second wind quer dizer que os ferimentos se fechem e blá blá blá. O golpe do clérigo que cura pv pode muito bem inspirar seus colegas, assim como quando aragorn derrota seus adversários isso inspira seus soldados.
Wow! Para mim, pontos de vida significa a vitalidade do personagem e sua experiência em sobreviver. E, francamente, tomar fôlego não geraria nenhum efeito que melhorasse isso. Ele faz o que? Sente-se mais ápto a sobreviver porque parou para observar melhor a cena de combate?
Quanto ao seu infeliz exêmplo do Aragorn, bem, os caras que ele inspira ao derrotar um grande Olog-hai, por exemplo, certamente não sentem-se mais aptos a sobreviver, mas sim sentem-se mais capazes de combater o que seria bem mais cabível representar como um bônus de ataque, dano, testes contra o medo, coisas assim. Exatamente o que acontece com o CODA(sem querer botar mais lenha na fogueira D&D vs CODA....).
Tecnicamente, a teoria do "tomar fôlego" me lembra muito Seiya de Cavaleiros do Zodíaco. Ele apanha feito um condenado, mas, em um momento se ergue ignorando os ferimentos e desferindo um golpe fulminante. Seus meteoros começam a virar cometa e destrói a armadura do inimigo como se fosse de vidro.
Ótimo, nesse caso, a idéia é boa. Mas ela não é bem melhor representada com bônus de ataque e dano, por exêmplo, que regeneração de PVs?
Quanto à inspiração... Essa é nova. Outra vez, um cara discutindo essa mesma coisa falou do PV que também é a sorte do cara em ficar vivo. PV já foi a sua resistência a ferimentos, agora é sorte, inspiração, força de vontade, etc...(apesar de incrivelmente o cara continuar morrendo quando seus PVs chegam ao mínimo). Isso sugere uma desculpa esfarrapada para a falta de lógica da regra, ou é impressão minha? Já falei com alguns caras sobre esse sistema e, francamente, ninguém conseguiu argumentar melhor que isso...
Eu não entendi muito a crítica de quebrar portas, mas no D&D um guerreiro pode muito bem dar um take 20, ele só rola o dado quando está com pressa e sobre pressão, digamos com um bando de orcs atrás dele, ai sim ele precisa rolar o dado, se ele tirar 2, quer dizer que ele se atrapalhou e não conseguiu derrubar a porta e um mago fracote consegue apesar de sua fraqueza atingir o ponto fraco da porta.
Ok. Take 20. Mas você lembra que o nosso mago magrelo TAMBÉM pode escolher 20? Então, mais uma vez, temos a cena estranha do mago chegando e dizendo: "Pode deixar, preciso de ajuda não" enquanto, durante dois minutos, ele quebra a porta espantosamente.
Mas indo para os testes, o que realmente interessa. Se, em um momento de desespero, o guerreiro vacila e não consegue quebrar a porta, como um mago magrelo conseguiria. Imagine agora um cara magrelo e fraco sendo agarrado por um cara fisiculturista. Diga se o magrelo teria chance de se livrar? No D&D, ele TEM! Um cara magrelo teria uma força oscilando entre 9 e 10. O nosso fisicuturista, apesar de toda a força toda, usando os padrões humanos normais, não teria mais quem uns 15 ou 16. Vamos supor a pior hipótese pro nosso magrelo: ele tem força 9(-1) e o fisiculturista tem força 16(+3). Você acha mesmo que as chances do cara magrelo, jogando 1d20-1 contra 1d20+3 são realmente tão remotas quanto na vida real? Acho que não.
De qualquer forma, isso é diferente no CODA? Não se rola dado para skill no CODA?
A rolagem de 2d6 gera uma distribuição de probabilidade aproximadamente normal. Tipo. Com os dois dados só uma situação consegue dar um resultado 2(1+1) e só outra situação pode dar um resultado 12(6+6). Mas agora pegue o valor 6. Temos 5 combinações de dados possíveis: 1+5, 2+4, 3+3, 4+2, 5+1. Ou seja, cinco vezes a probabilidade dos dois extremos. Dessa forma, fica muito mais fácil estimar quem vai ganhar o teste de força, concorda? Isso sem esquecer de um detalhe:quem é fraco, demora a crescer em termos de resultados. Quem é forte, adquire mais chances ainda mais rápido. É que os modificadores funcionam assim:
de 4-7 temos um valor +0 de modificador, já quem força 13 tem +3 e o modificador vai subindo na proporção de 1 para cada 2 pontos. Ou seja. Se um fraco de força 4 quer aumentar suas chances de conseguir um bom resultado num teste de força em 1, vai ter que aumentar em 4 pontos sua força, coisa que o nosso cara forte vai fazer isso com dois pontos de força. E, vai por mim, é MUITO ÁRDUO elevar algum atributo, especialmente quando ele não é preferencial. Ou seja. Um mestre do conhecimento dificilmente teria força como atributo preferencial e muito facilmente teria um baixo valor nela. Assim, ele gastaria uma eternidade para subir(tendo que deixar de lado toda a sua evolução em conhecimentos e perícias e outras habilidades). O guerreiro provavelmente teria uma força alta, além de esse ser uma das escolhas mais acertadas para atributos preferenciais para a ordem. Isso gera um abismo de diferença entre o forte e o fraco, assegurando que, dada a mesma situação do magrelo e do fisiculturista, as chances do magrelo seja realmente remotas como manda a realidade.
