Saudações!
Bem, estes contos que irei postar aqui já haviam sido postados na antiga Spell, mas um camarada pediu para postar novamente, já que ele não conhece. Trata-se de um conjunto de fan fictions curtas baseadas na era Hiboriana de Conan, o Bárbaro. Na época em que escrevi, usei estes contos como um exercício para mim de escrever coisas curtas, mais rápidas. As histórias não são grandes coisas, isso é bem antigo, pra mim vale mais como lembrança.
De qualquer forma, lá vai!
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À Sangue Frio
A eterna guerra entre os Vanir e Aesir toma um novo rumo, a aliança dos Aesir com os Cimérios anda sobre o fio de uma espada e obriga os lideres a contratar mercenários. Os primeiros a atender o chamado foram Vigo e Fergos, dois Asgardianos que ao contrário do que se pensa, não vieram defender sua terra natal, mas os Aesir pagaram mais. Vieram auxiliar seu “amado” povo contra os cães do oeste, pelo preço justo, claro.
Apresentaram-se a Týr, regente daquelas terras mais ao sul, lá em um salão ornamentado com motivos de heróis e batalhas, trataram sobre a missão.
“O que eu quero é simples. Há uma cordilheira de montanhas que separam Asgard de Vanaheimr, um líder Vanir atravessou as montanhas e construiu uma fortaleza no nosso lado, assim tendo grande vantagem em seus ataques. Eu quero a cabeça de Niörd, general das tropas, pago o peso de sua cabeça em ouro”.Disse Týr aos mercenários, que apenas acenaram com a cabeça e abandonaram o salão, sem reverência.
Vigo e Fergos vagaram pelas planícies congeladas, vestidos de grossos mantos de pele de lobo, dois pontos negros em uma imensidão branca como a morte. Uma viagem que talvez seria mais fatigante que a própria batalha contra os Vanir.
Ciclos se passaram e em fim os mercenários podiam vislumbrar a fortaleza Vanir, ela ficava entre as montanhas, que naquele local, tinham a forma de ‘’U’’.
“Vamos agora? Eu disparo uma flecha no olheiro e você entra.” Disse Vigo. “Não, melhor irmos à noite, pelo que vejo, eles são confiantes de mais, mas não seriam estúpidos assim.” Respondeu Fergos com sua voz sinistra, por baixo no capuz que nunca tira.
Naquela mesma noite um assovio irrompeu o silêncio e um soldado do portão tomba com o pescoço vertendo sangue. Dois vultos adentram rapidamente o portão e quando um dos outros soldados vai conferir, vê uma das janelas do alojamento do líder aberta.
Caminhando pelos corredores do covil inimigo, os mercenários iam com cautela, Fergos era tão furtivo quanto uma raposa, Vigo caminhava a passos mais lentos, a fim de não tilintar sua armadura.
Fergos parou em frente a uma das portas e aproximou a orelha, ouviu por algum tempo e logo fitou Vigo, que entendeu o companheiro e chutou poderosamente a porta. Viram um quarto, digno de um líder e o próprio, que estava apanhando sua espada quando ouviu os ruídos.
Fergus retirou sua foice das costas calmamente, olhando por baixo do manto. Vigo sacou sua espada, ambos esperaram que Niörd pegasse sua espada, afinal seria desonra da parte deles.
Niörd investiu contra os invasores sem proferir palavra alguma, e logo teve seu ataque bloqueado pela habilidade superior em espada de Vigo. Fergus girou seu corpo indo para o outro lado da sala, assim ficando nas costas de Niörd, que agora estava cercado. Acuado como um lobo ele rosnou e atacou Vigo, em um rápido movimento o Asgardiano cravou sua lâmina na coxa do líder Vanir, que se ajoelhou praguejando.
“Por Ymir! O que diabos são vocês?” Gritou o acudido Niörd. Vigo sorriu mostrando seus dentes alvos por dentre a barba loira, foi o tempo do líder piscar e sentir a lâmina fria da espada entrar em seu pescoço e de ver a lâmina curva e assustadora de Fergus deslizar pela espada e decepar sua cabeça, que lhes rendeu 8 peças de ouro.