Conto coletivo - Drows e Elfos [Contista da vez: DarkLady]

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Conto coletivo - Drows e Elfos [Contista da vez: DarkLady]

Mensagempor Mai em 03 Set 2007, 10:18

Buenas, depois de completarmos as 7 vagas do conto coletivo, vamos finalmente começar!

- O tema do conto está explicado no seguinte quote:

Eu mesma escreveu:A guerra entre Elfos e Elfos Negros é um fato em vários cenários, histórias, yada-yada. Mas em 99,9% dos casos, os Elfos são os bonzinhos, inocentes e oprimidos, enquanto os Elfos Negros são demônios maléficos e sem coração. Eu resolvi mostrar um lado mais humano(o.o?) dessa história. O foco seria nos Elfos Negros, mostrando como as coisas são relativas. Bem? Mal? Duas faces de uma mesma moeda. Ou apenas uma mesma face, mas vista de ângulos diferentes.


NOVAS REGRAS! (Yey~)

- Os contistas fixos - por ora - são:
--> Seu Madruga
--> DarkLady

- Qualquer um pode contribuir, basta demonstrar interesse e manter o nível, claro. Precisamos de mais contistas fixos, mas participações pontuais servem, também!

- Qualquer contista, pontual ou fixo, tem 2 semanas pra atualizar o conto. Passou o tempo, perdeu a vez - e fica com culpa no cartório, se não justificar xD.
Editado pela última vez por Mai em 15 Set 2009, 07:54, em um total de 11 vezes.
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Conto coletivo - Drows e Elfos [Contista da vez: DarkLady]

Mensagempor Madrüga em 23 Set 2007, 15:02

Capítulo primeiro: terra manchada de sangue [Seu_Madruga].

SPOILER: EXIBIR
Glyazarr limpou cuidadosamente suas roupas e sua armadura; a nuvem de pó agora baixava lentamente, e ele conseguia, enfim, ver o que havia acontecido no túnel. Seu companheiro, Narthak, jazia morto perto da saída da abertura, trespassado pelas espadas dos elfos que antes estavam ali, em pé, lutando. Três elfos, brancos, da superfície, estavam caídos no chão: dois mortos pela fúria de Narthak, vitimados pelos golpes da pesada picareta que ele empunhava. O outro, que parecia resfolegar, tentava, em vão, levantar-se daquela estranha lama, formada de terra e sangue, que agora escorria lentamente em direção à antiga saída do túnel.

A batalha fora encarniçada: os elfos, que invadiam o túnel, avançavam sem muita cautela; com menos cautela ainda, Narthak lançou-se contra eles, os três, vitimando o primeiro deles de uma só feita. Glyazarr, vendo que o companheiro estava em apuros e, não sendo perito em combate corpo-a-corpo, decidiu utilizar um de seus truques: uma pequena bolsa, cheia de um caríssimo pó inflamável, que explodia ao impacto. Uma inovação, conquanto perigosa, que salvara sua vida: os alquimistas decerto ficariam satisfeitos ao ver que um de seus produtos era realmente útil na guerra. Ao lançá-la contra o teto, Glyazarr causou um deslizamento e diversas queimaduras; seu colega, já bastante ferido, provavelmente não resistiria mesmo que seu companheiro o ajudasse de outra forma.

Agora o túnel estava bloqueado do lado da explosão; Narthak estava morto, e já não havia nada a se fazer. O elfo da superfície ainda estava vivo. Resistindo ao ímpeto de simplesmente executá-lo, Glyazarr resolveu tomar suas armas e, com o auxílio de mais uma pomada alquímica que trazia, tratar dos ferimentos do inimigo, o mínimo para que este não morresse à míngua; quem sabe o comandante poderia realizar um bom interrogatório com ele.

Enquanto o elfo da superfície repousava, Glyazarr resolveu esperar; enquanto, com a precisão e paciência de um escriba, enrolava seu cigarro, ele observava os cadáveres. Refletia. Afinal, mesmo essas pequenas vitórias não vinham sem um custo. As campanhas dos elfos da superfície contra seus irmãos subterrâneos já se estendiam há vários anos; e os de fora tinham uma larga vantagem, mantendo os elfos negros sitiados em seus túneis e, principalmente, amedrontados. É claro que nem todos sentiam esse medo.

