Convivência Forçada - Segunda Parte - Conclusão -

Mostre seus textos, troque idéias e opiniões sobre contos.

Moderadores: Léderon, Moderadores

Convivência Forçada - Segunda Parte - Conclusão -

Mensagempor Bahamute em 16 Dez 2008, 21:05

Esse é um conto fechado que escrevi, divido em duas partes, ele mostra, de uma forma um tanto inusitada, como reagem individuos de culturas diferentes, forçados a conviver juntos. A ambientação usada é o cenário de RPG KA-OS.

Segue abaixo a primeira parte




Eu estava pescando, quando vi o navio pirata se aproximar...
Nunca nem tinha me preocupado com piratas, eles não são comuns nas praias de Rackarackk. Achava que eles singravam apenas os mares de Fenda do Norte e nada mais.

Que dedução idiota. Piratas são piratas, não? Quero dizer, eles singram os sete mares, estão em toda parte, não somente em uma praia, de um reino. Se não, não seriam piratas.

No barco estava apenas eu e meu irmão, Ermmaell, tinha um APGS dos trollers tocando, e achávamos que seria mais uma tarde gostosa de pesca, ouvindo musica boa, bebendo cerveja e fisgando alguns paracurus, para comermos a noite.

Doce ilusão. Não sou o troll mais inteligente, mas pude deduzir que aquilo ali não seria nada bom. Talvez teria sido, se fossem Orcs ou Elfos no navio, mas não eram. Quando o navio aproximou-se do nosso barquinho de pesca, ouvimos o brado lá do alto, e um barbudo nos olhou lá de cima.

Humanos são imprestáveis, poluentes e irritantes. Acho que os únicos que vieram prestar um dia foram Joey e Jonny.

Eles nos obrigaram a subir no barco. Na ocasião, eu tava vestido apenas com bermudas e uma camisa de algodão sem mangas, na cabeça, apenas um chapéu de palha para me proteger do sol. Ermmaell estava quase como eu, excetuando que, o estúpido, calçava botas e eu estava descalço. Quem vai pescar em alto mar de botas? Os pés nem podem respirar embaixo de todo aquele couro!

Quando cheguei ao convés, notei que a tripulação era composta totalmente por humanos, dos mais variados, altos, baixos, gordos e magros. Todos imundos e feios. Comecei a pedir proteção para Katarinna naquele momento, meu irmão, não proliferara uma palavra, parecia estar em choque.

Somos trolls, mas, não somos guerreiros, quero dizer, somos mais fortes do que muitos daqueles humanos fedidos que estavam ali, mas, mesmo assim, nunca fomos de combater. Poxa, morávamos em uma vila pesqueira, acredito eu que o maior perigo de minha vida, eu corri quando dois gorous tentaram invadir a vila. E olha que Rorckkararr, o prefeito – e único guerreiro da vila – rechaçou os dois sem precisar de ajuda.

Aqueles comedores de pólvora! Que maldição vir piratear em nossa praia! Amaldiçôo eles e quero que Katarinna os atire no fosso da dor! Felizmente, estava com meu anzol da sorte, e tomei o cuidado de subir com minha vara no navio pirata. Nem quero imaginar o que seria de nós, se não estivesse com meu amuleto...

Os piratas nos levaram para a parte debaixo do navio, aquela que eles dormem, e guardam os alimentos. Ah, se eu soubesse o nome do lugar, te contaria, mas não sei. Você sabe, o nome, mas eu não.

Enfim, após uns 3 ou 4 dias de viajem, chegamos aqui – Disse Thöraell, debruçado na grade de sua cela –