A crítica sobre magia eu entendo perfeitamente (e concordo), mas o d20 SdA é ruim com seus sistema para as magias serem sutis? Eu até que gostei, achei complexo, mas achei que se tem um mago bem ao estilo de SdA. manda umas magiazinhas e ainda sabe usar uma espada, tem uns pontos de vida mais altos. Eu não consigo realmente entender críticas sobre fluff porque fluff é fluff, e qualquer sistema que vc colocar pode criar fluff, e qualquer regra pode explicar praticamente qualquer fluff.
Cara, eu não vi o menor sentido no que você disse com essa passagem. Você tá dizendo que no SdA d20 fizeram um esquema de magias complexo mas que deu pra ficar similar a SdA, é isso? E...? Entenda o que eu venho dizendo: você pode adaptar praticamente tudo em qualquer sistema, desde que haja as devidas mudanças. Se os caras lá da Valinor conseguiram fazer uma limpeza geral na lista de magias do D&D que ficasse combinando com SdA de modo que não fique tão absurdamente espetacular, meus parabéns para eles(e é nessa hora que você percebe a paixão dos caras pelo sistema porque ter esse trabalho todo para adaptar uma coisa que já estava tudo pronto em outro sistema requer muito amor mesmo...). Isso só fundamente mais ainda meu argumento que o d20 não dá certo para SdA, a menos que você faça uma série de adaptações drásticas para esse fim.
Eu ainda acho que JRR Tolkien não vai estar se remexendo em seu túmulo, porque eu não estou fazendo SdA Super Heroes, as limitações humanas estão todas lá, (não é uma aventura para níveis épicos), todos os fluffs da terra-média estão lá. Meus jogadores sabem o que é terra-média e o único mago do grupo também sabe qual é o estilo de magia no lugar. Se eu fosse fazer uma aventura sem ser no estilo de SdA não pegaria Arda como cenário, pegaria Eberron, que é meu cenário de D&D favorito.
Cara, eu olhei os personagens e notei que são do primeiro nível. Como eu disse, até dá certo com personagens de 1º e 2º nível, mas e quando eles começarem subir níveis demais, o que você vai fazer para manter o estilo? Vai segurar a XP até não poder mais? Garanto que os jogadores não vão ficar muito felizes com isso. Não que eu esteja dizendo que seus jogadores são power players que querem mesmo é subir de nível e ter poder. Mas, tipo, é no mínimo frustrante ver que seu personagem não evoluiu nem um pouco. Ele se esforça para que, então?
No momento em que você fala que o companheiro vai destruir o clima de Tolkien jogando o D&D 4 edição, eu digo que talvez sim. Mas o que isso tem a ver... Cada um joga e se diverte como quer. Não existe um jeito certo de jogar o cenário do Tolkien. Se o seu grupo e seus jogadores se divertem com mais ação e combates espetaculares e abstratos, perfeito, jogue assim! O importante é que se divirtam.
Calma lá, amigo. Eu disse muito claramente que, se os jogadores estão se divertindo, não tem o menor problema. No entanto, por causa disso, assumir que não existe um "jeito certo" de narra SdA é um erro. Então por que raios as pessoas lêem livros e mais livros de suplementos sobre seu cenário de campanha preferido? Se não houvesse um "jeito certo" de evocar o clima natural do jogo, os livros apenas se resumiria a descrever a história do mundo e as principais localidades.
Agora aplique isso a SdA, que tem um clima muito mais requintado. Não dá. Tanto é que o livro do CODA passa metade do livro descrevendo de "N" formas possíveis as formas corretas de se entender as magias, como ela funciona, a ambientação, a forma de narrar e descrever. Ele chega ao ponto de até dizer que tipo de aventura é ou não aconselhável de se narrar. Inclusive, o livro fornece até uma espécie de "mandamentos do herói" onde ele aconselha que os jogadores se baseem nisso para definir seus heróis, tudo para manter o clima Tolkieniano a todo custo. Você, como jogador ou narrador, pode jogar todos esses conselhos e idéias no lixo e jogar um jogo mais ao estilo D&D de ser? Pode! O problema é meu? Não! Você que sabe o que quer jogar, oras!
