"Crônicas de Sandaiver: Capítulo 2 (2/3)"

[Lumine Miyavi]

Essa é uma história minha que eu venho desenvolvendo faz um booooooooooom tempo. É algo tipo "Jaspion" um cadinho mais realista.

Tem alguns erros aqui e acolá, mas eu vou tentando corrigir antes de postar. Gostaria apenas de que se falassem que é uma iníciativa legal de história...

Capítulo 1: viewtopic.php?f=24&t=2376&st=0&sk=t&sd=a#p70395
Capítulo 2: viewtopic.php?f=24&t=2376&st=0&sk=t&sd=a#p117104

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Sob os telhados das casas, chovia muito naquela noite. As nuvens carregadas despejam gota espessas sobre as cabeças de dois homens, numa rua deserta. Um deles, um homem ruivo vestindo um sobretudo e chápeu e segurando um guarda-chuva negro está encarando fixamente o outro, de roupas casuais e cabelos curtos e castanhos. O homem de sobretudo fala com seu perseguidor.
- Por que me segue, senhor? Quer algo de mim?
- Pode parar com sua atuação agora. Eu sei quem... e o que você é.
O homem ruivo retira seu chapéu, revelando seu rosto.
- Não o conheço. Não sei do que você fala.
O homem moreno responde, ainda sem confiar no ruivo.
- Provavelmente não, mas já deve ter ouvido sobre minha reputação. Que é exagerada, até onde sei.
- Nunca ouvi falar de sua reputação.
- Acho que está levando seu disfarce sério demais. Infelizmente, meu detector nunca falha.
O homem ruivo fecha seu guarda-chuva e abre seu sobretudo, mostrando um terno azul marinho..
- Creio que você esteja certo. Talvez esteja mesmo gostando deste disfarce. Entretanto...
- ...entretanto você não irá se entregar. Estou certo?
- Exatamente. Sinto muito.
O rapaz moreno coloca a mão esquerda no bolso, enquanto a chuva começa a enfraquecer.
- Se não se entregar, só estará piorando a situação para você.
- Enfrentarei as consequências.
A chuva pára.
- Tenho certeza disso. Vou fazer uma proposta então com você.
- Sou todo ouvidos.
- Você pode manter seu disfarce, seu emprego e tudo que conseguiu aqui, desde que me acompanhe para o registro do seu padrão.
O ruivo não acredita muito.
- Está me enganando, não?
- Tem minha palavra de honra.
- Mesmo assim, não tenho escolha. Se não for com você, outros virão.
- Temos um acordo?
O moreno estende sua mão.
- Temos.
O ruivo aperta a mão dele.

[3 Anos mais tarde]

Dentro de uma capsula de vidro e metal, parecida com um cilindro sai o mesmo moreno de antes, agora um pouco mais velho. Ele está vestido apenas com um avental hospitalar. Saindo da sala do cilindro, o rapaz observa os movimento de pessoas que passam perto dele, dentro de um corredor movimentado.
Ainda desnorteado com tudo e todos ao seu redor, ele se senta numa cadeira de espera, até que é recepcionado por um homem com longos cabelos loiros, usando um uniforme aparentemente militar. Ele fica feliz ao ver o moreno.
- Cê tá bem?
- ...
- Acho que sim. Você ficou dois meses em animação suspensa, até seu corpo ser curado.
- ...nde?
Ele tenta pronunciar palavras, mas a suas cordas vocais não ajudam muito.
- Não se esforce muito. Até você despertar totalmente, vai se sentir um pouco zonzo. Não se preocupe, vai passar em algumas horas.
- Se...de.
- Está com sede?
O moreno confirma com a cabeça.
- Espere um pouco, Kou.
O homem chega com um copo cheio de água, que Kou bebe lentamente.
- Bem melhor.
- É. Acho que foram radicais demais com você.
- Foram? Eu não me lembro muito bem do que houve.
- Vou te contar tudo.
Kou parece se animar mais.
- Ótimo.
- Quando você melhorar...
- Até tu?
- Ei, sem citações!

Algumas horas depois, dentro de uma sala com as paredes cobertas por pôsteres de bandas e cantores, Kou e o homem loiro estão sentados cada um numa poltrona de um sofa de couro vermelho, ambos vestidos com roupas comuns. Kou conversa com o rapaz.

- Então eu fiquei apagado por dois meses?
- Exatamente. Todo o departamento está em caos desde o incidente. Além disso, muitos protótipos foram roubados dos laboratórios internos.
- Laboratórios internos...? Mas o acesso a eles não é restrito?
- Não é restrito se você puder derrubar paredes reforçadas.
- Entendo.
- Depois disso o conselho da união declarou estado de alerta. Não é todo dia que um criminoso invade instalações militares e simplemente saí andando com segredos de estado.
- Mas não são quaisquer criminosos. O Impulso Vermelho é uma ameaça séria.
- Não foi o Impulso Vermelho que te atacou naquele dia a dois meses.
- Não? Quem foi, Gremio?
- Era uma pessoa usando uma armadura metálica. Se chama Stol.
Kou parece não entender muito.
- Armadura?
- Estava usando uma armadura técnologica. Nem mesmo nossos armamentos pesados funcionaram contra aquela... coisa.
Gremio dá uma pausa, esperando a confirmação de Kou.
- Prossiga.
- Stol roubou um cruzador classe 40. O Idola.
Kou se levanta.
- Mas o Idola tem mais de um kilômetro!
- Essa é a força que ele demostrou.

Kou anda até a janela e abre as cortinas, revelando o céu da tarde entre os prédios.
- Já foram tomadas medidas contra ele?
- Não que eu saiba. E é aí que entramos.
- Não estou sabendo de nada...
Gremio vai até a janela, perto de Kou.
- Você é um dos melhores agentes de campo da federação. Eu, um operador de sistemas de segurança máxima. Pode não parecer, mas nós temos talentos que a união precisa.
- E nossos talentos serão o suficiente para capturar esse tal de Stol? Acho que não.
- Teremos apoio total da união.
Kou vira para a janela, ficando de costas para Gremio.
- Você mesmo disse que nem o armamento pesado funcionou contra ele.
- A armadura dele era um projeto secreto da federação, sob as ordens da união. Não sabe-se quem foi que vazou a técnologia ou a informação, mas o que importa é que a armadura dele deve ser capturada de volta.
- Hm... suspeito. Normalmente um projeto teria uma brecha ou rotina de segurança para evitar 'acidentes' deste tipo.
- Deveria. Mas não tem. Fui verificar nos computadores do laboratório interno, e não tem nada naquela armadura.
Kou pensa um pouco, e responde.
- Como você conseguiu acesso ao lab. interno? Lembra do 'acesso restrito'...?
- Eu, você, e outras pessoas estamos encarregados de capturar a armadura de Stol temos permissão para verificar ou procurar qualquer arquivo em qualquer banco de dados da união.
- Outras pessoas?
- Para nosso grupo, apenas uma pessoa. Uma mulher chamada Gwin. Especializada em armamentos e uma das projetistas da armadura.
- Uma estudiosa.
- Uma nerd, assim por se dizer. Eu nunca a vi pessoalmente, mas se ele tiver pelo menos metade da inteligência que atribuem a ela... Ela é um gênio.

Kou já se preocupa com a missão.
- Outras ordens?
- Mais tarde iremos ao quartel da união.
- Certo.

Dentro de um quartel militar, numa sala espelhada, Kou, Gremio e mais sete pessoas, todas com uniformes militares, estão recebendo as localizações das suas ordens transmitidas por uma gigantesca tela computadorizada.

