Bom, sou novo aqui e logo me tratei de postar minha humilde historia. História que se passa em um mundo medieval, narrado em primeira pessoa, sei que tenho muito que evoluir e sabendo disso espero criticas sinceras para que a cada cap eu possa aumentar um nível a mais na minha escrita. Ah tb para conhecer o pessoal.
Podem meter o pau !
Lásvia
Capítulo 1 - Uma bela noite
Realmente hoje faz uma bela noite, na verdade hoje foi um ótimo dia, todos da cidade estão felizes e orgulhosos de si mesmos. Hoje nossos homens caminham para o norte em direção a cidade Veluna, com o objetivo de se encontrar com as forças aliadas e organizar um exército onde pretendem formar uma força se opondo ao terrível Selune, um simples mercador que virou um líder apenas com a coragem que poucos tinham formando um exercito para rebelar-se contra o rei Joliet da cidade de Veluna. Nossos fortes e corajosos guerreiros já devem encontrar se a milhas de distância, a cada segundo que se passa eles estão dando um passo a mais em direção a glória lutando e arriscando suas vidas para um bem maior, para o bem do seu povo deixando os mesmos orgulhosos.
Eh... Realmente eles estão felizes, com certeza acreditam nisso, já eu não me importo... Guerra tola. Um forte grito me desperta dos meus pensamentos.
- Coronel !
- O que foi soldado Rich ?
- Homem ferido no portão.
Levantei-me da cadeira já preocupado, pois ouvia-se gritos aterrorizantes vindo do portão. Calmamente fui me aproximando da beirada da torre de onde me encontrava, a cada passo que eu dava minha curiosidade cada vez mais aumentava a certo ponto em que minha mão respondia tremulando a cada batida no portão. Impressionante, nunca pensei que a agonia e o medo pudesse fortalecer tanto um homem ao ponto de fazer toda a estrutura daquele pesado portão de madeira balançar a cada batida, deitei meu corpo sobre o parapeito da torre com o desejo de avista-lo, meus olhos automaticamente se caminharam em sua direção já que um rastro de sangue apontava sua posição. Não sei como ainda tinhas forças para gritar com toda aquela perca de sangue que chegava a cobrir todo seu corpo, provavelmente não só seu senão já estaria morto, em um dos poucos lugares descobertos de sangue pude notar um emblema do exército, com certeza era um soldado... O que... É um dos nossos !
- Abra o portão! É um dos nossos.
Sabendo da situação não consegui-me segurar lá em cima, desci correndo as escadas da torre, queria ver de perto a situação. Já com os pés no solo me direcionei a frente do portão, numa leve olhada para trás percebi que todos os outros soldados olhavam o portão com olhos esbugalhados e espantados esperando o momento em que aquela imagem atravessaria a passagem aberta por nós, provavelmente o mais próximo de mim estava a três metros de distância causando-me um certo sentimento de solidão. Aumentava junto com a abertura do portão os gemidos dos soldados que de certo modo parecia uma orquestra respondendo a cada movimento do portão, nem um terço do portão ainda abrira, mal passaria uma criança naquele fresta mas mesmo assim aquele homem desesperadamente se espremia naquela humilde passagem juntamente com berros assustadores dando a impressão de ter alguém atrás dele preste a golpeá-lo. Com muito esforço e dor aquele homem passa através do portão vindo direto em minha direção, onde fica no meio do caminho causado por um atropeço.
- Aaaahhhhh socorro... Nos atacou... Não tínhamos chance... Demônio... Todos morreram... Esta vindo para cá... Fujam todos !
- Calma, não tenha pressa, aqui você esta seguro, se acalme e nos conte com maiores detalhes.
- Você não esta entendendo vamos morrer... Me leve para longe dessa muralha... Me deixa ir... Quero me esconder...
- Calma, vamos fazer um jogo, tenho cinco perguntas para fazer, se responde-las sem se alterar eu deixo você ir e peso para meus melhores soldados te acompanharem até o centro médico, tudo bem estamos combinados ?
- Sim... Tudo bem...
- Primeira: você esta ferido gravemente soldado ?
- Não senhor.
- Segunda: que tropa que você fazia parte ? A de patrulhamento ?
- Não senhor, a que ia se aliar com as forças do norte.
- Eh... Então era um exército e não uma tropa.
- Terceira: sua tropa sofreu qual tipo de ataque ?
- Número um senhor de acordo com o manual padrão.
- Quarta: você foi o único sobrevivente ?
- Sim senhor todos foram mortos.
Podia-se ouvir a tristeza dos meus soldados mesmo que nenhum ruído fora escutado naquele lugar, não era pra menos, todos nos tínhamos conhecidos, amigos e parentes naquele exército.
- Quinta e ultima pergunta: quantas unidades o atacaram? Sem contar com instrumentos de porte (catapultas, etc...).
- Apenas um senhor, um homem... Um demônio com força suficiente para envergar ferros!
