Eu estava pesquisando pra apresentar aqui uma proposta um pouco mais encaminhada, mas mudei de ideia e vou postar as coisas como estão, para construção.
A ideia era que o cenário tivesse duas luas, e isso tivesse efeitos tão drásticos nas marés que justificasse dois mapas para o mundo, um de maré alta e um de maré baixa. Bom, uma das luas seria mais significativa no processo, a outra mudaria as marés de forma mais ou menos similar à nossa.
Eu dei uma pesquisada e vi que a maré do mundo real não tem uma amplitude muito maior que dois metros. Então, pra colocar portos de múltiplos andares e mais de um mapa, eu pensei em no mínimo uns dez. Pra na maré mínima os personagens precisarem subir do navio pro andar mais baixo do porto, e na maré máxima descer do navio pro andar mais alto.
Isso exigiria uma lua com massa gigante, pois ela vai precisar atrair muita água. Mas o centro de massa ainda precisa ficar dentro do planeta, por que se não acontece o chamado Tidal Locking (não encontrei o termo técnico em português). Long story short: nós vemos na Terra sempre a mesma face da Lua porque o centro de massa do sistema Terra-Lua está dentro da Terra (a Lua é "tidal locked" à Terra); já o centro de massa do sistema Plutão-Caronte está ligeiramente acima da superfície de Plutão, o que faz não só sua lua ter a mesma face sempre virada pra Plutão, mas Plutão também ter sempre a mesma face virada para a sua lua (ambos são "tidal locked" um ao outro). E é importante que isso não aconteça, se não o efeito é nulo. Ou seja, o planeta também precisa de uma massa muito grande.
Enfim, outro ponto importante da maré, é que há duas vezes ao dia uma maré alta e uma maré baixa. Quando a lua está em cima do mar, a força que ela exerce é a maior possível. Em contrapartida, quando ela está do outro lado do mundo, a força que o oceano sofre é a menor possível. E em 24h, o mesmo lado do mundo viu a lua girar mais ou menos 360°.
SPOILER: EXIBIR
Ou seja, ela deve ter uma órbita próxima à rotação do planeta. A diferença entre a órbita e a rotação seria o que denunciaria a velocidade da mudança de maré (quando essa diferença somar o tempo de um novo dia, então houve duas marés altas e duas marés baixas). E quanto mais longe do planeta, mais lenta a órbita, o que também obriga essa lua a estar bem próxima do planeta.
Mas para não atrapalhar muito os navegadores, ela não pode ter um diâmetro grande demais, se não ela tampa ou ofusca muitas estrelas.
O que eu penso então: fazer um planeta ENORME, mas com pouca área conhecida, com uma lua próxima e densíssima, e uma lua mais distante e bem menor. Calculo até onde isso é possível, e se não for (como provavelmente não é), aproximo e completo com uma pitada de licença poética; terminando com um "nesse mundo é assim".
Na prática: uma lua presente no céu por alguns dias, uma maré que varie de um a dois metros duas vezes por dia e em torno de dez metros por, sei lá, quinzena.
Um detalhe besta é que dá pra escolher a estética delas à vontade.
SPOILER: EXIBIR
Eu gosto de roxo salpicado de branco como Calisto de Júpiter pra lua maior e branco/acinzentado (essa combinação de cores é bem genérica, mas gosto da estética de Dione, de Saturno) pra lua menor.
Ganchos/efeitos práticos:







O que acham?