O Fim do Mundo!

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O Fim do Mundo!

Mensagempor Benatti em 14 Mai 2010, 13:46

Boa tarde spellianos,

Os personagens dessa história são os jogadores da minha mesa. Escrevi tudo em um surto no dia 29 de Janeiro e me diverti muito escrevendo.
Se espera ler um texto sério, bem formatado e com um enredo complexo, melhor não ler.
Se espera ver como um grupo de rpígstas tapados salvando o mundo de um terrível dilúviu, boa leitura ;)

Obs.: Como o linguajar dos personagens foi fielmente reproduzido você encontrará palavrões aos montes, desculpe por isso.


29 de Janeiro de 2010, 08h10
Atibaia, Perto de um Rio Transbordando


Brunno havia realmente acordado em um mundo que não era o seu...

Um velho louco aleatório saltou de baixo de seu cobertor de mendigo e começou a falar coisas estranhas...

"Filho, o mundo tá acabando! É o 38° dia de chuva... EU TÔ CONTANDO!... A lenda diz que quando chover 40 dias seguidos o dilúvio vai estar oficializado! Vai acaba tudo! São os antidiluvianos! Os terroristas! Os peixes! Tamo fudido!"

Ouvindo essas palavras sábias, Brunno ponderou calmamente todas as possibilidades. "Fudeu geral!" gritou ele pro velho mendigo. "Caralho! Porra! Toma no cú! O que vamo fazer?!"

O velho apenas o observou com olhos estranhos, purulentos.

"Há algo que pode ser feito... segundo antigas profecias maias o mundo não pode acabar antes de 2012... da bug. Pra impedir o fim do mundo você deve impedir a chuva... entende?"

"Não."

"Porra... você precisa de um artefato Maia... oras!"

"Ah... onde compro um desses?"

"Somente aquele que nasceu no dia do dilúvio, vinte primaveras atrás pode
encontrar esse artefato..."

Um silêncio toma conta do lugar... o velho dorme.. ou morre... mas ronca!

"Sabe... acho que sei onde ir..."

E assim começou a busca de Brunno por um mundo novo e cheio de possibilidades... que tá pra acabar em poucas horas.

~X~


29 de Janeiro de 2010, 20h43
São Paulo, Recanto do Bardo


"Droga, temos que achar uma pessoa que faça 20 anos até domingo!"

"Luis... você ainda não viu a primavera desse ano... e nem vai ver se não achar a porra do artefato"

"Brunno, tá bravinho? Tá bravinho, tá?"
"Porra Anderson! O mundo vai acaba!!!"


Nisso chega JP, comprimentando todos e sem saber de nada ainda.

"JP?" pergunta Brunno "Tá ocupado esse final de semana?"

"Não tô não" responde coçando o nariz "Porque?"

"Tá afim de salvar o mundo?"

"Opa, demorô!" diz ele indo pro quarto "Só deixa eu trocar de roupa".

Brunno volta sua atenção pra seus outros outros dois companheiros.

"Ander, tá nessa também?"

"Ah, pode ser kkkk" ele ri mais um pouco e continua "Só tenho que pegar a Vicky no Boa Vista domingo de tarde"

"Tô nessa" Luis se pronuncia antes de ser perguntado "Claro, claro amor"

"Ah, é com a Ars" falam Brunno e Ander em coro. JP sai do quarto vestido de ovelha negra.

Passam-se alguns minutos e todas as mochilas são arrumadas pela Leo, com provisões suficientes pra uma década em qualquer parte do mundo, ou fora dele.

"Todos prontos?" Pergunta Brunno.

"Sim, sim, sim" responde Anderson.

"Bora maninho" responde JP.

"Tchau" responde Luis fechando o notebook.

Todos se despedem da Leo e da Leide... pegando carteiras, cartões, celulares e chaves que estavam sendo esquecidos... e então partem para maior de suas aventuras.

~X~


30 de Janeiro de 2010, 00h06
São Paulo, Condado de St. Louis


Depois de dar algumas voltas nos quarteirões em busca de algum sinal, depois de terem rezado pra todos os deuses de Arton, Fearûn, Mendor e pra Mana Tree, JP se cansa e pergunta.

"Luis, pô... tu não é o escolhido?" pergunta JP

"É Luis, tu não é o escolhido?" ecoa Anderson.

"Não sou o escolhido?" Pergunta Luis a Brunno.