É fácil ser o povo dominante em uma guerra; o descuido vem naturalmente. Sem saber dos perigos do subterrâneo, alguns grupos ainda se aventuravam com tochas para dentro dos túneis. É claro que, com o tempo, o ar das cavernas, já mefítico e rarefeito por natureza, acabava pesando sobre aqueles que vivem em meio a árvores, montanhas e cachoeiras: o peito pesava, a respiração ficava difícil e muitos caíam exaustos mesmo antes das patrulhas dos elfos negros chegarem. Elfos do subterrâneo podem respirar qualquer coisa, aparentemente. Essa existência claustrofóbica, as fontes de gases venenosos e a falta de circulação fortaleceram os habitantes de B'nektravaaz; tornou-se hábito encher os túneis de tochas e pequenas fogueiras, justamente para surpreender inimigos. Alguns túneis, contudo, não tinham iluminação alguma; daí o elemento surpresa: elfos da superfície não enxergam no escuro, e as tropas se aproveitavam de todas essas minúcias.

Em minoria, com menos domínio de armas – tanto aquelas de combate direto quanto aquelas de ataque à distância –, a tendência é o desenvolvimento de técnicas alternativas. Essa falta de ortodoxia no combate confundia demais os elfos de cima, acostumados às batalhas em corcéis, a céu aberto, com chuvas de flechas e poderosos feiticeiros lançando efeitos de grande poder; nos túneis, todo cuidado é pouco. Nos túneis, a diferença se faz com poucas armas e muita astúcia. Aqui, não há espaço para grandes arcos, espadas, escudos, machados, conjurações flamejantes: tudo é decidido com adagas, arcos pequenos, veneno, ar rarefeito, floretes, iluminação parca. Isso mantém os elfos negros vivos até hoje.

As picaretas vieram naturalmente: que povo subterrâneo se muniria de machados? Quando um deslizamento de terra prende alguém em um túnel, de pouca valia é uma espada, uma foice, uma maça, um arco. Só uma picareta bem construída, pesada, pode servir de implemento de escavação e arma ao mesmo tempo. É claro que não é uma arma elegante, mas é eficaz... principalmente quando a ponta da picareta, endurecida e reforjada, perfura escudos e armaduras e paredes de pedra. O combate com picareta, nos subterrâneos, tinha o status de arte. Picaretas com cabos ornados de pedras, com entalhes em metais preciosos, com brasões de família eram passadas com grande honra aos líderes dos clãs, disputadas em torneios, vendidas aos mais altos preços. Na superfície, é claro, elas só têm valor como pitorescas curiosidades capturadas dos “inimigos”.

Perdido nessas reflexões, Glyazarr tentava se lembrar dos detalhes do começo da guerra; parece que na superfície os motivos estavam perdidos há muito tempo, mas ele ainda se lembrava de algumas coisas, partes soltas da história... de uma cidade antiga, cheia de elfos de diferentes tipos. Um poderoso clã de elfos negros, crescendo em poder político, bélico e mágico, ameaçava a antiqüíssima dinastia branca que já dominava o reino havia séculos. O resto é história. Uma raça inteira pagando por uma família que ousou se impor. Uma expulsão injusta, sob maus auspícios de necromancia, argumentos descabidos, o calor da batalha na hora. O clã de Glyazarr não era dos mais tradicionais ou antigos, mas acabou pagando em espécie por isso tudo. E a guerra, sangrenta, vagarosa, se alongava pelas décadas; B'nektravaaz era o último foco de uma resistência ferrenha, que já procurava, pelo subterrâneo, formas de fugir, se expandir, procurar outra morada, longe dos elfos da superfície. Explodir os túneis de acesso, depois, seria simples. Mas, enquando tal lugar não fosse encontrado, a guerra continuava.

Um gemido abafado alarmou Glyazarr, que se levantou abruptamente, deixando cair o cigarro e empunhando a picareta, legado de seu pai. O elfo da superfície estava acordando, e perguntava, tonto e sujo de sangue e lama:

– Que houve?


Capítulo segundo: as fogueiras [Arnok].

SPOILER: EXIBIR
Dentro do túnel, a escuridão era interrompida por uma pequena fogueira, perto da qual um elfo da superfície recuperava lentamente sua consciência e repetia mais uma vez a mesma pergunta, talvez tentando entender o que estava acontecendo e talvez encontrar uma maneira de amenizar aquela crescente dor na cabeça:

– O que houve?

Depois de repetir a pergunta uma terceira vez, os sentidos pareciam voltar a funcionar como deviam. Estava se recuperando muito bem, mas a dor continuava se espalhando por todo o corpo. Respirando fundo mais uma vez, sentia um ar pesado e denso invadindo seus pulmões, definitivamente não era o ar com o qual estava acostumado.

Enquanto aquele ar parado entrava em seus pulmões, sua mente recordava parte do que estava acontecendo e a dor começa a fazer algum sentido, a escuridão também e o vulto que ele vê de pé, parece se um de seus companheiros que sobreviveu à batalha.