- E por que eles trocaram tua roupa? Quero dizer, não tiveram o mesmo cuidado comigo ou meu primo – Perguntou o Orc, na cela a frente –
- Sei lá. Acho que gostaram da minha roupa. Só sei que ta um frio dos diabos aqui. Essas calças que eles deram não adiantam nada, e tem mais buracos do que a vela do meu barco. – Respondeu Thöraell, que estava com seu peitoral verde exposto, e seus cabelos amarrados em um rabo de cavalo –
- Teu irmão ta em qual cela? – Perguntou o Orc –
- Sinceramente, não sei.
- Então acho que ele já foi.
- Foi pra onde?
- Olha, antes de você chegar, tinha duas elfas na tua cela, elas foram levadas e nunca mais voltaram, meu primo, foi levado no segundo dia, mas eu já estou aqui há uma semana. – Respondeu o Orc –
- Mas que filhos de um anão! Espero que Ermaell esteja bem!
- Como tu chama?
- Thöraell, e você?
- Lo’thar – Disse o Orc, enquanto prendia seus cabelos num rabo de cavalo –
- E o que você fazia quando os comedores de pólvora te pegaram?
- Eu? Estava em uma embarcação que ia de Fenda do Norte para Rackarackk. Tava indo, inclusive pra capital do teu reino.
- Pra que?
- Meu pai mora lá, e eu fiquei sabendo que Billy Aidol ia tocar no Pub do Tio Punk.
- Putz. Só mesmo um Orc pra gostar das musicas daquele boiola.
- Pelo menos, eu não ouço musicas cantadas por humanos – Rebateu Lo’thar –
- Os Trollers não são só humanos. Você sabe disso –
- Bela bosta. Metade da banda é composta por eles.
- É? Pelo que eu sei, teu músico não tem um passado muito bom...
- Que passado? Como se vocês entendessem alguma coisa, não é mesmo? Tua raça é estúpida pra caramba!
- Vocês não são os mais brilhantes pensadores. São só uns verdinhos complexados, imitando os ogros.

Um barulho de porta abrindo cessou a troca de farpas por um momento. Um dos piratas estava descendo as escadas para o calabouço, trazendo consigo um humano preso por algemas. Ele colocou o humano na cela ao lado de Lo’thar.

Após retirar as algemas do humano, jogou-o com violência dentro da cela, trancou-a e saiu do lugar. Nem Lo’thar, nem Thöraell, proferiram uma palavra, apenas observaram.

O humano aparentava ser um camponês, magrelo, cabelos compridos e barba por fazer. Estava bastante abatido.

- Ô novato! – chamou Thöraell –
- Novato? Tu também chegou aqui hoje, criatura! – retrucou Lo’thar –
- Quieto! – respondeu Thöraell – Ô novato, tu veio de onde?
- Eu? De Sandorian. – Respondeu o humano, levantando-se e recompondo-se –
- Qual teu nome? – Perguntou Lo’thar –
- Sandro, e vocês? – Perguntou, debruçando nas grades da cela, assim como Lo’thar e Thöraell, para poder ter uma visão e audição melhor –
- Eu sou Thöraell, e o orc ao seu lado é Lo’thar. Te pegaram por que?
- Sei lá. Tava pescando em alto mar, junto de meu pai. Tínhamos acabado de comprar o barco, e os malditos nos abordaram. Viajei durante uns 5 dias, de Sandorian até aqui.
- To vendo um padrão nisso – respondeu Thöraell –
- E desde quando você tem inteligência o suficiente pra analisar padrões? – respondeu Lo’thar –
- Não sou tão estúpido quanto a maioria dos Trolls, nem todos somos burros como os desmiolados de sua espécie –
- Acho difícil de acreditar – intrometeu-se Sandro – Trolls geralmente são tão inteligentes quanto um cavalo.
- É? Somos tão fortes quanto, e eu te provaria se tivesse aí –
- Olha, não quero arrumar briga, só quis opinar – refutou Sandro –

E como era de se esperar, os três prisioneiros, por serem indivíduos de raças tão distintas, discutiram durante toda a noite. Semanas se passaram, novos prisioneiros foram trazidos e levados, mas os três ficaram ali. Alimentados apenas uma vez por dia, com Carne de galotauro e água.

Eles planejaram diversas fugas, foram frustrados em todas, e sempre que argumentavam com os carcereiros, sobre o porque deles estarem ali, tinham o silencio como resposta.

A maior tortura? Não era ser alimentado uma vez por dia, nem ficar o dia e a noite preso numa cela de dois metros quadrados, sem cama e com um único buraco para as necessidades. Mas sim, ter de conviverem juntos, um troll, um orc e um humano.

SEGUNDA PARTE


- Eu nem sei direito o que eles disseram. Eu entendi apenas algo sobre um mercado, escravos e grandes touros, tauros, algo assim.

