[Região] Odarân

Projeto coletivo de criação de um cenário oriental para o sistema d20, bem como criação e alteração de regras para o mesmo.

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Re: [Região] Odarân

Mensagempor Youkai X em 06 Set 2010, 02:38

Voltei a ler Odarân e vi que Odarân parece um ótimo fornecedor de armas pra alguns reinos, especialmente a nação oeste de Neerghul e Bujdret, talvez Seraj Zatam.
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Re: [Região] Odarân

Mensagempor oculto em 12 Set 2010, 10:23

Estou preparando uma nova atualização, mas como também estou dependendo de maiores informações sobre o cenário, algumas coisas ficarão pendentes. Atualmente esbocei o seguinte:
  1. Cidades:
    • Lakam: Cidade habitada principalmente pela casa nuarek, mas todas as casas são bem-vindas. É localizada a nordeste da nação e possui aproximadamente oito mil habitantes, próxima a ela está localizada uma tribo de gailels com cerca de 500 membros.
    • Mirä-dir: Cidade fortificada localizada no extremo sul do reino. Possui pouco mais de dez mil habitantes e funciona como uma capital econômica da nação. É o único centro da nação aberto para estrangeiros.
  2. Divisão do trabalho:
    Não há uma organização oficial relacionada ao trabalho em Odarân. Qualquer membro de qualquer casa pode desenvolver qualquer prática de trabalho. O que não é tolerado em Odarân é a inatividade. Todos devem trabalhar a favor da nação, incluindo os mais jovens, que são motivados a trabalhar desde o início da infância.
    Mesmo sem haver relação direta entre as casas e o trabalho, é comum associar algumas tarefas melhor desempenhadas por alguns como, maubucos ferreiros, nuareks carpinteiros, etc.
    • Relacionamento nos reinos:
      Odarân não possui uma visão expansionista. Os bárbaros místicos desta terra se concentram principalmente em defender seu reduto sagrado, a Cidadela de Odar, e isto eles fazem com uma fúria vista somente por poucos. Como os nativos raramente realizam longas viagens, eles praticamente possuem relação apenas com seus vizinhos limítrofes:
      • Brujdret: Odarân não nutre amores por esta nação tribal necromântica. A maioria dos odaranos vê Brujdret como um reflexo negro de seus antepassados, antes da unificação iniciada por Odar Ciran. No início da grande nação as tribos de Brujdret e os clãs de Odarân se confrontaram inúmeras vezes na região da divisa, pois na visão de Odar aqueles também deveriam ser unificados, porém Odar faleceu antes que pudesse concretizar este feito.
        Com o tempo um limitado respeito mútuo foi conquistado e líderes de ambos as nações já se visitaram. Atualmente as relações entre ambos são focadas apenas no comércio onde Odarân compra grandes quantidades principalmente de carvão para as forjas e exporta metais e lã.
      • Avkhass: Odarân sofreu grandes perdas no passado para os horrores da floresta. Tais perdas foram tão impactantes para a nação que hoje em toda a extensão que divide a terra de Odar com a floresta é vigiada por várias fortificações.
        Mesmo sendo uma região vigiada, é comum ainda haverem conflitos e batalhas entre os odaranos e as raças de habitantes da floresta, principalmente uma grande tribo de Kaamurs que habita uma fração da região norte da floresta. É comum para um odarano adentrar na floresta e vencer seus desafios, trazendo consigo uma prova disto quando deseja desafiar o grande líder. Odarân não possui nenhum tipo de relação política com nenhum povo de Avkhass.
      • Kutawala: [ainda não há descrição dessa terra, mas lá habitam Kaftars, certo?] Esta região selvagem é um segundo lar para os odaranos. Por algum motivo perdido no passado, o clã craam desenvolveu um forte vínculo com as tribos de kaftars desta região e, quando da unificação da nação, este vínculo se espalhou com os demais clãs. É comum odaranos e kaftars se aliarem nos limites de suas regiões contra os horrores de Avkhass.
        Os odaranos estão cientes da selvageria dos kaftars, assim como este estão cientes das leis rústicas da nação. Ainda existem pequenos conflitos entre algumas comunidades de ambos os lados, mas normalmente a lei de Odarân tem sido aplicada com sucesso para impedir que qualquer conflito inicie uma batalha desnecessária.
      • Neerghull: [estou aguardando a atualização, mas a visão é essa, por enquanto] Odarân enxerga as três nações de Neerghull como a si mesmo no passado, povos distintos lutando pela supremacia e unificação.
        As armas odaranas são muito requisitadas por Neerghul, mas ambos os povos negociam praticamente de tudo aquilo que os interessa. Não há outro vinculo entre as nações que não seja econômico.
      • Demais povos: Um odarano nutre um doentio amor por sua terra e raramente a deixa, mesmo em viagens rápidas. Deste amor também brota um protecionismo excessivo com as regiões mais centrais da nação. Com exceção das planícies do sul, em nenhuma outra região da terra de Odar um estrangeiro pode transitar livremente se não tiver sido convidado.
        Todos os acordos comerciais ou políticos com demais povos são tratados na cidade de Mirä-dir, no extremo sul, fazendo limite tanto com Neerghul quanto com Kutawala.

