Na Busca Pelo Real

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Mensagempor Malkavengrel em 21 Nov 2007, 14:57

Bom conto novo, estilo diferente.
É praticamente um seriado Americano (meio. meio. meio. meio. meio. .... para a audiencia. fim.), eu ainda não o terminei, mas acho que era a hora de começar a postar.
Diferente de elfos que segue um data de postagem esse conto será postado após um certo desenvolvimento da trama. Assim pode ser que eu poste um capitulo com intervalo de um mês e outro com um intervalo de uma semana.
A cidade que viso é Balneário Camboriu, SC. Para quem conhece é um cidade bem simples de se localizar em tudo. As ruas são numeros, duas avenidads principais mais algumas que são da parte periferica da cidade.
Durante o inverno a cidade é completamente vazia, no verão é impossivel de se movimentar.
O cenário que uso é criação de um grupo de amigos, Chama-se "A Assembleia".
Espero que gostem.
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Parte I – Introdução ao Caos Humano


“Não há gloria na morte. Não há vida sem gloria. Não há honra sem gloria. Não há honras sem monumentos. Não há monumentos para os vivos.”

Era isso que sempre me diziam. No começo vivia pela honra de minha família. No fim acabei vivendo pelo prazer de morrer. Nunca fui recompensado pelos meus atos, também nunca recompensei ninguém pelos deles. Nunca fui reconhecido como herói, mas também nunca me esforcei para ser um.

Vivi errando e cometendo erros, vivi como um andarilho levando noticias, vivi como um mensageiro da morte e da violência. Eu vivi como quem quer morrer. Escolhi a vida que tenho, e tenho o que escolhi. Só sei que não me arrependo de nem uma das minhas escolhas, porque eu sou o mensageiro do destino e do fim.

Paz nunca foi minha escolha, foi a de meus criadores, então parei, descansei. E agora desejo voltar. Sim desejo voltar, o inferno não tem mais graça para mim. Porque eu sou o Heladrin, o Mensageiro, e eu quero voltar a viver. O inferno deixou de ser um desafio.


*

A noite calma na cidade litorânea não expressa a raiva de seus habitantes. O balneário turístico esconde segredos daqueles que vivem nele, mas todos podem sentir a eletricidade no ar. Era aproximadamente três da manhã quando o telefone tocou do lado do detetive.

Ele que quase dormira em cima de sua mesa levantara assustado, então atendera o telefone com a maior de velocidade que conseguira. Pensava ser um trote, ou quem sabe um pequeno caso de assalto, mas era algo maior, a voz assustada do outro lado do telefone denunciava algo grande. Isso levou o detetive policial direto à cena do crime.

“O local cheira a enxofre” falou ao gravador enquanto analisava o corpo, “o corpo apresenta perfurações no tórax e no abdômen. Perfurações maiores que de faca, parecem canos amassados.” O cheiro de sangue e enxofre misturados era insuportável. “O corpo ainda está quente” falou olhando para poça de sangue se espalhava “Hora estimada da morte entre duas e trinta e duas e quarenta e cinco” seus olhos fitavam o relógio.

“Alguém acenda a luz desse galpão pelo amor de deus” gritou alto “Eu preciso analisar melhor a cena”. Os holofotes foram ligados a visão se turvou um pouco mas logo voltou. O logo revelou algo que não deveria ser visto.

O corpo estava no centro de um enorme hexagrama feito com cera de velas. Com seis velas pela metade, uma em cada ponta. A mão destra do defunto segurava um pentagrama, enquanto a direita um crucifixo de prata. Os cabelos da vitima estavam levemente queimados. Todas as perfurações estavam cauterizadas, levando a crer que foram feitas com ferro muito quente. O pescoço da vitima estava quebrado, mas ainda perfeitamente alinhado com o corpo.

Escrito em sangue ao redor do hexagrama estava uma enorme frase em latim. Todas as evidências apontavam para um ritual satânico.

