Contos Esquecidos

Mostre seus textos, troque idéias e opiniões sobre contos.

Moderadores: Léderon, Moderadores

E então, você gostou?

Está Razoável!
1
50%
Está Ótimo !
1
50%
Está Ruim !
0
Não há votos registrados
 
Total de votos : 2

Contos Esquecidos

Mensagempor Radasforth Longshank em 09 Fev 2009, 17:41

Murmúrios Inaudíveis

Imagem


Nas confinações escuras de uma caverna absurdamente vasta e remota, havia um anão curioso, em um corredor rochoso, com pedras dos mais diversos tamanhos.Abria espaço e cavava através de sua picareta, a Mandîlum, que fora passada de pai para filho em épocas esplêndidas.Quando recebeu-a de seu pai, afiou as pontas e deu–lhe tal nome.


O chão do corredor no qual o anão punha em prática seu ofício, era formado por pedras robustas e dos mais diversos tamanhos, assim como o teto e as paredes; embora existissem muitos salões e túneis ladrilhados e atapetados, com longos tapetes prateados e reluzentes, que brilhavam com a mais ínfima penumbra melancólica, mesmo em um local completamente sem luz; onde a perfulgência dos corações e do júbilo anão se uniam.


Embora muitos túneis e salões fossem ladrilhados, o corredor estreito e rochoso no qual o pequeno sujeito rastejava estava sendo explorado; e este anão era perspicaz em suas ínfimas peculiaridades e andava constantemente revigorado como um homem do norte; portanto, fazia parte de sua demanda cavar e alongar o grande Reino de Pedra.


Localizava-se embaixo da Montanha Cinzenta, e abrigava o povo dos anões há mais de centenas de anos.Portanto, os cômodos e túneis estavam em constante expansão, subterrânea, que ligava o Reino de Pedra com portos, reinos e baías, das quais os anões traçavam rotas comerciais e, em raridade, saiam ao ar livre, para ver ou ponderar em quanto o sol se punha, ou a alvorada chegava com seus raios amarelados.


Eram raras as ocasiões na qual os anões viviam sobre a terra, embora hoje em dia eles não sejam tão numerosos quanto outrora; e vivam sob a terra, ao invés de sobre ela.


Este conto narra a história de como o sujeito mais improvável e curioso entrou em problemas que resultaram em mais problemas, que custou a vida de seus companheiros e muitos outros; que vieram de terras ermas e remotas para discutir sobre a bobagem da qual o anão teve grande implicação e culpa.Portanto, seria interessante descrever este pequeno e gracioso anão, que cavava com um sorriso esboçado nos lábios e com a cabeça erguida.


Seu nome era Thulin, filho de Fhulin, cujo pai era Bhulin.Thulin exercia o mesmo ofício que o seu pai, e o fazia assim como ele outrora o fizera com vontade e ponderação, sob o chão e sobre buracos; embora hoje em dia os buracos tenham diminuído, e existam muitos salões restritos ou túneis perigosos.


Imagem


Continuava com a Mandîlum por entre fendas e lugares úmidos, outros com estalactites que poderiam lhe cortar; mas Thulim era sábio e pequeno, e tinha cuidado com as ocasionais trilhas traiçoeiras e abismos que o grande Reino de Pedra reservava.Estava no Esquadrão Real dos anões, e isso significava respeito e vigor.


Existia uma classificação hierárquica para cada anão de Abbaroch, o Reino de Pedra, cujo nome somente os anões conheciam.Desta forma, a lista seguida desde mineiros até druidas, de guerreiros até diplomatas, nobres e comerciantes, soldados e guardiões; embora muitos fossem Exilados, que permaneciam no leste ou no norte, em habitações pequenas e distantes – e ainda haviam os Renegados, que peregrinavam pelos ermos, à procura de ouro ou algo que seus corações precisavam.


Thulin cavava com júbilo, com um largo sorriso esboçado em seu lábio, escondido por um cobertor de barba castanha que lhe caia até o peito.Seus olhos eram castanhos também, assim como a linhagem Ulhim, a qual pertencia.Lembrou-se de seu pai e viu que a forma como trabalhava era muito semelhante à dele, com um semblante jovem e com um sorriso no rosto; embora se queixasse das ocasionais estalactites que lhe arranhavam em certas partes dos túneis inexplorados.Mesmo com elas, gostava daquele lugar, daquele reino.Achava os altos e grandes salões magníficos, um verdadeiro trabalho dos anões –– pois os anões eram reconhecidos pela robustez em trabalhos manuais, como a mineração e a construções de moinhos, tear manuais e confecções de pedras ou machados, e até mesmo picaretas, em raras ocasiões.Utilizavam a forja constantemente, e existiam salões distribuídos no Reino de Pedra reservados especialmente para a confecções de machados e martelos, picaretas e mecanismos engenhosos, nos quais ferreiros e moleiros se dispunham à moldar o aço; pois os anões eram reconhecidos pela sua admiração por pedras, robustez e pelas habilidades manuais.


