Atochando a Tocha do Pan

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Atochando a Tocha do Pan

Mensagempor laharra em 29 Mar 2008, 23:20

Não é baseado em fatos reais. É real, e aconteceu em julho do ano passado.
Estilo: Gonzo, totalmente diferente do outro conto que estou escrevendo aqui. Fez parte de um antigo blog que está para ser retomado.
Detalhes: Palavrões ocasionais

Atochando a Tocha do Pan
Por Elias Laharra

I - SOZINHO NA PARADA

Quando cheguei na prefeitura de Olinda, antes do começo do revezamento da Tocha Pan-Americana, o clima era de um verdadeiro pandemônio. Em poucas palavras, posso dizer que tinha muita chuva, garotos barulhentos, batuques de maracatu, bonecos gigantes, professores protestando e câmeras da Globo espalhadas em cantos estratégicos, algumas delas em cima de um prédio logo à frente, como snipers.

Eu estava aqui, teria uma página quando chegasse à redação, mas não estava me sentindo confortável. Bom, esse é meu trabalho. Quem sabe se eu entender qual o sentido dessa visita da Tocha eu possa escrever algo que preste para a internet.

Envolvi-me em minha capa e procurei um rosto conhecido. Achei Lucas Fittipaldi, da Folha de Pernambuco.

“Onde pego a credencial?”, perguntei a ele.
“Não tem. É a do jornal mesmo”, ele respondeu, sem saber se levantava ou não o capuz de sua capa amarela.
“E Mestre Salustiano? Onde está?”. O famosíssimo rabequeiro, cuja música nunca tinha feito a mínima questão de escutar, seria o primeiro a carregar a tocha.
“Está lá dentro. Falei com ele mais cedo. Queres alguma coisa”, perguntou Lucas.
“Bom, ele deve ter falado a mesma coisa de sempre né? Estou muito feliz e blá blá blá”, arrisquei, sem a mínima vontade de tirar o bloquinho todo molhado do bolso.

Com a confirmação de Lucas, me aquietei e esperei o começo da solenidade, já imaginando o estresse que seria seguir aquela maldita tocha por cerca de 47 km. “Maldito seja, Celso”, praguejei. Ele tinha dado uma enrolada e me passado a pauta. O outro da vez, Marcelinho, tirou a folga logo nessa terça. “Sacanas”, voltei a praguejar.

Lucas avisou que iria procurar um urso gigante para entrevistar. Não me opus e tentei entrar na prefeitura. Tarefa fácil com o crachá do jornal, mas dados os cinco primeiros passos me deparei com uma parede de jornalistas e câmeras todas apontadas para mim. O salão estava completamente lotado, até as escadas estavam entupidas. Desisti.

Esperei do lado de fora, sendo castigado pela chuva. Um carro com o logo dos Jogos Pan-Americanos passou, atraindo aplausos e gritinhos de centenas de garotos empilhados no pequeno palco em frente à prefeitura. Segui o veículo e consegui dar uma boa olhada naquele pedaço de acrílico e metal tão cobiçado.

Encontrei Rafainha (que participaria do desfile), lá do jornal, e Luciana Morosini, da Folha. Cumprimentei-a e perguntei quantos de lá estavam trabalhando no revezamento. “Quatro repórteres e dois fotógrafos”, ela respondeu. E eu estava sozinho naquela empreitada, contando apenas com um fotógrafo para me ajudar. Ela não sabia muita coisa sobre o carro de apoio, então não insisti na conversa e voltei para o palco. Finalmente, após muita espera e minutos de conversa com o motorista do jornal, André, o discurso começou.

Não há muito o que falar sobre essa parte, apenas que as palavras da prefeita Luciana Santos foram completamente abafadas pelos gritos de protesto dos professores. “PCCV Já”, bradavam, tentando fazer uma referencia pobre entre a sigla de um plano que reivindicam com Cerveja. Aquilo me deu idéias, mas antes que elas se alastrassem, a tocha estava viajando, indo em direção à Cidade Alta.

Nada de AA (fotógrafo). Ele devia estar no carro de apoio. Esperei um pouco e recebi um telefonema de Carlyle, o cara mais chato da redação. “Vai encontrar com AA na Cidade Alta. Ele falou que estão batendo nos turistas. Está o maior inferno lá”.

Puta merda, pensei. E eu aqui perdendo toda a diversão?