“Senhor. Encontramos mais cinco corpos escondidos atrás de uma caixa” falou um policial “todos eles estão mortos com perfurações cauterizadas.”

“Caro,” suspirou o detetive enquanto lia o nome do policial “Ricardo, chame especialistas estamos diante de um psicopata.”

*

O telefone toca na casa do adolescente. Isso seria um problema caso ainda morasse com os pais, mas aparentemente eles decidiram se mudar. E não viram problemas no garoto, que sempre tinha notas boas e nunca causara qualquer problema, morar sozinho. O estudante sonolento derruba o telefone e um copo de água que se quebra ao encostar com o chão encarpetado. Rapidamente pega o telefone.

“Droga” fala baixinho antes de colocar o telefone na orelha “Alô!”

“Você quer respostas, e eu as tenho.” Falou a voz na linha “Espero que não tenha perdido a pergunta. Passo em dez minutos na frente de seu prédio.”

Quando foi protestar o telefone ficou mudo, não lhe restando opção senão ir esperar na frente de seu prédio. Vestiu-se rapidamente, colocando apenas uma calça e camisa, colocou um sapato, sabia que era necessário usar sapato, e um casaco leve. Pegou as chaves e o celular, e saiu do apartamento. Limparia o carpe depois.

Desceu as escadarias rapidamente, quase caindo no meio do progresso, passou pelo hall de entrado do prédio e destrancou a porta, então saiu. Entrou rapidamente no carro preto que o aguardava.

“Está um minuto atrasado” falou a figura notória que sentava no banco do motorista.

“Qual é a pergunta caro amigo” falou a figura sentada no banco de passageiro.

“E se o mundo acabar?” falou o garoto que já conhecia a rotina.

“Perfeito! Vamos” falou o motorista enquanto acelerava o carro.
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Mensagempor Lobo_Branco em 25 Nov 2007, 03:07

Bem curto, e poucas revelações, porém, conseguiu prender minha atenção do inicio ao fim. Tenho certa queda por contos com clima policial, ainda mais envolvendo coisas estranhas e gente esquisita. No seu tem td isso!!!

Senti falta de um maior detalhamento e endensamento nas descrições do assassinato e nas reações do detetive. Nada que prejudicou a historia, mas esse tipo de riqueza dá um "tcham" a mais.

Tenho certeza que as manchetes do dia seguinte será: " Jogadores satanicos de RPG fazem novas vitimas!Até quando aceitaremos isso entre nossos filhos" :rolando:

No aguardo, abraços!
"— Nós também éramos crianças, e se eles nos deixaram órfãos, os deixamos sem filhos."(

Óglaigh na hÉireann)


O Último Duelo - conto Capa&Espada
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Mensagempor Malkavengrel em 26 Nov 2007, 08:50

Coisas estranhas e gente esquisita é o que não vai faltar nesse conto. :aham:
O clima policial fica de lado por um tempo :ops:
Pelo menos eu acho.

Sorry, eu culpo "Senhora" de josé de alencar, desde então não consigo detalhar muito. Tentarei fazer as proximas partes mais densas e detalhadas.

Então nos meus escritos eu acabei de chegar no outro dia. ^^'
E se me permite, adorei a ideia da manchete, tenho vontade de rodar o conto proximo a data que esse tipo de noticia virou polemica entre as datas 1999/2002, se não me engano.

No mais, é só.
Muito obrigado pela dica, pelo comentario no geral.

Aquele Abraço.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 05 Dez 2007, 22:28

Malkinha... Até o momento só tenho uma pergunta...

O que o cara da primeira narrativa tem a ver com os outros dois (no caso, o detetive e o estudante)
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Mensagempor Ermel em 06 Dez 2007, 01:56

Hm... Talvez, Lady, o cara se cansou do inferno e subiu =P. Talvez, pouco provavel, devido ao ritual satanico e 'Fim do mundo' em um dos dialogos.

