Posso me ver em seus olhos. Tão serenos que quase me desencorajam. Sera que você sente o que sinto por você? Como seria imensuravel minha alegria se algum dia você gostasse de mim como gosto de você.
Coloquei meu rosto contra o dela, e mesmo que frio, pude sentir a gentileza que transbordava à flor da pele macia. Roçei meu nariz contra sua bochecha que já não tinha a mesma cor de antes, mas o mesmo cheiro. Meu queixo trêmulou devido inebriante aroma que inacreditavelmente parecia me possuir por inteiro. Um cheiro de terra misturado ao amor e velhice.
Coloquei-a no chão levemente, e levemente arrumei os cabelos negros que lhe cobriam a face. Como um anjo, sobre o chão, deitada a minha espera, como nas ilustrações dos livros. Tomei seu rosto em minhas mãos e encostei meus lábios nos seus. Um doce sabor tomou meu paladar, e eu desejei naquele mesmo instante que ela também pudesse saborear daquele gosto único.
Com certo cuidado desabotoei o vestido de flores vermelhas deixando seu corpo nú, e pude ver no seu rosto um pequeno sorriso. Eu soube, naquele exato momento que ela me queria, e que eu estava ali fazendo um bem maior. Saciando a sede daquela pobre senhora que dormia em paz.
Abaixei minha calça com certa pressa, já estava excitado. Penetrei-a com minha carne rígida e grossa, pude ouvir sussurros de prazer escaparem de sua boca fina. Em um vai e vem gostoso, sem pudor algum, onde me dispistava lambendo levemente sua barriga e mordendo-a com carinho para que almentasse o grau de prazer entre nos dois.
Ofegava feliz encostando meu rosto contra sua cintura enquanto continuava com os movimentos, alternando certas vezes em movimentos mais rápidos ou lentos. Foi quando aquela sensação indescritivel correu meu corpo e jorrou dentro dela.
Lágrimas brotaram em abundância em meu olhos, e escorriam frenéticas pelo meu rosto corando-o e roubando o aspecto alegre de outrora. O que naqueles minutos mal podiam ser descritos a felicidade e prazer que senti, em segundos a tristeza me roubou e me fez esquecer tudo aquilo que tinha sido bom.
Me senti sujo, como um porco que chafurda na lama entre fezes e restos de comida. Asco. Nojo. E degradante - descartável como o papel higiênico que limpa minha bunda todos os dias eu me senti. De dentro dela eu saí.
Surrei-a com força e a chutei para o lado o que a fez rolar e cair de volta para sua cova. Limpei minha boca com as costas da mãos e cuspi para me livrar de qualquer vestígio seu que ainda se enconstrasse em meus lábios ou em minha lingua.
Cuspi em seu túmulo e a amaldiçoei. Já tinha tido transas melhores com outras residentes daquele cemitério.