“André, vamos nessa que o fight começou”, avisei e entrei no carro.

II - PROVOCANDO E BRIGANDO COM OS SEGURANÇAS

Na Cidade Alta, procurei por turistas ensangüentados, branquelos mancando ou máquinas quebradas, mas só vi pessoas sorridentes. Será que estou no lugar certo?, tentei avaliar. Logo à frente, encontrei AA junto com um fotógrafo amigo seu, PP, bastante conhecido por arrumar confusões.

Assim que entraram no carro, começou o jorro de acusações. Falavam que a assessora do evento, uma tal de Érica (esse nome parece que me persegue), tinha vetado a entrada deles no carro de apoio. Eu podia imaginar uma baixinha com cara simpática dizendo para eles: Nada de fotos aqui, rapazes. Se virem!

“Eu mandei todo mundo tomar no cu, aqueles putos”, reclamava AA.
“Olha pra isso, quebraram minha máquina”, dizia PP.
Depois de escutar pelo menos uns 5 minutos, perguntei: “E os turistas sendo pisoteados e espancados, alguém viu?”.
“Não teve isso não, mas eles saíram empurrando todo mundo. A mulher não deixou a gente entrar no carro aí a gente foi no chão. Só que eles agrediam todos. A tocha também apagou umas duas vezes”, explicou AA.

Um pouco desapontado, me recostei no banco e pensei como poderia fazer aquela matéria. Na mesma hora, como num passe de mágica, meu sub-editor Moisés me ligou.

“Euias. Iae, beueza?”, disse, tirando uma onda com a minha SUPOSTA incapacidade física de falar a letra L.
“Faua, Moisés”, respondi.
“Olha, já tem uma idéia de como vai fazer a matéria pra gente ir desenhando aqui a página?”
“Claro. Uma principal com duas vinculadas”, menti.
“Certo, e os turistas?”
Abaixei a voz: “Teve uma confusão, mas não foi pra tudo isso. A tocha também apa...”.
“Eles quebraram minha máquina, cara”, repetiu pela milésima vez PP, se recostando no meu banco, como um papagaio de pirata.

Escutei o resto das instruções de Moisés e me concentrei a olhar aquelas ruas por onde a tocha passava, tentando me concentrar em uma melodia grudenta de The Racounters para esquecer os chiliques de PP. Era um dia cinzento em Olinda, com lama por todos os cantos. Seguíamos a tocha por várias ruas apertadas e sujas. Em algum lugar um cachorro latiu, em outro, gritos eram ouvidos. De vez em quando, parávamos para que os fotógrafos corressem até a tocha para tirar novas fotos.

Tão acostumado a passar pela Avenida Presidente Kennedy, em Peixinhos, não fiquei surpreso em ver o comboio pegando um trecho na contramão para escapar do alagamento. Fiquei, sim, surpreso, ao ver uma nova tocha surgindo ao lado do carro. Um mecânico havia posto fogo em um tubo de PVC.

“Como é teu nome?”, perguntei pela janela, com o carro em movimento.
“Jorge hfuunsaudnas dos Santos”, ele gritou de volta, enquanto se encharcava naquela água imunda com sua tocha na mão. O nome do meio foi inteligível. “Eu vou pro Pan!”, falou mais uma vez, chamando mais atenção do que a própria Tocha.

Por volta do estádio Arruda, as coisas começaram a esquentar. O clima no carro estava pesado. AA ainda estava puto com os seguranças, que não o deixava chegar perto o suficiente para tirar uma boa foto. Sempre que podia, ele os provocava. Certa hora, colocou o corpo pra fora do carro e tirou foto do carro quebrado da PM, rindo descaradamente dos policiais que agora estavam correndo para acompanhar o comboio.

“Sorri pra foto. Vai, pra sair no jornal. Corre!”

Em um certo momento, quando ele havia voltado pro chão, a coisa ficou mais feia. Um cara da Força Nacional deu um tapa no peito dele, empurrando-o para trás. Os olhos de AA se inflaram e eu vi que a pólvora tinha sido acendida. “Se você tocar em mim, vai preso”, avisou o guarda.

Por um breve segundo, eu pensei que veria uma câmera sendo arremessada no guarda, estilhaçando em sua cara e cegando-o de um olho. Mas talvez, por ter pensado em como seria difícil manter sua família preso e sem emprego, AA se segurou.

