Atlântico Impetuoso:
Que segredos tu guardas, ó grande oceano,
Sob o azul celeste, marinho, de tua abóbada,
Até em vosso nome, que ostentas, altivo,
Fala de Atlântida, a cidade aniquilada...
Nem aos que voam tua imensidão serve de consolo,
Menos ainda os que velejam pelo pélago-eixo do mundo,
Motivados por sonhos ou conquista, em nome de Deus ou de reis,
Sofrem pela senda de tuas ondas atração fatal pelo fundo...
Perguntas, imponente soberano, porque venho?
Respondo-vos que deixo para trás coisas tristes,
Na busca de pouso, de descanso por um tempo...
Daqueles que se perderam, ficaram pelo caminho,
Deles fala-me agora, Atlântico impetuoso,
Eles que, da Rosa, tiveram apenas os espinhos...