Mas na verdade, eu estava mais preocupado era com meu pai. Ele não foi trazido pra cá como nós, ele já foi levado direito. Meu pai é muito velho, pescador de longa data. Estou realmente preocupado.

Eu gostaria de poder estar lá com ele, onde quer que esteja, mas, minha cabeça ta doendo pra caramba. Eu não sou de comer muito, mas também não tava acostumado a comer esses bifes quase estragados, apenas uma vez ao dia. – Lamentou-se Sandro, enquanto fitava os raios de sol trazidos pela única janela do lugar, que se encontrava numa cela vazia, a frente dele, e ao lado de Thöraell –
- Eu não tenho mais esperanças de ver meu irmão, acho que você deveria esquecer teu pai também. Pô, já estamos a mais de um mês aqui. Já vi tantos indivíduos entrarem e saírem, que até perdi as contas. – resmungou Thöraell –
- É um saco. Minha barba ta tão grande quanto a de um anão – reclamou Lo’thar –
- Eu andei pensando. Repararam que, o buraco onde defecamos vai para algum lugar? Ele é totalmente fundo, e eu acho que se tirar um pouco de paralelepípedos de sua volta, posso entrar nele – Disse Sandro –
- E onde você acha que essa merda toda vai desembocar? – Perguntou Lo’thar, enquanto se levantava pra apoiar-se em sua grade, tentando visualizar Sandro, na cela ao lado –
- Talvez no mar, ou em algum rio. Eu sei nadar, então, acho que posso sair daqui.
- Você pode, nós não, olha o tamanho do meu peitoral, meus ombros nunca vão passar por aqui. – Lamentou Thöraell –
- Eu dou a volta, pego vocês – respondeu Sandro –
- Duvido que tu volte, assim que ver a liberdade, e os piratas, vai fugir daqui. Mas, tu fez uma coisa boa – disse Lo’thar, enquanto ia em direção ao buraco de sua cela – Eu posso alargar o meu buraco. Thöraell, fica olhando se vem alguém. Me avisa, que quando eu terminar, eu vigio pra ti!
- Combinado – concordou Thöraell, balançando a cabeça –

Lo’thar e Sandro, consecutivamente, começaram a tentar retirar as pedras. Lo’thar era forte, e retirou os paralelepípedos com facilidade, alargando a borda de forma suficiente para que ele passasse. Sandro, mais fraco, tinha sérias dificuldades, e precisou do dobro de tempo de Lo’thar para realizar a tarefa.

Quando Lo’thar terminou, acenou para Thöraell e esse começou a alargar seu buraco. Cerca de uma hora depois, para a sorte do trio, nenhum pirata veio trazer novos prisioneiros, e como o calabouço contava apenas com os três indivíduos, eles puderam trabalhar em paz. Com os buracos devidamente alargados, Sandro entrou primeiro no de sua cela, Lo’thar e Thöraell entraram praticamente juntos.

Como Sandro previu, os três buracos desembocavam em um sofisticado sistema de esgotos, terminando em um duto enorme, onde podia-se ver uma luz em uma das extremidades, e na outra ponta, o desembocadouro de mais sanitários, provavelmente vindo de cima do calabouço onde eles estavam.

O fedor de fezes era nauseante, uma grossa neblina gasosa tomava conta do lugar, e por vezes, Sandro parou para vomitar.

- Fica firme, magrelo! Demos sorte de sairmos os três juntos, assim podemos nos ajudar, não vai desmaiar aqui, é só merda! – Disse Lo’thar –
- Nunca tive tanto nojo na minha vida – rebateu Sandro –
- Idem – reiterou Thöraell –

Enquanto os três caminhavam, iam conversando a vozes baixas

- Eu vou voltar pra tentar resgatar meu pai.
- Eu pretendo encontrar meu irmão
- Quero que meu primo se foda. Vou sair daqui o mais rápido possível – Concluiu Lo’thar -
- Não esperaria menos de um Orc. – Disse Sandro – Selvagens como vocês, ouvi dizer que membros de sua raça comem elfos! –
- Cara, como vocês podem? Quero dizer, comer elfos? Katarinna me livre! –
- Não são todos os orcs que fazem isso, quero dizer, isso acontecia mais no passado. E alias, quem são vocês dois pra julgar? Não comem animais? É a mesma merda! – rebateu Lo’thar –
- Eu não como nada mais inteligente do que eu! – Refutou Thöraell –
- Então você não deve comer muita coisa – rebateu Sandro –
- Toma cuidado, não tem mais uma grade entre nós – Retrucou Thöraell –
- Quietas, moças! Chegamos ao final do túnel – disse Lo’thar –

Ao olharem para fora, puderam ver o oceano, onde o esgoto despejava. Saíram os três, limparam-se nas águas salgadas, e voltaram seus olhos para traz.