Feliz, ele acredita que conseguiram uma vitória, mas o pequeno lampejo de felicidade não é mais que isso e logo desapareceu. Ele reconheceu que aquele que estava de pé não era um de seus amigos, não tinha os olhos de um de seus amigos, nem a pele de um deles... Aquele era um dos inimigos e quando percebeu isso, tudo pareceu ficar mais pesado e ele desejou não ter acordado...

Glyazarr continuou de pé empunhando fortemente sua picareta, pronto para o combate. Olhou nos olhos do prisioneiro momentaneamente, mas não disse palavra alguma. Não havia nada para dizer.

O silêncio tomou conta do lugar. Enquanto o elfo da superfície entendia que era uma espécie de prisioneiro e pensava em um plano para tentar fugir assim que se recuperasse um pouco mais, Glyazarr empunhava com firmeza sua picareta. Tinha certeza da presença de alguém no meio das sombras e se culpava nos pensamentos enquanto dirigia seu olhar para tudo ao redor.

“Maravilha seu tolo! Você tinha que ter se distraído e agora tem alguma coisa escondida, talvez os amigos dele, mas eles não poderiam se esconder de mim nos túneis, poderiam?”

Uma voz quebrou o silêncio e a tensão.

– Não achei que você fosse perceber minha aproximação. Ou você melhorou suas habilidades ou eu perdi meu jeito.

Glyazarr respirou aliviado enquanto voltava seu rosto para a figura de voz feminina, o elfo da superfície também olhou na direção da voz, mas não viu nada além de sombras. Com uma voz mais confiante, Glyazarr falou para a mulher que se mantinha escondida nas sombras.

– Irmã, o que você está fazendo aqui?

– Vim dar ordem para que vocês voltassem para B'nektravaaz. Onde estão os outros e essa criatura perto dos seus pés ainda está viva? A voz dela era fria, monótona e distante.

– Aconteceu mais um ataque... Esse aqui foi o único sobrevivente. Pretendo levá-lo para um interrogatório.

– Entendo... Mas Narthak não fazia parte desse grupo? A voz parecia diferente, talvez um pouco preocupada. Glyazarr não se lembrava da última vez em que ouviu a voz da irmã perder o tom monótono e distante, mas tem que dizer o que havia acontecido e isso era mais difícil do que aparentava.

– Sim, ele está morto.

Mais uma vez o silêncio tomou conta do lugar. O fogo estava cada vez mais fraco e o elfo ferido sentia que sua vida estava se apagando com aquela chama, não sabia se continuaria vivo ou se o matariam. Mas tinha certeza de que sua morte seria vingada!

Por fim, a mulher se aproximou um pouco e a luz da fogueira pôde iluminar um pouco seu corpo completamente coberto por panos negros. A única coisa que podiam ver além dos panos eram os olhos frios, cansados e, naquela hora, mais tristes.

Ela olhou, primeiro para o elfo no chão, com repulsa e nojo, depois para Glyazarr, por fim para os lados procurando por um corpo, por fim, decidiu terminar logo o que tinha que fazer ali e seguir em frente, afinal, era isso que ela fazia, era isso que ela tinha aprendido a fazer desde o incêndio provocado por um ataque dos elfos que consumiu a maior parte de sua pele e a fez cobrir-se toda com panos e não ser vista por ninguém desde criança.

– Por mim, esse verme morreria agora mesmo! Mas é você quem decide. Por hora, você deve voltar para a cidade imediatamente. Um exército numeroso da superfície está se preparando para invadir nossos túneis. Não há como vencermos em combata, mesmo lutando aqui... Todos estão sendo chamados de volta para a cidade porque as fogueiras serão acesas e quem não estiver lá...

Glyazarr entendeu que estavam em uma situação crítica. Nunca havia pensado que teriam que usar um de seus últimos trunfos de verdade, era como se as fogueiras fossem apenas uma garantia ou uma “arma” que só usariam em um futuro distante. Eles estavam perdendo o controle e o futuro era cada vez mais incerto. Tinha que ser rápido e tomar decisões. Raskarth, sua irmã mais velha, estava pronta para desaparecer nas sombras, mas ele queria saber a opinião dela, talvez não se vissem mais...

– Você acha que as fogueiras vão resolver?

– Não. Nós só vamos conseguir ganhar tempo com isso.

– Vou levar esse elfo para lá. Acho que pode ser útil.

– Faça o que quiser, mas seja rápido. Ele está ferido e pode te atrasar. Esses vermes da superfície estão entrando nos túneis, assim que chegarem nos lugares indicados, as fogueiras serão acesas e os portões da cidade serão fechados. Quem ficar do lado de fora terá momentos bem amargos.

