Inquéritos da Morte

[Malkavengrel]

Inquéritos da Morte


Sem explicação nenhuma, em sua face abria o sorriso desconcertante. Todo aquele sangue, toda aquela violência, toda aquela desnecessidade, todo aquele desperdício. Toda uma vida traçada até aquele ponto, ponto aquele final para alguém. O sorriso aumentou conforme se aproximava do corpo decapitado. O corte irregular mostrava que mais força que técnica fora usada. Certamente um machado fizera o trabalho, talvez outro armamento de grande porte, porém o golpe fora realizado varias vezes para separar a cabeça do tronco.

Sua mente se lembrava de todas as outras vitimas de casos parecidos, todos decapitados, infelizes criaturas cuja razão fora separada do corpo. Rapidamente voltou a seus inquéritos rígidos sobre o estado do corpo.

Sabia que era um homem, beirando os quarenta anos, vestia-se com classe. A capa verde escuro encharcada de sangue se tornara quase negra. Sua posição de morte fora decúbito dorsal, mas visivelmente fora mudado de posição logo em seguida, pelo rastro de sangue que ali estava. Pertences se mantinham na vitima, dinheiro, jóias e até mesmo a pasta. Excluindo então assalto seguido de homicídio, ou o contrario.

O local, um beco calçado em pedras, era úmido e escuro, e levava até uma região de baixa renda, vide, nenhuma. Havia janelas que serviam de camarote para o local, mas todos negariam ter visto algo. As perguntas que não queriam calar: “O que um homem como o este fazia em uma região tão pobre?” e “Por que alguém mataria esse homem?”. Não sabia responder, mas sabia que ver a morte assim de perto lhe alegra de maneira quase irreal.

Escutou o som da patrulha noturna e saiu correndo, pelo nevoeiro. O machado em mãos, e a mão ensangüentada.

[Lady Draconnasti]

Impressão minha ou o pessoal anda tendo surtos psicóticos aqui no fórum? Acho que vou entrar na onda também

Uma cena onde não temos "quem", nem "porquês" (outra coisa que tem se tornado comum aqui). A única coisa que me deixa realmente com uma interrogação na cabeça é: o que raios um cara, teoricamente com algum dinheiro, fazia naquela região?

Ah sim, e o que raios é Decúbito dorsal?

[Elara]

(teclado bichado)

Huehuehueheuheu...

Aqui pelas favelas, quando um cara endinheirado morre nessa situacao, eh por divida de drogas.

Alias, o conto ficou muito bom. Pensei, em todo o seu decorrer, que se tratava do legista, mas no final do conto, fui surpreendida.

Sua mente se lembrava de todas as outras vitimas de casos parecidos, todos decapitados, infelizes criaturas que a razão fora separada do corpo.

Nesse caso, use cuja.

Chero.

[Malkavengrel]

Impressão minha ou o pessoal anda tendo surtos psicóticos aqui no fórum? Acho que vou entrar na onda também

Você ainda tem alguma duvida? *Ergue o machado dando uma risadinha malefica*
Eu estou tentando temas novos, e esse eu nunca havia abordado.

Quanto aos motivos, nem eu pensei, eu apenas queria fazer algo assim.


Lala,
Então, eu pensei em fazer o legista observando o corpo, mas dai eu lembrei de um personagem antigo meu (meu segundo personagem de Mago: A Ascenção, para vc ver a quanto tempo), que era o legista de seus proprios casos, ou seja ele matava e voltava para avaliar a morte. Tendo isso em consideração eu alterei o final para surpreender um pouco o leitor. Aparentemente funcionou.

E sua "dica" foi aderia...

Obrigado as duas,
Abraços e até mais.

[Lady Draconnasti]

Vai pra lá com esse machado, se você ainda quiser ler o final de Pesadelo!

[JOE_KR]

Koé!!!

Não pude deixar de tentar esboçar a mentalidade do personagem. Minha hipótese é de que se trata de um homem frio e calculista, que mata tanto pelo prazer de ver alguém morto quanto por apreciar as sutilezas dos seus assassinatos.

Bem, gostei do conto, embora um mergulho no lado psicológico do personagem realmente tenha feito falta, na minha opinião. Ou, no mínimo, ter encaixado a cena numa narrativa mais ampla.

Falow e té +!!!
Ass.: JOE K.R [sim, a psicose tá em moda na spell *MEDO*]

[laharra]

Malkavengrel, gostei da idéia e do final, embora não tenha gostado da narrativa de modo geral. O primeiro parágrafo foi interessante, mas depois ficou um texto muito técnico, tanto no sentido de análise da morte como nas palavras escolhidas. Mesmo o cara sendo um especialista, acho que poderia ter sido melhor trabalhado.

Ah, e um detalhe. O 40 em numeral ficou estranho.

Flw!

[Malkavengrel]

*Guarda o machado*
Ok, Ok. Pesadelos é mais importante

Koé!!

Que bom que gostou. Sua avaliação do personagem foi correta (minha opinião), exceto pelo calculista, nessa parte discordo com você. Veja bem, se ele fosse realmente calculista ele saberia responder as suas proprias perguntas, coisa que ele não sabe. Ele apenas matou, sem um motivo aparente, e essa era a minha ideia principal no assassino quando comecei a escrever, acabou que na metade do conto eu descidi transformar o personagem em assassino.

Acho que com a narrativa extensa perderia um pouco o "Ahh!" do conto, talvez a utilização desse pequeno conto como uma introdução seria uma boa. Um mergulho psicologico realmente cairia bem, talvez a narrativa em primeira pessoa já faria uma diferença grande.
*anota suas proprias ideias*

Iaharra,

Bom que tenha gostado da ideia. ^^
Não posso discordar com você, as palavras são um pouco mais técnicas.
E vou mudar o numeral.


Obrigado aos dois,
Abraço.

[Lady Draconnasti]

Ok, Ok. Pesadelos é mais importante

loooooooooooooooooooool

Vou lembrar de demorar mais pra terminar de escrevê-lo (mas ai a legião de leitores que tá aguardando o final desde 2004 me mata )

[Elara]

Eu mato sim

[Speranza]

Achei interessante este conto! Eu não consegui definir pelo texto se o personagem tem de fato múltiplas personalidades ou simplesmente gosta de "brincar" de legista após os assassinatos, então tomei de liberdade de escolher o segundo (pra mim, é claro).

O final surpreende. Parabéns.