“Eu ia dar um murro naquele puto. Por pouco não dei. Mas quem sabe não tem a volta”, ele falou, e eu senti que era a mais pura verdade. Recostei-me mais uma vez no banco e respirei fundo. “Preciso de uma cerveja urgente”.

III - PROFISSÃO TAPA-BURACO

Assim como AA, eu descia em alguns momentos, buscando personagens interessantes entre os transeuntes. Conversei com uma senhora que tinha sido liberada do trabalho para acompanhar a tocha. Eu vi sua alegria de ter aquele momento registrado por uma lente, de poder gritar palavras de incentivo e de poder respirar um pouco.

“Sou da administração”, ela me falou, meio titubeante, para não dizer secretária. Depois da entrevista, saiu correndo para contar a um de seus amigos que seu nome sairia no jornal no dia seguinte. Não estou fazendo marketing, eu percebi que ela estava fazendo aquilo. Depois de ver a Tocha e recortar o jornal para guardar de lembrança, ela teria que voltar para aquela vida em que tem de trabalhar 8h por dia para poder sustentar o filho punheteiro e pagar com suor as contas do dia. Não a condeno por isso.

Encontrei Marcelo Cavalcante, da redação, que havia participado do desfile. Falei rápido com ele, mas os gritos por Maria Clara me incentivaram a andar mais um pouco. Lá estava ela, uma gordinha com a roupa do Pan, pronta para o desfile. Vi Lucas novamente e fui trocar uma idéia.

“Quem é essa?”, perguntei.
“Uma tal de Maria Clara. Ela é uma das produtoras e parece que ela está aí de tapa-buraco.”
“Sério mesmo? E esses tabacudos fazendo festa com ela?”, falei, apontando para as cerca de vinte pessoas que insistiam em tirar uma foto com ela, além de abraçá-la e pedir autógrafo.
“Não sei”, falou Lucas. “Vou tentar confirmar com ela”.

Não dei aquele gostinho a ele. Tinha que perguntar sobre aquela profissão magnífica. Tentei falar com ela várias vezes, mas o outro rapaz com a tocha estava chegando e ela já se dirigia para assumir seu posto no revezamento.

Puxei sua camisa. “Maria Clara”.
“Oi”, ela respondeu, simpática.
“É verdade que você ‘tá’ tapando um buraco?”
Ela pareceu um pouco confusa com a pergunta “Ãn?”, resmungou.
“Você entrou de última hora no revezamento, faltou gente e você tá quebrando um galho? Está tapando um buraco?”
“Foi mesmo de última hora”, ela confirmou, parecendo insatisfeita com o sorriso que se esboçou na minha boca assim que eu terminei de falar. Ela assumiu o seu lugar no revezamento e seguiu, feliz da vida, já esquecida que há alguns segundos um repórter escroto tirou onda com a cara dela.

“E aí?”, perguntou Lucas.
“É uma tapa-buraco mesmo”, falei. E depois de analisar sua forma gordinha, acrescentei: “Essa daí tapa um belo de um buraco”.

FINAL: QUEBRA-CABEÇA

A Tocha parou em dois lugares antes de seguir para seu destino final, no Marco Zero. A primeira foi no Palácio do Campo das Princesas, onde os políticos receberam aplausos, deram seus sorrisos, afagaram crianças e acenaram para o povo, com a mesma conversa mole de que a “Tocha vai trazer paz e integridade aos povos”. Uma puta hipocrisia, isso sim, era aquilo tudo.

Quase cochilando, me dirigi ao carro de apoio onde pude conhecer a famigerada Érica. Ela não era baixinha, mas era simpática. Não estava a fim de nos deixar subir no veículo (uma caminhonete antiga caindo aos pedaços), mas fui bastante persuasivo e consegui uma vaga. AA não a mandou tomar no cu, graças a Deus.

Encontrei Morosini novamente e ela me revelou que estava acompanhado desde o começo no carro. Já haviam se passado mais de 3h e eu senti pena dela. Tinha perdido a confusão. Depois que voltamos a andar, para a segunda parte do percurso, senti o tédio a tomar conta do meu corpo. A morosidade só foi quebrada em alguns momentos, quando a tocha voltou a apagar várias vezes na Rua Imperial, rendendo algumas piadas como “Roubaram o fogo”, pelo fato de ser um local perigoso.

