Venho humildemente apresentar a vocês, a primeira parte do capitulo de introdução do meu cenário de RPG KA-OS d20, ao qual pode ser baixado nesse link. (Tem também um tópico dele na area de d20)
Ainda tem mais 3 partes, desse primeiro capitulo, que vou postar futuramente, para não desencorajar os leitores com um "textão"
O Resultado está aí, gostaria das opíniões e, espero que gostem!
O Principio
No começo, Salamifera era muito diferente de hoje.
Uma terra dominada por anões primitivos, sem leis e conglomerada por tribos.
Dentre os anões, um se destacava, Morthar, um anão parrudo, forte como um touro e resistente como um dragão.
Um líder natural, amante de batalhas e orgulhoso de sua barba, o protótipo de qualquer anão.
Durante anos ele guiou sua tribo pelo caminho certo, sempre dando ótimos conselhos a seus companheiros, ajudando nas caçadas, liderando ataques contra tribos inimigas.
Assim foi durante muitos anos, uma terra de ninguém, com alguém em destaque.
No principio, duas tribos dominavam Salamifera, os Uor-Ka, e Krugo-Ka, essa ultima, liderada por Morthar.
Morthar amava seu povo, sempre trazendo o melhor para ele, e fazendo tudo o que podia para o bem estar de seus companheiros.
Durante alguns anos de guerras entre as duas tribos, Morthar se viu realizado quando os Uor-Ka foram totalmente destruídos, não restando nem uma fagulha dos anões daquela tribo. Foi aí que a gloria dos anões de Krugo-Ka ascendeu, e eles se tornaram os mais poderosos e soberanos de todo a Salamifera.
Durante 20 anos, os Krugo-Ka dominaram Salamifera, em uma ânsia por poder, Morthar foi levando seu povo a combates contra todas as tribos existentes em Salamifera, matando, pilhando e destruindo todos os anões que não pertencesse a tribo Krugo-Ka. Temíveis e poderosos, não havia ninguém que pudesse com eles, e logo, todo o território pertencia a Morthar.
Salamifera era um lugar belo, paradisíaco, repleto de criaturas fantásticas e animais incríveis. Suas praias eram belas, suas florestas eram densas, e suas savanas calmas e relaxantes.
Os Krugo-Ka eram donos de tudo isso. Não existia mais nenhuma tribo em Salamifera, eles eram os únicos.
Sua população foi crescendo gradativamente, os anos foram passando, e a gloria, força e honra de Morthar foi aumentando.
Durante 200 anos, a tribo Krugo-Ka se tornou uma poderosa (e única) nação, os anões aprenderam a utilizar o fogo, a forjar metais, aprenderam agricultura e criação de animais.
Eles estavam evoluindo rápido, e, sendo únicos, podiam explorar todos os recursos naturais.
Mas, havia um fato curioso, que chamava a atenção da população. Durante todos os anos que se passaram, anões nasceram e morreram, mas Morthar nunca envelheceu, parece que seu corpo parou de envelhecer quando ele tinha 40 anos, e nunca mais passou disso, ao contrario, Morthar se tornava cada vez mais robusto, forte e vigoroso.
Quando a população começou a questionar o líder sobre sua obvia imortalidade, ele se esquivava dizendo:
“Eu sou como vocês, vocês são como eu, não temos diferenças, todos somos partes um do outro”.
O Sol de um novo dia
Após longos 300 anos, a civilização já estava estabelecida e bem evoluída, casas construídas com grandes blocos de pedra e alvenaria, ferrarias se proliferavam e as armas estavam mais potentes e letais.
Minas Golias, a nação dos anões, os únicos seres dominantes de Salamifera, era uma metrópole de encher os olhos. Extensas ruas de paralelepípedo circundavam a cidade, casas construídas sobre casa, um gigantesco palácio onde Morthar residia, uma mina de ouro infinita, eram parte dos trunfos da cidade.
Os anões estavam em seu apogeu, e sua raça era sem duvida numerosa.
A maior surpresa dos anões foi quando eles viram uma criatura diferente adentrando a cidade, lembrava vagamente um anão, pelas suas formas humanóides.
Ele possuía um corpo magro, frágil e alto. Não tinha barba em seu rosto e seu cabelo era liso e comprido.Usava roupas nobres, diferentes das costumeiras usadas pelos anões.
