No fim da Invasão

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No fim da Invasão

Mensagempor Malkavengrel em 05 Set 2007, 21:11

Esse pequeno conto era introdução de um conto maior. O Conto começou a ficar muito complicado de terminar descidi que a introdução estava mais que boa.
:victory:
Conto terminado.

Boa leitura, espero que gostem de ler tanto quando gostei de escrever esse conto.
=-=-=
No fim da invasão

Andava pelos becos escuros, um homem de cabelos claros, que se moviam ao vento, e feições duras, frias e inflexíveis, olhos invisíveis por de traz dos óculos de lentes negras. Sua cabeça abaixada, passos calmos e curtos produziam um movimento circular no sobretudo e o cheiro fétido do beco não o incomodava.

Não demorou muito até que dois outros passos, apressados e fortes, ecoassem pelo local úmido. Escutou-se um riso de desaforo vindo do andarilho.

- Por que demoram tanto? – perguntou, com uma voz rouca, o solitário.

O som apavorante do tecido chicoteando no ar foi complementado pelo som do saque de duas pistolas. Os dois misteriosos e apressados transeuntes tentaram se jogar ao chão, mas era tarde demais. Ambos já estavam mortos, os tiros foram certeiros. Escutou-se, além dos corpos caindo, uma risada abafada do homicida, ou ele não o seria.

Passos, curtos e leves, na direção contraria ao vento. Passos e som da nova chuva que assolava a cidade. Passos e o som da chuva. Outro passo, e o som da chuva batendo no metal quente da arma. Sua mente girava, cortava parte da memória dos últimos dias e gritava de dor, a visão já turva se tornará um problema, a inflamação na garganta não o deixava falar direito, os ferimentos de cortes, contusões e até mesmo perfurações de balas, já estavam incomodando. A sua visão podia estar muito prejudicada, ou os dois corpos haviam sumido, desaparecidos em meio ao temporal que caia. Sua mente voltou a girar, raciocinar, buscar na memória. Viu que as roupas se encontravam no chão, raciocinou novamente, mas o tormento físico e mental não o deixava pensar. Vampiros. Eles eram vampiros.

O jovem hermético começou a correr, a chuva batia em seu rosto, sua mente corria a frente procurando pela sua cabala e a saída dali, ele queria gritar, mas estava sem voz, seu celular tinha sido atingido por um tiro quando invadiu aquele maldito laboratório. Esquerda, direita, direita e por fim esquerda, ele teria chego à avenida, não tinha como errar. Porém lá estava ele em um beco sem saída. Miragem. Só podia ser miragem.

Pegou impulso e...

Ele pensou por algum momento, já devia estar na avenida principal, por que ainda estava no mesmo lugar? Não conseguia se mover, não podia mover seus membros, estava parado flutuando ao lado de gotas d’água estáticas no ar, estava parado no mesmo lugar, uma agonia, agonia da impotência. Bomba de Inércia, pensou. Fora capturado.
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Mensagempor Lady Draconnasti em 06 Set 2007, 08:00

To be continued?
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Mensagempor Malkavengrel em 06 Set 2007, 08:49

Not Any More. :shades:
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Mensagempor Saxplr em 08 Set 2007, 12:21

Hey Malk,

Em primeiro lugar eu achei um pouco confuso... Talvez porque acabei de acordar, mas principalmente na hora que ele foge, fica um pouco confuso.

Não gosto desta construção:

Escutou-se, além dos corpos caindo, uma risada abafada do homicida, ou ele não o seria.


Não acho que fica flúida. Acho que seria mais legal fazer como você fez mais adiante, sem verbo, tipo: "O som dos corpos caindo, uma risada... " Ou então colocar o som como sujeito da oração: O som dos corpos caindo, misturados à risada abafada do homicida ecoou pelas paredes úmidas do beco."

O físico do personagem está muito bem definido, adorei como descreveu a roupa:
O som apavorante do tecido chicoteando no ar


Mas senti falta de entender um pouco mais o que se passa dentro do personagem, o que me impediu de entrar um pouco mais na história.

É isso.
Parabéns pelo conto, e Abraço!
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No fim da Invasão

Mensagempor Léderon em 08 Set 2007, 22:28

A frase citada pelo Saxplr ficou meio confusa mesmo, mas o restante está bem legal.
As descrições ficaram muito boas! :aham:
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Mensagempor Malkavengrel em 10 Set 2007, 12:32

Saxplr,
Na realidade o texto tinha continuação, que explorava tudo que acontecera antes, mas conforme eu ia escrevendo o texto caminha para um monstro de personagens e de tramas. Então achei melhor apagar e manter só a introdução.
Quando as frases, muito obrigado por aponta-las, prometo me precaver contra isso.

Muito obrigado, e espero seus comentarios em outros textos.

Lederon,
Muito obrigado. Espero ve-lo por aqui novamente.
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Mensagempor Dahak em 12 Set 2007, 20:45

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Malka, adorei o "conto terminado", hauahauahaua. Queria conseguir fazer isso com uns meus =P

Olha, achei muito peculiar a forma mais madura como tem lidado com suas idéias, como as tem trabalhado. Mas aqui eu não senti muito isso. Ficou uma sensação de perdido...eu fiquei perdido.

Não soa ruim, mas fica a sensação de algo que poderia ser melhor.

Abraços!

Dahak Out
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