(À Equipe C-50 composta por Hal Evans, Piette Anders e Katalina Rolf, o setor de armamento treze.)
(À Equipe P-49 composta por Jeanne Ciel, Dyna Jimn e Herr Kisbe, ao complexo central, setor quarenta e três.)
(À Equipe S-48 composta por Kourisuke Tir, Gremio McDohl e Gwin Cevarlia, a baía de lançamento quarenta e nove.)

As nove pessoas se dividem em três grupos e cada uma segue uma rota. Gremio, Kou e Gwin, uma mulher morena de baixa estatura e aparência juvenil segue os rapazes a uma certa distância. Ao chegarem na baía de lançamento, são recepcionados por uma menina usando um uniforme diferente, mais dinâmico.
- Tir, McDohl e Cevarlia?
Os três respondem afirmativamente com as cabeças e uma pose de sentido.
- Sim, senhora.
- A vontade. Já sabem por que estão aqui, correto? Como a elite de nossos oficiais, vocês três serão enviados para uma missão de campo. Os talentos especiais, assim como a personalidade e a ficha de cada um de vocês foram considerados para a criação de uma equipe balanceada.
A menina de uniforme diferente entrega a cada um uma caixa.
- Dentro desta caixa, está o seu equipamento padrão e uma peça especial para cada um. Agente Tir, você está recebendo a unidade de combate Battle Sigma. Iniciaremos seu treinamento especial mais tarde.
- Unidade de combate?
- Tudo a seu tempo. Agente McDohl, você está sendo confiado com ferramentas de encriptação e compilação de nível confidêncial. Creio que você já está familiarizado com essas ferramentas. Caso não, também apresente-se ao treinamento especial mais tarde.
- Sim, estou familiarizado.
- Òtimo. E finalmente, Agente Cevarlia, você está recebendo todas as plantas estruturais e ferramentas de analise de nível confidêncial. Sua exímia perícia funcionará melhor com as melhores ferramentas disponíveis. É claro, que se não estiver familiarizada com o equipamento, teremos um treinamento especial mais tarde.
- Quanto melhor o equipamento, melhor a análise.
- Estão dispensados. A missão começará em duas semanas. Seu cruzador estará sendo preparado até então. Dispensados.
- Sim senhora!

Passadas as duas semanas, em um outro local da galáxia, um planeta azul com uma única lua é o alvo avistado através do monitor principal cruzador Idola. Um mulher sentada nos comandos principais pergunta ao homem que observa fixamente o planeta.
- Esse é o local?
- Segundo nossos cálculos, é aqui mesmo.
- Então estou ativando o protocolo de segurança.
O homem senta na cadeira oposta a mulher, ficando de costas para ela.
- Temos muito trabalho a fazer.
- E quanto a...?
- Deixe a como está. Ela se cansou muito por ter usado aquela armadura. Seu corpo ainda não se recuperou totalmente.
E assim, ambos começam a se preparar enquanto a nave lentamente se aproxima do planeta.

Na superfície da Terra, o mesmo ruivo de três antes observa atentamente algo pela janela de seu escritório.

[Lumine Miyavi]

[Introdução do 1º Arquivo / Caso Fantherion]
:\> Caso Fantherion [X][X][X] - 0/3 - Prólogo - Primeiros Encontros

Em meio aos prédios da grande metrópole iluminada pelas luzes noturnas, duas sombras humanóides saltam sobre carros e construções a uma velocidade vertiginosa, praticamente invisível ao olho nu. Um deles para sobre um prédio, sendo rapidamente alcançado pelo outro. O ruivo, vestindo seu solene terno azul e outro homem, um moreno usando um blusão meio aberto, se aproximando do ruivo.
- Eu preciso de sua ajuda para me adaptar a esse mundo.
O ruivo está visivelmente irritado.
- O que você está fazendo aqui!? A rainha proibiu o uso da passagem. Ninguém deveria desobedecê-la.
- Eu não usei a passagem... Existem outros meios de se chegar aqui. Mas nem mesmo ela sabe disso.
- Explique-se.

O moreno se afasta um pouco, realizando gestos no ar.
- Quando um de nós cria uma distorção no espaço, uma fenda pode ser aberta para esse mundo. É um método arriscado, mas praticamente infalível...
Os gestos dele formam um círculo de energia no ar.
- ...essa fenda é indetectável de ambos os lados. E pode facilmente...
O círculo é dissipado com um estalar de dedos.
- ...ser criada ou destruída por alguém que conheça o método correto. E nem mesmo você seria capaz de abrir uma fenda dessas sem o tal método . Quem diria que uma simples pessoa como eu iria superar você, o lendário Rahikan?
Rahikan, o ruivo, ainda está visivelmente irritado.
- Meu nome é Lando. Apenas saiba que enquanto você permanecer aqui estarei de olho em você.
O moreno dá de ombros e se prepara para saltar.
- Não faz diferença, Rahikan. Não faz a mínima diferença. Você não é capaz.

O moreno desaparece no meio da noite com um salto preciso, deixando Lando sozinho com seus pensamentos.
- ...Continue pensando assim, Tosler...
Lando cria um círculo no ar, de maneira idêntica a Tosler.

O luar da noite de outono brilha na madrugada enquanto Lando ainda observa a trajetória de Tosler a distância. Mas sua atenção é desviada para uma explosão súbita em meio a galpões vazios, que faz todas as construções ao seu redor tremerem com o seu impacto.
- ...que?

Nos escombros do galpão no exato centro do impacto está uma figura humanóide ajoelhado ao chão, usando com uma proteção, uma espécie de armadura metálica prateada, ainda rodeada pela poeira residual de sua chegada tão turbulenta. Lando salta habilmente por entre terraços e coberturas de prédios chegando rapidamente até algumas centenas de metros da figura misteriosa. A criatura está perdida em seus pensamentos e Lando decide manter-se longe da vista da figura.

[Será que outro de nós veio até a esse mundo?]

Levantando-se lentamente, a figura observa a pálida lua nova que permeia o céu. A figura de armadura começa a andar lentamente. Cada passo seu é feito com agilidade felina, desproporcional a aparentemente pesada armadura cujos passos metálicos ecoam pelos galpões vazios e continuam a se tornar mais baixos na noite até desaparecerem completamente.

[Repórter Panorâmica - edição extraordinária]

Uma mulher de cabelos curtos, usando um vestido florido está falando com a câmera, enquanto criancinhas tentam aparecer na tela ao fundo.
- Boa tarde; diretamente do centro da cidade aqui é Melissa Loranni, com novas notícias sobre os estranhos fatos que aconteceram nos últimos dias. Aqui, de maneira idêntica a as ultimas vezes, outra loja de jóias foi atacada pelo que foi descrito como 'armadura ambulante'. E o impressionante é que mais uma vez -NADA-, devo frisar que -nenhuma- jóia ou dinheiro foram roubados... Estamos aqui com uma das testemunhas que viram o ataque.
(legenda: Michelli Flores - Atendente)
- Era uma pessoa TÃO recoberta com metal que parecia mais uma armadura ambulante, Melissa. Ele carregava uma espada esquisita, e com um único movimento... -ZAS!-
A mulher faz um corte vertical com sua mão esquerda.
- ... cortou ao meio a mesa da frente da loja!
- E teremos mais notícias durante o jornal, aqui é Melissa Lor...

[A TV é desligada]

Nosso protagonista, está deitado no sofá de sua sala, recostado numa almofada xadrez, segurando o controle remoto de sua televisão de tamanho invejável. Uma voz feminina vinda da cozinha fala com ele.