Ela deu um passo para trás enquanto Glyazarr pensava em todas as fogueiras sendo acesas. Pensava em toda fumaça venenosa que tomaria conta de cada centímetro dos túneis e do desespero que tomaria conta de cada soldado inimigo quando caíssem naquela armadilha, pensou no que aconteceria com quem não conseguisse chegar até a cidade a tempo e pensou se os portões realmente seriam capazes de protegê-los das fogueiras...


Capítulo terceiro: a superfície [DarkLady].

SPOILER: EXIBIR
A elfa terminou sua refeição e recostou-se confortavelmente em sua cadeira. Não tão confortavelmente, visto que não estava em seu castelo, mas ao menos poderia, talvez, desfrutar de alguns segundos de paz. Um jovem adentrou a cabana em que ela se encontrava, e murmurou algo, que a pôs de pé imediatamente. Saiu a passos ágeis na direção de uma outra cabana, pouco menor que a outra. Lá, um elfo, já mostrando alguns sinais de envelhecimento, analisava um mapa ainda em construção.

- Onde ele está? - disse ela.

- Ele quem?

- Zaren. Onde ele está?

- Ele entrou nas cavernas.

- Como... Como assim?!

- Você sabe que não poderia impedí-lo. Está no sangue dele.

- Está no meu também! Não é por isso que eu estou me enfiando em qualquer toca de dragão ou buraco de rato em busca de um pouco de adrenalina!

- Acalme-se, Zanna. - ele segurou-lhe o pulso com firmeza, ao que ela protestou com um olhar de raiva. - Você é a nossa regente. Precisa se preocupar com os elfos como um todo, e não apenas com o seu irmãozinho "indefeso".

- Ele entrou naqueles túneis em nome do reino, e agora ele pode estar morto! Acha que não é motivo para eu me preocupar?

- Preocupe-se o quanto quiser. - o elfo levantou-se, soltando o pulso de Zanna. - Só não coloque a minha tropa no meio. Não vou atirar meus soldados nas garras da morte por causa de um capricho. Já é hora de crescer, menina.

- Se eu ordenar o ataque, você irá recuar, Capitão Ëord? - Os olhos dela se fixaram nos dele, como num encontro entre o fogo e o gelo.

- Eu não irei recuar, porque não terei avançado. - ele suspirou - Eu posso sentir que eles estão tramando alguma coisa. Aquele é o território deles, e não o nosso. Guarde bem minhas palavras, pequena: Se você avançar agora, vai cair na armadilha deles, e acabar perdendo muito mais que apenas o seu irmão.

- Então vamos ver.

Pouco tempo depois, o toque de armas soou violentamente. Todos os soldados colocaram-se em posição, alguns ansiosos, outros temerosos, aguardando apenas uma ordem que mudaria suas vidas por completo, fosse para um futuro glorioso ou para um fim trágico. Zanna caminhou em frente às fileiras, e notou a falta de uma das tropas. Ëord. Ele avisara seus soldados então. Que fosse. Quando retornasse, vitoriosa, iria mostrar o quanto o Capitão estava errado. Um pequeno palco estava montado para que ela discursasse para as tropas.

- Meus irmãos! - Zanna ergueu a voz. - Hoje recebi duas notícias que muito me abalaram. A primeira é a de que o Capitão Ëord, amigo íntimo de meu falecido pai, homem de confiança do reino, demonstrou não ser de tanta confiança assim. Ele recusou-se a participar do nosso atauqe, e ordenou que suas tropas recuassem.

Murmúrios de desaprovação fluíram por todo o contingente de soldados. Alguns exigiam a cabeça de Ëord naquele instante, outros questionavam se o Capitão tinha algum motivo para tamanha traição. Com um gesto da princesa, todos calaram-se.

- Antes fosse apenas isso. O príncipe Zaren partiu com um pequeno grupo de reconhecimento, tentando conseguir informações que seriam valiosas para nós. Porém, ele não retornou. - os olhos da jovem marearam, as ela não se deixou abater. - Não podemos deixar que tomem mais de nós! Aqueles desgraçados já levaram famílias inteiras para o abismo da morte! Sei que muitos aqui perderam seus pais, seus irmãos... E é por eles que peço: lutem com todo o seu vigor, até que não haja mais nenhum de nossos inimigos de pé!

Todos gritaram com entusiasmo, ávidos pela batalha. Várias lâminas se ergueram no ar, clamando por sangue. Muitos ali eram inexperientes, outros seqer haviam entrado numa batalha de verdade, quanto mais uma guerra nessas proporções. Mas naquela hora, nenhum deles pensava em morrer. Nenhum deles pensava em não retornar mais para sua terra natal. Não... Todos pensavam em vencer.

"É agora. Não há mais como recuar..."

