Amanhã

[Elara]

Um dos meus poemas favoritos, apesar de um pouco antigo. Espero que gostem e, se possível, comentem.

Chero!

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Amanhã

Estava concentrada
No remexer do meu almoço
No meio daquele alvoroço
Na praça de alimentação sentada.

Repentino
Olho para o outro lado
Lá do outro lado
Alguém sozinho
Como eu.
Lendo um jornal ele estava
E, puxa, como parecia você...

Mas era você amanhã
Maior, grande você.
Mais velho, mais sério
Não menos interessante.
Estava lá.
Sei lá.

Parecia transcender
O futuro
Aquela visão.
Era um momento atemporal
Lá estava, tão casual
Você amanhã.
Tive até vontade
De escrever um poema...

E você
- Amanhã -
Me viu
E me olhou
Da mesma forma de ontem.
Ainda bem que não mudou!
E me olha
Da mesma forma de outrora
Como nunca e sempre
Me olhou.

Ou não.
Ou mais.
Ou além...
Quer saber,
É que eu nem sei.

(Elara Leite)

[Dahak]

Fantástico!
Incrível como você consegue emplacar tantas sensações com suas palavras.
Consegui me colocar no banquinho ao lado e apreciar todo o acontecimento, como se pudesse ler olhares, pensamentos e o tempo.

Dentre todos seus trabalhos que já vi, esse, sem sombra de dúvidas, é um dos que mais gostei.

Beijão!


Dahak Out

[Mirallatos]

Ando meio fora de frequência com a poesia, mas sempre espreito os escritos atirados por aqui. Principalmente quando chega essa doida aí escrevendo desse jeito...

[JOE_KR]

Koé!!!

Muito boa a forma como joga com o tempo narrativo no poema para expressar a própria transcendência dos sentimentos da personagem ao tempo, dando-lhe uma essência eterna e imutável, apesar da corrosão física causada pelo passar do tempo.

Certa vez, uma professora me disse e eu concordei que há pouquíssimos temas inéditos, mas as possibilidades de abordagem são infinitas [no contexto falava-se de História, mas creio que podemos estender a ideia à outras áreas]. Bem, o tema é até clichê, já bem batido, mas a forma como o tratou foi bastante criativo e deu certa vivacidade aos versos. Tá de parabéns!!!

Falow e té +!!!
Ass.: JOE K.R [que gosta de poemas que falem sobre o tempo]

[Malkavengrel]

Elara.

De todos os seus poemas esse foi o que mais gostei. Simplesmente me prendeu de uma maneira diferente. De alguma maneira sua metrica e ritmo acompanhou a passagem de ideias.

Bom só elogios a você Elara.
Um Abraço.

[Elara]

Dahak,

Fantástico é receber elogios de você!
Esse poema foi bem repentino. Foi exatamente isso que aconteceu, não foi uma situação que eu imaginei. Só que escrevi o poema depois de comer, lógico.^^ Escrever poemas de boca cheia é falta de educação.
Fico feliz que tenha conseguido fazer você transcender até a situação vivida por mim.

Mira,
Doida, euuuuuuuuuuuuu???!!!
Explica isso direito!^^
Aliás, preciso falar contigo.

Joe,
Bem, é como disse ao Dahak, foi tudo bem espontâneo. Acredito também que há formas infinitas de abordagem, e sempre busco dar um olhar diferente aos meus escritos.

Malka,
Trabalhar o ritmo normalmente é um desafio. Gosto de fazer os poemas parecerem sonoros e ainda assim ter um sentido (tá bom, às vezes eles ficam sem sentido mesmo )
Fico feliz que tenha alcançado esse objetivo e, principalmente, que tenha gostado.

Aliás, nunca tinha postado esse poema aqui porque pensava que ninguém ia gostar...

Chero pra todos!

[Hagen]

Poxa poema muito bonito...sem palavras e tenho nada a acrescentar...me fez sentir cada palavra ao meu ponto de vista...

[Elara]

Ow Hagen,

Fico feliz que tenha gostado^^. E especialmente, que tenha conseguido passar algum sentimento. =)

Chero!

[Dahak]

Dahak,
Só que escrevi o poema depois de comer, lógico.^^ Escrever poemas de boca cheia é falta de educação.

Tem certeza que é isso?
Ou você é daquelas que, como eu, pensa melhor de barriga cheia?

Se for o caso, farei minhas figuinhas para que você esteja sempre bem alimentada, só para ler mais trabalhos inspirados

Beijão!

Dahak Out

[Elara]

Tem certeza que é isso?
Ou você é daquelas que, como eu, pensa melhor de barriga cheia?

Na verdade, tanto faz, de estômago cheio ou vazio. Embora de estômago vazio os temas saiam mais mal-humorados.

Chero!