Vamos lá..
Madruga escreveu:Silva escreveu:Pois é Black, esse é meu ponto desde o início - a incongruência de grande parte dos cenários de fantasia.
O argumento é circular aqui. Você não está, na verdade, querendo discutir de mente aberta para talvez pensar que alguma coisa faz sentido nos cenários que você tanto critica. O que parece é que você não leu nenhum deles, está só fingindo discutir para ver se NÓS acabamos gerando argumentos que vão dar apoio a SUA teoria de que eles não prestam.
Ou seja, você parece estar simplesmente usando essa discussão como muleta para tentar justificar um sentimento irracional de "não gosto e pronto" utilizando os argumentos dos outros, visto que você não parece ter muita disposição de mudar de ideia.
Por exemplo, frente ao meu argumento da língua franca você só se limitou a perguntar se no contexto de FR a ideia se aplicava ou não, para simplesmente poder alardear "achei uma falha, tá vendo, esses cenários são incongruentes".
Incongruentes, por enquanto, são suas respostas. A cada vez que explicamos de maneira satisfatória um mecanismo "realista" que seja bem utilizado na fantasia, você se esquiva e muda de direção. Recomendo ler os livros ou, pela milésima vez, se satisfazer em odiar a fantasia de D&D lá no seu canto e jogar sozinho seus RPGs indies.
A discussão fica infrutífera demais se você simplesmente ignora argumentos bons e só escolhe os que PODEM explicar o que você realmente quer dizer mas não consegue.
Seu argumento estaria certo se minha idéia inicial ao abrir este tópico fosse apontar incongruências em cenários de fantasia "incongruentes". Não é. E nunca foi. Minha idéia era o inverso - discutir e, principalmente, conhecer, cenários e idéias de fantasia plausíveis e "realistas". Por isso perguntei, lá no primeiro post, se alguem conhecia e poderia falar sobre
Kingdoms of Kalamar - pois é um cenário muito falado lá fora como exemplo de "fantasia plausível".
O problema começou quando os "defensores da fantasia incongruente" tentaram justificar a todo custo seus cenários com o motto "isso não existe, pois se é fantasia, então vale tudo", ao que eu repliquei mostrando que tal coisa não só existe de fato, como é chamada de "Hard Fantasy", e também postei links para artigos com definições a respeito.
Moral da estória: é como eu abrir um tópico pra falar do gênero "horror-psicológico", mas a maioria, ao invés de falar sobre o gênero, resolve tentar contestar a própria existência deste.
Felizmente o tópico foi, e está sendo, produtivo - eu aprendi sobre pidgin e creole (o que na minha leitura apenas reforçou a incongruência da lingua "Common" de Faerun mas - pra minha surpresa - absolveu a de Greyhawk ), e também aprendi mais sobre Eberron e sobre extrapolações da magia no nivel tecnológico de um cenário medieval. Confesso que preferia continuar nesta ultima linha,
que é a idéia do tópico desde o início (e que alguns colegas [Emil, Nibelung, Gegê, Blackbird e até você] parecem ter entendido muito bem, obrigado), e até porque a discussão linguistica ja cansou.
P.S: e sim, adoro jogos indie, e odeio D&D. Mas isso não nubla meu julgamento de suas boa idéias, de outra forma eu não estaria elogiando Eberron e Kingdoms of Kalamar, nem teria entre meus favoritos Planescape, Dark Sun e Tekumel - todos cenários de D&D.
"For those who came in late, Glorantha is a myth-heavy Bronze Age with a strong Howardian feel, but much more than that. It's probably the best fantasy world ever created for a game" -Kenneth Hite
"Apenas cale a boca e jogue, mocorongo" - Oda