As trombetas soaram, e as tropas avançaram. Logo, as lâminas iriam se chocar violentamente, seu eco se espalhando pelos túneis, criando uma canção ensurdecedora, aquela que seria a última para muitos...


Capítulo quarto: os túneis [Malkavengrel].

SPOILER: EXIBIR
A densa sombra, que se espalhava pelas galerias de rochas do subterrâneo, tornava o labirinto intransponível ainda mais complexo. Os drows nasciam e cresciam nesses túneis, então sabiam como chegar a B'nektravaaz. Somente os mais desavisados caiam em suas próprias armadilhas.

Aqueles que trabalhavam nos túneis não só conheciam as passagens normais de acesso a cidade, mas também, conheciam os pequenos atalhos, e caminhos alternativos. Glyazarr pretendia utilizar um deles. Guardou as armas do elfo consigo, e encostou a ponta da picareta nas costas da criatura da superfície, que já se encontrava em pé.

- Escute bem - falou o elfo negro - você já poderia estar morto, eu não pretendo mata-lo, mas não ousarei em fazê-lo novamente.

Após ficar em silêncio por um tempo o drow voltou a falar.

- Para você ficar vivo, terás que me obedecer, e me escutar bem. Inicialmente não há luz aqui então não tente nada diferente. Vamos tomar um caminho rápido, mas há alguns contratempos como desníveis.

O elfo do subterrâneo sentiu que agora tinha controle do seu prisioneiro. Então começou a guiar a sussurros seu novo brinquedo. Aos poucos começou a pensar se tinha muito tempo ainda. Decidiu que não iria aos portões, iria pegar uma entrada paralela de fuga.

Após andar algum tempo pelas galerias escuras do subterrâneo, chegou onde queria um beco sem saída. Ordenou que o elfo começasse a subir o paredão de pedra. Esperando que o ser da luz não caísse, começou a escalar logo atrás, dizendo onde o elfo deveria apoiar os pés.

Quando chegava ao quase no final do paredão o elfo, não acostumado a escalar as pedras lisas do local, deslizou quase caindo e soltando um grito de desespero. Por sorte conseguira se segurar.

- Cuidado elfo - falou Glyazarr - e silêncio. Não são só os drows que habitam o subterrâneo. Vamos continue subindo e torçamos para que nada venha a nos encontrar.

Aos poucos o elfo negro se sentir um pouco preocupado em chegar a tempo, esperando que a entrada menor ainda estivesse aberta. Começou a escutar alguns passos e barulhos estranhos, torceu para que fossem patrulhas ou trabalhadores. Viu o elfo subir por inteiro, então acelerou a sua escalada.

Chegando ao topo, pode ver um grupo de criaturas do subterrâneo se aproximando por do beco sem saída. Com certeza escutaram o barulho, precisam se mover rápido, aquelas criaturas se moviam com eficiência pelos túneis.

- Ei – sussurrou perto do ouvido do elfo – é bom que suas penas estejam boas para correr, pois seu grito chamou atenção de convidados.

- Eu posso combater, dê minhas armas – falou o elfo da superfície – eu fui treinado para ser um guerreiro.
- Ah você fala. Escuta aqui, você está ferido, eu não estou em condições de lutar, e essas criaturas ai já mataram ótimos guerreiros. Não é um filho do dia que vai poder matá-los. Agora é bom que você me siga correndo.

O drow começou a correr, e puxar o elfo pelo braço, conforme seguia pelos túneis que cada vez iam ficando mais estreitos. A velocidade do deslocamento aumentava conforme a altura do túnel diminuía. O elfo negro sabia que se o cativo tropeçasse não haveria tempo para levantá-lo.

O som das criaturas se movendo pelos túneis era característico, um tanto estranho, uma mistura de gritos e urros, com metal e pedras batendo nas paredes rochosas dos túneis. Os inimigos se moviam mais rápido nesses túneis se comparados com os dois elfos.

O som do crepitar de uma fogueira, e a diminuição da penumbra era sinal de uma armadilha.

- Rápido, pela esquerda estamos quase chegando – falou o drow guinando para esquerda, quase fazendo o elfo cair quando entraram em uma pequena fresta que levava para outro túnel escuro.

A presa corria do predador, como um rato corre de um falcão. A diferença é que eram muitos falcões, dois ratos, e um deles ainda estava cego. Aqueles eram os últimos metros, estavam a alguns metros porta de madeira, quando o rato cego tropeçou. O fim estava próximo.

- Droga – gritou o drow, tentando levantar o caído – Levante-se rápido, ou estará morto em segundos.
O cativo ofegante tentou levantar rapidamente, mas não conseguiu, aquele ar era rarefeito demais, ele se sentia cansado. Aos tropeços o elfo caído foi levantado, conforme o som dos gritos e urros ficava mais forte, a adrenalina corria.