    Editado: Pensando melhor, é provável até que Odarân tomasse partido mesmo do reino oeste de Neerghull, enviando inclusive tropas para ajudar em algum confronto. Vou pensar melhor.
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    Re: [Região] Odarân

    Mensagempor Madrüga em 12 Set 2010, 11:50

    Ah, eu ia perguntar isso: se existe uma pequena comunidade gailel, quer dizer que os odaranos são tolerantes com outras raças, certo? O problema deles é com outras nacionalidades, se entendi bem.

    Eu também tomaria um certo cuidado com "horrores da floresta", parece que lá é a casa do capeta. Avkhass tem os kaftar, é verdade, umas raças xenofóbicas e uns monstros, mas não é assim, também. XD

    Se vamos falar em horrores, temos Kotrug logo abaixo de Odarân, e os horrores de lá é que são demoníacos: goblins, tríbulos brutais, manadas de zumbis...
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    Re: [Região] Odarân

    Mensagempor oculto em 12 Set 2010, 21:57

    quer dizer que os odaranos são tolerantes com outras raças, certo? O problema deles é com outras nacionalidades, se entendi bem.

    Na verdade não. Odaranos são xenofóbicos ao ponto de realmente atacar um simples camponês perdidos nas regiões mais centrais de sua terra (principalmente por parte dos craamos), mas os habitantes de regiões mais limítrofes possuem um pouco de tolerância sim. O problema é que quanto mais para o centro da nação e mais próximo da cidadela, mais hostis os bárbaros vão ficando. Mesmo nas regiões limítrofes, um estrangeiro mencionar querer visitar a cidadela é um tipo de comentário que mudaria a percepção de um odarano de "neutro" para "desconfiado" para com ele. A insistência com certeza vai gerar hostilidade, mesmo se vier de raças ou nações neutras ou aliadas.
    A idéia da comunidade gailel foi apenas acrescentar um vinculo maior com o cenário, além de que gostei muito dessa raça. Essa comunidade conquistou a confiança dos odaranos quando ajudaram os nuareks a criar os rituais de invocação de elemenais purificados (sagrados, santos, radiantes, whatever).
    Agora, alguém que desperte confiança pode ser convidado por um odarano a visitar a cidadela. Se bem que não basta "convidar", existe toda uma estrutura, escolta com alguns guardas, permissões de outros líderes de clãs na região, etc, em resumo, ser convidado para ver a cidadela é uma honra para poucos. Existem os odaranos corruptos, que "convidam" e conquistam passes para estrangeiros adentrarem na cidadela. Isso pode ocorrer principalmente quando alguém pode pagar pelo ritual de purificação contra a mácula e descobriu que lá existe essa cura, segredo este bem guardado pelos odaranos em geral.
    Eu também tomaria um certo cuidado com "horrores da floresta", parece que lá é a casa do capeta. Avkhass tem os kaftar, é verdade, umas raças xenofóbicas e uns monstros, mas não é assim, também. XD
    Se vamos falar em horrores, temos Kotrug logo abaixo de Odarân, e os horrores de lá é que são demoníacos: goblins, tríbulos brutais, manadas de zumbis...