"É... ué. Os astros te escolheram quando os Maias tavam fazendo as contas deles...lá". Brunno olha pro céu. "Se parar de chover a gente se guia pelas estralas".

Depois de um silêncio profundo Brunno completa "Gente... foi uma piada... JP olha como ta o céu pelo google."

"Boa maninho!" em dois segundos JP tinha em mãos um mapa completo das estrelas e planetas. "Então, e agora?"

Luis pega o celular e percebe que os astros formam uma seta, como uma bússola cósmica grandona.

"Legal" falam todos.

Luis caminhava na frente, guiado pelo celular. JP ia por ultimo vendo se a barra não sujava... Brunno e Anderson comiam goiabinha.

Até que chegaram na porta do cemitério São Luis. O portão batia com o vento poderoso, e trovões no horizonte completavam o quadro sinistro. Fazendo um chifre com a mão Brunno entrou sem dizer nada.

Por uns instantes ninguém disse nada... Anderson quebrou o silêncio resumindo o que todos pensavam. "Vai lá bonzão"

Resolveram entrar pra ver o que estava acontecendo. Caveiras, zumbis e outros mortos-vivos de ND baixa usavam o Brunno de peteca.

"Caralhoooooo rola a inicitiva seus porra!!!" gritou Brunno. JP soltou a mochila no chão, tirou a camiseta pra assustar os monstros com seus musculos (e pra não estragar a camiseta), Anderson repetiu o gesto e o Luis armou uma posição bem loka de kung-fu. Brunno continuava quicando de um zumbi pra outro.

~X~


30 de Janeiro de 2010, 00h20
São Paulo, St. Louis Cemetery


"Uuuuuuuuaaaaaaa peguei mais um!" gritou Luis ao arrancar a cabeça de outra caveira com um pedala.

"Mano!!! Que brisa!!!" disse JP, ainda maravilhado com a facilidade que derrubavam zumbi após zumbi. Anderson também se divertia correndo envolta dos zumbis e gritando "Tô mubando! GC aqui!!!" JP começou a rodar seu pulso e ele começou a brilhar laranja.

"Vai Naruto!" gritou um muleque estranho que surgiu do nada.

"É Powerball!!!" gritou JP atacando o mub "Caraalho... só 15.000 rpm!"

Brunno estava se recompondo e até se divertindo com seus amigos massacrando as caveiras. Infelizmente do ponto que ele estava conseguiu ver um vulto enorme se aproximando.

"Manooo, tem chefão vindo! Ajuda aqueee!!!"

"E mais uuuuuuuuuuum" gritava Luis enquanto massacrava caveiras "e outrooooooooo, huuuyeeeah"

"É o seguinte, acho que é um troll... " começou Brunno, enquanto folheava o livro dos monstros "se for.. fodeu, tá chovendo e a gente não vai conseguir tacar fogo nele. Se não for, a gente sei lá... senta o braço."

"Mas vem cá..." disse Anderson "Vamo sem arma nem nada... tipo... no braço mesmo... tem certeza?"

"Já sei" disse JP abrindo a mochila "deve ter algo aqui... certeza.... ei... olha! uma espada! Tó pra vc Ander. Tem também um machado... tá para de babar, tó ele Brunno. Luis... luis?"

"Oooooooi?!"

"Nada não... continua pedalando as caveiras aí." disse JP tirando um lança chamas enorme da mochila e feixando o zíper. "..... kekekeke, pode vir troll, ogro.. pode vir kekeke"

~X~


30 de Janeiro de 2010, 00h30
São Paulo, St. Louis Cemetery


"Todos prontos?" gritou Luis depois decapitar a ultima caveira "Não importa o que vier, vamos vencer! E vamos vencer juntos!"
"Aú, aú, aú" gritaram seus amigos que ainda lembram dos 300 de Esparta.
"Não importa quão difícil possa ser! Nós iremos vencer!" continuava Luis "6 bilhões de pessoas dependem de nós!!!"
"Aú!!! Aú!!! Aú!!!"
"Avante amigos!!! Huyeah!!!"
"AAAAAAH!!!" gritaram os quatro correndo em direção ao vulto... e então perceberam que se tratava de um imenso dragão vermelho, com escamas brilhantes e olhos queimando como magma. Continuaram gritando um bom tempo, mas correndo na direção contrária.

