por Elara em 25 Jan 2008, 13:58
Oi pessoal!
Esse mês retomamos a Rádio. Aproveitem a entrevista desse mês, está bem divertida. E vão logo preparando uns links de e-books para estimular o Volcano a escrever mais!
Divirtam-se!
Chero pra todos!
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Elara
Amigos de Contonópolis, estão abertos os trabalhos de 2008 da sua, da minha, da nossa Rádio Contonópolis. Este ano teremos uma programação imperdível. E para a abertura, saudosamente apresentamos Volcano
Seja bem-vindo aos estúdios!!
Volcano
Obrigado! É um prazer enorme contribuir com nossa querida rádio.
Elara
O prazer é nosso de ter sua ilustre presença aqui. Diga-nos, como está sendo reviver o Penas e Espadas no qual você se digladia com o Saxplr?
Volcano
Foi uma surpresa quando me informaram do adversário. Uma sensação de déjà vu profunda, haha! Foi uma batalha sofrida a primeira vez que participamos do duelo, essa segunda então, após tanto tempo, o resultado parece imprevisível! Mas é certo que demos o nosso melhor...
Elara
De fato.
[color=#FF0000] Então, aqui na Rádio resolvemos fazer dobradinha também. Como em novembro tivemos a entrevista com o próprio "Rodrigo do Piano", e fomos agraciados com essa boa surpresa da reedição do Penas, resolvemos colocá-lo como o entrevistado de janeiro.
E para que nossos ouvintes conheçam tudo sobre você, vamos logo querendo saber seu nome completo.
Volcano
Ah sim, lembro muito bem da entrevista do Sax...
Pois então, o nome é Hális Alves do Nascimento França, sem qualquer parentesco com personalidades com quem compartilho certo sobrenome, hahaha...
Elara
Tipo Cátia de França?
Bem, como sabe, essa Rádio é intercontinental, então, diga-nos: em que lugar do mundo você está agora?
Volcano
Quem!?
Oh, sim! Neste momento tenho como meu refúgio uma cidade costeira no extremo leste do Brasil, Natal.
Elara
Cátia de França é uma cantora de forró. (risos)
Natalense? Está bem próximo de mim, então. Devemos uma visita um ao outro.
Qual sua idade?
Volcano
Ah, sim! haha...
Pois é, realmente estamos devendo, hein?
Tenho 19 anos.
Elara
Bem vividos?
E o que faz por aí em Natal?
Volcano
Posso dizer que sim!
Muitas coisas... Por onde começo?
Elara
Estudos, trabalhos, lazer, essas coisas...
Volcano
Tenho aulas de Direito na UFRN, e freqüento aulas de francês e japonês, sendo essas minhas atividades principais. Também faço parte de uma banda.
Elara
Ora, ora, temos aqui um futuro advogado? Está em que período?
E como anda sua fluência do francês e japonês, "messiê"?
Volcano
Hahaha... Pois é... Vou para o 5° período.
O francês, iniciei há cerca de 1 ano. Já dá para arriscar um pouco na pronúncia, mas no geral ainda estou em um nível extremamente básico... No japonês, que já estou há 2 anos, é mais fácil a comunicação, e arrisco diálogos pouco profundos. Por incrível que pareça, é bem mais fácil que o francês, mas demora bem mais pra se concluir!
O curso básico completo, por exemplo, dura 4 anos (estou apenas na metade!), enquanto o do francês, seguindo o esquema do Aliança Francesa (escola onde estudo), o básico dura 1 ano e meio.
Elara
Nossa, deve ser bom para quem tem facilidade em aprender, né?
E essa banda? Qual o estilo?
Volcano
Pois é! Gosto bastante de aprender idiomas, o que já facilita um pouco, embora eu tenha que me esforçar muito pra assimilar bem as coisas. No Japonês, memorizar é a palavra chave, principalmente quando se tem mais de 2000 kanjis (ideogramas) para se decorar, a maioria com mais de um tipo de leitura para o mesmo símbolo! Mas no francês, o difícil é captar a fluência e o fluxo da língua...
Ah, a banda...? Tocamos um subgênero do rock que hoje em dia está se popularizando, o J-Rock (ou Rock produzido no Japão), que é um caldeirão que mistura desde o Rock Progressivo, Hard Rock, Pop Rock, Glam Rock, Gothic Metal, Techno e mais outros ingredientes exóticos.
O público daqui é muito receptivo. No último evento que reuniu as bandas do gênero ativas daqui (quatro, contando a minha), o público pagante foi em torno de quase mil pessoas.
Elara
Que maravilha! Eu diria que você está no mesmo barco da DarkLady. Aliás, essas bandas têm se popularizado muito mesmo aqui no Brasil. Pelo menos aqui no Nordeste, só com as bandas que eu conheço, já dava para fazer um encontrão.
E já que o assunto é música, que outros gêneros lhe atraem?
Volcano
Hahaha, pois é! Já andei conversando com a Dark Lady sobre o assunto. Pelo menos aqui eu estranho bastante porque originalmente era pra ser algo mais restrito, mais alternativo. Entretanto, agora além de atrair os tradicionais freqüentadores de feiras de cultura japonesa, também está chamando a atenção de alas de outras "tribos", o que realmente é ótimo pra diversificar um pouco a coisa. Não me admiraria se surgissem bandas com produção própria totalmente influenciada pelo JRock com letras em português... Essas misturas geralmente enriquecem bastante nossa cultura.
