Monster-hunting in post-war Berlin? Oh Yeah !!

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Monster-hunting in post-war Berlin? Oh Yeah !!

Mensagempor Armitage em 24 Fev 2010, 03:25

(poderia sugerir uma música pra evocar o clima noir que o jogo pede? Ou quem sabe uma da própria época em que este se passa? Thanks)



1950. Berlin ocupada do pós-guerra. Força multi-nacional é criada para lidar com resquícios de experimentos nazistas. Composta por veteranos de guerra das 4 nações aliadas que agora ocupam a cidade, esta Agência de Polícia Reserva (que não é reserva nem é polícia) é o front de combate às aberrações que os nazistas trouxeram ao mundo - seres de outras dimensões, cadáveres reanimados, super-soldados insanos.

Você é membro de uma unidade de campo. Você, aquele britânico de nariz empinado ali, o francês embriagado no sofá, o americano gung-ho se exibindo para a mulher no balcão, além do russo no canto com pinta de quem vai lhe desferir uma facada nas costas ao primeiro piscar de olhos (e, adivinhe: ele guarda a retaguarda do time).

Bem vindo a Cold City.

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"A game of hidden agendas and monster-hunting" (um jogo de agendas ocultas e caça a monstros), é o que diz a capa desse RPG lançado em 2006. Nele, os jogadores compõem uma equipe de agentes secretos que adentram as sombras de Berlin, invadindo bunkers abandonados, laboratórios escondidos e quarteirões arrasados por bombas, portando Thompsons e Mausers, à procura de monstros. Ao mesmo tempo precisam lidar com membros suspeitos da equipe, num jogo de tensão e traição.

Central ao jogo está a mecânica de Confiança (Trust points): cada jogador precisa alocar de 0 a 5 pontos de "confiança" para os outros na mesa. Cada vez que um jogador ajuda outro durante uma ação, este recebe um bônus igual aos pts alocados. Porém, ha uma pegadinha: um jogador ganha esse mesmo bônus caso queira trair um colega. Ou seja, quanto mais confiança você depositar num colega, mais fodásticos serão trabalhando juntos... porém mais fácil será pra ele te passar a perna.

O mestre é incentivado a fomentar esse investimento de confiança através da criação de oposição ferrenha, forçando os jogadores a colaborarem.. "ou a gente se junta - e confia uns nos outros - ou morremos todos". :twisted:

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Outro conceito central é o de Agendas. É ele que motivará as traições e reviravoltas durante o jogo. Cada jogar tem 2 Agendas: uma nacional e uma pessoal. A nacional representa os interesses da sua nação, e esses quase sempre são roubar segredos/tecnologia nazista. Ou seja, de certa forma, a agência é uma grande fachada para os aliados se apoderarem dos experimentos nazistas "por baixo do pano". E isso acaba provocando uma guerra interna na própria agência, onde não é raro ver agentes duplos traindo-se (e até matando-se) mutuamente pra ver quem foge com a informação/tecnologia/artefato/criatura. A agenda pessoal é particular a cada um, e também pode ser fonte de conflito (ex: soldado Smith só entrou na agência pra vingar o irmão morto na guerra pelo soldado Hermann).

O sistema é simples: 3 atributos, um físico (Action), um mental (Reason) e um social (Influence) que vão de 1 a 5, mais alguns Traits, que podem ser desde uma pericia a um traço de personalidade ou qualquer coisa ("Calmo sob pressão", "Bom de mira", etc). Além disso, cada jogador precisa escolher sua nacionalidade - cada um deve ser de uma diferente, não podem haver nacionalidades iguais! Isso também será um fator de tensão na equipe. O jogo traz estereótipos nacionais pra auxiliar tanto no roleplay do personagem, quanto pra servir de rótulo pejorativo aos demais..