"Tá legal..." disse Anderson ofegante, quando já estavam a uma boa distância do dragão. "Tem outro caminho, né?"
"Infelizmente não... e a gente tem pouco tempo" respondeu Luis "E olha... o viadinho do JP não carregou o celular... logo acaba a bateria e a gente fica sem rumo!!!"
"Caralho mano" desabafou JP "Eu não sabia que a humanidade ia depender disso!!!"
"Não é hora de discutir" disse Brunno, com pinta de bonzão "A gente tem que dar um jeito no dragão! E sei como..."

Todos observaram em silêncio o Brunno mandando uma mensagem pelo celular.

"Vamos?" perguntou Brunno.
"A gente tem escolha?" perguntou Anderson.
"Se tivessemos iriamos deixar o mundo acabar?" perguntou Luis
"Quando vocês pararem de brincar de jogo de perguntas a gente pode ir?" Enfim, perguntou JP. E todos caminharam confiantes em direção ao grande dragão vermelho.

Tá legal, nem tão confiantes assim, mas caminharam.

"Ah mano..." disse JP olhando pro lança-chamas "... essa bosta nem vai fazer nem cócegas"
"É agora ou nunca galera!" sussurrou Luis.
"Então a gente tem mesmo opção?" Perguntou Anderson, mas empunhando sua espada montante com força e fazendo uma careta arretada.
Sem dizer nada Brunno empunhou o grande machado sobre sua cabeça e correu em direção ao dragão. O imenso réptil olhou com uma expressão curiosa de tédio e se preparou pra soprar fogo sobre os pequenos humanos que se aproximavam.

Brunno pensou em recuar, mas fechou o olho e atacou. Impressionantemente não acertou o imenso pescoço do dragão. Abriu o olho e não viu dragão nenhum.

Os outros continuaram correndo em direção ao dragão que agora era invisível pro Brunno.

Brunno coçou o queixo, olhou pra cima... pensou alguns segundos e entendeu o que se passava.

"Galera... é uma ilusão!!! Deve ser..." do céu caiu uma enorme jaula de ferro prendendo a todos. "... uma armadilha".

~X~


30 de Janeiro de 2010, 01h21
São Paulo, St. Louis Cemetery


"Não é que era uma armadilha mesmo?" disse Anderson, quebrando o silêncio.
"Yaaaaaaarrrrk, peguei eles!!! Peguei eles!!!" dizia um minúsculo kobold enquanto dançava perto da jaula "O mestre vai ficar feliz! Feliz!!!"

Luis pegou uma pedra no chão e tacou no Kobold, matando-o.

"Poxa Luis, queria ter usado o lança-chamas" reclamou JP "mas então, como a gente sai daqui?"

"Fácil" disse Luis "só catar algo na mochila..." mas não havia mochila.

"Olha elas ali" apontou o Anderson, pro lugar onde eles deixaram as mochilas. "Agora é só laçar elas com, sei lá, o cadarço do tênis".

"Você tá falando sério Ander?" perguntou JP, indignado "Porque também não damos mel pros gnomos pra ver se eles ajudam?"

"Claaaaro"

"Ei, Brunno..." cutucou Luis "Faz algo! Levanta daí."

"Já fiz" disse Brunno, calmamente. "Lembra que mandei a mensagem? Então... era pra matar o dragão, mas vai dar pro gasto... espera só um pouco."

"Mas que..." e nisso Luis foi interrompido pelo som de trovões, e árvores sendo destruídas... algo realmente grande estava indo na direção deles. A parede do cemitério foi destruída em uma explosão e muitas lápides se partiram! Então diante deles surge Marcos.

"E aí povo! Tão brincando de que aí dentro?" disse ele. "Querem uma ajuda aí?"

Todos fizeram que sim com a cabeça. Marcos deu um tapa na jaula e ela saiu do campo de visão.

"É o seguinte" disse ele "Tenho que salvar a Terra de uns sayajins... coisa corriqueira. Qualquer dia a gente conversa galera."

Então ele não estava mais lá.

Todos ficaram quietos um bom tempo. As caveiras não ousaram aparecer mais. Nem os kobolds, nem pássaros... e até mesmo algumas sombras fugiram.

"Pra onde Luis?" perguntou Brunno.

"Lá!" apontando pra uma casa em uma colina "No mapa estrelar diz 'Centro do Universo'... os Maias falam algo sobre isso. E eu tenho alguma noção do que iremos encarar."

"Então bora, que se pá ainda pego balada hoje" disse JP colocando a camiseta e pegando a mochila.

