por Irish Carbon em 25 Jan 2008, 23:07
Eu tentei, não sei se consegui fazer decentemente, mas juro que tentei. Espero que tenha ficado bom.
CAPÍTULO 5 - O Caos
Então, acabaria ali mesmo. Às portas da cidade, com um prisioneiro da superfície a seu lado, morto pelas criaturas cada vez mais próximas, ou se delas escapassem por um milagre, pelo veneno que começava a se espalhar nos túneis.
A menos que...
Levou a mão à bolsa de pó explosivo mais uma vez. Ainda tinha um pouco, e assim que viu o primeiro sinal, o primeiro rastro daquele que iria ser seu executor, jogou um punhado desse pó com força nas criaturas. Se elas não morressem, o que era quase certo, ao menos ficariam desacordadas por uma considerável quantidade de tempo.
Já sentindo o desespero ir embora, respirou aliviado. Até olhar um pouco mais à frente de sua posição local e ver o elfo da luz caído no chão, desacordado, com algumas pesadas pedras sobre suas pernas. Como se não fosse um grande problema, um som de deslizamento ficava cada vez mais alto: o túnel iria desmoronar.
E a melhor solução que ele pôde tomar na hora do desespero, agora se fez a pior opção: não só ia morrer, como ia danificar seriamente um importante túnel de acesso. Não. Não era hora de morrer, não podia ser hora de morrer ainda.
Mas eram pensamentos infrutíferos, pensamentos de puro desespero, talvez ele estivesse vendo a lendária cena de sua vida passar diante dos seus olhos em 10 segundos, e deve ter sido por isso que nem ouviu a porta milagrosamente se destrancar e só despertou para a situação atual ao ser puxado por sua irmã para dentro da cidade.
- Raskarth? Não, espere! - gritou Glyazarr em desespero, ao ver a irmã fechar a porta. - O prisioneiro ainda está lá!
Ela simplesmente ignorou os pedidos do irmão e trancou a porta novamente, deixando a chave no bolso do guarda desacordado, ao lado da porta.
- Primeiro que ele não nos será mais útil - disse a irmã. Soubemos que Zaren está penetrando nas cavernas, e com a captura dele, nenhum outro interrogatório será mais necessário. E segundo que... Glyazarr, desde quando nos importamos com vidas dos vermes da superfície?
Glyazarr, normalmente, ficaria aliviado em saber que não perdera uma chance de interrogatório, já que viria outro bem mais importante pela frente. Mas, de certa forma, ele não se aquietava. Será mesmo que ele estava começando a se importar com a vida de um mero prisioneiro?
- Anda, vamos - falou Raskarth, com uma voz indignada. Vamos antes que alguém saiba o que fizemos. Glyazarr, porém, não a obedeceu, e continuou parado no mesmo lugar, as mãos tateando a área da cintura, uma expressão de horror.
- Minha picareta. Caiu no túnel.
Raskarth ia irromper em gritos, mas um som mais alto fez-se ouvir antes, um som ensurdecedor.
O túnel acabou de desmoronar.
Ele saiu correndo em disparada para algum lugar escondido da cidade, algum lugar no qual pudesse se refugiar até os guardas fazerem toda a averiguação imediata do que ocorrera. Era inútil, ele sabia, cedo ou tarde iriam achar sua picareta, aquela arma hereditária e por tantas mãos passadas, aquela arma com tanta história, e agora perdida por um descuido seu. Corria, com a irmã em seu encalço, e só desejava que sua vida parasse de descer, numa ladeira constante, até o ponto em que sua vida seria reduzida a nada.
Mas, ele respiraria mais aliviado se lhe fosse possível saber que os guardas não encontrariam picareta alguma lá. O elfo da superfície, que se fez de morto vendo uma tentativa de fugir na hora da explosão, pegou a arma, caída ao seu lado, quebrou as pedras de cima de suas pernas, mesmo que com alguma dificuldade de manuseio da ferramenta, e, às cegas, num misto de mancando e se arrastando, saiu a tempo do túnel agora desmoronado.
Here come the test results:
You are a horrible person.That's what it says: A horrible person. We weren't even testing for that.
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