Era uma cidade incrível. Gigantescos prédios de arquitetura invejável. Feitos em única peça. Parecia até terem sido esculpidos direto de grandes rochas.

Os três trataram de se esconder, a fim de evitar novamente seus captores.
Viram que atrás deles estava o mar, e a frente, uma cidade de arquitetura bela. Com grandes pilastras e estatuas espalhadas por todos os lugares.

Foi Thöraell que alertou sobre os moradores. Criaturas estranhas, nunca antes vistas em Salamifera. Era obvio que eles não estavam mais em seu continente. Eram criaturas grandes, do tamanho de ogros, peludos, e com cabeças de touro. Minotauros. Exclamou Sandro, por já ter ouvido falar de tais criaturas.

- Cacete! Onde a gente ta? – Perguntou Thöraell –
- Merda. Quando eu freqüentava a escola de minha igreja, ouvi falar deles. Agora tudo faz sentido – reiterou Sandro -
- O que são eles? – perguntou Lo’thar –
- Como eu disse, Minotauros. Uma raça inteligente, amante de combate, labirintos e quebra cabeças. Notem que, não existem seres femininos dessa espécie. Eles tem de procriar com elfas ou humanas para gerar filhos.
- Porque estamos aqui, então? – perguntou Thöraell –
- Os piratas, devem ter nos trazido para vender-nos como escravos. Minotauros empregam e muito escravos de ambos os sexos. Mulheres são vendidas pra haréns, e homens, como mão de obra –
- Isso é ruim em níveis alarmantes. Como vamos sair daqui. Nem sabemos ONDE é aqui! – disse Thöraell –
- Vamos arrumar um barco, capturamos um dos piratas e o obrigamos a nos levar de volta - Disse Lo’thar –
- Claro, como se fossemos guerreiros, ou fortes o suficiente pra isso – Disse Sandro –
- Tolos. Vocês dois são pescadores. Eu nunca disse qual era minha profissão antes daqui – Disse Lo’thar, enquanto olhava a sua volta procurando algo – Eu ganhava dinheiro na Arena da Glória de Fenda do Norte – Bradou enquanto pegava um galho, grosso o suficiente para servir de porrete –
- Sua bixa! E como você pôde ser capturado? – perguntou Thöraell –
- Números, meu filho. Sou forte, mas não sou dez –

Os três, com o suposto plano em mente, ficaram ali a procura de um pirata, mas, estúpidos como era de se esperar, não obtiveram sucesso na missão.

Eles até capturaram um bucaneiro, obrigaram ele a oferecem um bote, mas o mesmo, aproveitou-se de um descuido do trio e fugiu entregando os três. Presos novamente, na angustiante cela de dois metros quadrados, onde os ombros de Thöraell quase tocavam as duas paredes, começaram a planejar a nova fuga, agora que barras de ferro tampavam o sanitário do local.

E Sandro, que era o mais educado, por ter freqüentado uma escola de sua igreja durante toda a sua infância, tentava planejar novas rotas de fuga.

Thöraell clamava por Katarinna todas as noites, na esperança de sua deusa ter pena dele e resgatá-lo.

Lo’thar passou os meses seguintes tentando romper as barras de ferro do buraco.

O futuro deles? Foi descobrir que eles não foram aceitos pelos Minotauros, devido as peculiaridades de cada um. Um humano franzino, catequizado. Um troll estúpido, e nada forte, comparado a seu irmão. E um Orc Guerreiro, que poderia trazer problemas se fosse empregado como escravo.

Os três ficaram presos lá. Até os piratas notarem que eles estavam dando prejuízo. E não valeria nem a bala da pistola. Foram abandonados em alto mar, dentro de um bote, velho o suficiente para não agüentar navegar ate a costa.

