Cheque...?

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Mensagempor Magyar em 08 Jul 2008, 02:51

Saudações a todos!

Apesar de sumido, aproveitarei as férias para tentar voltar à ativa (faculdade tem consumido um tantinho do meu tempo).

A tempos eu estava parado, e resolvi pegar essa madrugada para escrever um pouquinho. O resultado está logo abaixo, espero que gostem. Aguardo críticas e sugestões!
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... Cheque...?

Em um jogo de xadrez, as pessoas montam suas estratégias pensando em qual seria o melhor movimento que o adversário pode fazer na próxima jogada. Normalmente, quem ganha no xadrez é a pessoa que consegue prever o maior número de jogadas consecutivas do adversário e contra-atacar de acordo. Isso se chama antecipação, e costuma ser utilizada em outros lugares além do xadrez (como em previsões de mercado, em jogos diversos e até em discussões variadas).

Assim como no xadrez, são diversas as estratégias adotadas pelas pessoas no modo de pensar no dia a dia. É impressionante como existe uma variedade de pensamentos que envolvem, por exemplo, uma única palavra. Ou a falta dela. Enquanto uma pessoa interpreta um simples "bom dia" como uma saudação amigável, outra o interpreta como um flerte; outras dão pouco caso à tal saudação, enquanto umas fecham a cara na falta dela; Outros se alegram com tamanha proximidade, mas alguns acham que só pode ser uma piada de mal gosto cheia de ironia; No xadrez, isso seria uma forma de antecipar a jogada do indivíduo. Se trata de um duelo mental, em que um tenta adivinhar o que o outro pensa para poder formular uma resposta para uma possível resposta.

A questão é que muitos pensam que sabem mais do que realmente sabem. A vida não é um jogo de xadrez, em que você tem disponível à sua vista todas as peças do adversário. A única certeza é as posições das suas próprias peças. Em um jogo com tais condições, a melhor estratégia não é adiantar a melhor jogada possível do adversário, mas sim evitar que tal jogada ocorra. Não tem como adivinhar a reação do adversário sem saber a localização de suas peças, mesmo porque, para isso, teria que conhecê-lo muito bem, e nem mesmo as pessoas mais próximas se conhecem tão bem assim.

E são com tais interpretações ou falta de comunicações que se encontram os conflitos. São nesses momentos em que as pessoas não percebem o cheque que estão prestes a tomar. É só após o sufoco que a pessoa decide se derruba o rei ou se tenta contra-atacar. O jogo tende a ficar cada vez mais interessante, apesar de cansativo. No final das contas, a verdade aparece. Já estou cansado de perder peças.
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Mensagempor Seth em 09 Jul 2008, 22:10

Saudações, Barlin.

Assim, Barlin, ficou com um quê de auto-ajuda, ao mesmo tempo em que foi uma reflexão/desbafo. Foi a sua intenção que fosse assim?

E uma pequena sugestão: a jogada no xadrez, me parece, se chama xeque, com "x"; acho que com "ch" é só a moeda.
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Mensagempor Magyar em 10 Jul 2008, 00:19

Aowa!

Pois é, não é que eu errei feio na grafia dessa vez X_x. Acho que a facul está interferindo diretamente na minha escrita... rs.

Quanto ao texto, bom... é, fui reler e eu mesmo tive a vontade de deletá-lo, huaiehiuaehiueahiuaeuaehueauhaeiu

É um tipo de reflexão mesmo. Não cheg a ser um desabafo. Acho que se eu tivesse mais paciência antes de postá-lo, eu conseguiria incorporar uma história por trás de tal reflexão. Báh, quem sabe depois eu não arrumo isso e tento colocar uma história.

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Mensagempor Lanzi em 11 Jul 2008, 14:56

Olá.

No princípio pensei que não iria gostar da analogia, mas ela foi tomando mais forma pro final e fechou o pensamento com coesão.

Apesar d'eu não imaginar um outro estilo de escrita pra esse texto, confesso não ter gostado desse que foi empregado. Me soou simples demais - o que não é de todo o ruim - a ponto de chegar a ser repetitivo - aí sim já é ruim - pra não dizer simplório. Tal estilo é ainda mais prejudicado pelo tom auto-ajuda que tomou o texto.

Algumas sequências me soaram muito mal escritas, por exemplo:
Não tem como adivinhar a reação do adversário sem saber a localização de suas peças, mesmo porque, para isso, teria que conhecê-lo muito bem, e nem mesmo as pessoas mais próximas se conhecem tão bem assim.


Como você mesmo disse, acho que uma história por trás da analogia do texto ficaria bem mais conveniente, sem precisar necessariamente expor toda a idéia pronta pro leitor, o que tira também um pouco da sutileza e brilho do texto. Está tudo muito mastigado.

Abraços.
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