E Buda tinha teleporte, sim. Mas "monge" em relação a D&D é um lutador de Kung-Fu, e não um seguidor pacifista da doutrina que conduz ao fim do sofrimento.
Mas não tinha hadouken. Ou eu estou enganado?

mas mesmo em escaramurças os jogadores utilizam mais de um personagem.
Bom, isso também faz parte da idéia. Praticamente sem roleplay no jogo, fica fácil para os jogadores administrarem mais de um personagem.
mas eu queria apenas esclarecer que D&D 4.0 não dá um bom wargame.
Então seja mais claro como o Oda foi, oras. -.-
Só que, como eu disse, ele está mais pra lá do que pra cá. As opções estratégicas do jogo e o modo como ele é abordado facilita fazer um jogo puramente baseado (ou quase) em combates de tabuleiro. Pouco vai ser adaptado, eu creio. Diferente do wargame mais comum, ainda vai necessitar de narrador, mas ficaria algo como um jogo tactics de video game, só que em vez de ser várias batalhas consecutivas como o saudoso FFT, ele envolveria também exploração. Basicamente é o tipo de jogo que o livro do mestre 3.X chama de "quebre a porta e mate o troll"(algo assim). Ou seja, roleplay quase zero e recheado de combates. Esse tipo de jogo dá pouco trabalho para um narrador de 4.0, mas é totalmente sem graça quando se fala em combate sem tabuleiro. E é ai que entra o fator "wargame de exploração".
mas há algumas proezas do monge que ficariam simplesmente "extranhas" se fossem ligadas a marcial.
Não vi os poderes que eles lançaram. Mas não vejo por onde. Quando penso num monge hig fantasy, penso num cara muuuuuuito escroto, capaz de saltos e golpes espetaculares, capaz de correr em cima de árvores, por exemplo, capaz de golpear e se defender dos inimigos como se eles sequer soubesse lutar, defendendo-se (à lá bruce lee) de uma porrada de inimigos simultaneamente, capaz de movimentos incrivelmente rápidos, de defender-se de armas (ainda que espadas, flechas e lanças) só com a mão, etc, etc, etc... NADA que diga respeito a hadoukens e kamehamehas...
A fonte psiônica combina mais e dá mais liberdade a ele.
Da mesma forma, não vejo como a fonte psiônica possa combinar com habilidades citadas acima.
O clássico preconceito contra psis.

...Eu era um dos que tinha isso até pegar a porcaria do livro e ler. E gostei.
Achava "Wow, psiquismo é sci-fi demais pro meu D&D, sai fora."
Cara, talvez a sistemática dos psiônicos sejam até legais. Já vi algo sobre, já conversei sobre isso com pessoas que conhecem e gostam e tenho até alguma noção de certas mecâncias (cheguei a ler uma ou duas coisas no SRD). Mas o tema realmente não me agrada muito. Não que isso seja motivo para reclamar do monge. Não estou sob o ponto de vista "não gosto de psiônicos, logo monge NÃO pode ter poderes psiônicos".
Tipo. Não cito qualquer motivo lógico para uma pessoa não gostar de psiônicos. Eu simplesmente não gosto. Inclusive, já cheguei a jogar um RPG emq ue um dos personagens era psiônico. Nada contra, eu apenas não escolheria nenhuma das classes psiônicas e o jogo seguiu normalmente sem qualquer contratempo.
A obrigação de um livro de RPG é fornecer ferramentas que façam parte de um contexto (e o contexto de D&D é que os personagens são capazes de realizar ações fantásticas, mais ainda no D&D 4a edição onde os que não tem feitiços tem chances de brilhar), fora disso a responsabilidade de um bom jogo é do mestre e seus jogadores.
Bom ponto. É tosco mas tem quem goste. Eu não botaria pois isso tende a desvirtuar a classe (e, SIM, certas coisas dos Malkavianos tendem a desvirtuar o clã a esse ponto, a tirar pela segunda edição do livro do clã que estava mais para comédia que para drama). A forma como é abordado o assunto certamente tende a ajudar (ou atrapalhar) na caricaturarização (sei nem se existe essa palavra =P) da coisa, mas a mente sacana de um jogador (e de um mestre também) pode muito.
Na situação que eu citei o problema foi sim o jogador engraçadinho, mas não é como se ninguém fosse pensar em algo do tipo, visto que poucos são tão fanboy ao ponto de engolir tudo que o livro enfiar goela abaixo sem nenhum tipo de pensamento crítico do tipo "será que isso é legal"? ou "será que isso funciona"?
Em wargame você não interpreta e ponto final. Em RPG você não deixa de interpretar nem em combate
Pois é. A questão é: e se eu não quiser interpretar no combate? E se eu quiser tornar o combate puramente estratégico? As coisas TENDEM ao wargame, não significa que elas SE TORNEM.
Não vejo absurdo em simplesmente comparar o combate tático do D&D com wargame. O que eu vejo aqui é muito ressentimento com quem critica o D&D e usa esses argumentos (como se wargames não fossem divertidos) e faz com que se ache que qualquer pessoa que fala algo parecido está criticando destrutivamente o D&D. Não é o meu caso. Eu só estou tendo idéias e tentando explorar o sistema de uma forma não usual para a maioria dos que jogam o jogo.
Eu acho a fonte marcial melhor aplicada do que a psíquica. Na maioria dos filmes, séries, etc, nem cogita a possibilidade das perícias do monge ser por pisiquismo e sim, por um treimamento árduo (e é estranho falar que afonte de um artista marcial é psiquica).
Esse é o ponto. Foi dito que "o monge tem habilidades bem estranhas e místicas que ficariam estranhas se fossem marciais", só que não falam exatamente que tipo de poderes o tornariam assim. Mencionaram o tal "teleporte" que pode ser simplesmente explicado pelo fluff "extremamente rápido". Bom, quanto à névoa. Realmente esse não tem muito o que explicar marcialmente, mesmo assim, eu nunca considerei esse poder "a cara" do monge, por assim dizer. Logo, explicar como isso é marcial não é bem um problema. Por mim, bastava tirar essa tosqueira do repertório dele.
Mas é aquela coisa de mente sobre a matéria, sacou? Ele não é psi porque é tipo "scanners", ele é psi por que ele medita e foca esse treinamento para junto com o treino do corpo e tal.
Francamente? Isso não convence. É como tentar explicar as healing surges com algo mais "nobre" que dizer que não passa de uma função do sistema que ajuda ele a fluir melhor. "Vontade de lutar" é o c@r@ll0.
(antes que me crucifiquem, não, eu NÃO estou dando uma de old school. É até legal para o sistema, mas estou pra ver um fluff que me convença e pense "nossa, isso faz todo o sentido").
Outra coisa, temos que lembrar que, embora sendo psíquico, o principal atributo do monge é destreza, um atributo físico. E em breve teremos o monge de força, que possivelmente vai ter menos efeitos visuais que o de sabedoria, então, dentro de certos limites, o monge passa muito bem por um artista marcial de mãos nuas, ainda mais com a escolha certa de poderes.
Pronto. Isso já é suficiente para acalmar os não-adoradores de "hadoukens". A vantagem do 4th é que as classes são mais maleáveis que as do 3.x, isso dá condições de termos o meu mongezinho lutador de kung fu normal, sem hadoukens (XD) e os mais amantes de DBZ ou Street Fighter também poderão construir o monge dos sonhos deles.
Só fica uma dúvida: será que as duas opções serão equilibradas sem termos a necessidade de escolher certos "hadoukens" para não deixar o nosso lutador de kung fu puro mais fraco em relação aos demais, por exemplo?