[ADULTO]Pacto

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[ADULTO]Pacto

Mensagempor Doktor Faustus em 25 Mar 2008, 16:23

Esse conto é bem antigo, acho que o escrevi há uns dois anos. Deve estar cheio dos vícios que eu tinha naquele tempo, já que não cheguei a revisá-lo. É minha primeira história que tem o pacto com o demônio como Leitmotiv. Ela não se passa em nenhum cenário específico, e deveria ser o primeiro capítulo de uma novela com sete capítulos de estrutura circular e não-linear (por isso o começo in media res).
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Pacto


“E você pensa mesmo em fazer o pacto?”, disse a jovem mulher ao visitante da taberna. Poucos sabiam que ela era, na verdade, uma bruxa com centenas de invernos nos olhos e ouvidos. Cryx era seu nome real, mas ela atendia por Julliette.

O visitante confirmou, meneando a cabeça. Também era jovem, como a aparência da bruxa; deveria ter, por suas feições, cerca de 25 anos. Seu rosto era fino e firme, olhos penetrantes, fixos na bruxa. A grande espada, cuja bainha era adornada com o desenho, em alto relevo, de um leão, não deixava dúvidas de que era um mercenário. A cota de malha reluzente que vestia, forjada habilmente com um leve metal onde também estava a figura do leão, no peito, e o grande livro com capa de aço e folhas de couro que descansava em cima da mesa indicavam também que aquele era um guerreiro de elite do exército de ..., treinado nas artes arcanas e marciais. Cryx (ou Julliette, mas como sabemos seu nome, vamos tratá-la por seu nome verdadeiro) aceitou um de seus feitiços em troca de informações, embora fizesse isso apenas para não dar ao jovem o prazer de conversar gratuitamente com uma bruxa centenária. Cryx há muito já não precisava do dinheiro dos homens, e os feitiços que ele tinha, na verdade, eram de pouca valia para ela.

“Sabe como fazer o pacto, senhor...?”

“Johannson. Artr Johannson von Draufgänger, filho de Johann Wilhelm von Draufgänger, ex-senhor das terras de...”. Não sabia o que precisava fazer para realizar um pacto. Ouvira histórias a respeito, mas nada que mencionasse os procedimentos para selar o contrato. As histórias normalmente esquecem essa parte e se concentram nas conseqüências finais do pacto. Mesmo os livros arcanos na biblioteca de sua cidade, uma das maiores bibliotecas do mundo, nada mencionavam sobre isso. Havia livros que tratavam do assunto, claro, mas estes ou eram proibidos, sendo selados com magia e abertos apenas por um conselho de anciãos – nessa categoria estavam a maioria dos livros de magia negra e os de adivinhação – , ou então eram apenas superficiais, destinados a quem quiser aprender a teoria de maneira inofensiva. Estes omitiam muito do que era preciso para aprender realmente a magia. Acreditava que Cryx deveria saber os procedimentos práticos para se realizar um pacto – pouco se importava com a teoria – e resolveu procurá-la, embora soubesse que poderia demorar anos. Por sorte, em pouco mais de 3 meses encontrou a bruxa.

“Antes de falar como proceder para conseguir realizar o pacto, diga-me: seus motivos são egoístas?”

Absolutamente não eram, e Artr relembrou-se do motivo pelo qual desejava realizar esse pacto, trocando sua alma em troca de algo que certamente não conseguiria com suas próprias forças. Era uma sexta-feira de dezembro quando um exército da nação inimiga de ... chegou, queimando casas e causando terror à população de sua cidade natal. Seus pais e irmãs morreram cruelmente, não de forma rápida. Alguns soldados prenderam seu pai enquanto outros, entre eles o líder do exército invasor, estupravam sua mãe e irmãs, o pai presenciando a cena do início ao fim, quando óleo e chamas consumiram as mulheres da família. Artr, que na época contava 5 anos, nada pode fazer quando o exército atacou, a não ser esconder-se num guarda-roupa, a mando do pai, de onde presenciou o ataque covarde à sua família. A morte do pai deu-lhe parte das informações necessárias para o futuro, informações estas que mais tarde ajudaram em suas investigações sobre o líder do exército inimigo:

“Tem algo a dizer sobre hoje, velho amigo?”, disse o líder, ainda despido de sua armadura e de suas roupas.