    Vou rever meu conceito de Avkhass então, mas pelo que li no tópico da região me pareceu essa casa mesmo. :mrgreen:
    Kotrug fica abaixo de Kutawala ainda. Embora sejam uns 800km, não creio que haveria um impacto direto entre Odarân e os habitantes de lá. Alías, o que diabos é Kutawala? A única menção que eu achei foi o próprio mapa e, por algum motivo, estou considerando ser a terra natal dos kaftars.
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    Re: [Região] Odarân

    Mensagempor oculto em 17 Out 2010, 11:55

    Hurazäm estava ainda tenso devido a cólera que fervia em seu sangue. Seu malho ensanguentado e as feridas em seu corpo denunciavam o intenso combate que ele, solitário, travou. Sua mente pairava enquanto a dor que as perfurações das lanças envenenadas o causaram se dissipava.

    Dois kaamurs armados haviam conseguido passar despercebidos pela fronteira vigiada de Avkhass e seguiam em direção a um vilarejo maubuco das proximidades. Hurazäm os avistara ao longe, enquanto percorria aquela trilha em sua vigilia. O maubuco perseguiu silenciosamente aqueles invasores por um longo caminho, por meio às pequenas matas e charcos, até que tivesse certeza de que eles não iriam se virar e seguir de volta para sua maldita floresta.

    A lua nova brilhava tímida, enquanto a silhueta do longo anel desenhava o céu pouco abaixo dela e algumas nuvens ocultavam as estrelas. A região sombria de árvores e mato altos permitia que Hurazäm os seguisse sem se denunciar, embora os setidos mais aguçados daquelas criaturas as fizessem parar por duas vezes, desconfiadas de sua presença. Odaranos são conhecidos pela sua grande furtividade, sendo difícil conseguir localizá-los numa noite escura enquanto trilham os arbustos de sua terra.

    Hurazäm segurou seu malho com firmeza, os kaamurs não retornavam e as chamas das fogueiras do vilarejo já eram visíveis à distância. Ele sabia que confrontar sozinho duas daquelas criaturas era quase um suicídio, mas não havia como ele retornar para buscar reforços. Seu joelho se apoiava no chão, enquanto ele esfregava um pouco de terra nas mãos e no rosto, simbolizando seu pedido de força e resistência a sua estrela regente. A ira de confrontos passados se misturava a seu sangue e o dava maior certeza de que esta era a hora de atacar.

    Num salto, e bradando em fúria, ele avançou contra os kaamurs, os tomando de surpresa. Com o malho acima de sua cabeça ele desferiu um golpe com toda a força que poderia contra o primeiro. Ele tinha que igualar aquela luta o mais rápido possível. A criatura atingida emitiu um rugido tão intenso, que o próprio som do impacto foi abafado. Ela desfaleceu em seguinda, não estando claro se havia desmaiado ou morrido.

    Mesmo tomado pela surpresa do bárbaro, a agilidade dos kaamurs jamais deve ser menosprezada. A segunda criatura, visivelmente maior e mais forte, retrucou a investida e desferiu uma estocada com sua lança que atravessou a perna do odarano. O bárbaro contém sua investida e recua um passo a fim de se posicionar, tentando se proteger enquanto pretege a perna ferida. O kaamur tenta um novo golpe, mas Hurazam se esquiva para a posição que ele planejara desde o início. Com um brado de batalha ele entra em um estado frenético de combate, embora não fosse perceptível, o kaamur naquele momento pensou em evadir.