American: Brash, loud, over paid, over sexed, over here, uncouth, assertive, cocky, confident;

British: Reserved, stiff upper lipped, always takes a break for tea, eccentric, sport obsessed (especially cricket and football), superior;

French: Amorous and romantic, cowardly, alcoholic, fond of good food and wine, rude, snobbish;

..entre outros (soviético e germânico). *EDIT:eu queria ver o brasileiro. :mrgreen: *

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Cold City é um RPG com uma premissa bem original e, mesmo sendo tecnicamente um indie, tem um estilo de jogo tradicional. Achei legal a forma como o sistema e cenário casam perfeitamente - na hora da matança, você se preocupa com o bando de zumbis à frente ou com o companheiro de equipe às suas costas?


PS: tomei a liberdade de inserir algumas imagens que não são do jogo em si, mas de sua continuação "Hot War". De um ponto de vista de apresentação do jogo não ha problema algum já que os elementos e temas dos dois jogos são idênticos. Porém de um ponto de vista de quem vai comprar o jogo, é bom ficar ciente.
Editado pela última vez por Armitage em 24 Jun 2010, 19:10, em um total de 2 vezes.
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Mensagempor Pedro Guagliano em 24 Fev 2010, 22:06

Lin do. Com uma bela idéia. Extremamente jogável assim como o jogo Primetime Adventures que um colega meu me apresentou com um prazer extremo e que comprei uma cópia em PDF. Agora resta uma dúvida fundamental. Hot War é tão bom quanto original...Ou não...

Aliás tenho outra dúvida meu caro: Você já rolou algum jogo com esse RPG. Afinal, eu me apaixonei pelo House of the Blooded, mas soube que você teve problemas para poder rolar uma sessão e acabou desistindo de jogar e vendeu sua cópia. Ao que me parece esses tais RPGs indies precisam de grupos certos. Mesmo com BW eu já senti isso e mais ainda com Prime Time Adventures.

Eu realmente me interessei pelo jogo e , talvez, eu adquira uma cópia junto com o House of the Blooded.
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Mensagempor Armitage em 26 Fev 2010, 01:04

Pedro, em matéria de premissa acho Cold City bem melhor que sua continuação (Hot War), que nada mais é do que um novo prisma para o batido zombie-apocalypse. Aliás, acho a premissa desse Cold City uma das mais maneiras que já vi num RPG. Como você falou, eles criaram algo muito jogável (ao ponto de ser competitivo) num cenário completamente original.

A única coisa que Hot War tem melhor que Cold City, a meu ver, é a apresentação gráfica, absurdamente estilosa. Lembra alguns livros de World of Darkness de antigamente. Uma pena Cold City não ter esse acabamento visual. Não que seja feio, não é, mas é mais simplista, em virtude de ter sido o primeiro (e o autor naquele momento tivesse recursos limitados pra investir com arte). Eu já falei isso pro autor, numa conversa lá no RPGnet - pra ele relançar o Cold City numa edição de luxo.

Já quanto a tê-lo jogado, de fato ainda não joguei, nem sei se terei a chance. E como falou, poderia ser mais um caso de Houses of the Blooded pra mim - um jogo conceitualmente fodástico, mas que não sai do papél pois é dificil arrumar jogador. Infelizmente RPGista é bicho muito conservador.

Caso se interessen, eu comprei o meu daqui por 26 dolares o livro+pdf. Mas eu posso te passar uma prévia (dps olhe sua caixa de mensagens) pra você dar uma olhada e ver se gosta. :victory:
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Mensagempor Pedro Guagliano em 07 Mar 2010, 22:57

Sim eu gostaria de uma prévia. Uma pena que ainda não me mandou ainda.
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Mensagempor 3libras em 19 Mar 2010, 19:19

A premissa do jogo é sensacional!!!
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Mensagempor Lector em 20 Mar 2010, 09:23

bacana mesmo
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Mensagempor FreeSample em 31 Mar 2010, 15:04

Silva, Com apenas dois jogadores, a mecânica de confiança não me pareceu muito viável. estou enganado? :triste:
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Mensagempor Armitage em 11 Abr 2010, 21:13

Tem razão Freesample. O jogo foi feito pra um mínimo de 3 jogadores. Com 2 não faz sentido.
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