Um orc, um humano e um troll. Quase não cabiam no barco, e ficaram a deriva, até suas sortes mudarem.
Editado pela última vez por Bahamute em 02 Jan 2009, 15:33, em um total de 1 vez.
Aquele abraço!
Avatar do usuário
Bahamute
Coordenador do Cenário Futurista da Spell
 
Mensagens: 2848
Registrado em: 26 Ago 2007, 00:25
Localização: São Paulo - SP -

Convivência Forçada - Segunda Parte - Conclusão -

Mensagempor Madrüga em 18 Dez 2008, 13:20

Baha, acho que a primeira coisa que chama a atenção no seu texto, embora negativamente, seja a questão dos nomes. Eu sei que te muita coisa de propósito, mas os nomes das personagens, bandas e deuses parecem meio... bobos. Meio pegos ao acaso, meio dispostos a contar uma piada e falhando. E tem outra coisa: SANDRO? Seu conto se passa em Tormenta? Quem é Minos Librinato? É parente do Gugu Liberato?

Outra coisa, claro, como eu não poderia deixar de dizer: errinhos bobos de português, como "viajem" (o substantivo é VIAGEM, se for em forma verbal, "espero que eles viajem hoje", aí sim com "j"), entre outros. Nada que uma revisãozinha não matasse.

Outra coisa é a questão realmente cultural. Não vi nenhum conflito realmente cultural a não ser um ou dois preconceitos e uma discussão sacal sobre bandas (num contexto em que esse tipo de coisa mal ocorreria). Choque de culturas vai um pouco mais longe do que isso; se é a questão central do conto, isso tudo ficou meio raso, meio oco.

Ademais, acho que uma cela de 2 metros quadrados não comporta três pessoas, ainda mais um troll, um humano e um orc. Pense bem. Para que uma cela tivesse 2 metros quadrados ela precisaria ter mais ou menos 14,15 centímetros de lado. CATORZE CENTÍMETROS! Talvez você quisesse dizer 2x2 metros, mas mesmo assim a cela é minúscula para os três.
Cigano, a palavra é FLUFF. FLUFF. Repita comigo. FLUFF

Imagem
Avatar do usuário
Madrüga
Coordenador do Sistema E8 e Cenário Terras Sagradas
 
Mensagens: 10153
Registrado em: 23 Ago 2007, 12:30
Localização: São Caetano do Sul, SP

Convivência Forçada - Segunda Parte - Conclusão -

Mensagempor Bahamute em 19 Dez 2008, 20:52

Obrigado pelas dicas madruga! Fico feliz que tenha lido meu conto!

Seu_Madrüga escreveu:Baha, acho que a primeira coisa que chama a atenção no seu texto, embora negativamente, seja a questão dos nomes. Eu sei que te muita coisa de propósito, mas os nomes das personagens, bandas e deuses parecem meio... bobos. Meio pegos ao acaso, meio dispostos a contar uma piada e falhando. E tem outra coisa: SANDRO? Seu conto se passa em Tormenta? Quem é Minos Librinato? É parente do Gugu Liberato?

Os nomes das bandas, e de seus integrantes, são sim, propositais. Mas, como deixo claro no cenário (KA-OS) eles são homenagens - e não somente alusões - as bandas de Rock que mais aprecio. Basta ler o BG de cada uma delas no cenário, que isso fica bastante claro. Como os Trollers - Ramones, Billy Aidol (Idol), e o Combate (The Clash). Tanto que, boa parte das músicas deles sejam traduções literarias das bandas originais. Ficou meio bobo, mas é aquele "bobo" que quis deixar, totalmente de proposito.

O Nome dos Deuses, não queria pegar nada americanizado, ou qualquer outra lingua que não o português; Tanto que, nomes de Trolls, sempre uso uma variante de nome comum, com um pouco do nome da raça, geralmente acrescentado duas letras iguais, e o T, como Katarinna Meia Noite, a deusa dos Trolls.

Sandro, é porque na segunda parte do conto vai mostrar um pouco mais da personalidade do Humano, que é devoto de Sandor, a divindade humana, e seu nome é o mais proximo da divindade;

Minos Librinato, Minos = Minotauro, Librinato é um anagrama a Labirinto, que é o local que eles estão sendo mantido, um labirinto numa ilha de menos nome.

