Sonhos Plutônicos
Sonhos de uma noite de inverno correm pela minha memória clássica. Indigente pela necessidade de se redescobrir. Inconseqüente pela maneira de agir. Sonhos de uma noite de inverno que vem me acalmar no verão.
Sonhos de uma tarde de outono, no crepúsculo dourado do dia anterior. Onde uma frase me é nova, e onde nada é o que parece. Então meu sonho chega ao fim, e tudo chega ao fim. Reze, Reze, Reze, reze pelo perdão que tu mereces, porque tu pagarás por todos os pecados.
Irás ao inferno, Irás ao inferno. Eu dito as regras aqui, e tu irás ao inferno. Banir-te-ei ao fim do mundo, e lá passarás tua vida eterna.
Tão subserviente, tão inconseqüente, tão inocente. Reze pelo perdão de todos.
Eu sou um homem sem mistérios eu sou o guardião da minha historia. Não tenho medos nem vergonhas, não tenho temores nem receios, eu fui ao inferno e voltei. Eu sou Hades e essa é minha casa o submundo. Eu sou Plutão e cuido do meu mundo.
Mesmo que eu pudesse controlar meu ódio, mesmo que tu me agradasses com teu corpo, não seria diferente. Mesmo que eu aceitasse minha sina, mesmo que me meu mundo fosse diferente, eu não seria diferente, afinal, eu não gosto de ninguém.
Não te peço favores, também não espero o mesmo de ti. Dragar-te-ei para o inferno congelado e te jogarei no inferno de fogo. Colocar-te-ei num barco para que as sereias o comam vivo, colocar-te-ei no fundo do mar para que Netuno te empale com no seu tridente dourado.
Eu não disse que faria o que é certo, disse que o que eu faria eu faria certo. Não reclames, tu és mais um, mais um “qualquer” em minha frente. Nunca te prometi nada nunca o farei também. Nunca mais apareças na minha frente, pois eu não gosto de ti.
Como se fizesse diferença o que tu achas ruim, como se tu mudasses o que eu penso. Incomodastes meus sonhos, não sei por que tu estás vivo ainda. Morra mortal.