O que me indignou foi, na minha posição de mulher e futura mãe, ler que ter o sonho de parir uma criança SUA é detalhe besta. Acho que a opinião de vocês possa ser essa por não verem pelo lado 'feminino' da coisa. Seilá.
Engulam um pouco de suas masculinidades. Isso é um sonho de várias mulheres pelo mundo, tipicamente feminino. Coisa que suas mães, irmãs e todas as que vocês mesmos amam também devem pensar.
Não é masculinidade, não é estupidez o que estou dizendo. Quem me conhece, inclusive pessoalmente, riria da interpretação que estão dando a minha opnião.
Eu compreendo perfeitamente que toda mulher tem esse sonho Agatha. Não disse o contrário. E eu acho isso belo. Inclusive eu disse que minha vontade é ter um filho meu, do meu sangue. Minha mãe mesmo sempre me disse isso, e acho que numa casa rodeado por mulheres eu entendo esse sentimento feminino até bem demais.
Mas nesse ponto eu tenho a mesma opnião da minha mãe. De que, se ela não pudesse ter tido a mim ou qualquer outro filho, ela doaria uma criança. Eu acredito que podemos colocar uma visão sensata sobre nossos sentimentos e desejos, quando justificável. Eu não iria gerar dezenas de embriões (que, Agatha e Cebolituz, lembren-se que na minha visão esses embriões todos são vidas humanas, por isso eu falo isso) só para ter um filho. Tentem entender... se eu considero, e acredito totalmente, que um embrião é vida humana, o método in-vitro beira um genocídio.
Em outras palavras, antem de saírem ofendidos e criticando de um modo agressivo ou deseducado (que não é o que eu fiz) tentem lembrar que para mim essa atitude seria comparada a matar 15, 30 bebês para se ter um. Se para vocês embriões não são nada, é algo sem vida ou sem valor, e não é vida humana, ok, é direito de vocês acharem isso. Mas entendam os motivos da opnião que eu dei, antes de saírem esperneando que sou ignorante e etc.
E Agatha, se reler meu post eu já previ esses seus comentários, e já expliquei o motivo deles.
Me auto-quotando:
Podem criticar minha idéia. Gravidez não é um detalhe besta...
O que falo não é nem questão religiosa.
Para mim in-vitro sempre foi brincar com a vida...
Entendeu? Eu já expliquei isso antes. Eu critico porque para mim dezenas de vidas são descartadas no processo. Se in-vitro fosse de outro modo, eu juro que eu não teria criticado-o.
Vincer, deixando de lado nossas crenças, especialmente as religiosas, e analisando a constituição, as vantagens e desvantagens de permitir as pesquisas com células tronco e com embriões, qual sua opinião?
Eu já disse isso. Continuo sendo contra.
Se ler meu tópico lá encima, verá que eu disse que mesmo antes de ser religioso, quando eu era ateu, já me revirava o estômago pensar em in-vitro e pesquisas com embriões. Eu não era religioso na época logo...
Eu não acho certo descartar embriões como se não fossem nada. Quando eu não era religioso eu já achava que embriões eram vida humana, quando eu comecei a seguir por um caminho mais espiritual eu apenas tive certeza de que eram (uma certeza minha, afinal, estamos falando de religião).
É bem simples minha visão. Um embrião é vida humana porque, oras, nós todos éramos um. Nada mais de exterior gerou isso, a partir do momento que somos embriões já somos nós, células a se multiplicar e a pegar nutrientes para formar nossos corpos. Um feto é a mesma coisa para mim. O feto está igualmente em desenvolvimento, igualmente sem inteligência, etc. A diferença é que o feto é visível, e lembra uma forma humana. É como se disséssemos que "o que os olhos não vêem o coração não sente", logo matamos embriões sem pena porque eles não se parecem conosco.
E considerar que não são vida humana porque não têm inteligência nem formação alguma é como desconsiderar vida humana uma criança que nasça vegetativa. É praticamente a mesma coisa. A diferença é que o embrião não parece nada de importante.
"Ah, mas são apenas células". Nós, incluindo eu agora, digitando, somos apenas células. Nós todos somos. Basta lembrar que um embrião descartado seria um ser humano completo, e que você o está descartando, dá para começar a compreender o que eu digo.
É como dizer que comermos ovos não estamos comendo um animal. É como achar que, enquanto ovos, eles não são filhotes de uma ave. É o tipo de hipocrisia em que alguém não mataria um pintinho porque ele é um filhotinho, mas chega em casa e come um ovo frito. Comparação estúpida? Eu tive de faze-la, porque de outro modo não compreendem o ponto de vista.