“Te vejo no inferno, Eric, seu filho da puta!”, disse Johann, cuspindo na cara do cavaleiro e tentando chutá-lo, mesmo estando caído e preso por três soldados. O machado de Eric, enorme, talvez ainda maior que Artr – que, apesar da pouca idade, não era necessariamente pequeno – desceu sobre o crânio do prisioneiro, rachando-o. Após esse ato, o cavaleiro, depois de vestir as roupas e armadura, ateou fogo à casa da família Draufgänger. Por sorte, o guarda-roupa protegeu em parte o jovem Artr da pior parte do incêndio. Ele ainda conseguiu escapar enrolado num cobertor, pouco depois da morte do pai e da retirada do exército do traidor Eric, ex-escudeiro de Johann, e que havia tomado o poder na cidade de ..., na qual seu pai era mestre-de-armas. Eric invejava a riqueza de Johann, e nunca se conformara com sua expulsão, ocorrida após o assassínio covarde de um camponês que havia reclamado dos impostos cobrados nas terras pertencentes à família Draufgänger.

Artr escapara com algumas queimaduras, que deixaram algumas cicatrizes principalmente em seus braços e pernas. Foi socorrido alguns dias depois, indo para a casa de um tio também nobre. Apenas anos mais tarde, 17 anos, para ser mais exato, começou a planejar sua vingança contra Eric von Dreifuss, tirano da cidade-estado de ..., uma das mais poderosas e temidas do reino, lar da elite de cavaleiros conhecidos como Ordem dos Cavaleiros da Maça, devido à arma que era comum a todos eles, responsável pela derrota de duas outras ordens de cavaleiros e pela anexação de terras vizinhas à cidade-estado de...

“Não, meus motivos não são egoístas”, respondeu Johann à bruxa, e nada disse sobre esses motivos.

“Ouça-me, jovem!”, disse energicamente Cryx. “Luzbel adora espíritos cegos, que se entregam a ele em desespero, buscando realizar algo para o qual a Razão diria um inexorável 'Não!'. Aprenderá a fazer o pacto, com esta história que vou lhe contar. Ouvi-a da boca da própria pactária, Viviane. Talvez você já tenha ouvido falar dela. Não? Mas agora conhecerá sua história. Ela era uma bruxa como eu, mas muito mais jovem. Viviane também veio me perguntar como agir para realizar o pacto. Queria conquistar o amor de um homem, um nobre das terras do oeste, mas este a desprezava. Ela fazia tudo por ele, humilhava-se nas festas da corte, para a qual era convidada pelas suas habilidades com o ilusionismo, enviava-lhe cartas, chegou até mesmo a oferecer-se a ele como concubina, para ficar ao seu lado. Mas, mesmo com a persistência de Viviane, ele a ignorava. Apaixonou-se por ele durante uma viagem, da qual ela era a guia, por conhecer a maior parte do território do oeste, e desde então não mais o tirava da cabeça. Tornou-se uma obsessão dela ter aquele homem para si. Então, ela veio a mim, procurando-me para ensiná-la a realizar um pacto com Luzbel. Eu sei o procedimento, mas conheço também as consequências, então nunca cheguei a realizá-lo, embora muitas vezes ficasse tentada a isso. Adverti-a, mas ela não me deu ouvidos. Dei de ombros, e, em um ano, ensinei-a os procedimentos para se fazer o pacto. Embora não seja o tipo mais forte de pacto possível – este levaria anos de pesquisa e envolve o conhecimento do nome verdadeiro de um demônio – era suficiente para que ela conquistasse seus objetivos, assim como para você também será suficiente esse tipo mais básico de pacto.'