Chegou à um ponto em que não conseguia mais cavar, e a Mandîlum quase se quebrou em pedaços, o que não ocorreu pela perícia do anão.Reconheceu que não poderia mais abrir espaço sozinho, e teria que recrutar mais companheiros para a tarefa do corredor no qual jazia, agora, devido ao cansaço.Levantou-se rapidamente e voltou pelas fendas que havia quebrado, pelos buracos que havia pulado e até mesmo pelos lugares escuros e remotos que lhe davam medo.Ia para casa ver se chamava Balfor e Dagor, seus companheiros.Porém, o chão tremeu e o pequeno anão teve medo.Por um instante, pensou que a Mandîlum poderia se perder ou ele pudesse cair em uma confinação moribunda daquele túnel estranho.


Estalactites ameaçaram à cair e o chão se partir, ao passo que ouvia alguns murmúrios, entre eles muitas frases inaudíveis para o pobre anão, que se segurava em uma coluna rochosa.Saiu correndo como pôde, pisando nas pedras que havia retirado.


Por muito tempo não soube dos acontecimentos que antecederam aquele movimento, aquela busca frenética por expansão e pedras preciosas; pois os anões sempre cavavam com um ímpeto ávido por pedras, ou algo cujos corações precisavam para se exaurir com o esplendor das pedras do inverno.Todos sabiam - é claro - que, no inverno, as rochas ficavam frias e mais sólidas do que aparentavam; e aquela época do ano parecia perfeita para escavações gananciosas e desejos incompletos, pois os anões só pensavam em si mesmos e em seus desejos; e se comprimiam ao mundo e não ligavam para ele.Pois bem.Foi à partir deste momento, por este pequeno anão, que a forma dos anões pensarem tornou-se mais engenhosa e passível.Pois somente após o estrago realizado por eles mesmos, eles se deram conta de seus erros; e hoje em dia muitos não recordam-se daquela época gloriosa e fria : quando o mais improvável sujeito, um anão, despertou um dragão nas confinações do Reino de Prata, perto do grande mar.
E pelo grande mar as demais raças vieram, em auxílio à esta.









Espero que gostem.Lembrando, este é pequeno capítulo da minha história, inspirada em muitos romances fantásticos.Estou tentando escrever como posso, e é uma das primeiras coisas, rabiscos, e outras coisas que já escrevi!
Editado pela última vez por Radasforth Longshank em 11 Fev 2009, 20:08, em um total de 4 vezes.
Avatar do usuário
Radasforth Longshank
 
Mensagens: 71
Registrado em: 08 Fev 2009, 09:18
Localização: Myth Drannor

Contos Esquecidos

Mensagempor Lady Draconnasti em 10 Fev 2009, 08:58

Pedras... rochosas... e... robustas...

ok...

Um trabalho razoável. O excesso de adjetivos tirou muito do charme da história, tornando-a maçante.

Mas vamos lá, a prática leva a perfeição.
Imagem

Status: Cursed
Alinhamento do mês: Caótica e Neutra
Avatar do usuário
Lady Draconnasti
 
Mensagens: 3753
Registrado em: 25 Ago 2007, 10:41
Localização: Hellcife, 10º Círculo do Inferno

Contos Esquecidos

Mensagempor Madrüga em 10 Fev 2009, 09:26

Concordo aqui com a Nasti. A primeira frase é uma enxurrada de adjetivos, nem todos absolutamente necessários. E mais uma coisa: ler na internet é cansativo. Demais. Chega uma hora que é difícil você saber onde está se o autor não separar parágrafos pulando linhas,

assim. Faça isso e seu texto será mais harmônico e fácil de ler.

Outra: a preposição "a" se junta a "aquele, aquela, aquilo" e forma "àquele, àquela, àquilo". E como a crase geralmente é a fusão da preposição "a" com o artigo "a", a expressão "a partir" não precisa de acento grave, visto que o verbo em si não tem gênero (e quando é necessário, é usado no masculino"), e portanto não tem o artigo "a". Tudo isso no último parágrafo.