Tratado com receio por todos, mães escondiam suas crianças quando ele passava, a milícia redobrava a atenção e todos ficavam desconfortáveis, porém, sem proliferar uma palavra.
O ser foi até o palácio de Morthar, quando este, já estava na porta aparentemente aguardando-o. Um breve dialogo foi ouvido dos dois, seguido de trovões e lufadas de vento.
Morthar reuniu seu povo, e anunciou:
“Senhores, minha missão aqui está cumprida! Este que vocês vêem atende pelo nome de Allenyeren, e ele trará irmãos para vocês, semelhantes a ele. Vos não mais serei os únicos a viverem nesse mundo, passarão agora a dividir essa terra com os Elfos”
Sem entender o que Morthar dizera, os anões continuaram a tocar suas vidas, sem se importar com tal noticia.
Até que as portas de Minas Golias se abriram, e dela entraram inúmeros Elfos, iguais a Allenyeren, porem Elfos e Elfas, assim como anões e anãs. Morthar sorriu.
E Morthar disse:
“Deixo agora esse local sagrado, prosperem meus filhos, evoluam e nunca se esqueçam de onde vieram!”
Quando terminou essas palavras, o corpo de Morthar se iluminou, seu tamanho aumentou e ele flutuou até os céus, desaparecendo dos olhos de todos.
Allenyeren disse:
“Meus filhos, cuidem dessa terra e dos que habitam nela, levem seu sangue onde ele deve estar e deixem com que a mãe olhe por vocês”
Dito isso, da mesma forma que Morthar, o corpo de Allenyeren se iluminou e ele subiu aos céus.
Não demorou muito tempo, quando as duas divindades ascenderam, os anões trataram de expulsar os elfos das Minas Golias, eles não foram tolerantes com esse povo esquisito, e não queriam dividir suas terras com eles.
Os elfos, conjuraram magias arcanas em resposta, para poderem acalmar os anões.
Sem entender o que era isso que os elfos faziam, os anões empunharam suas armas, e começaram o conflito contra eles.
Numa intervenção direta, um raio caiu sobre as Minas Golias, queimando inúmeras casas e matando centenas de anões. Nenhum elfo foi ferido.
Uma voz como um trovão ecoou dos céus.
”Tolos, filhos meus que não ouviram meu pedido, atacam eles por serem
diferentes?”
diferentes?”
Nesse momento, todos os anões se ajoelharam ao chão.
“A partir de hoje, toda magia conjurada contra ti será mais eficiente do que contra outros, esse é o meu castigo por terem me desobedecido”.
Os anões se fizeram humildes e pediram desculpas aos elfos.
Porém, os elfos com o orgulho ferido se retiraram de Minas Golias para fundar sua própria nação, bem longe das Minas Golias.
Anos depois, a nação dos elfos já era tão prospera quanto as Minas Golias, e recebera o nome de Litherum.
As criaturas que caíram dos céus
E após um longo ano, tudo estava na normalidade.
Os elfos e anões, cada qual com seu povo, estavam prosperando.
Eis que uma noite ousou durar mais que as outras, ela perdurou por exatos 5 dias, e ao final de 5 dias, do céu choveu criaturas nas Minas Golias.
Eram criaturas esquisitas, seus corpos eram humanóides, assim como o corpo dos anões e dos elfos, porém eles eram tão robustos quantos os anões, e tão altos quanto os elfos, seus corpos não seguiam o mesmo padrão de cores que os anões ou elfos, eles eram verdes ou azuis, cores repulsivas e impensáveis para as raças dominantes de Salamifera.
Quando essas criaturas se chocaram contra o chão, devido à queda do céu, boa parte delas morreram, mas os mais fortes conseguiram sobreviver, e se ergueram para olhar de cima para baixo os anões de Minas Golias.
Estranhamente, eles se comunicaram com os anões, porém, assustados, os anões trataram de expulsar os sobreviventes das Minas Golias.
Ele eram Trolls, se diziam ser filhos de Katarinna, a mãe da noite, e antes que os anões pudessem enxotá-los, eles disseram ser superiores, e que, se quisessem, os pobres anões não teriam chances contra eles.
Revoltosos, os anões empunharam machados e martelos, e combateram os Trolls que estavam de mãos limpas.
Os Trolls saíram da cidade, e formaram um povoado próximo as Minas Golias, dizendo que tal ofensa não seria esquecida, e que eles passariam essa historia para todas as suas gerações.