A porta de madeira que separava os dois fugitivos de B'nektravaaz estava ali, a alguns passos. Foram alguns poucos segundos até Glyazarr puxar a porta e descobrir que está estava trancada. O elfo negro bateu na porta em desespero, sentido que agora seria seu fim.
Editado pela última vez por Madrüga em 14 Jan 2008, 23:56, em um total de 1 vez.
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Conto coletivo - Drows e Elfos [Contista da vez: DarkLady]

Mensagempor Lady Draconnasti em 23 Set 2007, 22:36

Início interessante, Madruga, principalmente o detalhe sobre as picaretas =P

Arnok, sua vez.
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Mensagempor Lobo_Branco em 24 Set 2007, 00:38

Bom inicio. Revelou um pouco dos costumes dos "oprimidos", sua "visão de mundo" e algumas atitudes.

Colocou uma boa opção de caminho a ser seguido pelos outros. Parabéns!

Abraços, e estarei acompanhando!
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Mensagempor Ironsoul em 24 Set 2007, 21:40

Muito bom, Seu_Madruga!

Esta primeira parte trouxe subsídios e informações sobre os elfos negros, desde dos motivos do conflito com os elfos da superfície, técnicas de batalhas no subterrâneo (e o porquê dos elfos não terem conseguido até hoje uma vitória definitiva sobre seus irmãos/primos de pele escura) e o uso da picareta, além de um bom gancho para a continuação (como o prisioneiro elfo recém-desperto).

Valeu a pena esperar.
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Mensagempor Arnok em 08 Out 2007, 09:57

Capitulo Segundo – As fogueiras

Dentro do túnel, a escuridão era interrompida por uma pequena fogueira, perto da qual um elfo da superfície recuperava lentamente sua consciência e repetia mais uma vez a mesma pergunta, talvez tentando entender o que estava acontecendo e talvez encontrar uma maneira de amenizar aquela crescente dor na cabeça:

– O que houve?

Depois de repetir a pergunta uma terceira vez, os sentidos pareciam voltar a funcionar como deviam. Estava se recuperando muito bem, mas a dor continuava se espalhando por todo o corpo. Respirando fundo mais uma vez, sentia um ar pesado e denso invadindo seus pulmões, definitivamente não era o ar com o qual estava acostumado.

Enquanto aquele ar parado entrava em seus pulmões, sua mente recordava parte do que estava acontecendo e a dor começa a fazer algum sentido, a escuridão também e o vulto que ele vê de pé, parece se um de seus companheiros que sobreviveu à batalha.

Feliz, ele acredita que conseguiram uma vitória, mas o pequeno lampejo de felicidade não é mais que isso e logo desapareceu. Ele reconheceu que aquele que estava de pé não era um de seus amigos, não tinha os olhos de um de seus amigos, nem a pele de um deles... Aquele era um dos inimigos e quando percebeu isso, tudo pareceu ficar mais pesado e ele desejou não ter acordado...

Glyazarr continuou de pé empunhando fortemente sua picareta, pronto para o combate. Olhou nos olhos do prisioneiro momentaneamente, mas não disse palavra alguma. Não havia nada para dizer.

O silêncio tomou conta do lugar. Enquanto o elfo da superfície entendia que era uma espécie de prisioneiro e pensava em um plano para tentar fugir assim que se recuperasse um pouco mais, Glyazarr empunhava com firmeza sua picareta. Tinha certeza da presença de alguém no meio das sombras e se culpava nos pensamentos enquanto dirigia seu olhar para tudo ao redor.

“Maravilha seu tolo! Você tinha que ter se distraído e agora tem alguma coisa escondida, talvez os amigos dele, mas eles não poderiam se esconder de mim nos túneis, poderiam?”

Uma voz quebrou o silêncio e a tensão.

– Não achei que você fosse perceber minha aproximação. Ou você melhorou suas habilidades ou eu perdi meu jeito.

Glyazarr respirou aliviado enquanto voltava seu rosto para a figura de voz feminina, o elfo da superfície também olhou na direção da voz, mas não viu nada além de sombras. Com uma voz mais confiante, Glyazarr falou para a mulher que se mantinha escondida nas sombras.

– Irmã, o que você está fazendo aqui?

– Vim dar ordem para que vocês voltassem para B'nektravaaz. Onde estão os outros e essa criatura perto dos seus pés ainda está viva? A voz dela era fria, monótona e distante.

– Aconteceu mais um ataque... Esse aqui foi o único sobrevivente. Pretendo levá-lo para um interrogatório.