    Os gritos e barulhos do combate despertou a atenção de outros aldeões não muito longe dali, que correram até o vilarejo para chamar por ajuda quando perceberam que haviam invasores em suas terras. Não demorou muito para que outros três odaranos montados partissem em direção ao confronto.

    Diferente da maioria do bárbaros de seu clã, Hurazäm não concentrou seu treinamento baseando-se na força e resistência. Ele priorizou sua agilidade, visto que a união entre seu forte pai com uma nobre ciriana não o dotava da mesma estrutura física de um maubuco puro. Por outro lado ele se tornou conhecido por sua facilidade de se defender e atacar velozmente com todas as armas com a quais treinou. Naquele momento seu malho tornava-se uma extensão de seu próprio corpo.

    Hurazäm começou a desferir sequências de golpes que obrigavam o kaamur mais a se defender do que atacar. Embora os golpes não fossem precisos, pois faltava-lhe melhor apoio da perna ferida, ele começou a dominar aquele combate e jamais havia pensado em conseguir realmente derrotar os kaamurs. Com técnica e força, finalmente Hurazäm mira e atinge o braço armado do invasor, que deixa sua lança cair no chão. No mesmo instante, brandindo seu malho para o golpe de misericórdia, Hurazäm sente uma intensa e latejante dor em seu abdomen.

    O primeiro kaamur havia despertado e não vacilou ao atacar furtivamente seu agressor. Por um instante Hurazäm fica sem forças, o que o permite ser atingido novamente, em suas costas, por uma estocada que o trespassou. O sangue verteu com abundância de ambos os ferimentos e Hurazäm sentiu que o destino o alcançara, mas ele não iria sozinho. Com seu malho preparado ele se vira numa fúria titânica, aproveitando o balanço da arma, e desfere um golpe certeiro e avassalador na cabeça daquele, que fez afundar seu crânio. O segundo kaamur, ao avistar os cavaleiros, tenta fugir, mas é alvejado por flechas até que também tombou.

    Hurazam estava ali sentado de joelhos, apoiado por seu malho. Um dos cavaleiros o chama, mas não obtém resposta. Ele desmonta e apenas constata que o espírito do maubuco havia partido de seu corpo para o lar de seus antepassados, para em um dia de necessidade atender ao pedido dos xamãs e retornar com sua fúria.

    O dia seguinte apenas misturou o sentimento de perda e perseverança comum aos odaranos.

    SPOILER: EXIBIR
    Estou preparando uma lista com alguns NPC's de Odarân.
    Pretendo definir apenas os líderes de cada clã e alguns outras peças chave. No total deve chegar a uns seis.
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    Re: [Região] Odarân

    Mensagempor oculto em 21 Dez 2010, 10:33

    Comecei a trabalhar melhor na cronologia de Odarân.
    Os anos ainda precisam de uma filtragem melhor e não adicionei alguns eventos, mas a idéia central passaa ser essa. A casa Nuarek continua sendo a mais mística de todas, mas agora eles deixam de ser nativos da região e passam a ser descendentes de Hyenhu-rans que deixaram seu povo.
    Estou reescrevendo as características de Odarân, mas só vou postar quando tiver tudo pronto. Youkai, uma hora quero conversar contigo pra saber quais as características devo melhorar ou acrescentar aos Nuareks (como ex-hyenhu-rans).
    Entre -400 e -200
    Povos humanos errantes e nômades começam a se fixar nas regiões nórdicas de Terras Sagradas. Embora estas terras possuam natureza razoavelmente hostil, estes povos aprenderam a se adaptar .
    Neste mesmo período, estes povos começaram a formar frágeis sociedades tribais que atendiam ao mínimo quanto às relações de obrigação (caça, pesca, agricultura, proteção mútua, etc) e erem divididas por suas linhagens sanguíneas.