No mais, a história é interessante, a avidez do mineiro despertando um dragão antigo e...

ANÕES COM PICARETAS!

/o/
Cigano, a palavra é FLUFF. FLUFF. Repita comigo. FLUFF

Imagem
Avatar do usuário
Madrüga
Coordenador do Sistema E8 e Cenário Terras Sagradas
 
Mensagens: 10153
Registrado em: 23 Ago 2007, 12:30
Localização: São Caetano do Sul, SP

Contos Esquecidos

Mensagempor Lady Draconnasti em 10 Fev 2009, 13:51

No mais, a história é interessante, a avidez do mineiro despertando um dragão antigo e...

ANÕES COM PICARETAS!


A parte em caps foi a melhor... finalmente anões com picaretas... e não com um machado colado na mão.
Imagem

Status: Cursed
Alinhamento do mês: Caótica e Neutra
Avatar do usuário
Lady Draconnasti
 
Mensagens: 3753
Registrado em: 25 Ago 2007, 10:41
Localização: Hellcife, 10º Círculo do Inferno

Contos Esquecidos

Mensagempor Radasforth Longshank em 10 Fev 2009, 15:08

É que eu queria descrever bem o cenário.
Mas, se não ficou legal o emprego dos adjetivos, vou tentar concertá-los.
Não agora.No time.
OBRIGADO!
Avatar do usuário
Radasforth Longshank
 
Mensagens: 71
Registrado em: 08 Fev 2009, 09:18
Localização: Myth Drannor

Contos Esquecidos

Mensagempor Lady Draconnasti em 10 Fev 2009, 18:03

É que ficou descritivo DEMAIS.

Se houvessem mais adjetivos, podiamos pular parágrafos inteiros sem perder grandes coisas.
Imagem

Status: Cursed
Alinhamento do mês: Caótica e Neutra
Avatar do usuário
Lady Draconnasti
 
Mensagens: 3753
Registrado em: 25 Ago 2007, 10:41
Localização: Hellcife, 10º Círculo do Inferno

Contos Esquecidos

Mensagempor Radasforth Longshank em 10 Fev 2009, 18:08

Mas não tem muitos adjetivos?
Avatar do usuário
Radasforth Longshank
 
Mensagens: 71
Registrado em: 08 Fev 2009, 09:18
Localização: Myth Drannor

Contos Esquecidos

Mensagempor Lady Draconnasti em 10 Fev 2009, 18:13

Tem, e se tivesse mais, teria ficado enfadonho. É isso o que estou dizendo.
Imagem

Status: Cursed
Alinhamento do mês: Caótica e Neutra
Avatar do usuário
Lady Draconnasti
 
Mensagens: 3753
Registrado em: 25 Ago 2007, 10:41
Localização: Hellcife, 10º Círculo do Inferno

Contos Esquecidos

Mensagempor Radasforth Longshank em 10 Fev 2009, 20:13

OK.Vou tentar ajudar, assim que tiver tempo!
Avatar do usuário
Radasforth Longshank
 
Mensagens: 71
Registrado em: 08 Fev 2009, 09:18
Localização: Myth Drannor

Contos Esquecidos

Mensagempor Madrüga em 11 Fev 2009, 13:50

Mantendo os anões de picareta, eu fico feliz.
Cigano, a palavra é FLUFF. FLUFF. Repita comigo. FLUFF

Imagem
Avatar do usuário
Madrüga
Coordenador do Sistema E8 e Cenário Terras Sagradas
 
Mensagens: 10153
Registrado em: 23 Ago 2007, 12:30
Localização: São Caetano do Sul, SP

Contos Esquecidos

Mensagempor Radasforth Longshank em 11 Fev 2009, 19:50

Fiz algumas alterações.
Não sei se elas excluiram completamente os adjetivos.
Gostaria de opiniões, por favor.
Agradeço ao trabalho e atenção ao meu conto.
Abraços,
Radasforth Longhshank.
Avatar do usuário
Radasforth Longshank
 
Mensagens: 71
Registrado em: 08 Fev 2009, 09:18
Localização: Myth Drannor

Contos Esquecidos

Mensagempor Dahak em 11 Fev 2009, 21:32

Boa noite meu caro, tudo bem contigo?
Espero que sim.