Malka, tem umas palavras incompletas de facil percepção caso de uma revisada mais aguçada. É um conto que promete devido ao ambiente 'dark' e o misticismo incluido nele devido a primeira personagem a nos empresentado. O que mais gostei, foi a inclusão de tres personagens (ou dois, caso o primeiro so sirva de pequeno prologo), que, se bem trabalhados, sem deixar uma confusão devido aos 'saltos' entre eles, sera muito agradavel!

É esperar!
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Mensagempor Malkavengrel em 07 Dez 2007, 23:38

Nasti,
a Relação do Heladrin com o Detetive é mais clara. A do Heladrin com o Garoto será revela mais tarde, na verdade o garoto é um misterio até alguns capitulos a frente.

Ermel,
CARA TE ADORO, vou revisa-lo.
Os saltos vão ter uma sequencia logica, primeiro Heladrin, depois Detetive, e Então estudante. A questão será de horas, algumas vezes minutos.

Obrigado aos dois.
Acredito que logo mais terei um capitulo novo aqui.

ABRAÇO>
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Mensagempor Malkavengrel em 20 Dez 2007, 02:24

Parte 2 – Um novo Problema

“Hun! Não me lembrava do cheiro de ar fresco” murmurou o homem vestido de preto “O inferno me fez esquecer o que o mundo tinha de bom.”.

Com seus olhos negros a figura estranha procurava algo que pudesse se tornar útil. As luzes da praia quando vistas do morro não demonstravam a necessidade de chacina, nem audácia de revidar um ataque. Era a cidade perfeita para começar a onda de destruição. A calamidade faria a impressa declarar terrorismo, os magos iriam colocar a culpa uns nos outros, os padres diriam que era o fim do mundo. Tudo conforme o planejado. Era tudo que um ser da destruição precisava.

“Eu sabia que logo alguém iria me procurar!” sorriu o homem “Ninguém resiste em acordar um antigo demônio.” Acendeu um cigarro com o fogo criado na ponta dos dedos, deu uma tragada. “Realmente você tinha razão isso é ótimo, sinto a morte tomar conta de meus pulmões” falou jogando a carteira de cigarros vazia no peito do homem que agonizava ao seu lado.

“Um pena que quando se deseja acordar um demônio e forçá-lo a cumprir uma promessa” pausou para uma tragada “você deve garantir que ele realmente é um demônio” pausa para exalar a fumaça “e não um humano amaldiçoado” uma tragada rápida “vê o seu erro... mago tolo.”.

Uma tragada rápida fez a face, do novo fumante, aparecer, também fazendo o mago agonizante engasgar com o próprio sangue. Com um movimento rápido o homem que estava em pé sacou a espada de metal e com uma estocada no coração fez com que a dor do moribundo cessasse.

“Que a onda de destruição comece, e esse cavalo metálico veio a calhar” falou enquanto subia encima da moto e ia à direção ao balneário. O ronco do motor ecoou pela colina enquanto a luz traseira se afastava do local do crime.

*

“O que?!” exclamou o detetive “Como assim eles estão em outra tarefa?!”.

O homem que nunca havia perdido a calma estralava os dedos, andava de um lado para o outro enquanto gritava no telefone. O sobretudo cinza se mesclava com o chão de concreto do galpão, e o zunido das lâmpadas fosforescentes deixava-o irritado.

“Não, eu não quero um detetive forense, eu quero a equipe DOIS” falou alto “Não tente me enganar. Eu quero uma das três equipes especiais.”

O momento que parou para respirar o fez acreditar que estava no inferno. O cheiro de enxofre estava dando uma dor de cabeça extrema, e aquilo não estava legal. Sabia que não era só o enxofre e sim que algo de errado estava acontecendo ali.

“Não, eu não vou aguardar” gritou. “Droga! Maldita seja a equipe especial.”

