Bom conto novo, estilo diferente.
É praticamente um seriado Americano (meio. meio. meio. meio. meio. .... para a audiencia. fim.), eu ainda não o terminei, mas acho que era a hora de começar a postar.
Diferente de elfos que segue um data de postagem esse conto será postado após um certo desenvolvimento da trama. Assim pode ser que eu poste um capitulo com intervalo de um mês e outro com um intervalo de uma semana.
A cidade que viso é Balneário Camboriu, SC. Para quem conhece é um cidade bem simples de se localizar em tudo. As ruas são numeros, duas avenidads principais mais algumas que são da parte periferica da cidade.
Durante o inverno a cidade é completamente vazia, no verão é impossivel de se movimentar.
O cenário que uso é criação de um grupo de amigos, Chama-se "A Assembleia".
Espero que gostem.
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Parte I – Introdução ao Caos Humano
“
“Não há gloria na morte. Não há vida sem gloria. Não há honra sem gloria. Não há honras sem monumentos. Não há monumentos para os vivos.”
Era isso que sempre me diziam. No começo vivia pela honra de minha família. No fim acabei vivendo pelo prazer de morrer. Nunca fui recompensado pelos meus atos, também nunca recompensei ninguém pelos deles. Nunca fui reconhecido como herói, mas também nunca me esforcei para ser um.
Vivi errando e cometendo erros, vivi como um andarilho levando noticias, vivi como um mensageiro da morte e da violência. Eu vivi como quem quer morrer. Escolhi a vida que tenho, e tenho o que escolhi. Só sei que não me arrependo de nem uma das minhas escolhas, porque eu sou o mensageiro do destino e do fim.
Paz nunca foi minha escolha, foi a de meus criadores, então parei, descansei. E agora desejo voltar. Sim desejo voltar, o inferno não tem mais graça para mim. Porque eu sou o Heladrin, o Mensageiro, e eu quero voltar a viver. O inferno deixou de ser um desafio.
”
*
A noite calma na cidade litorânea não expressa a raiva de seus habitantes. O balneário turístico esconde segredos daqueles que vivem nele, mas todos podem sentir a eletricidade no ar. Era aproximadamente três da manhã quando o telefone tocou do lado do detetive.
Ele que quase dormira em cima de sua mesa levantara assustado, então atendera o telefone com a maior de velocidade que conseguira. Pensava ser um trote, ou quem sabe um pequeno caso de assalto, mas era algo maior, a voz assustada do outro lado do telefone denunciava algo grande. Isso levou o detetive policial direto à cena do crime.
“O local cheira a enxofre” falou ao gravador enquanto analisava o corpo, “o corpo apresenta perfurações no tórax e no abdômen. Perfurações maiores que de faca, parecem canos amassados.” O cheiro de sangue e enxofre misturados era insuportável. “O corpo ainda está quente” falou olhando para poça de sangue se espalhava “Hora estimada da morte entre duas e trinta e duas e quarenta e cinco” seus olhos fitavam o relógio.
“Alguém acenda a luz desse galpão pelo amor de deus” gritou alto “Eu preciso analisar melhor a cena”. Os holofotes foram ligados a visão se turvou um pouco mas logo voltou. O logo revelou algo que não deveria ser visto.
O corpo estava no centro de um enorme hexagrama feito com cera de velas. Com seis velas pela metade, uma em cada ponta. A mão destra do defunto segurava um pentagrama, enquanto a direita um crucifixo de prata. Os cabelos da vitima estavam levemente queimados. Todas as perfurações estavam cauterizadas, levando a crer que foram feitas com ferro muito quente. O pescoço da vitima estava quebrado, mas ainda perfeitamente alinhado com o corpo.
Escrito em sangue ao redor do hexagrama estava uma enorme frase em latim. Todas as evidências apontavam para um ritual satânico.
“Senhor. Encontramos mais cinco corpos escondidos atrás de uma caixa” falou um policial “todos eles estão mortos com perfurações cauterizadas.”
“Caro,” suspirou o detetive enquanto lia o nome do policial “Ricardo, chame especialistas estamos diante de um psicopata.”
*
O telefone toca na casa do adolescente. Isso seria um problema caso ainda morasse com os pais, mas aparentemente eles decidiram se mudar. E não viram problemas no garoto, que sempre tinha notas boas e nunca causara qualquer problema, morar sozinho. O estudante sonolento derruba o telefone e um copo de água que se quebra ao encostar com o chão encarpetado. Rapidamente pega o telefone.
“Droga” fala baixinho antes de colocar o telefone na orelha “Alô!”
“Você quer respostas, e eu as tenho.” Falou a voz na linha “Espero que não tenha perdido a pergunta. Passo em dez minutos na frente de seu prédio.”
Quando foi protestar o telefone ficou mudo, não lhe restando opção senão ir esperar na frente de seu prédio. Vestiu-se rapidamente, colocando apenas uma calça e camisa, colocou um sapato, sabia que era necessário usar sapato, e um casaco leve. Pegou as chaves e o celular, e saiu do apartamento. Limparia o carpe depois.
Desceu as escadarias rapidamente, quase caindo no meio do progresso, passou pelo hall de entrado do prédio e destrancou a porta, então saiu. Entrou rapidamente no carro preto que o aguardava.
“Está um minuto atrasado” falou a figura notória que sentava no banco do motorista.
“Qual é a pergunta caro amigo” falou a figura sentada no banco de passageiro.
“E se o mundo acabar?” falou o garoto que já conhecia a rotina.
“Perfeito! Vamos” falou o motorista enquanto acelerava o carro.