Os apontamentos do Madruga e da Nasti traduzem bem o que senti ao ler seu trabalho. Diga-se de passagem, é bem comum vermos contos que constam de muitas "caracterizações". Como citaram logo a primera frase, vou dar uma mostradinha nisso ^^"
Radasforth Longshank escreveu: Nas confinações escuras de uma caverna absurdamente vasta e remota, havia um anão curioso, em um corredor rochoso, com pedras dos mais diversos tamanhos.

As confinações do ambiente são escuras.
Sua caverna é absurdamente vasta e também é remota.
O anão é curioso e está em corredor rochoso onde constam pedras que são dos mais diversos tamanhos.

Como o Madruga disse, a leitura no monitor tende a ser cansativa. E nesse pedaço você colocou uma gordurinha que poderia ser limada, que poderia ser reduzida, tornando a leitura mais ágil.

Outro ponto bacana é que descrições mais leves e sucintas podem permitir que a imaginação do leitor trabalhe um pouco mais, o que é um exercício gostoso. Talvez a minha definição da caverna não ficasse tão parecida com a da Nasti, por exemplo, se a descrição fosse mais enxuta. Mas isso não atrapalharia o andar do conto =)

No mais, é um trabalho promissor e agradável. Essas dicas citadas pelos demais e por mim visam torná-lo ainda mais agrdável. E é como a Nasti disse, treino é tudo!

Aaah, antes que eu me esqueça, achei bacana a idéia da enquete e das figuras dispostas. Chamaram a atenção =)

Estarei por aqui para ler seus futuros trabalhos, ok?
Até mais ver.

Dahak Out
Life. Live.
Avatar do usuário
Dahak
 
Mensagens: 1655
Registrado em: 20 Ago 2007, 22:32
Localização: São Paulo

Contos Esquecidos

Mensagempor Madrüga em 11 Fev 2009, 22:13

Dahak escreveu:Outro ponto bacana é que descrições mais leves e sucintas podem permitir que a imaginação do leitor trabalhe um pouco mais, o que é um exercício gostoso. Talvez a minha definição da caverna não ficasse tão parecida com a da Nasti, por exemplo, se a descrição fosse mais enxuta. Mas isso não atrapalharia o andar do conto =)


Aí o Dahak tocou num ótimo ponto. Se você se prende demais a descrever em minúcias tudo que há em seu texto, além de deixá-lo longo e cansativo, você acaba por não estimular suficientemente a imaginação do leitor. Deixar umas "áreas cinzentas" no texto pode fazer com que cada um preencha as lacunas da maneira que achar interessante, gerando diversas interpretações e imagens.
Cigano, a palavra é FLUFF. FLUFF. Repita comigo. FLUFF

Imagem
Avatar do usuário
Madrüga
Coordenador do Sistema E8 e Cenário Terras Sagradas
 
Mensagens: 10153
Registrado em: 23 Ago 2007, 12:30
Localização: São Caetano do Sul, SP

Contos Esquecidos

Mensagempor Radasforth Longshank em 12 Fev 2009, 11:21

É que isso é um livro.
Não era pra ser escrito "virtualmente".De qualquer forma, obrigado à todos :mrgreen:
Xa eu almoça que já volto pro trabai :b
Avatar do usuário
Radasforth Longshank
 
Mensagens: 71
Registrado em: 08 Fev 2009, 09:18
Localização: Myth Drannor

Contos Esquecidos

Mensagempor laharra em 17 Fev 2009, 01:04

Radasforth Longshank, não gosto muito desse estilo de narrativa, mas o conto como uma pequena história ficou interessante e bem escrito para a proposta, tirando os primeiros parágrafos - não vi como estava antes, mas mesmo depois das mudanças ainda acho que tem alguns adjetivos sobrando.

No mais, não vejo necessidade de continuar chamando o personagem de o anão tantas vezes depois de ter mostrado seu nome a não ser pra evitar uma repetição desnecessária.

Duas perguntas: As ilustrações são suas? Quais foram suas influências para escrever essa história?

flw! :cool:
Tentando encontrar inspiração para terminar o conto abaixo:
O Som do Silêncio: Parte IV - A decisão
Reger está às vésperas de uma batalha onde decidirá seu futuro. Durante o que podem ser seus últimos momentos com a Espada e com Alyse, ele se pega pensando sobre a validade de suas aspirações. Acompanhe o conto no link a seguir:
http://www.spellrpg.com.br/forum/viewtopic.php?f=24&t=1067
Avatar do usuário
laharra
 
Mensagens: 123
Registrado em: 21 Out 2007, 18:27

Próximo

Voltar para Contos

Quem está online

Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 4 visitantes

cron