Saiu do hangar para respirar, quem sabe fumar um cigarro. Abriu seu carro, um corsa prata com porta mala estendido, ligou o som. Estática em todas as estações de rádios. Colocou um CD pirata que pegou depois de um abate. A mídia começou com um rock das antigas.

“Ahhh! Agora só falta um bom cigarro. Onde eu deixei meu isqueiro?” falou para si mesmo. “Bons tempos quando eu não precisava me preocupar com esses punks e malucos” suspirou “Eles só pichavam e cometiam delitos leves”. Acendeu o cigarro com um isqueiro vermelho, deu uma traga “Hun! Como isso é revigorante.”

Sorriu enquanto a musica invadia seu pensamento, e a fumaça os seus pulmões. Pensava que o mundo podia a viver sem saber da chacina, pelo menos a policia iria poder trabalhar com mais sossego. Mentalmente praguejou quando viu os primeiros carros da impressa local, entrarem pelo portão.

*

O momento que o garoto passava no carro era tenso, ninguém falava, e mais duas pessoas tinham entrado, ambos pareciam ter entre 20 e 30 anos. Sua mão suava e tremia, seu pé batia freneticamente no chão, seus dedos estralavam e seus olhos olhavam para tudo.

Nenhuma musica tocava no carro, até a entrada do segundo passageiro, que insistiu em colocar um CD que havia comprado no dia anterior. Como não houve objeção colocaram. O garoto se via no inferno com aquela musica inicial, batida forte, guitarra distorcida, repetição de ritmo, quebra de som. Quebra de som, a musica agora tinha parado, e começaram a tocar um violino, ou chello não conseguiu identificar, era outra musica.

“Bem-vindo garoto” sorriu o dono do CD “Bem vindo ao sobrenatural. Você queria respostas nós as temos.”

“Desculpe-nos pela musica mas quanto mais barulhenta melhor” falou o motorista “temos motivos para crer que você possa ter sido grampeado”

“Sentimos também por ser no meio da noite, mas quanto menos atenção chamarmos melhor” falou o homem que sentava no banco do passageiro.

“Você foi convidado a se unir a nossa pequena organização” falou o homem que sentava ao seu lado “São poucos que tem essa chance, muitos nem se quer chegam à etapa de ser pegos em casa”

“E isso sig... significa o q... o que?” gaguejou o garoto.

“Não significa nada garoto” falou o motorista “eles querem te assustar. Na verdade sem saber temos analisado você por meses, então há dois meses entramos em um conversa por e-mails que foi uma entrevista.”.

“Então, ontem à noite fizemos uma reunião” falou o passageiro “decidimos que você poderá se juntar a nós.”.

“Chegamos,” falou o motorista ao estacionar na frente de um dos prédios mais luxuosos da cidade “Aqui é um bom lugar para começar.”.

“Bom, a cobertura desse prédio é nossa mesmo” falou um deles.

“Que a reunião comece” falou o motorista “Espero que esteja tudo preparado lá em cima.”.
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Mensagempor Dahak em 27 Dez 2007, 23:58

Até o presente momento, tenho achado meio confuso.
Não a construção em si, mas os propósitos.

Reitero os conselhos do Ermel, uma revisão se faz necessária.
E talvez não só grmatical, mas de adequação ao tipo de diálogo, de vocabulário esperado das personagens.


Abraço!

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Mensagempor Malkavengrel em 14 Jan 2008, 16:52

Suas palavras me atingiram com profundidade espiritual Dahak, o divino me obriga a fazer a essa reescrita.

Bom para quem sabe não eh nenhuma novidade na manhã da virada do ano meu computador acabou por se "auto-formatar" depois de um probleminha do ruWindows. Meu backup estava desatualizado, então acabei por ficar com apenas o primeiro capitulo desse conto.

Peço desculpa a todos.
Um abraço.
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Mensagempor Dahak em 23 Jan 2008, 00:53

Que tal você recriar do zero a continuação?
XD


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