A Balada do Pistoleiro
O sol já estava se pondo, seus raios irradiavam as costas de Rufus que, por sua vez, fazia sombra em seu oponente, em pé, a uns três metros a sua frente.
Os dois se olhavam fixamente nos olhos, na cintura de Rufus, um cinto de couro batido com duas pistolas penduradas, uma de cada lado do corpo. Suas mãos estavam próximas a elas, preparada para sacá-las assim que preciso.
Rubens, seu oponente.
Um homem alto, musculoso, sempre usando uma fina camisa de seda azul, enfiada dentro das calças. Em seu rosto, um lenço cobria seu nariz e boca, e um chapéu sua cabeça. Somente os olhos frios e calculistas ficavam a mostra.
Rubens tinha matado 100.
Rufus não tinha matado nenhum.
Vagarosamente o sol ia se pondo, a sombra em Rubens ia aumentando e uma brisa gostosa de verão começou a soprar.
Janelas abertas começavam a se debater nas casas de madeira, que se estendiam de ponta a ponta na rua.
A terra seca do chão começava a formar pequenas nuvens de poeira.
Uma gota de suor correu pelo testa de Rufus, ele sacou as duas pistolas, dois disparos.
Rubens tinha matado 101.