Yay!
Finalmente, terminei o capítulo. Espero que fique ao agrado de todos.
Ah, e por favor, me perdoem pela demora. E pela preguiça de arranjar nomes melhores.
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Capítulo Terceiro - A SuperfícieA elfa terminou sua refeição e recostou-se confortavelmente em sua cadeira. Não tão confortavelmente, visto que não estava em seu castelo, mas ao menos poderia, talvez, desfrutar de alguns segundos de paz. Um jovem adentrou a cabana em que ela se encontrava, e murmurou algo, que a pôs de pé imediatamente. Saiu a passos ágeis na direção de uma outra cabana, pouco menor que a outra. Lá, um elfo, já mostrando alguns sinais de envelhecimento, analisava um mapa ainda em construção.
- Onde ele está? - disse ela.
- Ele quem?
- Zaren. Onde ele está?
- Ele entrou nas cavernas.
- Como... Como assim?!
- Você sabe que não poderia impedí-lo. Está no sangue dele.
- Está no meu também! Não é por isso que eu estou me enfiando em qualquer toca de dragão ou buraco de rato em busca de um pouco de adrenalina!
- Acalme-se, Zanna. - ele segurou-lhe o pulso com firmeza, ao que ela protestou com um olhar de raiva. - Você é a nossa regente. Precisa se preocupar com os elfos como um todo, e não apenas com o seu irmãozinho "indefeso".
- Ele entrou naqueles túneis em nome do reino, e agora ele pode estar morto! Acha que não é motivo para eu me preocupar?
- Preocupe-se o quanto quiser. - o elfo levantou-se, soltando o pulso de Zanna. - Só não coloque a minha tropa no meio. Não vou atirar meus soldados nas garras da morte por causa de um capricho. Já é hora de crescer, menina.
- Se eu ordenar o ataque, você irá recuar, Capitão Ëord? - Os olhos dela se fixaram nos dele, como num encontro entre o fogo e o gelo.
- Eu não irei recuar, porque não terei avançado. - ele suspirou - Eu posso sentir que eles estão tramando alguma coisa. Aquele é o território deles, e não o nosso. Guarde bem minhas palavras, pequena: Se você avançar agora, vai cair na armadilha deles, e acabar perdendo muito mais que apenas o seu irmão.
- Então vamos ver.
Pouco tempo depois, o toque de armas soou violentamente. Todos os soldados colocaram-se em posição, alguns ansiosos, outros temerosos, aguardando apenas uma ordem que mudaria suas vidas por completo, fosse para um futuro glorioso ou para um fim trágico. Zanna caminhou em frente às fileiras, e notou a falta de uma das tropas. Ëord. Ele avisara seus soldados então. Que fosse. Quando retornasse, vitoriosa, iria mostrar o quanto o Capitão estava errado. Um pequeno palco estava montado para que ela discursasse para as tropas.
- Meus irmãos! - Zanna ergueu a voz. - Hoje recebi duas notícias que muito me abalaram. A primeira é a de que o Capitão Ëord, amigo íntimo de meu falecido pai, homem de confiança do reino, demonstrou não ser de tanta confiança assim. Ele recusou-se a participar do nosso atauqe, e ordenou que suas tropas recuassem.
Murmúrios de desaprovação fluíram por todo o contingente de soldados. Alguns exigiam a cabeça de Ëord naquele instante, outros questionavam se o Capitão tinha algum motivo para tamanha traição. Com um gesto da princesa, todos calaram-se.
- Antes fosse apenas isso. O príncipe Zaren partiu com um pequeno grupo de reconhecimento, tentando conseguir informações que seriam valiosas para nós. Porém, ele não retornou. - os olhos da jovem marearam, as ela não se deixou abater. - Não podemos deixar que tomem mais de nós! Aqueles desgraçados já levaram famílias inteiras para o abismo da morte! Sei que muitos aqui perderam seus pais, seus irmãos... E é por eles que peço: lutem com todo o seu vigor, até que não haja mais nenhum de nossos inimigos de pé!
Todos gritaram com entusiasmo, ávidos pela batalha. Várias lâminas se ergueram no ar, clamando por sangue. Muitos ali eram inexperientes, outros seqer haviam entrado numa batalha de verdade, quanto mais uma guerra nessas proporções. Mas naquela hora, nenhum deles pensava em morrer. Nenhum deles pensava em não retornar mais para sua terra natal. Não... Todos pensavam em vencer.
"É agora. Não há mais como recuar..."
As trombetas soaram, e as tropas avançaram. Logo, as lâminas iriam se chocar violentamente, seu eco se espalhando pelos túneis, criando uma canção ensurdecedora, aquela que seria a última para muitos...