    Entre -199 e -1
    Neste período existem sete tribos formadas com uma estrutura bastante consistente: Ciranianos, Maubucos, Craamos, Lakâmios, Huruzans, Ruzi-karans, Baldobecs.
    As sete tribos se estabelecem efetivamente em regiões específicas da terra. Algumas eram vizinhas prósperas e dividiam seus ganhos, como os Crianianos e Maubucos, outras eram inimigas mortais e viviam em conflitos de terras e poder, como os Craamos e Hurazans.

    Entre 0 e 52
    Uma grande catástrofe se abateu sobre as terras nórdicas. Um grande meteoro avançou sobre o planeta e adentrou em sua atmosfera, arrastando consigo uma fração do anel planetário. O ponto de impacto foi o centro da floresta habitada pelos Craamos, nas vizinhanças com as tribos de Ciran e Maubuc.
    Embora muitos destas três tribos nas proximidades tenham morrido, a região em si não era povoada e permaneceu sob uma névoa obscura por quase cinco década.

    Entre 53 e 57
    Nômades de feições estranhas e linguagem exótica chegam às terras nórdicas. Eles são escorraçados pelos Craamos e pelo Ciranianos de suas terras e demorou meses para que finalmente encontrassem uma recepção amistosa entre os Lakâmios e seus vizinhos Baldobecs.
    Estes nômades contavam histórias de sua terra de origem e de quando a abandonaram para seguir o grande brilho da estrela que os guiou. Eles possuíam um imenso conhecimento das estrelas e o transmitiram de bom grado a seus benfeitores.
    Com o tempo, os Lakâmios convenceram as demais tribos de que os forasteiros eram confiáveis e a eles foi dada uma fração de terras não povoadas e uma designação, passando a se chamar Nuareks (o povo do leste).

    Entre 58 e 61
    Sábios Nuareks cruzam as terras dos Ciranianos em direção à grande cratera estelar para começar a estudá-la. Embora inicialmente hostilizados, os Nuareks passaram a ter vários vínculos de amizade com a tribo de Ciran devido a constância com que se encontravam.

    Ano 62 - O Primeiro Conflito: A Batalha de Taumud.
    Craamos atacam repentinamente Maubucos que vivem às margens da floresta. A represália foi imediata e combatentes Maubucos, liderados por Taumud, humilham o “príncipe” Craam diante de seus seguidores na batalha que se sucedeu.

    Entre 63 e 114
    Os sábios Nuareks descobrem a fonte de poder que se oculta nos destroços do meteoro. Um metal de cor clara e extremamente resistente que absorve a essência da mácula, já conhecida entre seu povo. O impacto do meteoro criou uma profunda ferida naquelas terras onde, em determinados pontos, veios de mácula começaram a brotar.
    Apenas os Lakâmios e os Ciranianos ficam sabendo de tais descobertas. Estes pedem ajuda aos Maubucos para vigiar e habitar àquela região, mas sem lhes contar exatamente dos motivos.

    Ano 115 - O segundo Conflito: A Batalha do Sangue Negro
    Hurazans e Craamos se unem contra os que eles chamaram de invasão. Novamente num ataque súbito eles chacinam os Maubucos e Ciranianos que estavam começando a se fixar na região oeste da cratera. Embora os Craamos fossem vis, os Hurazans eram ainda piores. Não houve nenhum sobrevivente e mesmo crianças e mulheres foram esquartejadas como exemplo àqueles invadem suas terras.
    O sangue derramado nesta batalha alimentou os veios de mácula que os Nuareks tanto tentaram extinguir. O sangue escureceu e passou a inundar uma pequena área, criando uma fonte de macula, um lago negro e pegajoso onde lamentos de dor e ódio podem ser ouvidos.