“Viviane deveria, durante a noite, ir a uma encruzilhada na qual houvesse ocorrido um assassinato brutal. Em um ano ela aprendeu todos os gestos e cânticos mágicos que teriam de ser usados quando encontrasse tal localidade. Procedendo corretamente com os cânticos e gestos, ela ouviria três pios de coruja, três grasnados de corvo e três uivos de um lobo: isso indicaria que aquela era a hora correta para a invocação necessária. Viviane teve que esperar seis dias para ouvir os pios, grasnados e uivos necessários. Os animais apareciam, faziam sua parte e afastavam-se. Antes, apenas a coruja e o corvo apareceram. O lobo só veio no sexto dia. '

“Ela desenhou, então, um pentagrama no centro da encruzilhada e um a seu redor. Acendeu as velas aromatizadas nas pontas dos pentagramas, que eram, cada um, envolvidos por um círculo, e chamou:”

“ 'Luzbel!'

“Nada. Um silêncio rápido, que parecia estender-se por uma infinidade, e só seria quebrado pelo longo lamento de uma coruja.'

“'Luzbel!' “

“Um vento gelado soprou, arrepiando os pêlos em sua nuca e fazendo-a fechar seu mando ritual. Ao longe, o grasnado de um corvo feria seus ouvidos.'

“Ela continuou: 'Luzbel! Demônio, eu o chamo para me servir!' E dessa vez uivos de lobos preencheram o ambiente por alguns minutos.'

“Ao uivo juntaram-se pios de coruja e grasnados de corvo, enquanto os uivos tornavam-se latidos e rosnados ferozes. Um vento mais forte soprou de repente, aumentando a chama das velas em vez de apagá-las. No pentagrama desenhado no centro da encruzilhada as chamas rodopiavam e aumentavam mais e mais, formando um redemoinho de fogo que se extingüiu de repente, deixando cair um velho pedaço de papel no centro da estrela.'

“Era o contrato. Luzbel não apareceria, mas o contrato estava lá, com sua assinatura em sangue. Viviane ficou um pouco decepcionada, acreditava que ele iria aparecer em sua frente. Queria conhecer aquele para quem venderia sua alma. Mas disse isso apenas quando falou comigo mais tarde. Naquele momento, cortou sua mão com uma faca e molhou sua pena com sangue. Assinou abaixo do nome distorcido de Luzbel. O contrato desapareceu pouco depois de Viviane assinar, mas ela sabia, instintivamente, como acontecerá também com você, se vier a realizar o pacto, todos os seus termos.”

“E o que dizia o contrato?”, perguntou Artr, que ouvia atenciosamente.

“Dizia que a alma de Viviane seria de Luzbel quando ela deixasse de amar o nobre. Mas isso muda em cada caso. Eu não perguntei a ela o conteúdo do contrato, achei que não seria de bom tom. O fato é que semanas depois do episódio Viviane e o nobre casaram-se. Ela teve duas filhas, e foi quando começou seu inferno.'

“O nobre queria um filho varão, que desse continuidade ao nome da família. Rejeitava as meninas, mas continuava amando Viviane. Esta abortou naturalmente um terceiro filho, que, o que tudo indicava, seria homem, e ficou estéril. Ainda amava o nobre, mas este odiava as filhas, e passara a sair com prostitutas da corte, já que Viviane sentia-se sempre indisposta com o tratamento do marido, que, apesar de ainda amá-la, tratava-a friamente. Não demorou a tornar-se cruel: espancava a bruxa, dizendo que era por amor, que com isso esperava livrá-la da maldição que ela carregava consigo, tentando expulsar o espírito que a impedia de engravidar e dar-lhe um filho legítimo homem. Torturava-a, justificando seu comportamento com o argumento de que o amor não existe sem a dor, e ele próprio, para tentar se livrar de qualquer maldição que porventura estivesse em seu corpo, martirizava-se constantemente. As outras mulheres, ele as levava à cama na presença de Viviane, fazendo com que ela assistisse à cópula para aprender como se deve fazer um filho. O nobre teve cinco filhos homens, todos bastardos, que foram mortos tão logo nasceram. Viviane passara a viver trancada no quarto, com suas filhas.'