"Sabe galera" disse Brunno "eu acho que há uma inteligência por trás disso tudo... um deus, ou um mestre, o que quer que seja! Não temos problemas maiores do que podemos lidar. É como se tudo fosse feito sob medida pra que chegassemos ao final dessa noite. Se for o caso não temos que nos preocupar com nada... não é maravilhoso?"

"Menos filosofia, mais ação maninho." disse JP dando uma mochila pro Brunno.

"É... "disse Luis, pensativo olhando pra longíqua casa na colina "... e tenho um péssimo pressentimento."

"Ge-gen-gente" gaguejou Anderson. "gente boa, olha aquilo ali".

No horizonte, o que antes parecia ser mais um morro se mostrou ser uma criatura. Lentamente a criatura andava na direção do quarteto. Cada passo a terra tremia... prédios caiam e gente gritava.

"Só pode ser outra ilusão" disse Luis, resoluto. "Impossível uma coisa assim ter surgido do nada!"

"Concordo" disse Brunno "Não teríamos um desafio... desse tamanho. Não sem ter ganhado muita experiência antes!"

"kekeke vamos ver..." disse JP rodando sua powerball "Aaaaaah 20.000 rpm!!!"

"Vai Naruto!" gritou o muleque aleatório que surgiu do nada. Então a criatura abriu uma boca enorme e engoliu o garoto. Engoliu o cemitério e muitas árvores em uma só mordida.

Todos ficaram parados... até a powerball.

"É um ta... ta"
"Ta..tarra..."
"Ta que?"
"Ta corre!!!"

E lá foram os quatro correndo na madrugada em direção a casa da colina, com um tarrasque no encalço.

~X~


30 de Janeiro de 2010, 01h51
São Paulo, St. Louis Hills


"Em quanto tempo ele alcança a gente?" perguntou Anderson, desesperado enquanto corria.

"Em uns seis segundos" gritou Brunno "com sorte temos doze segundos".

"Dois turnos" resumiu JP "Certo, o que podemos fazer?"

"Que tal... rezar?" disse Luis, já sem fôlego "Tá... vo pensar em algo!"

"Gente ele tá chegando!" gritou Anderson desesperado "E eu não quero morreeee!!! >.<"

"Tive uma idéia!" disse Brunno, parando de correr.

"Legal!" disse JP "Suicidio resolve tudo! Eu disse."

"Er... não, não vou me suicidar" disse Brunno tirando a mochila. Enfiou a mão dentro dela, tirou um pequeno anel e depois atirou a mochila na boca do Tarrasque.
O bicho fez uma careta, arregalhou os olhos e explodiu... espalhando pelo lugar pedaços de todas as coisas existentes.

"Boa" disse Luis "Só que você sabe que ele vai estar inteiro em pouco tempo né? A menos que..."

"A menos que eu tenha um anel dos três desejos!!!" disse Brunno entusiasmado, mostrando o anel "É só esfregar... assoprar e pedir".

Brunno ficou em silêncio um instante e então o rubi que havia no anel foi consumido em um jogo de luzes de computação gráfica.

"Viu."

"Ei Brunno" disse Anderson "E porque você não usou ainda esse anel pra pegar o tal artefato Maia?"

"Er... verdade né?" Brunno esfregou, assoprou o anel... e viu que ele acabou de gastar o ultimo desejo restante. "Então né galera... sejamos otimistas..."

"Como?" disse JP rodando a powerball de forma ameaçadora. "Me diz, como a gente pode ser otimista?"

"Olha só... a gente matou um tarrasque né?"

"É..."

"Então imagina quantos níveis a gente não subiu?"

"Pera, para tudo!" disse Luis, tendo um chilique. "Tudo bem que o mundo enlouqueceu, mas isso já é demais..."

"Acha mesmo?" disse Brunno "Vejamos... provavelmente você é um bardo... canta um pouco aí..."

Um pouco constrangido Luis olhou pro que restou de São Luis e começou a cantar a primeira coisa que veio em mente.

"Smoooke on the water... \o\ and fire in the sky!" e então um meteoro caiu do céu, dizimando o bairro vizinho.

Todos ficaram quietos... exceto Luis que apenas disse "lol"

"Legal" disse Anderson "Eu faço o que?"

"Faz o seguinte Andersolino" disse JP "Sai no braço comigo que a gente vê o quanto subimos de nível... kekeke"

"Ah.... tá né" disse Anderson, estralando os dedos. JP também estralhou os dedos e o pescoço. Brunno sentou no chão pra assistir e começou a comer goiabinha com Luis. JP e Anderson ficaram um tempo se encarando... até que um raio clichê anunciou o começo da luta.