– Entendo... Mas Narthak não fazia parte desse grupo? A voz parecia diferente, talvez um pouco preocupada. Glyazarr não se lembrava da última vez em que ouviu a voz da irmã perder o tom monótono e distante, mas tem que dizer o que havia acontecido e isso era mais difícil do que aparentava.

– Sim, ele está morto.

Mais uma vez o silêncio tomou conta do lugar. O fogo estava cada vez mais fraco e o elfo ferido sentia que sua vida estava se apagando com aquela chama, não sabia se continuaria vivo ou se o matariam. Mas tinha certeza de que sua morte seria vingada!

Por fim, a mulher se aproximou um pouco e a luz da fogueira pôde iluminar um pouco seu corpo completamente coberto por panos negros. A única coisa que podiam ver além dos panos eram os olhos frios, cansados e, naquela hora, mais tristes.

Ela olhou, primeiro para o elfo no chão, com repulsa e nojo, depois para Glyazarr, por fim para os lados procurando por um corpo, por fim, decidiu terminar logo o que tinha que fazer ali e seguir em frente, afinal, era isso que ela fazia, era isso que ela tinha aprendido a fazer desde o incêndio provocado por um ataque dos elfos que consumiu a maior parte de sua pele e a fez cobrir-se toda com panos e não ser vista por ninguém desde criança.

– Por mim, esse verme morreria agora mesmo! Mas é você quem decide. Por hora, você deve voltar para a cidade imediatamente. Um exército numeroso da superfície está se preparando para invadir nossos túneis. Não há como vencermos em combata, mesmo lutando aqui... Todos estão sendo chamados de volta para a cidade porque as fogueiras serão acesas e quem não estiver lá...

Glyazarr entendeu que estavam em uma situação crítica. Nunca havia pensado que teriam que usar um de seus últimos trunfos de verdade, era como se as fogueiras fossem apenas uma garantia ou uma “arma” que só usariam em um futuro distante. Eles estavam perdendo o controle e o futuro era cada vez mais incerto. Tinha que ser rápido e tomar decisões. Raskarth, sua irmã mais velha, estava pronta para desaparecer nas sombras, mas ele queria saber a opinião dela, talvez não se vissem mais...

– Você acha que as fogueiras vão resolver?

– Não. Nós só vamos conseguir ganhar tempo com isso.

– Vou levar esse elfo para lá. Acho que pode ser útil.

– Faça o que quiser, mas seja rápido. Ele está ferido e pode te atrasar. Esses vermes da superfície estão entrando nos túneis, assim que chegarem nos lugares indicados, as fogueiras serão acesas e os portões da cidade serão fechados. Quem ficar do lado de fora terá momentos bem amargos.

Ela deu um passo para trás enquanto Glyazarr pensava em todas as fogueiras sendo acesas. Pensava em toda fumaça venenosa que tomaria conta de cada centímetro dos túneis e do desespero que tomaria conta de cada soldado inimigo quando caíssem naquela armadilha, pensou no que aconteceria com quem não conseguisse chegar até a cidade a tempo e pensou se os portões realmente seriam capazes de protegê-los das fogueiras...
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Conto coletivo - Drows e Elfos [Contista da vez: DarkLady]

Mensagempor Lady Draconnasti em 08 Out 2007, 11:19

Tirando as muitas repetições, a continuação ficou boa. =3
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Conto coletivo - Drows e Elfos [Contista da vez: DarkLady]

Mensagempor Mai em 09 Out 2007, 13:59

Interessante, muito interessante...

Hum...

*Pensando em como continuar...*
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Mensagempor Lady Draconnasti em 09 Out 2007, 15:07

Quer que eu pegue o gato-de-nove-caudas e o Lobo Branco toque o tambor?
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Conto coletivo - Drows e Elfos [Contista da vez: DarkLady]

Mensagempor Mai em 23 Out 2007, 16:17

Yay!

Finalmente, terminei o capítulo. Espero que fique ao agrado de todos.

Ah, e por favor, me perdoem pela demora. E pela preguiça de arranjar nomes melhores. XD
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Capítulo Terceiro - A Superfície

A elfa terminou sua refeição e recostou-se confortavelmente em sua cadeira. Não tão confortavelmente, visto que não estava em seu castelo, mas ao menos poderia, talvez, desfrutar de alguns segundos de paz. Um jovem adentrou a cabana em que ela se encontrava, e murmurou algo, que a pôs de pé imediatamente. Saiu a passos ágeis na direção de uma outra cabana, pouco menor que a outra. Lá, um elfo, já mostrando alguns sinais de envelhecimento, analisava um mapa ainda em construção.

- Onde ele está? - disse ela.

- Ele quem?

- Zaren. Onde ele está?

- Ele entrou nas cavernas.

- Como... Como assim?!

