A vampira tocou em um ponto interessante.
Quem nasce na favela cresce sem motivos para ter esperança, a criança que cresce lá vê o traficante como dono da favela, e o policial, muitas vezes como bandido. Os exemplos dele são claros: de um lado, tem o trabalhador, aquele que rala que nem um condenado, normalmente em empregos que paga mal, tratam mal e sugam sua vida. Do outro tem o traficante, aquele que consegue o que quer, que tem dinheiro, mulheres e respeito (mesmo que pelo medo). Pra um moleque de 10, 12 anos a vida de trabalhador é impensável, daí a entrar no crime é mole. Para os que tiverem um pouco de esperança, lutam para conseguir o pão nosso de cada dia.
E só dizendo que existem pessoas que conseguem sair deste mundo, conheço um morador da CDD e um do Rio das Pedras que hoje fazem faculdade pública e conseguiram bons estágios com 100% de chance de efetivação.
e Yugoloth, sério, tem que assustar, 20 e poucos % eu entenderia, mas 40%? Pra mim isso é um reflexo claro de como o brasileiro tá se tornando um povo egoísta ao extremo. (como tu disse, pimenta no dos outros é refresco)
Bons tempos aqueles em que você podia por um satã travesti num desenho de criança.