"Tal é a ironia e tal é a sabedoria do destino. Sabedoria, porque essa lei irônica tem a garantia do eterno movimento adiante. A realização, materialização, vitória prática de uma ideia imediatamente dá a ela uma tonalidade filisteia."
-- Ievguêni Zamiátin, "Citas?"
Pois é. Cada vez mais, a Spell não parece pertencer aos usuários, mas a um grupo seleto. O manifesto do Vermelhismo já dizia isso, dois mil posts meus atrás... e todo mundo parece ter entendido o manifesto, exceto pelo Allef e pelo Rona (e exceto por um cara que resolveu plagiar meu manifesto num fórum de anime e foi rechaçado pelo público panaca de lá).
A Spell, em cada uma de suas encarnações, era a vitória encarnada, a superação de um mal anterior. Mas, como grita a obra do mestre Zamiátin, não existe o último número: ele é o infinito. Não existe a última revolução, porque a vitória prática de uma ideia sofre com a entropia e, eventualmente, se acomoda e vira exatamente o que ela tentava destruir antes. A revolução russa de 1917 levou quatro anos para se tornar uma caricatura grotesca do tsarismo... contra o qual a revolução lutou.
É a amarga ironia do filisteísmo, da entropia, da acomodação.
A Spell se tornou um fórum filisteu.
E, finalmente, eu pergunto: por que estamos aqui? É pela acomodação? É porque é fácil? É porque o Allef paga as contas?
Eu me ofereço agora, assim como o Oda se ofereceu: se o problema é pagar as contas, eu ajudo. Não sei nem quanto é, mas se tiver um grupo disposto, eu racho e contribuo. Só não quero mais ficar aqui. Já deu o nosso tempo. Já bateu a meia-noite no relógio da Spell. Vamos fugir, fundar outro fórum, viver alhures: se aqui é o quintal do Lagame, o mesmo Lagame vai ficar vendo o vazio da janela.
Vamos embora, fujamos: ninguém mais quer descobrir as parcerias, as incompetências, os servidores ruins, os sumiços de dados e dias.
Não estou montado na grana, mas sei que essa vontade existe. Dá para criar uma administração mais democrática, ninguém terá mais direitos que o outro. Eu não quero ser admin nem nada, me contento em só ajudar a Spell a existir... mas longe daqui.
-- Ievguêni Zamiátin, "Citas?"
Pois é. Cada vez mais, a Spell não parece pertencer aos usuários, mas a um grupo seleto. O manifesto do Vermelhismo já dizia isso, dois mil posts meus atrás... e todo mundo parece ter entendido o manifesto, exceto pelo Allef e pelo Rona (e exceto por um cara que resolveu plagiar meu manifesto num fórum de anime e foi rechaçado pelo público panaca de lá).
A Spell, em cada uma de suas encarnações, era a vitória encarnada, a superação de um mal anterior. Mas, como grita a obra do mestre Zamiátin, não existe o último número: ele é o infinito. Não existe a última revolução, porque a vitória prática de uma ideia sofre com a entropia e, eventualmente, se acomoda e vira exatamente o que ela tentava destruir antes. A revolução russa de 1917 levou quatro anos para se tornar uma caricatura grotesca do tsarismo... contra o qual a revolução lutou.
É a amarga ironia do filisteísmo, da entropia, da acomodação.
A Spell se tornou um fórum filisteu.
E, finalmente, eu pergunto: por que estamos aqui? É pela acomodação? É porque é fácil? É porque o Allef paga as contas?
Eu me ofereço agora, assim como o Oda se ofereceu: se o problema é pagar as contas, eu ajudo. Não sei nem quanto é, mas se tiver um grupo disposto, eu racho e contribuo. Só não quero mais ficar aqui. Já deu o nosso tempo. Já bateu a meia-noite no relógio da Spell. Vamos fugir, fundar outro fórum, viver alhures: se aqui é o quintal do Lagame, o mesmo Lagame vai ficar vendo o vazio da janela.
Vamos embora, fujamos: ninguém mais quer descobrir as parcerias, as incompetências, os servidores ruins, os sumiços de dados e dias.
Não estou montado na grana, mas sei que essa vontade existe. Dá para criar uma administração mais democrática, ninguém terá mais direitos que o outro. Eu não quero ser admin nem nada, me contento em só ajudar a Spell a existir... mas longe daqui.