- Que loucura é essa...? Até parece que é verdade...
O rapaz olha para trás.
- Nem te vi em casa, Patrícia. Hei, o que cê acha que é o que então?
- Uma campanha publicitária, talvez?
- Acho que é mais sério que isso...
A mulher, uma morena alguns anos mais velha que o rapaz, simplesmente o empurra para o lado e senta-se no sofá.
- Claro, e até parece que alienígenas estão mesmo às soltas.
- Bem, tudo é possível.
- Você tem alguma teoria...?
O rapaz se prepara para discursar sobre aliens de Urano ou Netuno.
- Eu acho que...
Ela o interrompe.
- E com teoria, eu quero dizer 'teoria plausível'.
- Hã... então não.

Ambos são surpreendidos por um tremor súbito e repentino, de duração curta e de efeito assustador, seguido de uma explosão muito alta.
- Aaaahh!
O rapaz entra em pânico, mas Patrícia o abraça.
- Calma, Ícaro! Já acabou. Foi uma explosão e tanto e foi muito próxima daqui.
- Na rua seguinte tem uma joalheria, você acha que ela foi atacada?
- Provavelmente. Fique aqui, eu vou ver!
Patrícia sai de casa, e logo é seguida por Ícaro. Correndo até a rua, eles vêem uma cena incomum.

A armadura prateada está andando, calmamente afastando-se da loja destruída enquanto segura um objeto do tamanho de uma bola de futebol envolto em trapos. Antes que pudesse se afastar, outra armadura, agora vermelha simplesmente surge do nada, parada em frente à prateada.

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:\> Caso Fantherion [O][X][X] - 1/3 - Primeiro - Início de tudo

Ambas as armaduras são bem parecidas; entretanto, a prateada tem contornos femininos e a vermelha, masculinos. Após alguns segundos de silêncio entre ambos, o portador da armadura vermelha se pronuncia.

- Eu sou o oficial Tir, codinome Sandaiver. Você está preso, Rom Stol.
Rom Stol, da armadura prateada responde.
- Presa? Que piada infame! Acha que você tem poder para ME ameaçar? Ainda mais com... essa armadura de segunda categoria...?
- Se através de métodos pacíficos não posso, então o levarei a força.

Rom Stol estende sua mão e materializa uma espada. Sandaiver saca um cabo de sua cintura e ele se abre formando uma lâmina.
- Força, certo? Vamos ver o quanto agüenta...
- Renda-se enquanto há tempo, Stol!

Ambos saltam e começam a se atacar numa velocidade frenética, impossível de se acompanhar; apenas as fagulhas provocadas pelo choque das armas e o barulho de metal se chocando podem ser discernidos, A luta é movimentada e ambos combatentes correm por toda a rua, saltando por toda casa, poste e toldo, tentando sobrepujar o adversário. Num ataque desviado pela lâmina de Stol, Kou corta o embrulho carregado por seu adversário.
- Não!
Grita, Stol ao mesmo tempo em que meia dúzia de transformadores como o Battle Changer caem ao chão.
- Transformadores?
Stol se apressa para tentar pega-los mas é encurralada pela espada de Sandaiver, que reluz com a luz refletida do Sol.
- Me explique o que está acontecendo aqui!
- ...
Stol move sua mão esquerda para as costas e materializa uma pistola, esse movimento não é visto por Sandaiver.
- Vamos! Responda-me!
- ...Ah!
- Que...!?
O disparo da pistola quase atinge em cheio o rosto da armadura de Sandaiver e ele caiu no chão com a energia residual, revertendo à ameaça e ficando de igual contra Sandaiver ao empunhar a pistola e a espada juntas.
- Por pouco... Mas sei que não poderá manter meu ritmo durante muito tempo, Stol.
- Você sabe sobre os limites de minha armadura? Grande coisa!
- Eu sei de todas as forças e fraquezas de sua armadura!
Dois tiros são disparados contra Sandaiver, que os desvia com um giro certeiro e saca uma pistola praticamente idêntica à de Stol do coldre oculto em sua cintura. Sandaiver se preparar para disparar.
- E tenho meios de explorá-las!
- Claro. Assim como eu.

De uma distância de quase 10 metros, ambos disparam ao mesmo tempo com as pistolas enquanto tentam se defender com as espadas das rajadas destrutivas. Sandaiver tem sua espada projetada a uma distância, cravada na parede as suas costas, enquanto Stol parece levar a melhor.
- Assim que tenta explorar minhas fraquezas? Perdendo?
- Estou apenas me aquecendo!
Sandaiver troca a pistola no de mão e corre contra a parede enquanto evita disparos da pistola de Stol. Ao tocar a parede ele agarra a espada e a usa como alavanca para saltar e subir ao longo do muro, dando um salto mortal de costas e dispara contra Stol seis vezes. Cinco deles são defendidos pela espada de seu inimigo.
O sexto tiro atravessou as proteções E o ombro direito de Stol, fazendo sua pistola cair ao chão e se desmaterializar instantes depois. Um grito metálico e agudo ressoa por toda a rua.
- Como ousa...
Sandaiver coloca suas armas em punho e se prepara para desferir um golpe decisivo e letal contra Stol, que se esquiva, chegando a deixar um rastro prateado de sua armadura.
- Conseguiu me ferir. É um adversário de respeito, mas essa batalha termina aqui e agora!
Concentrando a energia em sua espada, Stol faz um único movimento em arco, criando um vórtice de ventos cortantes, pegando Sandaiver de surpresa. Mesmo esquivando da totalidade do ataque, pedaços de metal e sangue se misturam no círculo de destruição enquanto Stol pega os transformadores caídos e foge.

- Ah...!
Uma espada de energia é projetada do braço direito de Sandaiver e com três cortes em pontos estratégicos do redemoinho dissipam o fenômeno criado por Stol. Ferido e com um pouco de cansaço, Sandaiver desaparece tão misteriosamente quanto veio, desaparecendo num raio de luz em direção ao céu. Após a batalha assustadora, apenas um transformador que ficou preso na entrada de um bueiro restou daquela batalha árdua.
E é esse mesmo transformador que chama a atenção de Ícaro...

Dentro de um uma sala metálica, Sandaiver está deitado numa maca, sem a máscara de sua armadura, enquanto Gwin e Gremio ligam fios e cabos diversos ligando a armadura a um terminal.
- Recebi mais ataques do que imaginava... Stol é muito forte.
Gwin e Gremio ambos começam a mexer em terminais dos lados opostos da sala onde os cabos estão conectados. Gwin inicia o programa.
- Protocolo 021 ativado.
- ...confirmado. Libere a trava, Kou.
Sandaiver aperta alguns comandos numa pequena tela holográfica, gerada pelo seu pulso esquerdo, a pulseira de transformação.
- Confirme...
Gwin aperta o ultimo botão da seqüência, e um contador começa.
- Em 3, 2, 1...
A armadura desaparece num brilho, e esse mesmo brilho retorna rapidamente para seu ponto de maior intensidade, a pulseira de Kou.
- Agora que extraímos os dados dessa luta, vamos analisar com mais cuidado, para encontrar algum ponto fraco conhecido ou mesmo pista de Stol. Vamos. - Gwin afirma.
Kou se prepara para levantar, quando Gremio o impede.
- Não você. NÓS trabalhamos, você descansa...