A propósito, tenho problemas em falar de gêneros, por isso vou falar de grupos.
Algumas das minhas bandas preferidas são Angra, Blind Guardian (velhas conhecidas do Metal), MUCC, Buck Tick e D'espairsRay (de origem japonesa), Muse e Keane. Do Brasil, gosto de muita, muita coisa, com exceção daquilo que chamo "má música brasileira", que é de terrível qualidade (sobre a qual não citarei exemplos para não suscitar discórdia, hehehe).
Só abrindo um espaço para citar algumas das musas musicais de minha eterna preferência, Roberta Sá, Cássia Eller, Adriana Calcanhoto e Marisa Monte.
Elara
Bem eclético, não?
E quanto a preferências cinematográficas, o que mais lhe agrada?
Volcano
Isso vai depender muito...
Costumo gostar muito de filmes bem ao estilo de Sin City, V de Vingança, 300, Labirinto do Fauno, que têm um visual bem particular, meio estilizado, e um quê de surreal, acho. Os Infiltrados e Jogos Mortais, por exemplo, são modelos de enredo que me agradam muito... Também tenho uma queda por filmes de catástrofe global (tipo
Armagedon, Impacto Profundo).
Resumindo, uma idéia bem bolada e um visual diferente chamam minha atenção.
Claro, também tenho uma profunda reverência por épicos, desde que sigam esse esquema todo. Cruzada, por exemplo. Não preciso nem comentar, tenho grande carinho pela trilogia do Senhor dos Anéis.
Elara
E de certa forma, essas narrativas influenciam o modo como escreve?
Volcano
Profundamente.
O cinema é uma das minhas maiores e mais incisivas inspirações.
Um filme que eu assista pode mudar totalmente os rumos do meu jeito de escrever.
Mas inevitavelmente, depois de um tempo acabo voltando à velha maneira, então não tem jeito.
Elara
Concordo com você. Minhas melhores inspirações vêm de elementos narrativos cinematográficos, mas não influenciam meu estilo de escrita completamente. Aliás, o que tem escrito?
Volcano
Quase nada...
Tenho escrito muito pouco, ultimamente.
Elara
Também ando com uns projetos inacabados.
De qualquer modo, quais seus autores favoritos?
Volcano
Pergunta capciosa...
Posso falar dos que mais me marcaram, pode ser? Tem meia dúzia que deixaram marcas profundas no meu jeito de pensar e escrever...
Um deles com certeza foi Tolkien, sem sombra de dúvida.
Lembro de ter gostado bastante de "Memórias da Casa dos Mortos", de Dostoiévsky, embora nunca tenha lido mais nada para poder falar melhor sobre ele (vontade é que não falta, porque este certamente foi um dos melhores autores que já li!). Também achei fantástica a coletânea de contos de Ryuunosuke Akutagawa, um escritor modernista japonês, que me fascinou completamente, principalmente por adotar um estilo que é o meu ponto fraco, o do realismo fantástico. Não sei se é esse o termo correto, mas na falta de uma definição melhor...
Elara
Esse termo pode ser usado sim. Aliás, obras muito interessantes, pelo que vejo.
Porém, tem planos para nos agraciar com algo literário?
Volcano
Não sei... Vai depender de qual será o livro ou filme que irá me influenciar da próxima vez! Hahaha...
Elara
Planos para ir ao cinema ou comprar um livro, ou teremos que dá-lo de presente?
Por falar nisso, você escreve poemas também, né? Tem se aventurado por esses caminhos?
Volcano
Hahaha... Bom, quanto ao livro, creio que aceito!
Sim, escrevo... Mas hoje em dia estou fazendo apenas em japonês. Dizem que o melhor poeta é o que sofre as maiores tristezas, não é? Pois então, como estou passando por uma fase bastante estável, é difícil para mim expor algo que valha a pena dizer através das poesias que eu escrevia antigamente. A língua portuguesa é excelente para falar de temas profundos e complexos, mas por enquanto me aventuro na língua nipônica, que me oferece maior oportunidade de falar com mais facilidade apenas da brisa do verão, da espuma do mar, do pé de goiaba, essas coisas simples e naturais. Que coisa zen, hahaha...
Elara
Pode crer, praticamente um monge!
Depois você poderia postar uns poemas em japonês na seção Poesias. Salva como imagem e coloca lá com a tradução. Seria ótimo!
E acho que nossos ouvintes iriam gostar.
Volcano
Haha... Espero que sim!
Elara
Bom Hális, foi um prazer saber mais sobre você. Pena que nossas transmissões estão chegando ao fim...
De qualquer forma, deixe um recado final para nossa audiência, aqueles que escrevem e os que começam a escrever agora.
Volcano
Ah... Certo...
Bom, então, isso vale pra qualquer um que considere algum valor nestas minhas palavras, lá vai: só escreva algo que você ache que realmente valha a pena ser escrito e lido, pra que não seja apenas um desperdício de tempo para você e para quem ler.
E para os ouvintes, um forte e caloroso abraço, e espero este ano contribuir mais com nossa querida seção!
E mais outro para nossa dedicada anfitriã!
Elara
Agradecida!
Um grande chero pra você!
This is NOT Sparta!