“Um dia, porém, o nobre, depois de uma das orgias que praticava em seu castelo, com as quais esperava trazer o Espírito da Fertilidade a seu lar, mandou, ébrio, que executassem as duas filhas, pois passou a acreditar que elas eram as responsáveis pelo fracasso da mãe em presenteá-lo com um filho varão. Acreditava que, enquanto as filhas da bruxa não fossem mortas, a tradição da mãe continuaria, e por isso ela não poderia ter outros filhos. Ao matá-las, esperava que a linhagem de bruxas fosse extinta, e que Viviane, com a extinção de sua linhagem, pudesse conceder-lhe o filho que ele pedia. Apesar de estúpida, essa idéia era apoiada pelo conselheiro religioso do nobre, que, eu acredito, foi quem deu a idéia a ele. O nobre foi ao quarto de Viviane, arrombou a porta, espancou a mulher e ateou fogo às filhas, pois, segundo seu conselheiro, 'é assim que uma bruxa deve morrer'. O conselheiro sorria enquanto as meninas gritavam nas chamas.'

“Fora a gota d'água para Viviane. Ela amaldiçoou o marido, predizendo que ele nunca teria um filho homem e seria o último de sua linhagem decadente, cuspiu-lhe nos pés e lançou-lhe uma doença. Fugiu em seguida, e veio relatar-me o que acontecera desde que realizara o pacto. Contara-me que, segundo o pacto, Luzbel buscaria sua alma dentro de sete dias. Sete dias após abandonar a família e deixar oficialmente de amar o nobre. Queria saber um modo de desfazer o pacto, de voltar atrás, arrepender-se, mas não havia nada. Não para ela, pois a cláusula última já havia sido cumprida: ela não mais amava o nobre, como ainda tentara amar mesmo em sua loucura perigosa.'

“E Luzbel realmente veio buscá-la, ao final do sétimo dia. Encontraram o corpo de Viviane em sua cabana, velho, ressecado, aparentando todos os seus 112 anos. E, ao seu lado, um pedaço de papel queimado, uma única folha.”

“Então é isso? Depois de assinado o pacto, é irreversível? Não há mais como se salvar?”, perguntou Artr, pensando em diversas maneiras de se escapar deum pacto como aquele, mas sem enontrar nenhuma. Era impossível para Viviane continuar amando aquele sujeito.

“Não sei. Nunca ouvi nada a respeito de um pacto em que Luzbel perdesse a alma que se vendeu. Talvez haja, mas apenas se você for mais esperto que Luzbel. O que é muito difícil: ele é traiçoeiro. Veja: no caso de Viviane – vim a saber disso depois, e nã me pergunte como, pois tenho meus meios – era Luzbel quem influenciava as atitudes do nobre, foi ele quem providenciou o nascimento das meninas, e foi um de seus servos quem dera a idéia de assassinar as filhas da bruxa. Ele faz de tudo para conseguir uma alma, depois de assinado o pacto, e com você não será diferente. Está pronto para começar os estudos?”

Artr pensou. Será mesmo que valia a pena fazer o pacto? Poder para destruir o inimigo, em troca da danação eterna. Olhou para Cryx. Ela continuava impassível, com a taça de vinho ainda cheia à sua frente. Ao menos, a conversa servira para fazer com que ele pensasse melhor sobre o pacto. Se viesse a firmar um acordo com Luzbel, ao menos não seria mais como um jovem impulsivo.

Mas a história de Viviane gelava sua alma, e Artr ainda decidir-se-ia sobre o assunto.
Editado pela última vez por Doktor Faustus em 01 Abr 2008, 16:23, em um total de 2 vezes.
"Não, não são plantas, apenas fingem sê-lo. Mas nem por isso vocês devem menosprezá-las. Pois é precisamente a circunstância de elas pretenderem sê-lo e darem o melhor de si nesse sentido o que as torna merecedoras de todo o nosso apreço."
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Mensagempor Elara em 26 Mar 2008, 15:33

Ok, ok. Texto interessantes, Doktor Faustus. Esperava encontrar mais "vícios", no entanto, não encontrei muitas coisas que pudessem levar este nome.

Você precisa nomear as cidades de ... e de ..., além da cidade-estado de ... e do exército de ....

