INTRODUÇÃO PESSOAL
Favor ler.
tanto pouco
Microsof Word. De Times New Roman para Arial. Fonte corpo Dez, a de corpo Doze me parece grande demais.
Acabei de colocar uma das minhas preferências sobre mais um monte de linhas e palavras. E na realidade, não sei do que se tratarão as linhas e palavras seguintes.
Raios, isso me é estranho. Colocar sentimentos em um papel, talvez, mas não é minha primeira vez, não é minha primeira atitude poética; Ter de me segurar para não usar aqueles rostinhos compostos por letras e sinais, pode ser também; Escrever três ou mais parágrafos de pura falácia sem sentido aparente, ou conexão, muito provavelmente. E pasmem, isso assusta a qualquer um.
E no decorrer de uma releitura dos parágrafos anteriores, eu descobri coisas estranhas, que podem ser usadas, sem objeções por minha parte, como assuntos, motes desse texto fútil. Mas não sei. Já tanto, só pouco foi falado até agora, e ainda assim me dá uma baita* dó de apagar um texto que, à visão momentânea e presente de seu artista, é genial. E esse tanto e pouco não entram, de jeito nenhum, no contexto de algum assunto dos parágrafos acima.
Esse tanto e esse pouco são distintos, porém conectam cada um dos assuntos de uma forma singela e imperceptível. O Tanto e o Pouco podem ser até personificados a partir de agora, apenas para breves apresentações nesse texto, por que seu autor o quer.
– Pois se personifique você também! Não acha injusto que apenas nós tenhamos de adquirir a barroca face humana? - Tanto disse, Pouco se acalmou;
– Exato – Pouco retrucou, em descaso.
Eu? Personificar-me? E qual de vocês sugere que eu não seja gente, oras! Por que eu devo tornar-me algo que já sou? Alguém pode me explicar? Não, não quero você, seu Clip maníaco. Suma daqui, ande, não quero Assistência do Office (Maldito clip...).
– Você tem grandes problemas com a interpretação de seres imaginários, não é mesmo? É algo que flui por seu olhar, principalmente quando expulsou o criativo Clip dessa janela.
Eu olhei para Tanto durante muito tempo. Grande idiotice, Tanto tinha falado, Tanto tinha olhado, Pouco se manifestou; Quem eram aqueles dois, afinal, e o que me diziam?
– Você se confunde.
– Realmente, Pouco está certo. Não quer Personificar-se, dar-se vida; Pois bem, permaneça a seus devaneios, enquanto não se pronuncia como pessoa e permanece a narrar. Diz, como se fosse um real narrador, o que pensa, ao mesmo tempo em que expõe descrições de si próprio, personificado. Está invisível? A Flor está transparente?
– Que Deus tenha a Flor, Tanto, você (quanto) e ela não existem – Pronunciou-se o Autor, dançando em volta do nada e batendo palmas.
– Mostrou, enfim, a cara – Pouco se importou em observar.
– Eu realmente me personifiquei. É uma sensação incrível, ser, estar, poder. Porém, fui símbolo de fraqueza – O Autor olha para cima, lamentando sua escolha – Sim, fui fraco. Afinal, transformei-me no que Tanto queria, mas sem medir as conseqüências de meus atos, e como eles refletiriam em terceiros, quartos, quintos e sextos. Dividi-me em Narrador e Personagem, agora somos dois, não mais juntos por hífen. Acabei com a pouca graça deste texto mal-escrito, ou com a poesia nele contido. Tornei-me, enfim, um fraco ser humano, que solta uma bobagem após a outra, aos poucos... --
– Para você, sou apenas um Pouco - Pouco interrompeu, parecendo desmerecido.
– É nada, no sentido literal. Pois como vistes, apeguei-me aos delírios e às bobagens que Tanto disse, e que Tanto insiste em dizer sempre.
– O nada pode ser pouco e nenhum, mas ainda preenche o vazio – Pouco se lembrou.
– É – Disse o Autor, de forma sucinta.
– E agora você renega aos meus hábitos, reais e presentes sempre! Traição, ‘Seu Autor, traição! Sou mais completo que o Pouco que te contempla, se quer saber; Sou aquele que, como você mesmo já provou, --
– Só serve para encher linhas – Pouco falou a verdade.
– E você, para nada! – Tanto se exaltara, já esbravejava e aborrecia-se por Pouco.
E foi aí que o Autor parou no meio dos dois, exigindo a calma entre suas facções personificadas:
– Basta! Nem um, nem outro – E dizendo isso, o Autor fitou ambos – Os Dois!
Usei demais Pouco e Tanto. Ao ponto que Tanto quis entrar na história, e Pouco viu e quis também...