Sei que isso não muda muita coisa, nem deixa o texto mais interessante, mas é só uma forma de mostrar que não foi ao acaso a escolha dos nomes, apesar de parecer o exato oposto!

Seu_Madrüga escreveu:Outra coisa, claro, como eu não poderia deixar de dizer: errinhos bobos de português, como "viajem" (o substantivo é VIAGEM, se for em forma verbal, "espero que eles viajem hoje", aí sim com "j"), entre outros. Nada que uma revisãozinha não matasse.

O estranho, é que eu escrevi o texto no Word, justamente para evitar tais erros. E eu sempre releio o texto antes de postar, mas alguma coisa sempre passa =/

Seu_Madrüga escreveu:Outra coisa é a questão realmente cultural. Não vi nenhum conflito realmente cultural a não ser um ou dois preconceitos e uma discussão sacal sobre bandas (num contexto em que esse tipo de coisa mal ocorreria). Choque de culturas vai um pouco mais longe do que isso; se é a questão central do conto, isso tudo ficou meio raso, meio oco.

Eu tentei focar mais no fato de, membros de raças distintas, fãs de bandas distintas. Algo como se, um metaleiro fosse discutir musica com um punk. Ambos curtem o mesmo estilo de musica, mas em vertentes diferentes. A questão cultural (uma vez que Salamifera é um mundo evoluido) é algo semelhante aos dias de hoje, em nosso mundo. Existe o preconceito, mas ele não chega a ditar regras sociais.

Seu_Madrüga escreveu:Ademais, acho que uma cela de 2 metros quadrados não comporta três pessoas, ainda mais um troll, um humano e um orc. Pense bem. Para que uma cela tivesse 2 metros quadrados ela precisaria ter mais ou menos 14,15 centímetros de lado. CATORZE CENTÍMETROS! Talvez você quisesse dizer 2x2 metros, mas mesmo assim a cela é minúscula para os três.

Mas eles estavam cada um em uma cela. Ou isso não ficou claro? Estava o troll em uma. Na cela a frente do Troll, estava o Orc, e na cela do lado da cela do Orc, foi colocado o humano.

Eu deixe passar um erro tão grosso assim?

Obrigado MESMO pelo comentário, por ter lido e, principalmente, pelas dicas!
Aquele abraço!
Avatar do usuário
Bahamute
Coordenador do Cenário Futurista da Spell
 
Mensagens: 2848
Registrado em: 26 Ago 2007, 00:25
Localização: São Paulo - SP -

Convivência Forçada - Segunda Parte - Conclusão -

Mensagempor Lady Draconnasti em 19 Dez 2008, 20:56

O estranho, é que eu escrevi o texto no Word, justamente para evitar tais erros. E eu sempre releio o texto antes de postar, mas alguma coisa sempre passa =/


NUNCA confie cegamente no Word pra isso. NUNCA.
Imagem

Status: Cursed
Alinhamento do mês: Caótica e Neutra
Avatar do usuário
Lady Draconnasti
 
Mensagens: 3753
Registrado em: 25 Ago 2007, 10:41
Localização: Hellcife, 10º Círculo do Inferno

Convivência Forçada - Segunda Parte - Conclusão -

Mensagempor Madrüga em 20 Dez 2008, 12:33

Mesmo assim, Baha. Pegue uma régua de quinze centímetros e pense que você está numa cela quadrada, e que os limites de cada parede são a régua. Mesmo sozinho, não dá! Dois metros quadrados não fazem sentido mesmo aí. De qualquer forma, ficou meio complicado de entender mesmo que eles estavam em celas separadas, :blink:
Cigano, a palavra é FLUFF. FLUFF. Repita comigo. FLUFF

Imagem
Avatar do usuário
Madrüga
Coordenador do Sistema E8 e Cenário Terras Sagradas
 
Mensagens: 10153
Registrado em: 23 Ago 2007, 12:30
Localização: São Caetano do Sul, SP

Convivência Forçada - Segunda Parte - Conclusão -

Mensagempor Elara em 23 Dez 2008, 09:38

Bahamute,

Sou obrigada a discordar de algumas coisas que o Madruga disse. Ufa, afinal, existem opiniões diferentes no mundo, senão, seria tudo muito chato... XD

Adorei a discussão sobre gosto musical e acho mesmo que ocorreria com personagens de QI tão mínimo. Em vez de pensarem coisas úteis, como fugir, por exemplo, estariam discutindo futilidades. E a discussão é bem introduzida pelo motivo da viagem da personagem (sim, viagem com g mesmo =P)

A escolha do Billy Aidol achei excelente. Um trocadilho interessante.

