Caro Arnok, li no word, e anotei várias coisas:
fossem elas científicas, filosóficas ou teologias
teológicas
o meu conhecimento sobre essa parte é baseado no que meu amigo contou quando veio pedir ajuda, mas seu relato me parece confiável, com algumas ressalvas.
Ficou estranho esse “mas”, porque o sentido é adição. “e”
ninguém, além de nós dois, ouvir.
ouvindo
mas quando meu amigo mostrou-me algo surpreendente que desafiava minha mente. Eu não tive muita escolha
O "quando" exige a vírgula: "mente, eu não tive..."
Nesses casos é melhor não perder tempo duvidando, e foi isso que “salvou” algumas pessoas da sua família...
Anotei que gostei dessa frase quando estava lendo, porque ela gera expectativa. Mas quem da família sobrou?
Ele disse que aquilo havia começado alguns dias antes.
Para ele tudo tinha começado em uma noite na qual ele e alguns amigos, depois de uma noite de farra
Repete a construção "tinha começado", o que não é legal
Ele assistira um sobrinho contorcer-se, mutilando-se até uma morte agonizante. Teve seu corpo possuído pela vontade daquele espírito e se viu estuprando dois amigos e as filhas deles de modo violento.
Gosto destas cenas violentas, brutais, narradas rapidamente.Vários filmes trabalham com a idéia da "naturalização" da violência.
Não preciso dizer que o plano não teve um bom desfecho. Só tenho a dizer a nosso favor que, pelo menos, não deixamos aquilo ainda mais forte.
A frase da "Não preciso dizer", da primeira vez que foi usada ficou muito boa, aqui já está ficando repetitivo.
Tínhamos que parar aquilo e não tínhamos muita esperança.
A repetição não ficou legal
A segunda, deduzi eu, seria a vontade da pessoa que sofreu o crime. Eu soube que a menina tinha perturbações e problemas de saúde constantes e isso era recente. Ela não tinha amigos e vivia pelos cantos em silêncio, talvez quisesse alterar sua existência e tivesse, propositalmente, seduzido os três e os instigado e estuprá-la para que se tornasse aquela coisa. As pessoas são estranhas e as solitárias são muito mais...
Não gostei dessa parte. Aliás, a idéia da vítima ter culpa remete à Igreja da Idade Média, onde nascer bonita era um martírio às mulheres.
Considerações finais.
Em primeiro lugar o conto me impressionou bastante, a leitura é rápida e ágil, talvez um pouco rápida demais, acredito que você poderia ter se detido um pouco mais em algumas descrições, como as batalhas, ou então nas cenas mais repulsivas, que isso aumentaria o fator “impactante” do conto.
Em algumas partes as descrições me lembraram de contos do Edgar Allan Poe, que narra com uma naturalidade sinistra este tipo de acontecimentos bizarros. Mas Poe se demora (e muito) mais nas descrições.
Os personagens estão com uma caracterização interessante. São homens desesperados em busca de uma solução para os seus problemas, mas com nenhum caráter. A idéia de protagonistas “vilões”, ou ao menos o suficiente para estuprar uma menina por mera diversão é deveras interessante.
O roteiro é muito bom, é um conto bastante criativo que foge de algumas escolhas óbvias. Gostei da parte em que a escolha é, não somente um “suicídio”, mas uma auto-flagelação grande. Senti falta de umas descrições nesta parte, uma vez que um dos protagonistas sofria muito e você pulou esta parte.
No mais o conto é muito bom, está de parabéns, e conseguiu me impressionar.
Parabéns pelo conto!
Rodrigo Sax
PS: Minhas opiniões divergem da Draconnasti. Opiniões divergentes são interessantes.
PPS: Não gosto de ler partes de contos, leio-os do começo ao fim depois do autor postar a última parte. Mas isso é uma escolha minha, no fórum é melhor quebrar em partes de duas ou três páginas no máximo...