~X~


30 de Janeiro de 2010, 02h10
São Paulo, St. Louis Hills


Em um piscar de olhos JP estava na frente de Anderson, pronto pra desferir um murro. Seria um murro muito foda. Foda pra caralho. Anderson apenas desviou o golpe e deu tapa na nuca de JP

"Pedala noob!" disse Anderson rindo "Só isso que sabe fazer?"

"Maaano" disse JP correndo pra cima do Anderson com uma árvore na mão. Isso... uma árvore. Ele estorou a árvore no Anderson... ou pelo menos tentou. Quando olhou Anderson não estava mais lá... nem tava em lugar nenhum.

"Aaaah vai se fuder" disse JP enquanto tinha três tiques nervosos diferentes ao mesmo tempo "Ladino o caralho! Aparece aqui! Aparece!"

"Pedalaaaaa noob!" disse Anderson, surgindo do nada e dando outro tapa na cabeça do JP. "hehehe vamo procura logo o artef..."

O chão em baixo do JP explodiu... veias enormes saltavam de cada centímetro no corpo dele. Os olhos ficaram brancos, mesmo com lente, e quando ele gritou cada músculo no corpo dele dobrou de tamanho.

"Galerinha... fudeu." disse Brunno comendo a ultima goiabinha "Ele é bárbaro, entrou em fúria e só vai parar sabe lá deus quando."

"Tá bravinho, tá?" perguntou Anderson rindo... e sumiu do nada.

"Filha da mãe..." disse Luis "o Anderson provoca e agora a gente tem que aturar ele chato!"

"JP... amigo... amigo..." disse Brunno tentando se aproximar.

"Grrrraaaaaauuuuaaarrrrihi" foi a resposta de JP.... que se aproximava de seus amigos babando.

"Luis.... canta alguma coisa" implorou Brunno.

"Cantar o que?

"Qualquer coisa?!"

"Er... ta" Luis fechou os olhos pensando em alguma letra que ajudasse. "Everybooody love somebody... sometimes...!"

"Essa não!!!" gritou Brunno "Ele vai mostrar o p..." nessa Brunno tomou um safanão, e entrou em órbita, sumindo do campo de visão. Luis começou a pensar em alguma música que pudesse ajudar... mas não vinha nada em mente.

"PARE!" disse Luis, e JP parou. "Até quandoooo você vai parar de cuidar da minha viiiiidaaaaa?!"

"Puta que pariu!" gritou o JP ainda mais furioso "Essa música é a pior!"

">_<" disse Luis. "Fudeu."

"Jpeliiiino..." disse a voz do Anderson vindo de algum lugar. "Olha o que eu tenho pra você!"

JP olhou pro lado, e sorriu. Anderson estava com uma garrafa de tequila ouro de qualidade, com um pouco de sal e limão cortado. A fúria passou imediatamente, mas JP continuou babando.

Pararam pra tomar um pouco de tequila e descansar. A ultima etapa da jornada começaria quando entrassem na casa da colina e precisariam estar descansados.

"Gente" disse JP depois tomar mais uma dose "Cadê o Brunno?"

Todos se olharam. Olharam pro céu... pros arredores.

"Será que ele ainda tá subindo?" perguntou Anderson. "Desse jeito não vai sobrar tequila pra ele."

"Gente, escuta..." disse Luis, pondo uma mão no ouvido. Todos ficaram apreensivos e conseguiram escutar um som curioso. A voz de alguém gritando "uuuuuuuuhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!!!!!!"

"Ah..." disse JP "ele deve ter descoberto que é feiticeiro e sabe voar. Mais uma dose Ander?"

~X~


30 de Janeiro de 2010, 14h12
São Paulo, St. Louis Hills


"Gente, acorda..." disse Brunno, cutucando seus amigos. "Levanta, seus chachaceiros!"

"Hein? Agora não Vitória..." resmungou Anderson.

"Putz!!!" gritou Luis acordando em um pulo. "Que horas são?!"

"Umas 14h acho..."

"E vocês me acordam duas da madrugada?!" resmunga JP ainda abraçado com a garrafa vazia de tequila.

"Brunno!" disse Luis indignado "Porque deixou a gente dormir até essa hora? Seu porra."