Quanto ao Tolkien se remechendo no túmulo, eu reafirmo. Veja bem, na primeira vez que quiseram fazer um filme de O Senhor dos Anéis, queriam colocar bicos nos orcs e o Tolkien, ao ver isso, LITERALMENTE vomitou!!! Imagine se ele sonha com a possibilidade de ver uma batalha ao melhor estilo Final Fantasy em plena Terra Média??? Certamente ele se remecheria.
A maneira como voce se expressa, dizendo que Tolkien vai se revirar na tumba por que alguém vai jogar uma aventura mais super-heróica e mais combativa ao invés daquele romance colorido entre dois hobbits chorões e sentimentais e seu anel do poder.
Não deboche, meu caro. O Senhor dos Anéis trata-se de um romance romântico mas sem nenhuma conotação sentimental. Não no que diz respeito a amor e paixão. Com excessão, talvez de Aragorn que tem um romance com a Arwen e fica meio que um triângulo amoroso com a Éowyn, pelo menos do ponto de vista dela... A Terra Média é uma ambientação que implica respeito absoluto. Lá não há um xingamento mais pesado que "tolo". Enfim, voltando aos Hobbits, a "amizade colorida" de Frodo e San, nada mais é que o respeito exagerado que o San tem pelo mais nobres dos Hobbits que é o Frodo(que detém uma riquesa maior que todo o resto do Condado). O San é o jardineiro pessoal dos Bolseiros e deve a Frodo o seu ganha pão. Frodo, por outro lado é um rapaz virtuoso que não ousaria desejar mal nem ao seu mais patético servissal, tratando San como um amigo, coisa que todo patrão deveria fazer com seu empregado já que isso vai implicar que eles tenham que conviver muito um com o outro.
O resultado disso, é que San tornou-se uma espécie de súdito, especialmente depois de ficar "preso" ao Frodo pelas palavras duras de Gandalf: "Não o deixe, San Gandgi. Nem por um segundo!". Assim, como eles sempre são MUITO cordiais um com o outro, nós, pessoas com bem mais malícia que dois jovens hobbits que viveram toda a vida isolados do resto do mundo, temos uma impressão "estranha" acerca disso.
Mas cara... faz o teu jogo e se diverte meu! Seja com 3D&T, D&D, AD&D, Gurps, d20 Moderna SDA, BRP, Pendragon, o que tu quiser!!! Joga e te diverte colega! Não existe essa coisa ai de jogar certo ou de "estragar" o mundo de Tolkien. Kasuya ta bancando o fanboy de Tolkien, hehehehe! Não liga não.
Com certeza. Jogue o que quiser e como quiser. O Mundo de Tolkien não será "estragado" por que ele não vai deixar de ser como é só por que alguém tem uma visão diferente do cenário ou tá afim de avacalhar mesmo(não é o seu caso, cara, mas, é possivel que exista alguém que queira), mas certamente você vai deixar de aproveitar parte do que a Terra Média oferece. Se você está se divertindo, tudo bem. Você não é obrigado a manter o clima do jogo, mas é, no mínimo aconselhável que isso ocorra, não concorda?
O Davi entrou aqui pra comentar e trocar idéias sobre o Mundo de Tolkien, é o que eu acho, falar de sua campanha, ta postando amostras do seu trabalho ai po, então vamos lá trocar umas idéias sobre a Terra Média ao invés de ficar entrando em bronca de sistema ou bancar puristas de Tolkien.
Bem, ai é que está o problema. Ele não me passa nem um pouco essa sensação quando o primeiro post que eu vi dele nesse tópico iniciou-se com ele metendo bomba no sistema CODA e falando que estava narrando em D&D 4.0. De forma pouco argumentativa, na minha opinião. E foi por isso que eu entrei comentando a sistemática dos dois sistemas.
Eis o post inicial dele:
Eu comprei o CODA assim que saiu, adoro Senhor dos Anéis, e tenho boa familiaridade com o universo. Mesmo assim acho o CODA uma merda, o livro é muito legal para aprender como narrar e jogar no mundo da terra média, mas o CODA não ajuda em nada. Se fosse tão especialmente bom para SdA teriam criado outro sistema para StarTrek, mas usaram o mesmo (ou será que Star Trek e SdA são muito parecidos?)
