Silva escreveu:Uma dúvida: a lingua "Comum" de greyhawk possui um nome próprio dentro da ambientação (algo como Kblesht ou Rastvaark) ou é só "Common" mesmo ?
"Merchant's Tongue" e também "The First Overking's Common Tongue".
Moderador: Moderadores
Silva escreveu:Uma dúvida: a lingua "Comum" de greyhawk possui um nome próprio dentro da ambientação (algo como Kblesht ou Rastvaark) ou é só "Common" mesmo ?
Essa questão de nomenclaturas próprias pode até ser interessante e legal, ajudar na imersão e tal, mas também há limites, senão acabaria na situação de ter que aprender um idioma/terminologia própria bem vasta, que é algo que muitos não teriam tempo/saco/condições/suporte pra fazer.
E já que o Silva é o tal grande entusiasta de imersão e buscar algo fora do D&D, poderia nos relatar suas experiências práticas de jogo como jogador/mestre, que tal?
Merchant's Tongue" e também "The First Overking's Common Tongue".
Começou como um idioma de mercadores, mas se espalhou, e durante o tempo aúreo do Grande Reino (um Império que abrangia todo o território jogável) um Rei Supremo baixou um decreto declarando que seria a língua comum a todos do Grande Reino, sacas?
E falar que é lingua franca / linguagem de mercador também não cola, porque esse tipo de linguagem não é popular, mas sim restrita a uma parcela pequena da população medieval (mercantes e nobreza, ou clero no caso do Latim).
Então, na minha pequena opinião, não tem outra explicação pra essa lingua "Comum" a não ser praticidade, facilidade de unir jogadores e mandá-los logo "pro que interessa". É um artifício joguista, com propósitos joguistas, pautado em uma lógica joguista.
Silva escreveu:PORÉM, não existe na história humana um análogo a isso. Nem o império romano possuía uma lingua "comum" universal. Simplesmente não dá pra pegar um cenário com nivel social e tecnológico pré-moderno, onde a taxa de alfabetização é baixíssima - e a barreira e fragmentação cultural altíssimas - e falar que existe uma mesma linguagem universal falada nativamente por todo pé-rapado de todo canto do império (a não ser que esse império seja pequenininho e monocultural). E falar que é lingua franca / linguagem de mercador também não cola, porque esse tipo de linguagem não é popular, mas sim restrita a uma parcela pequena da população medieval (mercantes e nobreza, ou clero no caso do Latim).
Silva escreveu:Então, na minha pequena opinião, não tem outra explicação pra essa lingua "Comum" a não ser praticidade, facilidade de unir jogadores e mandá-los logo "pro que interessa". É um artifício joguista, com propósitos joguistas, pautado em uma lógica joguista.
Porque um jogo onde magia existe, e lagartos gigantes que cospem chamas vai ser igual a nossa realidade.
Silva escreveu:Porque magia sempre existiu na nossa realidade, e esta não se tornou menos real por isso.
Silva escreveu:PORÉM, não existe na história humana um análogo a isso. Nem o império romano possuía uma lingua "comum" universal. Simplesmente não dá pra pegar um cenário com nivel social e tecnológico pré-moderno, onde a taxa de alfabetização é baixíssima - e a barreira e fragmentação cultural altíssimas - e falar que existe uma mesma linguagem universal falada nativamente por todo pé-rapado de todo canto do império (a não ser que esse império seja pequenininho e monocultural). E falar que é lingua franca / linguagem de mercador também não cola, porque esse tipo de linguagem não é popular, mas sim restrita a uma parcela pequena da população medieval (mercantes e nobreza, ou clero no caso do Latim).
Silva escreveu:Porque magia sempre existiu na nossa realidade, e esta não se tornou menos real por isso.
Silva escreveu:E quanto ao "lagarto gigante que cospe fogo": ele é regido por constantes de comportamento claras (lagarto = animal; gigante = dimensão no espaço; fogo = elemento/fenômeno conhecido) que nos permitem extrapolar sua interação com o mundo de forma perfeitamente lógica.
Porque magia sempre existiu na nossa realidade, e esta não se tornou menos real por isso.
Claro, porque em vez de usar fósforos nós conjuramos fogo do nada, e vamos fazer compras usando o Disco Flutuante de Tenser no supermercado, né, Silva?
Cê tá viajando, Silva. O conceito "Magia" influenciou alguma coisa? Claro.
Mas magia como força real, quantificável, que pode alterar rumos da vida das pessoas e é usada com efeitos tangíveis e claros nunca existiu no mundo real
.. imaginar que o mundo X precisa ser igual ao mundo real, já que a única diferença é "existe magia", é o mesmo que falar que a civilização moderna seria igual se, sei lá, Tesla tivesse inventado uma forma de extrair hidrogênio da água em larga escala, eliminando a necessidade do carvão, petróleo e outros recursos como combustível fóssil.... É você afirmar que mesmo com isso, todo jogo de política e poder das nações seriam iguais, exceto que existiram carros que não contribuem com a poluição. Se você mudar UM elemento importante, você muda tudo.
Dragões de Eberron, Forgotten, SdA e DarkSun, são criaturas distintas entre si. Não há uma constante entre elas a não ser o visual, e nem isso é certo... De onde veio essa "constante de comportamento"? Ainda mais porque você deu uma definição física como "constante de comportamento", e não um exemplo real.
Latim vulgar, por exemplo, mesmo que não fosse uma língua definida, era uma bastardização/simplificação do latim eclesiástico. Por mais que se misturasse com idiomas locais, as características (na teoria, por conta da economia linguística) eram suficientemente parecidas para que se tratasse de um patois bem difundido que funcionava como língua franca... Tem o chinook que existiu em diversas partes do Canadá/EUA na época da colonização. Tem o tok pisin que virou língua oficial em Papua Nova Guiné, também.
O exemplo não é tão bom assim, mas veja o inglês hoje. Existe uma forma simplificada de inglês já reconhecida, o globish, língua que, embora propositalmente codificada por um cara, representa o fenômeno que acontece com o inglês como língua franca: as pessoas não usam mais do que 1500 palavras quando o inglês é segunda língua e muitas não estudam além do intermediário. Então o inglês virou "trade language", o "globês" é meramente um patois mundial de uma língua que foi amplamente difundida.
EXISTEM casos reais para reforçar. Essa explicação de Eberron é ótima e faz todo sentido, ainda mais se você considerar o papel que a magia (e consequentemente a facilidade de transporte, principalmente dos grupos dominantes) tem em cenários de fantasia.
Animais nascem, crescem, reproduzem e morrem. Conhecemos muitas propriedades do fogo e do vôo/aerodinâmica. E sabemos perfeitamente como seres humanos reagem a seres maiores e que constituem ameaça. Ou seja, dá pra extrapolar como seria a existência desses seres através da lógica. Basta querer.
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