"Ah... eu tava voando... quando cheguei tava todo mundo dormindo cherando a tequila... daí entrei no msn pelo celular do JP... e dormi de manhã." respondeu Brunno, arrumando a mochila. "O de sempre."

"Certo... temos poucas horas pra fazer a chuva parar..." disse JP também acordado. "Ander... acorda... se a gente não salvar logo o mundo você vai se atrasar pra ver a Vitória".

Então Anderson estava acordado, ligadão e pronto pra outra. Todos estavam.

"Então essa é a hora galerinha." disse Brunno. "Nossa busca termina naquela casa ali... coisa e tal... frase de efeito... er... Luis, esse é seu trabalho. Anima a galera aí..."

"..." disse Luis. "É o seguinte... se o mundo sobreviver... seremos os unicos filhas da mãe com nível alto por aqui... com nossas habilidades vamos fazer dinheiro, pegar geral e ter uma vida tranquila. Se a gente falhar... fudeu. O que vai ser?"

"Tá... faz sentido." disse JP.

"Verdade, verdade, vamo logo." disse Anderson.

"Pois é... e eu sei voar... poxa, o mundo não pode acabar hoje." disse Brunno "Seria muita injustiça."

"Brunno..." disse Luis "Já falei que o mundo não é injusto... senão você teria que aceitar que existe uma força maior guiando nossas vidas..."

Brunno piscou um olho. Luis.... não entendeu.

"Porra Luis é o seguinte" começou Brunno, cochichando "Aquele lance do Tarrasque... eu acho que quando eu falei que só ia aparecer desafios a nossa altura tacaram logo um bicho daqueles... tipo... eu revoltei alguém, então a gente pode usar isso a nosso favor, entende?"

"Aaah" disse Luis "agora entendi! Só não dá pra ficar falando sobre isso..."

"Bora?" perguntou JP.

"Bora" responderam todos, em coro.

Pararam todos na frente da porta do casarão. Se era pra ser uma casa sinistra, não parecia. Havia um portão automático pra garagem, uma porta de ferro e uma campainha.

Abriram as mochilas e começaram a tirar escudos, espadas, armas, granadas, tochas e amuletos. Luis tirou o Johnson do bolso de fora de sua mochila e começou a afinar seu violão. JP estralou os dedos e o pescoço. Anderson continha o impulso de ler o registro da casa. Brunno tocou a campainha. Ninguém atendeu. Tentou abrir a porta, mas estava trancada.

"Anderson?" disse Brunno "Sabe arrombar portas?"

"Sei lá, vamo vê" Anderson se aproximou da porta, girou a maceneta e abriu. "Sei sim."

"Mas..." disse Brunno espantado "Enfim... JP, você vai na frente?"

"Oh a viadagem..." respondeu JP, mas entrou primeiro na casa. "Ander, fica por ultimo e avisa se alguma coisa estranha acontecer."

"Pódeixa chefinho" rindo, talvez ainda um pouco bêbado, Anderson esperou todos entrarem e também entrou.

~X~


30 de Janeiro de 2010, 15h00
São Paulo, Judas' ass.


"Acende a luz!" disse a voz do Anderson, no meio da escuridão "Galera? JP, Brunno, Luisinho?"

"Come on baby light my fireee!" cantou Luis e uma tocha foi acesa na escuridão. Luis segurava a tocha, e no breu que era o interior da casa apenas dava pra ver os rostos dos outros três companheiros, um vulto delineando seus corpos e mais nada. Todo o resto era puramente sombra... escuridão... vazio... nada. Nadica.

"Oookay" disse Brunno "Não há nada por aqui... nenhum quarto, nenhuma masmorra... nem orc. E agora?"

"Sei lá mano" resmungou JP "Se tivesse algum lugar pra gente ir a gente ia."

"Cadê a porta?" perguntou Luis quando olhou pra trás e descobriu que a porta desapareceu. "Legal... prenderam a gente em algum limbo e vamos ficar aqui aturando um ao outro pela eternidade."

"Puta que pariu!" resmungou Brunno. "Parece até que quem quer que seja não mapeou a masmorra... que merda."

"Pois é..." continuou Luis, e começou a cantar "Estátuas e cofres e paredes pintadas, ninguém sabe o que aconteceeuu uuuuh"

Então em um efeito de computação gráfica meio filme do Matrix, paredes vieram do nada, e todos estavam em uma sala mobilhada, com comida quente, boa bebida, nintendo wii e conexão banda larga.