    Entre 116 e 322 - A Grande Separação
    Este período foi marcado por vários intensos conflitos entre todas as tribos, umas contra as outras e mesmo entre os aliados havia disputas desnecessárias.
    Este período também foi marcado por algumas descobertas:
    - A área de macula foi abandonada e os Craamos e Hurazans passaram a habitar as proximidades daquela região;
    - Maubucos se moveram para a região leste da cratera e descobriram uma estrutura de cavernas subterrâneas que continham uma quantidade considerável de metais variados a minerar;
    - Maubucos aprendem a manufaturar o metal estelar, mas tremenda dificuldade em fazê-lo impede que seja feito em grande volume. Cogita-se que é necessária uma vida inteira de trabalho para se forjar uma única espada.
    - Ciranianos, Lakâmios, Ruzi-karans e Baldobecs aprendem a escrita com os Nuareks e começam a traçar as primeiras palavras de seu idioma.

    Ano 323
    Nasce Kaspar Ciran. Líder direto da casa Ciran, futuro pai de Odar Ciran.

    Ano 368
    Nasce Odar Ciran. Líder direto da casa Ciran.

    Ano 389 - A Grande Batalha de Odar
    Hurazans invadem as terras dos Ciranianos e promovem a destruição por onde passam. Kaspar prepara seus guerreiros e despacha mensageiros num pedido de ajuda aos Maubucos. Ele avança contra a investida Hurazan com apenas um terço dos homens necessários para contê-los. A mais intensa batalha que os Ciranianos travaram terminou em uma planície de corpos.
    A ira despertada em Odar foi tão intensa que os reforços maubucos se inspiram com sua mera presença. Ciranianos e Maubucos partem em direção ao exército Hurazan e a guerra aberta se estende por meses e avança para dentro das floresta, em confrontos tanto contra as duas tribos que lá habitavam.
    Toda a tribo Hurazan foi dizimada, não houve perdão por parte de Odar, que conhecia a história dos esquartejadores. Craam perdeu quase todos os seus guerreiros, restando apenas as mulheres, crianças, velhos e alguns outros que foram poupados.

    Entre 390 e 396
    Odar começa a traçar um plano ainda maior. Para evitar que os conflitos destruam as tribos, ele decidiu que deveria liderar a todos os habitantes das terras nórdicas.
    Os herdeiros dos Baldobecs e dos Lakâmios se unem. A princesa Dadit Baldobec abdica de liderar sua tribo e define que todos devem seguir a tribo Lakam.
    Inúmeros Baldobecs insatisfeitos geram um conflito interno que se transforma numa batalha entre as tribos. Aliados com os Ruzi-karans, os Baldobecs perseguem os Lakamios e quase dizimam a tribo. Os poucos mais de vinte sobreviventes se refugiam nas terras dos Nuareks.
    Sabendo do ocorrido, Odar novamente junta seu exército e avança para a terra dos Lakâmios. Lá eles são recebidos hostilmente pelos revoltosos que também eram contrários a unificação proposta por Odar e uma nova grande guerra que durou meses ocorreu. Novamente a união de ciranianos e maubucos foi vitoriosa, porem neste caso quase não houve sobreviventes do outro lado e as duas tribos desapareceram após alguns anos.

    Ano 398
    As quatro tribos remanescentes, seriam cinco, mas os Nuareks ocultaram os remanescentes dos Lakâmios, assinam o tratado de formação de Odarân e se subjugaram aos ciranianos naquele primeiro momento.
    As tribos passaram a ser designadas como casas e todos tinham participação na regência de suas terras em nome da grande nação.

    Ano 399
    Inicia-se a construção da Cidadela de Odar no centro da nação.


    Editado:
    SPOILER: EXIBIR
    Esta é apenas uma nota para uso pessoal (provavelmente eu esquecerei se não escrever).
    - Se o meteoro que caiu e formou a cratera de Oderân tivesse o formato de um cubo, ele precisará de em torno de 30m de lado.
    - Com esse tamanho e sendo formado exclusivamente de metal estelar, ele provavelmente terá peso = 229.500t.
    - Com esse peso e tamanho, numa trajetória de impacto direto, ele abrirá uma cratera de 3,5 a 6km de diâmetro, com cerca de 100 a 150m de profundidade. (usar os menores valores de distância possíveis)
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