Ao raiar do dia, no centro da cidade, Tosler e Lando mais uma vez se encaram, no centro de um parque deserto.
- Ainda me perseguindo?
- ...recebi instruções de nossa rainha, Tosler. Ela irá perdoá-lo se retornar para nosso mundo imediatamente.
- Perdoar?! Posso parecer ingênuo, mas não sou. Seu perdão é nada mais que uma execução sumária para mim. Ninguém em sua sã consciência perdoaria uma pessoa como eu, especialmente após meus atos contra seu governo autoritário...? Não me faça rir, Lahikan!
- Essa é sua resposta? Sabe muito bem as conseqüências de sua traição.
- Veremos. - Tosler ergue os braços e um círculo de energia elétrica se forma a suas costas.
- É a travessia dimensional, não?
- Sim. Pegue-me se puder. - Tosler salta dentro do círculo que desaparece, junto com seu criador numa explosão de partículas brilhantes.
Lando apenas sorri de maneira enigmática e responde antes de desaparecer com um movimento rápido.
- Ainda não...

Dentro de seu quarto, Ícaro mal conseguiu dormir com a adrenalina acumulada meramente por assistir a luta do dia anterior. Ele está sentado em sua cama, admirando o transformador que ele pegou sem que sua irmã visse, revendo mentalmente o combate.
- Ele disse que isso era um 'transformador'?
Colocando a pulseira em seu pulso esquerdo, ele fecha a presilha, sentindo que algo incrível vai acontecer com ele.
- E... nada. É só um relógio bonito... - Uma estranha vertigem aflige o rapaz, deixando o tonto por alguns instantes - ...acho que ficar sem dormir está me causando mal.
Ele decide se deitar, e logo a vertigem passa, mas se esquece de retirar o transformador. O sono chega rapidamente ao garoto cansado.

Stol, ainda ferida da batalha anterior se aproxima do ponto de encontro, uma fábrica abandonada e vê Tosler, que a espera impacientemente.
- Aquilo que me pediu... Agora, mantenha sua parte no nosso trato... - Stol entrega um dos transformadores de antes nas mãos de Tosler e recebe em troca uma esfera semitransparente do tamanho de uma bola de tênis - ótimo.
- Foi bom fazer negócios com você, viajante do espaço. - Tosler desaparece num flash de luz.
- Digo-te a mesma resolução, criatura... - Stol se teleporta para sua nave após apertar um simples botão no pulso.

Durante a tarde, Ícaro está no seu treino de kung fu, quando seu telefone toca dentro de sua mochila. Ignorante sobre o fato, Ícaro continua a treinar seus movimentos com outro rapaz, um moreno de cabelos rastafári.
No seu display, o celular identifica a chamada como "Patrícia (Irmã)".

Patrícia, ao telefone conversa com uma mulher alta de cabelos morenos e feições delicadas.
- Nada. Deve ser a hora do treino dele.
- Deixa, não era tão importante assim. - A mulher desliga o telefone e se levanta de sua cadeira, pensando ao olhar rua da janela do 5º andar, aonde ela se situa - Mas, se eu arranjasse alguma maneira de trazer nosso catálogo?
Mais uma vez discando, a mulher fala com Patrícia novamente.
- Pati? É a Carla. Pode me passar o número do seu irmão? Eu ligo pra ele mais tarde e explico a situação para ele.
- Boa idéia. O número dele é xxxx-xxxx...
- Obrigada. Se der certo, conseguiremos nossa primeira venda! - Carla escreve o número num pedaço de papel.

Dentro de um daqueles galpões abandonados aonde Stol pousara anteriormente, Tosler usa uma pequena adaga para engravar um enorme diagrama na forma de uma estrela de doze pontas em uma das paredes, usando o transformador em seu pulso esquerdo.
-... - o desenho está quase completo - ... - o desenho é terminado e a adaga emana uma fraca luminosidade amarela e ele a enfia através da parede - ...abra!
Traços de luz saem da adaga e percorrem toda a extensão dos entalhos feitos por Tosler, os iluminando na forma de incontáveis traços de luz que percorrem as linhas de como vaga-lumes agitados. Criando um portal circular com suas mãos, Tolser aciona o transformador em seu pulso e a estrela e o portal são ligados por um túnel de luz translúcida.

Um ser de pura luz sai de dentro do portal e levita gentilmente até tocar o chão com seus pés, e ficar de joelhos diante de Tosler, que sorri enigmaticamente. A luz que envolve o ser se dissipa lentamente em pequenas fagulhas luminosas que o envolvem, revelando um rapaz bastante pálido com cabelos negros como a noite. Ele está nu, e tem seu corpo coberto por um pano verde escuro entregue por Tosler.
- Mestre Schmirda... - O homem reconhece Tosler. - ... você está tão diferente!
- Recupere-se Hilbert... temos muito a fazer!
- Sim, meu senhor. - Hilbert se levanta envolto no pano.
Tosler parece finalmente notar a nudez de seu seguidor.
- Mas isso pode esperar um pouco.
- Hã?
- Você está pelado.

Andando numa das ruas do subúrbio, o pequeno aparato que se encontra no pulso de Ícaro pulsa com uma mínima luminescência vermelha, em resposta a algo.
- Hã? - Ele nota a luz que saí de sua nova pulseira tecnológica.
Piscando de maneira silenciosa, a luz vermelha se continua a cintilar enquanto Ícaro se apressa para fazer o favor à amiga de sua irmã.
- Cara, a Patrícia me arranja cada uma... - Ícaro pensa, ao entrar em um grande prédio comercial.

Do outro lado da rua, Tosler e Hilbert andam calmamente pela cidade.

[Elara]

Muito bom Lumine Miyavi,

Sob todos os aspectos, lembra um conto que o Anonimous estava postando por aqui (aliás, por onde anda?)

Entretanto, nessa primeira parte você poderia ter feito descrições mais detalhadas dos ambientes. Ficou tudo muito corrido. Lembre-se que trabalhar com ambientes ficcionais exige muito mais descrição, já que trata-se de algo que o leitor terá que imaginar, literalmente.

Outra coisa: use sempre a vi, e nunca vi ela, a menos que suas personagens tenham pouco estudo e você queira enfatizar isso. O que, obviamente, não é o caso de Kou e Gremio.

Chero!

[Lumine Miyavi]

Primeiro capítulo is Up. =)

[Moon[K]Night]

Entretanto, nessa primeira parte você poderia ter feito descrições mais detalhadas dos ambientes. Ficou tudo muito corrido. Lembre-se que trabalhar com ambientes ficcionais exige muito mais descrição, já que trata-se de algo que o leitor terá que imaginar, literalmente.

Já havia dito isso a ele, mas ele melhora nos próximos capítulos nas descrições do ambiente e dos personagens.

Rumo ao Eisner!!! ^-^

[Elara]

Lumine Miyavi,

Terminei de ler os arquivos.

Eles complementam situações que estavam incompletas na primeira parte. Agora, dá para perceber melhor em que tipo de ambientação a história se passa. Parece uma mescla de anime futurista com Transformers.

Só tenho uma ressalva: As coisas estão se passando muito rápido. Muitas personagens estão surgindo na história, tornando-a deveras corrida para seu início.

No mais, está ótimo.

Chero!

[Lumine Miyavi]

Depois melhora (ou piora, lol), Elara.

É que esse começo eu escrevi faz um bom tempo (quase um ano e meio atrás), então é meio corrido mesmo. Além disso, essa salada louca melhora depois que os personagens forem situados melhor.

[Lumine Miyavi]

:\> Caso Fantherion [O][O][X] - 2/3 - Segundo - Transformação

Ícaro conversa com Carla, num dos corredores do prédio.
- Então, eu só tenho que entregar isso?
- Exatamente. - Carla entrega um grosso livro a Ícaro - ...e mais uma vez, obrigado!
- Estou aqui pra isso, ok?
Carla entra na porta, mas não sem antes dar um aceno de tchau a Ícaro, antes que a porta do elevador se fechasse.
- Bái bái!