"Refúgio Seguro?" perguntou Brunno.

"Yep" respondeu Luis.

"Wii!" Gritou JP.

"Eeeh" falou Anderson.

Enfim, perderam algumas horas nessa sala, até lembrarem que o mundo tá pra acabar. Quando isso aconteceu abriram a porta do refúgio e cairam direto em uma arena gladitorial, parecida com o Coliseu, só que maior, menos detonada e mais legal.

"Whattahell!" gritou JP, ao sentir a poeira levantando do chão conforme andavam.

"Pois é... bem o que eu imaginava" disse Brunno. "Quando o mestre não tem criatividade põe uma arena cheia de bicho e já era. Alguma música em mente Luis?"

"Só The End, do Doors..." respondeu o bardo "Vou deixar pra cantar quando eu tiver morrendo, ou quando tudo isso acabar."

"Tá" começou JP, com um tom irritado na voz, e com dois tiques nervosos simultaneos. "O que garante que se a gente espancar tudo que aparecer aqui o mundo vai estar salvo do dilúvio?"

"Simples" disse uma voz vagamente familiar, vindo das sombras do outro lado da arena "Se vocês cooperarem vou impedir que o dilúvio aconteça."

Subtamente um telhado mecânico começou a surgir no topo do Coliseu e fechou tudo formando uma espécie de cúpula a lá ginásio pokemon. Fortes holofotes foram ligados e muitos deles estavam na figura familiar de Matheus, que calmamente caminhava em direção aos seus antigos companheiros de aventura.

"Porra Matheus!" gritou JP.

"Aaaah você é o Matheus..." comentou Anderson.

"Que surpresa" disse Luis... sem ânimo nenhum.

"Quanto tempo hein gente..." disse Matheus, com um sorriso no rosto. Grandes caninos brancos podiam ser vistos em seu sorriso malévolo. "Vamos matar a saudade".

"Vamos lá" disse Brunno, já flutuando alguns centímetros do chão.

~X~


30 de Janeiro de 2010, 19h56
São Paulo, Coliseu?


Foi um show de efeitos especiais. Luzes, fogos, espadas se chocando. Frases de efeito aos montes. Foi foda.

"Cuidado Brunno!" gritou Anderson "Dragão vindo as 9 horas!"

"9 horas minhas, ou suas?!" perguntou Brunno antes de ser engolido pelo dragão conjurado por Matheus.

"Cospe ele!" gritou JP dando uma voadora de dois pés no peito do Dragão. E o dragão cospiu um Brunno todo chamuscado.

"Viado" gritou Brunno explodindo a cabeça do dragão com algum efeito especial.

Enquanto isso Anderson e Matheus cruzavam espadas em uma batalha feroz que lembrava alguma dança. Até que a espada de Anderson voou e fincou no teto. Antes que Matheus pudesse desferir um ataque JP cobriu Anderson... e com ele o buraco era mais embaixo.

"Er... JP, pera porra!" gritou o Matheus, fugindo dos golpes de um JP enfurecido. "Pera... vamo conversar!!!"

Um golpe de espada atigiria em cheio o pescoço de Matheus. Então Brunno usou alguma magia telecinética a lá Carrie, a estranha e empurro Matheus pra longe. Suspendendo-o do chão. Estava claro que em pouco tempo ele seria derrotado.

JP continuava furioso, Anderson deu um pouco de tequila e ele se acalmou. Todos se acalmaram. Era hora de conversar.

"Pra começo de conversa" começou Brunno "Porque diabos, você é o vilão da história?"

"É que eu virei um vampíro... faz parte..." disse Matheus com uma sinceridade desconcertante. Mas a desculpa continuava idiota.

"Tá" disse Luis "Você virou um vampíro... e...? Não quer ver um novo... uma nova noite? Tem que se suicidar e levar o mundo junto?"

"A gente, não é culpa minha!" disse Matheus "Só me deram o artefato e falaram pra eu cuidar dele... disseram que alguns... algumas pessoas iam vir pra cá pra pegar e que eu devia testar o poder delas. Eu não sabia que eram vocês!"

"Entendo" disse JP, refletindo.

"Mas Matheus" falou Anderson, com seu tom de voz característico. "Você não sabe que o mundo vai acabar se você não destruir o artefato?"

"Sim eu sabia" respondeu Matheus "Mas... me deram ordens pra destruir o artefato, ou entregar pra vocês depois que mostrassem seu valor em batalha. Só isso gente!"