Quanto ao tamanho da cela, conheço presídios em que os presos dividem um espaço mais ou menos desse tamanho e estão vivos até hoje para fazer motim. Outra coisa: dá para perceber claramente que eles estão em celas diferentes.

Entretanto, ou a parte dois é muito grande, ou você deixará muitos buracos a cobrir, porque essa primeira parte tem muitas pontas soltas a explicar...

Chero!
This is NOT Sparta!
Avatar do usuário
Elara
 
Mensagens: 668
Registrado em: 05 Set 2007, 12:04
Localização: João Pessoa

Convivência Forçada - Segunda Parte - Conclusão -

Mensagempor Bahamute em 24 Dez 2008, 08:56

Elara escreveu:Bahamute,

Sou obrigada a discordar de algumas coisas que o Madruga disse. Ufa, afinal, existem opiniões diferentes no mundo, senão, seria tudo muito chato... XD

Adorei a discussão sobre gosto musical e acho mesmo que ocorreria com personagens de QI tão mínimo. Em vez de pensarem coisas úteis, como fugir, por exemplo, estariam discutindo futilidades. E a discussão é bem introduzida pelo motivo da viagem da personagem (sim, viagem com g mesmo =P)

A escolha do Billy Aidol achei excelente. Um trocadilho interessante.

Quanto ao tamanho da cela, conheço presídios em que os presos dividem um espaço mais ou menos desse tamanho e estão vivos até hoje para fazer motim. Outra coisa: dá para perceber claramente que eles estão em celas diferentes.

Entretanto, ou a parte dois é muito grande, ou você deixará muitos buracos a cobrir, porque essa primeira parte tem muitas pontas soltas a explicar...

Chero!


Obrigado Elara!
Acredito que é realmente o que ocorreria, com individuos de culturas diferentes, e inteligencia baixa. Não sairia uma discussão produtiva, no máximo, uma troca de farpas.

Quanto ao tamanho das celas serem pequenas, eu não acho que piratas iriam se preocupar em conforto ou bem estar de seus prisioneiros, deixando-os da forma que mais lhe seriam conveniente. ENtão, citando o que você mesmo disse, basta olhar os presidios brasileiros superlotados.

E a parte dois tem mais ou menos o mesmo tamanho que essa, estou relendo ela, e alterando algumas coisas, pra ficar congruente com a primeira parte!

Obrigado por ter lido e comentado!
Aquele abraço!
Avatar do usuário
Bahamute
Coordenador do Cenário Futurista da Spell
 
Mensagens: 2848
Registrado em: 26 Ago 2007, 00:25
Localização: São Paulo - SP -

Convivência Forçada - Segunda Parte - Conclusão -

Mensagempor Dragão de Bronze em 31 Dez 2008, 17:00

Madruga, dois metros quadrados são um metro e quarenta pra cada lado. Dez vezes o que você falou XD

Mas ainda é pequena.
ImagemImagem
Cenário de piratas da Spell


"A pólvora fica molhada, os revólveres emperram, mas o aço sempre corta, mesmo debaixo d'água." - Castelo Falkenstein
Avatar do usuário
Dragão de Bronze
Coordenador de Izzlin, o cenário de piratas da Spell
 
Mensagens: 3071
Registrado em: 19 Ago 2007, 20:15
Twitter: danielmpaula

Convivência Forçada - Segunda Parte - Conclusão -

Mensagempor Bahamute em 02 Jan 2009, 15:34

Adicionei a segunda parte do conto, com a conclusão do mesmo.

Espero que gostem!
Aquele abraço!
Avatar do usuário
Bahamute
Coordenador do Cenário Futurista da Spell
 
Mensagens: 2848
Registrado em: 26 Ago 2007, 00:25
Localização: São Paulo - SP -


Voltar para Contos

Quem está online

Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 2 visitantes

cron