Eu já não podia mais rir. Tinha me enchido daquilo. Troquei algumas idéias com Morosini e com Giulliana, repórter do Diário, e fiz algumas anotações gerais. Ninguém havia caído ou tentado atrapalhar a festa, então estava na paz. Furo maior que esse eu não podia levar. Quando a tocha parou no Geraldão, aproveitei para descer onde comi um cachorro quente da tia com cabelo de fuá (existem várias delas em Pernambuco) com André.

Ele me revelou que queria voltar a ser motorista do Pro Jovem. “Lá não tem isso de correria, esse estresse. Eu só tenho que ir para um colégio, levar uma professora e depois... casa!” Concordei veementemente, mas quando ia expor meus argumentos, um moleque com skate passou em velocidade pela entrada do Geraldão, levando a tocha consigo e vários pirralhos ao redor.

Pegamos AA na avenida Boa Viagem, um pouco depois, e combinamos que o deixaríamos no Marco Zero e seguiríamos para a redação. Uma pequena pontada de tristeza começou a me abordar, como se uma grande aventura estivesse chegando ao fim.

“Valeu, galera”, ele falou, enquanto saía do carro.
“Foi legal, hein. Assim, teve os estresses mas foi uma pauta boa”, falei.
“Foi uma roubada da porra, mas era a Tocha. E trabalho é trabalho”, ele disse. Deu-me dois cartões de memória da máquina para eu levar e afastou-se, pronto para enfrentar mais uma batalha por espaço.

Enquanto voltava, fiquei pensando naquilo. “Era a Tocha”. Não a tocha, e sim a Tocha. Assim, não era nenhuma tocha olímpica, e sim pan-americana, mas já era alguma coisa. De repente, as memórias do dia - muitas delas omitidas do texto para não alongá-lo – vieram à tona como um turbilhão.

Eu me senti encaixado naquele quebra-cabeça. Todos faziam sua parte. Os políticos enrolando com palavras, os seguranças batendo nos fotógrafos, o público gritando ensandecido, Érica barrando os jornalistas, eu analisando tudo para informar depois e até Maria Clara, tapando seu buraco. Era um dia diferente, uma história, um momento único em que cada um daqueles tinha que fazer sua parte, não importa o quanto idiota ou importante ela fosse.

Bati minha matéria, ajudei a escolher as fotos e entrei no carro, indo pra casa com o sentimento de dever cumprido. Mais tarde, sonhei que tinha um nariz vermelho, estava correndo nu na avenida Agamenon Magalhães e várias pessoas riam da minha cara e aplaudiam. Todos elas participando daquele circo chamado “A visita da Tocha Pan-Americana a Pernambuco”.
Tentando encontrar inspiração para terminar o conto abaixo:
O Som do Silêncio: Parte IV - A decisão
Reger está às vésperas de uma batalha onde decidirá seu futuro. Durante o que podem ser seus últimos momentos com a Espada e com Alyse, ele se pega pensando sobre a validade de suas aspirações. Acompanhe o conto no link a seguir:
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Mensagempor Seth em 30 Mar 2008, 08:34

laharra, gostei do material. Ri muito em diversas partes.

Parabéns!
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Atochando a Tocha do Pan

Mensagempor Vatek em 30 Mar 2008, 09:32

Bem divertido. Gostei do seu humor.

Parabéns, laharra. :)
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Mensagempor Lady Draconnasti em 30 Mar 2008, 13:46

Quando a tocha parou no Geraldão, aproveitei para descer onde comi um cachorro quente da tia com cabelo de fuá (existem várias delas em Pernambuco) com André.


Tambem conhecido como hot-droga, jesus-te-chama, comeu-morreu...! XD
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Atochando a Tocha do Pan

Mensagempor laharra em 01 Abr 2008, 00:57

Obrigado, Seth e Vatek, pelos comentários. Escutar algo do tipo depois de um longo dia de trabalho é gratificante :cool: Até porque, não é todo dia que se pode fazer a cobertura de um evento grande desse. Geralmente é algum diretor de clube de futebol querendo sua cabeça por uma matéria negativa (no ponto de vista deles) :bwaha:

E Lady, você, como eu, sabe como ninguém como são as tias de cabelos de fuá e seus cachorros. E a nomenclatura Jesus-te-chama eu não conhecia ehhehehee :bwaha:
Tentando encontrar inspiração para terminar o conto abaixo:
O Som do Silêncio: Parte IV - A decisão
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Atochando a Tocha do Pan