"Quem?" perguntou Brunno. "Quem te deu essas ordens?!"

"Se eu disser... ele disse que minha namorada vai pagar pela traição. Não me forcem a lutar com vocês novamente."

Um silêncio profundo tomou o Coliseu.

"Tá" disse o JP, pensando se esse tá não virou um tique nervoso "Agora entrega logo esse artefato e deixa a gente ir embora."

Em um instante Matheus desapareceu nas sombras. No outro ele havia voltado com um pequeno toten indígena fazendo chifre com as mãos. Todos passaram o artefato de mãos em mãos, sentindo um formigamento estranho nos dedos quando soltava a peça. Quando chegou na mão de JP ele esmagou o toten sem olhar muito pra ele.

Todos esperaram um trovão, um raio... um efeito especial qualquer. Nada aconteceu.

"É só isso?" perguntou Brunno "Salvamos o mundo?"

"É né" falou JP "Pelo jeito tava tudo arquitetado só pra a gente chegar aqui e tretar com o Matheus... não vi muita graça nessa história não!"

"Aaaah JP" disse Anderson "Você é um sem graça... fala aí, foi mó legal bater nas caveras... correr do tarrasque..."

"E ainda tenho que te devolver aqueles pedalas!" disse JP, com um humor melhor "Fica morgando pra você ver"

"Ih, quero ver me pegar!"

Brunno sorriu com esse momento de discontração, mas viu que Luis ainda não tinha dito nada.

Matheus olhou no relógio. Olhou pra todos, fez uma reverência com a cabeça.

"Virou o dia... e o mundo não acabou." disse ele "Melhor eu ir galera. Tenho... assuntos, a resolver. Ah... feliz aniversário Luis."

Luis sorriu e agradeceu com um aceno de cabeça. Ninguém se atreveu a abraçar o Matheus, ainda mais quando ele sorriu, mostrando aqueles caninos desprorpocionais.

"Enfim, sabadão de noite..." disse JP "Bora pra algum lugar?"

"Ah... porque não?" respondeu Brunno.

"Vamo, vamo" respondeu Luis.

"Você sabe né JP" disse Anderson "...amanhã tenho que estar disposto, e tal, mas vou sim."

Quando sairam da casa da colina perceberam que ainda chovia.

~X~


15 de Fevereiro de 2010, 20h56
Indaiatuba, Epilogo em uma Folia de Carnaval


"Eu tô muito bêeeebado" disse JP, ligeiramente alterado. "Mais uma dose galera?"

"Bora, bora" respondeu Anderson. Brunno pulava que nem pipoca no meio do povo, Luis também. Todos se divertiam, e não chovia.

"Gente" disse Brunno, também ligeiramente alterado. "Sei lá o que diabos foi aquilo que aconteceu, perto do aniversário do Luis... e sei lá... aquilo vai voltar..."

"Vai, vai, positivo, ganhooou, ganhou" respondeu JP.

"Enfim, foda-se, vamo curti" falou Brunno pulando no meio da galera.

"Vocês sabem que ele vai acabar destruindo a cidade toda né?" perguntou Luis.

"Positivo, positivo" respondeu JP.

"Ah.... curte a festa Luis!" falou Anderson "canta comigo... Poeeiraaaa, poeeeira... levantou poeeeira!"

"Melhor cantar outra" disse Luis. "Eu quero mais é beijar na bocaaaa, quero mais é beijar na boca...."

E então toda o povo da cidade começoua a se beijar, e virou um super bacanal que virou manchete nos jornais do mundo todo. Indaiatuba é agora conhecida como cidade da putaria.

Brunno não para de voar.... conheceu vários países e agora tá mais negão que carvão sujo.

JP faz a vida como fisiculturísta. O problema é que ele sempre destrói os concursos que participa, mas ganha. Positivo.

Anderson, curiosamente nunca mais teve problemas financeiros. Agora mora em um terraço, na Paulista.

Luis nunca mais pode cantar atoa... quando esquece e canta algo extraordinário sempre acontece.

"Aliás.... Luis canta agora..."

"Cantar o que? Ah... This is the end... my only friend..."

THE END
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O Fim do Mundo!

Mensagempor Lady Draconnasti em 15 Mai 2010, 11:30

Focê adora textos longos, né? A formatação ficou boa, mas o tamanho do texto intimida e muito. Não tem problema separar em partes e ir postando depois. ;)
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Lady Draconnasti
 
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