Vou começar minha campanha de SdA agora, usando o 4e, tirei todas as coisas que não são da terra média, isso é agora as não tem clérigo, não tem halfling e coisas do tipo. Não me importei de criar raças para hobbits, não acho que eles são boas classes pra aventureiros.
O CODA é ruim na minha opnião pq a errata é quase maior que o livro "exagerando aqui, mas não muito", na errata eles conseguiram refazer a lista de armas completamente!!! Os edges são muito brokens com uns bem melhores que outros, e tipo, vc pensa e dai um ser melhor que o outro, mas é que alguns fazem exatamente o que outro faz só que muuuito melhor, e não tem uma diferença importante de como é aprensentado, não lembro agora qual era, mas me lembro de ver muito disso.
Muitas skills inúteis (é como pegar o 3.0 e fazer uma versão 3.-2)
Combatas eternos, e não precisa de jogo de cintura do mestre, é preciso ignorar todas as regras e simplesmente descrever os combates, pq jogá-los é um lixo. Ou pelo menos são puco divertidos.
bem teria outras coisas para reclamar, mas deixa pra outro post
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Kasuya demonstrou nos seus posts gigantescos que possui uma enorme conheciemento sobre a Terra Média, sobre sua visão Tolkeniana, então posta mais ai, da umas dicas de jogo, conselhos como ambientar o clima da campanha mais Tolkeniana, o que da mais clima, o que tira o clima, acho que é essa a proposta do Davi, isso que ele quer discutir aqui.
Bem, eu tentarei ajudar no que for preciso. Mas tipo, a dica mais importante, como não poderia deixar de ser é: Leia a trilogia. Como isso nem sempre é possível(especialmente porque não é uma solução muito objetiva, já que isso demanda MUITO tempo), outra dica interessante é que você leia o livro do SdA RPG (CODA). Pule o sistema se você não gosta e caia de cabeça na parte de narrativa, no capítulo de magias(não necessariamente o grimório da Terra Média, mas sim a explicação que ele faz de como é, o que é e como funciona a magia sutil da Terra Média. Isso é muito importante para o clima. Coisas assim. Outra coisa particularmente interessante é: dê uma olhadinha nas características da classe literária do romantismo. Esqueça os romances chorosos e as tramas de "ele fica ou não com ela". Pense na ambientação da escola literária que, aliás, é onde se encaixa a trilogia que é totalmente romântica(mas sem quase nenhum romance afetivo, é bom que se lembre).
Uma das características mais importantes do romantismo de Tolkien é: a natureza é amiga do herói(mocinho, etc...). Como assim? Se ele estiver se dando mal, provavelmente o clima vai ficar mais obscuro, as nuvens tendem a ficar mais carregadas, podendo chegar a chover, e em níveis proporcionais ao problema dos mocinhos, as flores tendem a ficarem um pouco "caidas" e sem muita vida, etc... É como se a natureza chorasse e se compadecesse com os mocinhos. O contrário também é válido. Se os heróis estiverem levando vantagem, encorajados ou se dando bem de alguma outra forma, o céu vai ficar aberto, irradiante, os pássaros estarão perto cantando sua melhor música, os servos do Inimigo estarão vacilantes e particularmente frágeis.
Exêmplo: No Abismo de Helm, quando os Rohirin estavam encurralados, em um número MUITO menor e amedrontados a noite ficou particularmente escura, os orcs pareciam indestrutíveis e uma chuva extremamente densa surge logo em seguida. Mas é só o Gandalf pisar com seu cavalo na arena de batalha junto com o exército do Eomer, o céu instantaneamente fica irradiante(assista o filme. A mudança é sutil, mas dá pra notar como ela é mágica). Ele avança com tudo e o Gandalf usa seus poderes mágicos para aumentar mais isso ao ponto que os orcs da infrantaria simplesmente não conseguiam mais lutar, tamanho era o poder da ofuscação em seus olhos. Assim, os orcs começam a vacilar e se dispersar como se toda a chance de vitória deles fosse levada embora pelo brilho branco do manto de um velho homem que monta um cavalo branco...
Outra coisa importante é o respeito absoluto! Em SdA ninguém destrata ninguém sem motivo algum, nem mesmo o mais arrogante e orgulhoso anão! Então, falas pomposas(sem exageros) e de termos medievais beirando o poético são predominantes na obra e muito boas para manter o clima do cenário.
Tem mais um monte de coisa que vai ficar complicado de eu ficar falando, pois meu post está suficientemente grande e vocês devem estar de saco cheio de ler tanta ccoisa.

Depois quero discutir umas regras pra agilizar minha campanha e queria a opinião do povo ai. Abraços a todos.
Estou aberto a qualquer discussão tanto do sistema CODA quanto da ambientação do cenário. O que eu puder ajudar, estamos aí.