No mesmo instante todos começaram a retrucar e a duvidar da sanidade do pobre homem, que realmente eu não os culpava, pois instantes atrás ele afirmou que sofrerá um ataque número um e um bom soldado sabe que esse ataque é do tipo de frente sem nenhuma estratégia ou armadilhas tornando a afirmação do homem quase impossível, ainda mais causada por apenas um só homem. Tenho que tomar uma atitude, não posso mais tolerar essa bagunça e discussão. Levantei o meu dedo em direção a um soldado.
- Soldado, escolha mais dois para te ajudar a acompanhar esse homem até o centro médico.
- Sim, senhor.
- Todos os restantes calem a boca e voltem para suas respectivas posições, do como encerrado a discussão, alguma pergunta !?
O silêncio responde minha pergunta, mandando automaticamente todos para seus lugares, acabando assim com aquela barulhenta desordem no meio da noite que graças a deus não acordou nenhum cidadão que conseguentemente aumentaria a desordem. Realmente estou com muita sorte, nem mesmo o quartel general que fica alguns metros daqui percebeu a bagunça, já estava até vendo o dramático e chato general vindo reclama de minhas ações como coronel com suas famosas frases feitas, – Que desordem é essa, no meu tempo o comandante tinha que ter fibra, por os soldados na linha, não pensa que ganhei esse apelido por ser fantasma não, hahahaha ganhei por que sabia disciplinar e até hoje me orgulho quando me chamam de general Gaw...
- Que desordem é essa, no meu tempo o comandante tinha que ter fibra, por os soldados na linha, não pensa que ganhei esse apelido por ser fantasma não, hahahaha ganhei por que tinha fibra e até hoje me orgulho quando me chamam de general Gawtler, o intocável.
Eh... Lá se vai minha sorte, como de costume sempre acompanhado de dois soldados, eles só são dispensados quando o general Gawtler sai de serviço, nem se parece com a lenda de que ouvi falar. A muito tempo atrás quando eu nem era nascido nossa nação estava em uma grande guerra e o general Gawtler, o intocável que conhecemos hoje era apenas um mensageiro do exército. Seu batalhão quando foi atacar as linhas inimigas caiu numa armadilha onde quase todos morreram e o seu coronel tendo como preocupação a segurança dos outros batalhões decidiu enviar todos seus mensageiros para informar do acontecido, só que o inimigo já esperando por isso montou outra armadilha com centenas de arqueiros prestes a disparar e matar qualquer um que fugisse e botasse em risco seu plano. Centenas de flechas lançadas parecendo mais uma chuva e conseguentemente quase todos os mensageiros mortos, menos um, sim o grande Gawtler correndo mais do que nunca no meio de um chuva de flechas sem se quer ser morto e nem mesmo ferido, e por isso até hoje os chamam de general Gawtler, o intocável, um herói que praticamente foi o responsável direto da vitória na nossa nação e da prosperidade da nossa cidade. Provavelmente tudo mentira, me recuso acreditar que esse velho de 75 anos tenha feito isso tudo, mais ainda sim uma coisa me intriga nele ou até me inveja, apesar dos 75 anos, ele parece possuir 40, com mais disposição e força que muitos dos meus soldados, na verdade acho que nunca vi ele reclamando de dores ou com algum tipo de doença ou então ele as esconde.
- Algo para relatar general Gawtler.
- Isso, quero que me relate todo o ocorrido, para caber a mim te julgar culpado ou não Dosan.
Sempre me chamando pelo nome, um modo de mostrar indiretamente que não concorda e não admite o cargo em que eu ocupo.
- Como você pode ver um soldado ferido veio até nossos portões da muralha procurando ajuda, mais tarde descobrimos que ele era um dos nossos e que fazia parte do exército que saiu essa tarde em direção ao norte em que esse mesmo foi atacado e completamente destruído. Aparentemente ele é o único sobrevivente e afirma que todos foram derrotados por apenas um homem ou como ele mesmo diz... Um demônio.
- O que ? Todos mortos por apenas um homem, só pode estar delirando.
- Pode ser, mas apesar de ser duro acredito que a afirmação de todos estarem mortos seja verdadeira.
- Entendo, logo agora que o nosso rei esta vindo para cá acontece essa tragédia, deverá chega amanha cedo. Dosan tome as providencias necessárias para proteger nossa cidade de futuros ataques e descubra quem nos atacou, estou deixando tudo em suas mãos pois estou de saída, tenho algo importante para fazer.
- Sim, senhor.
Como sempre quando a situação complica, ele sai de fininho, o que será mais importante do que isso ? Olhei ao meu redor e fiquei muito mais tranqüilo, no chão onde tinha um homem ferido agora só uma poça de sangue provava a sua existência, o barulho que antes existia foi trocado pelo suave canto das cigarras, o desespero que ali existia foi engolido pelos soldados que agora estavam nos seus respectivos lugares. Tudo voltará ao normal, já podia relaxar e pensar no melhor meio de se tomar as devidas providências.
Continua...