No meio de um terreno abandonado, Tosler e Hilbert estão no centro do local. Hilbert está observando enquanto Tosler apanha um punhado de terra numa das mãos.
- Deve servir... - Tosler arremessa a terra num arco, enquanto faíscas elétricas são emanadas das pontas dos seus dedos na direção da terra arremessada.
- ...e apareçam!
Pelo menos uma dúzia de criaturas humanóides esguios com uma pele azul metálica e reflexiva emergem do chão lentamente.
- Mestre... você pode criar Walens!?
- Sim, Hilbert. Todos da estrela-de-cinco-pontas fomos ensinados a criar forças para lutar a nossa disposição, usando uma fração minúscula da própria força vital.
As criaturas metálicas, Walens, se aproximam de Tosler e Hilbert e se ajoelham. Tosler continua a explicar a Hilbert.
- Walens são os servos perfeitos; incansáveis, fanáticos e facilmente substituíveis. Entretanto, caso não sejam comandados, não passam de um amontoado de metal e vidro inerte. - Ele aponta para o primeiro da fila - Você, levante-se.
Tosler projeta uma espada de eletricidade do seu punho esquerdo e corta a cabeça do Walen que se levantou. A cabeça do Walen se quebra como vidro e esfarela, enquanto seu corpo inerte rapidamente se desfaz num pó acinzentado.
- Um autômato. - Hilbert finamente entende.
- Exatamente. Walens! Criem uma distração enquanto procuram o que nos interessa! Vamos nos separar, cobriremos mais terreno.
Todas criaturas se dispersam enquanto ambos continuam seu caminho misterioso e ambos se separam.

A pulseira de Ícaro começa a piscar com maior intensidade. Kou, Gwin e Gremio estão monitorando vários sinais fracos numa espécie de radar.
- É o mesmo sinal de Stol... Mas há vários sinais idênticos! - Gwin digita freneticamente, ao mesmo tempo em que Gremio confirma do assento oposto.
- Trave no mais potente deles. Iniciar transporte! - Kou se levanta e prossegue para uma câmara ao lado.
- Coordenadas travadas! - Gremio grita.
Kou se posiciona dentro de uma cápsula de metal.
- Transporte iniciado!
Rodeado por anéis de energia, ele desaparece num súbito clarão.
- Seqüência de triangulação completa! - Gwin confirma a Gremio.
- Confirmado! - Gremio coloca um fone de ouvido com microfone - Agora só nos resta monitorar e esperar o sucesso dele.

Uma esfera de luz irrompe do ar subitamente diante de um dos Walens, que destroçava um carro com suas mãos nuas. De dentro da esfera, uma silhueta humanóide empunhando uma pistola aponta contra a criatura artificial.
- Oficial Tir, codinome Sandaiver. Pare imediatamente com esta destruição. Renda-se imediatamente!
A criatura arremessa parte do capô do carro contra Kou que o perfura ao meio com dois tiros precisos de sua pistola, ficando ileso ao ato hostil do Walen.
- Prefere que usar a força ao invés da diplomacia? Pois bem...
Kou dispara uma saraivada de tiros contra a criatura que caí inerte no chão, se desfazendo em pó. Ele logo nota.
- Um soldado construto... - Colocando um dedo no capacete, ele abre a comunicação com Gremio - ...Gremio, informe a localização dos outros sinais.
- Sim, enviando. - Gremio responde.

Sandaiver corre em direção ao outro sinal mais próximo.

Do outro lado do bairro, ao fazer uma curva numa esquina estranhamente deserta, Ícaro se depara com o Walen, atacando uma pequena banca de frutas. O local fora abandonado momentos antes devido ao pânico causado pela estranha criatura e seu comportamento furioso.
- ...dro-droga. - Ícaro recua quando a criatura percebe sua presença.
O Walen rosna na presença do rapaz e salta furiosamente com suas mãos prontas para esmagar o crânio do pobre rapaz, que deixou até cair sua mochila enquanto recuava.
Um disparo de energia vaporiza a criatura e a transforma em pó centímetros antes de atingir o indefeso rapaz.
- Está bem?
- Vo-você é...?
Sandaiver se aproxima e estende a mão para ajudar Ícaro a se levantar.
- Oficial Tir, codinome Sandaiver. Saia daqui, você não está seguro.
- S-sim.
A pulseira transformadora de Ícaro brilha com o contato com a mão de Sandaiver.
- ...um transformador? Será que você é...
- Kou, todos os sinais que sobraram estão indo para SUA localização! Eles parecem estar seguindo algo! E tem um sinal maior, desconhecido indo para aí! - Gremio notifica surpreso.
- Pelo menos eu sei de que estão atrás! Hei, garoto, sabe usar isso que tem no pulso?
O transformador continua a brilhar.
- E-eu achei ontem, senhor Sandaiver. Não tenho a mínima idéia pra que serve.
- Aperte o botão que está brilhando, isso liberará a trava. Aperte o botão vermelho duas vezes e ele ficará em modo de espera, aguardando seu comando vocal. Isso o fará usar uma armadura metálica como eu.
- Assim?
Ícaro faz como Kou o disse e o transformador fica em modo de espera.
- Ataquem o oficial! - Hilbert, rodeado de uma dezena de Walens os surpreende.
- Ative o comando vocal, rapaz!
Levantando o transformador perto de seu rosto, Ícaro grita com todas suas forças.
- Transformação!

Uma aura de luz circula o corpo do rapaz, enquanto linhas negras são desenhadas em seu torso. As cores se invertem e Ícaro está usando um traje totalmente negro com exceção das linhas brancas; um capacete, peitoral, botas e protetores para os antebraços materializam-se em instantes.
- A-ahn...!
A aura de luz desaparece, e a cor verdadeira do traje pode ser vista: um azul celeste brilhante. Ícaro se estica um pouco e fica do lado de Sandaiver.
- Assim?
- Azul? Adam ficaria com inveja de você.
- Uh?
- Algum dia eu explico. Vamos, me ajude. Sabe lutar?
- Um pouco.
Os Walens avançam contra os dois.
- Mostre-me.

Cinco Walens cercam Sandaiver, e atacam ao mesmo tempo. Desviando de seus golpes, Kou pula por entre dois deles e dispara um único tiro de sua pistola, atingindo e destruindo três ao mesmo tempo. Os dois remanescentes se aproximam dele violentamente.
Dando um chute giratório, ele atinge ambos e termina de destruí-los com disparos rápidos de sua pistola energética.

Ao mesmo tempo, Ícaro também é cercado por cinco Walens. Lutando com socos e chutes, Ícaro desvia de boa parte dos golpes das criaturas e defende os outros. Com um pontapé bem dado, ele destrói o torso de um deles e se espanta com sua própria força.
- Essa armadura, ela aumenta minha força!
Ele termina de destruir os quatro remanescentes com ataque rápidos contra o peito deles.

- Mestre Tosler me avisou que poderia encontrar vocês... São como Stol.
Sandaiver e Ícaro se aproximam de Hilbert.
- Você sabe onde Stol está? Diga-me agora!
- Ah ahn. Nada disso... Tenho ordens de eliminar vocês e pegar seus transformadores!
Ícaro se espanta com o discurso do rapaz.
- Mas...
- Você é um humano normal. Nem mesmo seus construtos foram páreo para nossa força combinada!