Mensagempor Lady Draconnasti em 01 Abr 2008, 07:13

E como conheço!!! Principalmente os do centro do Hellcife e seus espetinhos de filé miau. =P

E que inferninho deve ter sido essa cobertura da passagem da tocha do Pan, heim?
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Mensagempor laharra em 01 Abr 2008, 22:10

Realmente foi um inferno. Peguei chuva o dia todo e fora outras situações que não entraram no texto. Mas é como falei, um dia atípico é sempre bom. Quebra a rotina e diverte.
Tentando encontrar inspiração para terminar o conto abaixo:
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Mensagempor Ermel em 07 Abr 2008, 07:46

Muito despojado, e esse título eu achei surreal, da uma toque de humor ao conto que a simples bobagem me levou a risos incontrolaveis. Nunca imainei ler "Fight começou" em algum conto, é uma expressão que sempre que ouço eu rio, e muito.

Meus parabens! Sinceros parabens! Auheahueuh xD
"And the question is
Was I more alive then than I am now?
I happily have to disagree
I laugh more often now
I cry more often now
I am more me!"
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Atochando a Tocha do Pan

Mensagempor Elara em 07 Abr 2008, 15:18

Ouá Uaharra!

Desculpe, foi irresistível. XD

A crônica é humorada, gostosa, lembra Luis Fernando Veríssimo. Aqui eu vi a tocha passando da varanda da galeria de arte em que eu trabalhava. Do ponto que eu estava dava para ter tirado uma excelente foto, inclusive. ^^

Parabéns pelo texto.

Chero :}
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Mensagempor laharra em 08 Abr 2008, 00:38

Grande Ermel, bom ter sua presença por aqui. Não pude fazer nada, a não ser rir imaginando sua risada com o título do texto :bwaha: É um daqueles momentos em que você tem uma sacada que ao mesmo tempo é simples e engraçada.

E quanto ao Fight, mais risadas :rolando: Obrigado por ter lido. Abraços.

E Euara, não precisa se preocupar em se desculpar. Eu escuto isso todos os dias, na redação, e escutava antes, desde a 8ª série. :cool: Fico feliz que você tenha gostado e também pela comparação a Luís Fernando Veríssimo.

Mas, para ser sincero (e isso dói em mim, pelo fato de ser jornalista), se li muito de LFV foram umas duas crônicas. Só lembro de uma delas, que era com Luana Piovani em uma ilha deserta. Vou tentar acompanhar mais.

O mais legal dos comentários de vocês é saber que agradei, pois esse meu humor do texto é bem espontâneo. Aparece do nada quando estou escrevendo. Saber que vocês se divertiram é muito gratificante (deve ser assim que os humoristas se sentem). Infelizmente to cheio de trabalho até o dia 11 e não estou pondendo ler todos os outros contos, mas vou voltar aos comentários para manter a troca de feedback.

Abraços a todos.
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Mensagempor Wally em 14 Abr 2008, 17:21

Eu me senti encaixado naquele quebra-cabeça. Todos faziam sua parte. Os políticos enrolando com palavras, os seguranças batendo nos fotógrafos, o público gritando ensandecido, Érica barrando os jornalistas, eu analisando tudo para informar depois e até Maria Clara, tapando seu buraco. Era um dia diferente, uma história, um momento único em que cada um daqueles tinha que fazer sua parte, não importa o quanto idiota ou importante ela fosse.


Pra mim todo o "conto" (essa expressão sempre me lembra da imagem de um vô, sentado na varanda com cachimbo, contando lendas pros netos) foi bem divertido, mas o final acima "quotado" foi fenomenal.. acho que li umas 5 vz e ria em tds. mto bom! :aham:
"Um montaigne em cima da tora,
Um montaigne em cima da tora,
Se um montaigne cair no mar,
Quantos montaignes ficarão na tora?"

Henrich Walles, Arqueiro de Goodfellow, Avalon, ao ameaçar um "companheiro" de navio com o arco armado, que estava escondendo um baú cheio de ouro do resto da tripulação, boiando em cima de um resto de mastro em mar aberto!

É por essas e outras q eu adoro 7th Sea!
Nada como a sabedoria que vem do mar!<== eu juro que a imagem vale a pena..
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Mensagempor laharra em 21 Abr 2008, 18:04

Grande Wally, valeu pelos elogios. Esse parágrafo foi bem inspirado mesmo hehehe

Obrigado pela passagem. :victory:
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