidade em sí uma pseudo-questão: se tudo que conhecemos e podemos conhecer tem por intermédio nós mesmos, ou seja, apenas temos acesso a nossas experiências mas nunca a realidade em sí externa, torna-se uma pergunta obsoleta indagar-se sobre isso, de vez que a resposta é logicamente impossível de ser adquirida. Assim, ele permanece agnóstico com relação a esta realidade em sí.
(não confundir isso com o solipsismo, que é o extremo oposto do realismo, please)
Assim, ele veria conhecimento e avanço do conhecimento não como aproximações da realidade, mas como maneiras produtivas de agir sob o problema. Isso elimina a necessidade de justificar a crença na realidade em sí, sem alterar os compromissos da ciência.
Meu problema está no nada afinal vc não necessariamente é capaz de explicar movimentos ambientais pela visão Hobbesiana entretanto é capaz de gerar uma analise com Russeau muito mais concreta. É como uma remédio parcial em diversos momentos, onde você acaba escolhendo qual delas mais te apetece a determinado momento seja para discutir uma analise ou para conceituar algo.
Já li coisas de ambos os autores, mas acredito que não tenha conhecimento suficiente nem tenha jamais operacionalizado seus conceitos para que eu possa dar uma opinião minimamente embasada sobre o assunto.
Mas se eu tivesse que chutar, eu diria que ambos devem utilizar as mesmas palavras para coisas diferentes e/ou palavras diferentes para as mesmas coisas. Mas, se de fato se referirem ao mesmo fenômeno geral, mas uma teoria servir melhor para propósitos X e outra para propósitos Y, não são incomensuráveis. É como duas armas diferentes e ambas servem para atirar: uma é melhor pra atirar de perto, outra pra atirar de longe. Isso não permite dizer que são ambas igualmente boas, mas apenas que ambas são armas de fogo, onde uma é melhor do que a outra dependendo do que vc quer.
Estou surpreso do Eltor, o VA, o Madruga e outros que poderiam se interessar pelo debate não terem aparecido...