Hilbert ri da frase de Sandaiver.
- Humano? Eu...? Olha só, se tem uma que eu não sou... é humano.
Um vento frio subitamente corta o ar, vindo de Hilbert.
- Sou Fantherion Hilbert! Membro original da estrela-de-cinco-pontas!
Bastante semelhante à transformação de Ícaro, Hilbert é cercado por uma aura azulada que forma uma monstruosa armadura no corpo dele. Seu rosto fica parcialmente visível, protegido por uma máscara feita de gelo transparente.
- É uma forma feral!
- Exatamente ...Kyaaaaaaaaah!
Hilbert concentra o frio que o circula ao redor das suas mãos, criando grandes garras feitas de gelo sólido. Ele parte correndo em direção a Sandaiver que defende seu ataque com a lâmina brilhante de sua espada.
Hilbert e Sandaiver equilibram forças, até se afastarem com um chute bem dado de Sandaiver no estômago de seu oponente.
- Garoto, cuidado com as garras dele!
- Sim, Sandaiver!
Hilbert e Sandaiver preparam se para lutar, enquanto Ícaro se afasta.

A espada de Sandaiver e as garras de Hilbert se chocam freneticamente num turbilhão de faíscas e estilhaços de gelo criando uma névoa ao redor de ambos combatentes. Após alguns instantes da batalha, ambos se afastam para recuperar o fôlego enquanto Ícaro procura algo em sua armadura que possa ajudar no combate.
- De que adianta estar dessa maneira se não posso ajudar!? O que eu faço?! - Ele pensa, enquanto vasculha na superfície de sua armadura por algo útil. - O que... é isso?
Retirando um pequeno cabo de sua armadura, talvez parte de uma pistola ou espada, ele aperta um dos botões que estavam em sua superfície, projetando uma fina lâmina de uma das pontas.
- É isso! Uma espada!

Os outros continuam lutando: Sandaiver agora ganha vantagem disparando com sua pistola ao mesmo tempo em que detêm os golpes das garras congeladas de Hilbert. Entretanto, seus disparos não são o suficiente para atravessar a armadura corporal do monstro, e fazem apenas rachaduras em seu corpo protegido.

- Eu também vou ajudar. - Ícaro corre, com sua espada em punho.
Sandaiver se afasta um pouco, e Ícaro o ajuda com golpes desajeitados e corte amplos com sua fina espada.
- Acalme-se, garoto! Use a precisão, e não força!
Hilbert consegue defender os ataques de ambos combatentes metálicos, mas logo vê suas forças se esvaírem. Ele começa a ofegar e procura se afastar de ambos, em direção à esquina da rua.
- Não o deixe fugir, garoto.
- Sim, Sandaiver!
Ambos tentam cercá-lo, mas Hilbert salta sobre o inexperiente Ícaro, desequilibrando-o. Agindo mais rapidamente que Sandaiver pudesse acompanhar, Hilbert dá um tapa na parede ao seu lado e faz emergir de sua superfície afiadas torres de gelo isolando sua rota de fuga, provocando ambos durante a sua corrida.
- Até mais ver, otários!

Do outro lado do quarteirão, cinco Walens se aproximam de uma figura prateada que se ocultou deles dentro de um beco.
- Huhuh...
Correndo contra ela, os Walens se aproximam rapidamente. Estrondos são ouvidos, e tudo o único Walen remanescente é arremessando do beco, sem metade do seu corpo, antes de se quebrar contra o concreto.
- ...morra, criatura...

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Elara! \o\.

Ps: Capitulo 2/3 Pronto.

[Elara]

Que luta apelona!!!!!

O muleque nem sabia pra que servia a armadura e de repente já é super over power...

Ok, tou acompanhando!

Chero!

[Lumine Miyavi]

Mas Elara isso é culpa da armadura. Se quiser um spoiler, eu explico qual é a dela.

Ps: não que faça QUALQUER diferença, não é um plot point e nem é importante.

[Lumine Miyavi]

:\> Caso Fantherion [O][O][O] - 3/3 - Terceiro - Inferno de Gelo

Hilbert desliza como um patinador de gelo pelas ruas da cidade, em fuga de seus ambos adversário, enquanto pensa no resultado do combate.
- Eles são mais fortes que eu pensava. Mesmo meu mestre poderá estar com proble...?
Uma sombra está diante de Hilbert, no formato da armadura de Stol.
- S-stol!? O que você f-faz...
Com um gesto amplo, Stol meneia um dos braços para que o homem de gelo passe por ela.
- Prossiga. Eu cuido deles.
Hilbert se distancia enquanto Stol prepara-se para interceptar os dois rapazes, desembainhando sua espada e pistola numa base ao mesmo tempo parecida e destoante de Sandaiver..
- Isso deve ser divertido.
Ícaro e o misterioso homem de armadura vermelha, Sandaiver correm no encalço de Hilbert e se deparam com Stol parada no meio do caminho, desafiando-os. - Por aqui não passarão.
- Isso é comigo, garoto. Vá atrás do outro cara.
- Ele está certo. Passe... - Stol fica em sua a posição de luta e Sandaiver também se prepara enquanto Ícaro sem entender a determinação de ambos segue pelo mesmo lado que Hilbert fora, ignorando a figura metálica prateada.
- Mais uma vez, eu lhe ofereço rendição! Saiba que analisei os dados da nossa luta anterior e sei exatamente como proceder.
- Meus operadores também são capazes de fazer tanto ou melhor...
- Quem diabos é você tem pra ter oper..?!
Aproveitando a aparente surpresa de Sandaiver, Stol parte para cima com seu mais rápido ataque, deixando um rastro luminoso prateado no ar enquanto sua espada se prepara para decapitar seu oponente.
- Hmmm!
Sandaiver defende o golpe com sua espada na vertical e revida com um chute no ventre de sua adversária, mandando a para longe.
- Você me subestima demais e... - Sandaiver nota um corte de raspão no ombro de sua armadura. – huh?
- E você, Sandaiver? Ou não notou meus dois ataques?
- Admito que não os vi, mas defendi por reflexo. Você é mais fraco do que eu esperava. Apenas me surpreendeu no nosso ultimo encontro.
Stol se levanta e guarda a pistola.
- Farei com que se arrependa de ter me insultado.
Stol coloca ambas as mãos em sua espada e a lâmina dela se torna de uma energia da cor prateada, como sua armadura.
- Com um lampejo de minha energia, esse é seu fim, Sandaiver!
Sandaiver também guarda sua pistola e canaliza uma espécie de energia ao longo da lâmina de sua espada, criando uma camada de energia esverdeada.


Hilbert está correndo em meio a uma rua deserta, com Ícaro em seu encalço. Correndo muito mais rápido que a criatura graças a sua armadura, Ícaro consegue o alcançar em poucos momentos.
- Pare, Fantê-qualquer-coisa!
- O nome é Hilbert, humano! - Hilbert se vira com as garras em punho mas se depara com a fina lâmina da espada Ícaro como defesa.
- D-droga... – Ícaro reclama enquanto a entidade de gelo procura o afastar com suas gélidas garras. Tosler observa a luta do alto do prédio; na maioria da janelas das casas as pessoas observam a luta, sem entender muita coisa.
Hilbert consegue se afastar por alguns momentos e disparas suas garras como uma chuva de afiadas adagas de gelo contra Ícaro.
Desesperado, o rapaz gira sua espada procurando se defender; reagindo ao movimento defensivo, a espada do rapaz traça arcos no ar emanando uma energia azul e consegue aparar cada um dos projéteis enviados por Hilbert com certa dificuldade.