No mais, a explicação técnica de porquê usar o nome de Cryx durante o texto foi desnecessária.

Bem, é isso aí.

Chero!
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Mensagempor Doktor Faustus em 27 Mar 2008, 16:20

Comentando o comentário:

As reticências não foram acidentes. Muitas narrativas antigas usam esse recurso. Mas pode chamar de preguiça de pensar num nome também. :)

A explicação foi um erro mesmo. Como eu pensava em fazer uma novela, usaria esse recurso no começo de cada capítulo. Aqui ficou deslocado mesmo.

Obrigado!
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Mensagempor laharra em 01 Abr 2008, 01:08

Cara, cadê os nomes? Na verdade, fiquei curioso que tipo de narrativas antigas usam isso. Vou chamar de preguiça :cool: Mas, sério, você poderia ter inventado uns nomes. Não colou muito bem isso das reticências.

Os parágrafos longos foram maçantes. Me arrastei um pouco lendo e quando cheguei no fim me decepcionei. Você chegou a escrever o segundo capítulo? Se não, poderia começar agora. Estaremos aqui (Eu e Elara, por enquanto) para dar o feedback e comentar a história :aham: Não nos deixe na mão agora.

Abraços.
Tentando encontrar inspiração para terminar o conto abaixo:
O Som do Silêncio: Parte IV - A decisão
Reger está às vésperas de uma batalha onde decidirá seu futuro. Durante o que podem ser seus últimos momentos com a Espada e com Alyse, ele se pega pensando sobre a validade de suas aspirações. Acompanhe o conto no link a seguir:
http://www.spellrpg.com.br/forum/viewtopic.php?f=24&t=1067
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Mensagempor Lady Draconnasti em 01 Abr 2008, 07:26

As reticências não foram acidentes. Muitas narrativas antigas usam esse recurso. Mas pode chamar de preguiça de pensar num nome também.


Na verdade, fiquei curioso que tipo de narrativas antigas usam isso. Vou chamar de preguiça


[2]


Só tome cuidado com alguns errinhos de digitação cometidos. ;)

De resto, não tem o que acrescentar. Só repetir o que a Lala e o Laharra já disseram.
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Mensagempor Gehenna em 01 Abr 2008, 12:41

Um conto entitulado de "Pacto" não podia ficar sem ser lido por mim. XD

Achei interessante. Especialmente o fato de que o cara não queria fazer o pacto por motivos egoístas, mas sim, para vingar sua família e destruir um tirano. Só mais uma prova de que, de boas intenções, o Inferno está cheio.

Tome cuidado com os nomes. Não, eu não estou me juntando ao coro contra as reticências. Estou falando dos nomes que você usou. A bruxa passa o conto todo falando de uma moça chamada Viviane, mas no final, aparentemente, vc esqueceu o nome da moça e colocou Verônica.
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Mensagempor Doktor Faustus em 01 Abr 2008, 13:00

Iaharra: não sei dizer agora onde você pode encontrar isso, mas tenho quase certeza que ocorre em alguns romances do século XVIII e XIX. Talvez em algum romance de Goethe tenha, mas é o único nome que me lembro por enquanto.

Os parágrafos longos são um dos vícios aos quais me referia. Acredito que hoje eu escreveria o conto de maneira diferente. Não vou continuar por dois motivos principais: 1) tenho outros projetos de contos e pretendo me focar neles, e 2) faz mais de dois anos que escrevi esse. Teria que reescrevê-lo inteiro se quisesse dar uma continuidade homogênea.

Draconnasti: vou procurar os erros e consertá-los. Obrigado pelos apontamentos.

Gehenna: a idéia era por aí, mas, como Viviane foi manipulada, poderia acontecer o mesmo (e provavelmente, se a história continuasse, aconteceria) com o protagonista. Vingança fica no limite entre egoísmo e altruísmo...

De fato, errei feio no final. É que eu comecei com Verônica, mas mudei para Viviane mais tarde - por conta de uma outra feiticeira famosa (a dama do lago). Acabei esquecendo de mudar o último parágrafo.
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