- Você sabe que não poderia impedí-lo. Está no sangue dele.

- Está no meu também! Não é por isso que eu estou me enfiando em qualquer toca de dragão ou buraco de rato em busca de um pouco de adrenalina!

- Acalme-se, Zanna. - ele segurou-lhe o pulso com firmeza, ao que ela protestou com um olhar de raiva. - Você é a nossa regente. Precisa se preocupar com os elfos como um todo, e não apenas com o seu irmãozinho "indefeso".

- Ele entrou naqueles túneis em nome do reino, e agora ele pode estar morto! Acha que não é motivo para eu me preocupar?

- Preocupe-se o quanto quiser. - o elfo levantou-se, soltando o pulso de Zanna. - Só não coloque a minha tropa no meio. Não vou atirar meus soldados nas garras da morte por causa de um capricho. Já é hora de crescer, menina.

- Se eu ordenar o ataque, você irá recuar, Capitão Ëord? - Os olhos dela se fixaram nos dele, como num encontro entre o fogo e o gelo.

- Eu não irei recuar, porque não terei avançado. - ele suspirou - Eu posso sentir que eles estão tramando alguma coisa. Aquele é o território deles, e não o nosso. Guarde bem minhas palavras, pequena: Se você avançar agora, vai cair na armadilha deles, e acabar perdendo muito mais que apenas o seu irmão.

- Então vamos ver.

Pouco tempo depois, o toque de armas soou violentamente. Todos os soldados colocaram-se em posição, alguns ansiosos, outros temerosos, aguardando apenas uma ordem que mudaria suas vidas por completo, fosse para um futuro glorioso ou para um fim trágico. Zanna caminhou em frente às fileiras, e notou a falta de uma das tropas. Ëord. Ele avisara seus soldados então. Que fosse. Quando retornasse, vitoriosa, iria mostrar o quanto o Capitão estava errado. Um pequeno palco estava montado para que ela discursasse para as tropas.

- Meus irmãos! - Zanna ergueu a voz. - Hoje recebi duas notícias que muito me abalaram. A primeira é a de que o Capitão Ëord, amigo íntimo de meu falecido pai, homem de confiança do reino, demonstrou não ser de tanta confiança assim. Ele recusou-se a participar do nosso atauqe, e ordenou que suas tropas recuassem.

Murmúrios de desaprovação fluíram por todo o contingente de soldados. Alguns exigiam a cabeça de Ëord naquele instante, outros questionavam se o Capitão tinha algum motivo para tamanha traição. Com um gesto da princesa, todos calaram-se.

- Antes fosse apenas isso. O príncipe Zaren partiu com um pequeno grupo de reconhecimento, tentando conseguir informações que seriam valiosas para nós. Porém, ele não retornou. - os olhos da jovem marearam, as ela não se deixou abater. - Não podemos deixar que tomem mais de nós! Aqueles desgraçados já levaram famílias inteiras para o abismo da morte! Sei que muitos aqui perderam seus pais, seus irmãos... E é por eles que peço: lutem com todo o seu vigor, até que não haja mais nenhum de nossos inimigos de pé!

Todos gritaram com entusiasmo, ávidos pela batalha. Várias lâminas se ergueram no ar, clamando por sangue. Muitos ali eram inexperientes, outros seqer haviam entrado numa batalha de verdade, quanto mais uma guerra nessas proporções. Mas naquela hora, nenhum deles pensava em morrer. Nenhum deles pensava em não retornar mais para sua terra natal. Não... Todos pensavam em vencer.

"É agora. Não há mais como recuar..."

As trombetas soaram, e as tropas avançaram. Logo, as lâminas iriam se chocar violentamente, seu eco se espalhando pelos túneis, criando uma canção ensurdecedora, aquela que seria a última para muitos...
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Mensagempor joao-aragorn em 23 Out 2007, 18:07

Bom, muito bom
Fartei minha parte assim que possível
Espero estar à altura
Madruga detalhou bem , arnok aprofundou bem e a Dark Lady aumentou o drama. Parabéns a todos .
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Mensagempor Lady Draconnasti em 23 Out 2007, 18:31

Tô começando a ficar com medo de quando for a minha vez XD
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Mensagempor joao-aragorn em 26 Out 2007, 06:51

Nasti, você está COMEÇANDO a ficar com medo? eu já estou apavorado há tempos ... :blink:
bom, farei o possível, por favor não me linchem
até
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Mensagempor Lady Draconnasti em 26 Out 2007, 14:35

Ok, tentaremos não te linchar... XD
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Mensagempor joao-aragorn em 12 Nov 2007, 15:02

Desculpem pela demora, estive meio atarefado, estou acabando, postarei em breve, espero não decepcionar...
até
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