- Morra!
Stol ataca com sua espada traçando arcos prateados que pairam por instantes antes de dissiparem no ar. Sandaiver revida com sua própria espada carregada e defende os golpes, liberando faíscas esverdeadas a cada golpe aparado.
- Não vê que é inútil?
Sandaiver provoca Stol e parte para o ataque, brandindo sua espada mais uma vez, formando uma linha esmeralda no ar por onde a espada passa.
- Não vê que sou invencível? - Stol ataca com um corte vertical, um arco ascendente de energia prateada refletindo a luz por toda trajetória da sua espada.


Ainda girando sua espada, Ícaro parte para cima de Hilbert e finalmente consegue atingir um golpe, despedaçando parte da armadura orgânica da criatura com a energia que se dissipara de sua fina arma.
- Aaarh! - O corte não foi profundo, mas conseguiu atingir Hilbert. Recuando com um salto para trás, Hilbert coloca uma de suas mãos no corte conjurando um pouco de gelo sobre a abertura da armadura, estancando a ferida.
- Doeu, humano.
- Estou pegando o jeito disso! - Ícaro avança com sua espada em punho mas é interrompido por uma explosão de cristais de gelo emergindo subitamente do chão.
- E-eu não vi... – Ícaro recua com alguns cristais de gelo cravados em sua armadura.
- E nem vai ver mais. - Hilbert se concentra por um instante enquanto o gelo que recobre seu corpo muda de cor, assumindo de maneira veloz um tom azul opaco.
Estalando um dos dedos ele cria um bloco de gelo com quase 3 metros do chão e com gestos que lembram um escultor moldando uma estátua de barro, Hilbert transforma o bloco irregular num grandioso totem de gelo reflexivo, com suas próprias feições - Bem vindo ao inferno de gelo! - Hilbert grita a Ícaro, que se levantava.
Apoiando-se em sua fina espada, Ícaro se prepara para defender o que seja que virá em sua direção; Hilbert salta no topo do totem e crava uma de suas garras nele.
- ...não vai!
Ícaro tenta saltar para atingi-lo, mas é novamente surpreendido por uma rajada de farpas de gelo disparadas por uma abertura no totem, indo novamente ao chão.
- Agora! - Cravando sua outra garra, o totem de gelo começa a rachar e estilhaçar, explodindo numa onda de dispersão de frio, quebrando as janelas do prédio mais próximo e congelando todo ambiente.
Ícaro não conseguiu se desviar do ataque, sendo crivado de farpas congelas, e tendo boa parte de sua armadura danificada pela intensidade do golpe.


Stol e Sandaiver estão com as espadas em conflito forçando contra o adversário, faíscando e emanando rajadas de esmeralda e prata ao redor.
- Agora, vou retribuir o favor de antes. - Sandaiver provoca.
- Oh dro...! - Segurando a espada com uma só mão, Sandaiver materializa sua pistola na outra e dispara direto contra o capacete de Stol.
Stol voa longe e atinge uma parede, sendo desarmada. Sandaiver se prepara para dar o golpe final com sua espada, quando Stol subitamente levanta como se estivesse possuída.
Numa velocidade maior do que a qualquer momento anterior na luta, a armadura de Stol é rodeada por uma aura prateada que delimita seus contornos e avança de maneira a ser mais rápida que seus próprios passos, atingindo Sandaiver com uma seqüência de socos antes que o adversário sequer pudesse compreender que ela levantou.
- Uhh! - Antes que Sandaiver caísse pelos golpes recebidos, Stol o circula e desfere um chute que o levanta e reforma sua pistola, disparando diversas vezes contra o guerreiro de vermelho em pleno ar. A aura de Stol desaparece e nem ela mesmo entende o que foi esse súbito aumento de velocidade.
- Kih...
Sandaiver gira no alto e caí em pé, com sua armadura totalmente avariada com os tiros ainda fumegantes de sua adversária. Aproveitando da confusão de sua adversária, um chute certeiro derruba a sua pistola de sua mão, e ela dá uma cambalhota para se afastar. Stol e Sandaiver se preparam para um combate desarmado.


Ícaro é arremessado até uma parede longe da área de gelo. Ele se levanta, ofegante pelo frio e nota que Hilbert está no centro do gelo.
- Se o golpe é pelo gelo...- Ícaro pega sua espada que está cravada na parede ao seu lado. - ...o contra-golpe então não poderia ser mais simples!
Hilbert dispara mais agulhas de gelo que Ícaro esquiva com um salto. Girando seu corpo e sua espada, Ícaro ataca novamente visando atingir o mesmo ferimento de antes; próximo ao contato, Hilbert consegue se esquivar da totalidade mas mesmo pegando de raspão, a energia desprendida é suficiente para reabrir o ferimento, triplicando seu tamanho e deixando Hilbert numa desvantagem clara.
- Falta pouco...! – Ícaro se desequibra ao pousar no gelo e é atingido na costela por uma das garras de Hilbert, mas atinge o corte original com sua espada pela abertura do adversário.
Ícaro recua, ficando de pé perto de Hilbert.
- Acabou, eu não vou matar você, só desiste...
Hilbert coloca a mão no ferimento, selando o novamente. – Eu não vou lutar mais, mesmo porque não consigo mais. O primeiro corte foi um pouco mais fundo que eu pensava, se eu continuar com isso eu vou morrer por sangramento.
- Então... pare.
Hilbert sorri visivelmente por sua máscara transparente - Lutou muito bem, humano, mas não tem nenhuma chance contra meu mestre.
Ícaro lembra da pessoa de armadura de antes - Aquele prateado?
- Meu mestre é um dos colaboradores de Stol. Eu sirvo a Estre...! - Hilbert é interrompido por barulho ensurdecedor de um trovão cortando o ar na forma de uma grande rajada de eletricidade que atravessa seu peito e estômago.
Ícaro também foi atacado por um projétil idêntico, mas conseguiu esquivar-se em parte, sendo atingido no ombro.
Caído no chão, a armadura de Hilbert começa a evaporar como gelo num chapa aquecida.
- Sobreviva! – Ícaro se aproxima do adversário de alguns minutos atrás.
A área congelada ao redor dos rapazes retorna a sua temperatura normal, enquanto o corpo de Hilbert é cercado por uma aura de energia, e numa rajada de vento frio tornam-se partículas de energia que flutuam da poça do que era sua armadura, do que foi seu corpo de maneira irregular para o céu.


Sem armas, nem energias, apenas as figuras de Stol e Sandaiver que se enfrentam desarmados permanecem na rua destruída; as nuvens acima deles alternam entre sombras e luz: raios de luz passam por entre as nuvens, iluminando ambos numa dança hipnótica de luz e sombras em meio a batalha caótica. Uma cidade inteira que parece ter emudecido apenas para ouvir o metal colidir contra metal.
Com um avançar mais impetuoso e um soco decisivo contra a adversária, Sandaiver derruba Stol e em seguida caí de joelhos de cansaço. Nenhum possuiria a mínima condição de continuar o combate.



Ícaro retorna para ajudar Sandaiver, com sua espada em punho, mostrando os diversos furos na armadura recebidos no combate, além de um ombro literalmente derretido. Stol analisa a situação rapidamente se vê em desvantagem, ativando uma função de sua armadura ao tocar num botão em seu pulso e desaparece num flash de luz prateada e um estampido sonoro.
- Você ganhou, eu imagino... O que aconteceu com o Fantherion? - Sandaiver pergunta.
- Um relâmpago surgiu do nada e acertou ele, e a mim. Eu consegui escapar, mas ele morreu... E você? – Ícaro pergunta a Kou, ainda de joelhos.
- Já estive melhor. Me ajude a levantar, garoto. Temos muito que conversar. Muito mesmo.
Diversas pessoas observam pela janelas de suas casas e pelas esquinas o resultado da luta, enquanto o Ícaro e Sandaiver desaparecem num raio de luz em direção aos céus.

-Epílogo do capítulo 1-

Tosler, o homem que fora capaz de subitamente matar seu subordinado com um relâmpago está dentro do mesmo galpão de antes; ativando o transformador recebido por Stol, ele traça um pentágono no ar que forma uma estrela no seu interior e começa a girar silenciosamente.
Tolser é acompanhado por um homem de cabelos negros, feições rudes e diversas cicatrizes de pequenos cortes por todo rosto e corpo, Este homem é dono de um dos olhos com as cores invertidas, com a pupila branca e a esclera totalmente negra. Este homem permanece em silêncio, observando Tosler.
- Com este aparelho, e com um pouco da energia de Hilbert... - A estrela está completa, e outro túnel de luz é aberto. - ...o ritual pode ser novamente repetido. A tecnologia de Stol não é incrível?
Uma mulher saiu de dentro da estrela, aparentemente confusa pelo ritual.
- ... mestre Tosler! Deu certo, então estamos na...
- Exatamente. Bem vinda a Terra, Jeros.

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Eu meio que demorei "um pouco".

Comentários, e críticas! \o\

[Lumine Miyavi]

Prólogo do Capítulo 2

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Ícaro, transformado a mesma armadura azul de antes está de pé numa sala metálica com bem iluminada; paredes de vidro deixam a sala com aproximadamente 6 metros quadrados; o rapaz é rodeado por três máquinas humanóides, mais esguias que um ser humano, equipadas com peças metálicas que as deixam parecidas com as armaduras de Stol e Sandaiver.

Atacando com seus punhos, eles cercam e atacam o com socos e chutes previsíveis, facilmente desviados pelos reflexos do jovem; revidando contra o primeiro que o atacou, um soco decisivo de Ícaro é capaz de atingir a máquina e a arremessar para uma das paredes da sala de vidro, enquanto as duas remanescentes novamente avançam simultaneamente, uma de cada lado.

Ícaro desfere um soco contra uma delas sem se virar, e a outra é atingida por um chute na altura da cintura. As três máquinas são desativadas e uma das paredes de vidro é ativada como um monitor com a espessura de poucos milímetros.

<Sessão de Treino finalizada>

- Nada mal, você realmente leva jeito pra isso. – Kou comenta, que acompanhado de seus companheiros de missão, Gremio e Gwin, observam o rapaz através do monitor.

- ...se você diz. Eu ainda não me acostumei com o peso direito... – Ícaro responde, enquanto relaxa os ombros e move os dedos de maneira aleatória – além disso, parece que meus dedos estão dentro de uma luva pesada...

- E estão. – Gremio responde - Uma pequena camada de metal de alguns milímetros está ao redor da sua pele como proteção.

- Não se preocupe com o peso; em mais alguns usos você esquece dele, já que seu corpo ainda se acostumando. – Kou responde, e afirma - Logo isso vai passar. Pelo menos foi assim comigo.

- E isso é realmente certo? Afinal, pra todos os propósitos vocês poderiam muito bem pegar o transformador de volta e esquecer de mim. – Ícaro senta-se no chão da sala de vidro, que tem suas luzes apagadas e dá lugar a um salão fechado metálico: a projeção holográfica para treinos é encerrada num faíscar de estática.

Gwin ajusta os óculos e responde de maneira condescendente - Não é verdade, veja, não é como se qualquer outra pessoa pudesse usar mais esse transformador: ele está travado com seu DNA. Além do mais, nós não sabemos nada sobre a cultura da sua região onde nossa missão é situada...

- Certo... – Ícaro concorda.

- Temos outros motivos: se você ficar sem uma maneira de se defender agora que está envolvido nisso, não temos como garantir sua segurança a menos que você queira perder toda suas atividades em troca de um refúgio aqui neste cruzador. – Gremio dá sua opinião.

- E você, Kou? – Ícaro pergunta ao oficial, que permanece calado.
- E nem temos uma dúvida, realmente: lutar sozinho num lugar que desconheço... – Kou passa a mão no cabelo para evitar que cubra seu rosto - ...ou receber a ajuda de alguém (não importando que seja apenas um cadete em treinamento) E que tenha como ajudar na investigação... Não temos escolha, a menos que você se recuse.

- Eu não irei, quero ajudar.

- Então, o melhor que eu posso fazer é pelo menos te treinar; não se preocupe, não é como se você não soubesse se defender ou algo assim... Você já provou mais que o suficiente sua capacidade. Por isso que eu sei que podemos contar com você. – Kou sorri, honestamente – Portanto, você JÁ faz parte do time.

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Yeah, mesmo que ninguém leia, eu posto assim mesmo... Eu preciso terminar isso, lol.

[Lumine Miyavi]

:\> Caso Tarmesan [O][X][X] - 1/3 - Primeiro - O Controlador e O Controlado

Dentro de um cruzador estelar parecido, mas distinto daquele usado pela equipe de Kou, três pessoas estão de pé diante de uma enorme tela holográfica; duas mulheres e um homem, todos com uniformes militares negros, usando luvas e botas prateados conversam com a imagem que surge, um homem de meia idade, de cabelos grisalhos lisos que terminam na altura das orelhas e um bigode que cobre uma pequena cicatriz no lábio superior.

Uma das mulheres, a mais baixa e frágil dos três, uma pequena ruiva com feições gentis pergunta a imagem.

- Senhor, foi realmente necessário que deixássemos o rapaz pegar o transformador? Se o objetivo era encontrar a ‘chave’, então por quê foi necessário o combate com Sandaiver, e ainda mais dar uma forma que ele tivesse um aliado?

- Não há nenhum imprevisto ou falha no plano, Agente Ashen. - O homem sorri, flexionando suas rugas – E quanto a Adaptação da armadura?

- Não há necessidade de me chamar de Ashen, senhor. Apenas Marli serve. A armadura já está operacional.

O homem que estava calado ao lado de Marli, de feições comuns e cabelos negros e curtos num corte militar responde ao homem do holograma:

- Senhor, a armadura já está completamente pronta para o uso, comandante. Apenas aguardamos novas ordens; e sobre o relatório...

- Muito bom, Agente Mihail. E quanto a você, Agente Lídia...? – O homem aguarda ansioso.

Dando um passo a frente, uma loira de olhos castanhos e nariz levemente alongado cumprimenta o homem com uma reverência antiquada antes de falar – Tudo está sob controle. O segundo transformador já está pronto para ser ativo; o chip de controle já foi instalado no córtex do experimento.

- Assim que o sinal for encontrado, vocês entrarão em ação. Agentes Mihail e Lídia, façam tudo possível para auxilar a Agente Marli com o processamento dos dados necessários durante um evento combate com sua armadura. Final da transmissão.

Em outro local daquele cruzador, preso a uma mesa com tiras de couro e sondado por uma dezena de agulhas finas como um fio de cabelo, um rapaz loiro está nu de costas sobre uma mesa com um transformador em seu pulso esquerdo, enquanto diversos eletrodos estão fixados ao longo de sua coluna. Seus sinais vitais, assim como a transmissão do implante recém colocado ao longo de sua espinha são monitorados constantemente.

Em breve, seria a vez dele novamente despertar.

[Elara]

Em breve, seria a vez dele novamente despertar.

Tá demorando, hein Lumine?

Estamos torcendo pela continuação.



Chero!

[Lady Draconnasti]

Em tamanhos homeopáticos como esses dois mais recentes, por favor ^^