CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Não é só o D&D que merece respeito! Existem muitos outros sistemas bons, vários deles gratuitos. Aqui você pode conhecê-los!

Moderadores: 3libras, Moderadores

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Kasuya em 18 Jul 2008, 03:22

Puxa vida, tudo bem que o CODA tem seus defeitos, mas, francamente, usar D&D 4.0 pra narrar SdA???

Sério, desses sistemas, o último que eu pensaria em usar para SdA é o D&D. Mesmo o 3.5. É muito simples. No SdA, temos um nível de poder baixo e um enfoque maior ao enrredo que ao combate. Mesmo os maiores heróis da terceira era como o Aragorn, o Gandalf( que, aliás, é o mais poderoso mago existente), o Legolas, etc, são acometidos de limitações totalmente humanas. E o D&D não serve para esse tipo de jogo a não ser que você faça uma série de adaptações.

Mas por que eu preciso de adaptações e torrar a minha cabeça pra ficar algoritmicamente perfeito se eu já tenho tudo pronto em CODA?

Ai você diz: mas e os nníveis de vitalidade? Você já reparou como é FACIL ser atingido naquele jogo? Aquela vitalidade toda é pra manter o clima heróico do jogo. Não adianta de nada possuir um sistema de dano mais letal se você vai morrer em cinco segundos.

Interprete assim: o troll das cavernas vem e ataca o Frodo com tudo. Com os dados, ele acerta o golpe, mas, no jogo, po frodo apenas esquivou do golpe e caiu de mal jeito. Uma pedra bateu em suas costas e ele sente-se cansado. Até que, finalmente, ele acerta o Hobbit em cheio(o que significa que ele está perto da morte). Um conceito muito simples de entender para quem é jogador de D&D. Aliás, eu não entendi qual é a desse jogador de D&D que reclama tanto da vitalidade do CODA. Você já viu quantos pontos de vida tem um guerreiro em níveis médios(esquecendo-se dos níveis altos e épicos)?

Contas? Se você acha que jogar o dano da arma e somar ao modificador da força e subtrair esse valor dos pontos de virtalidade muita conta, me diga como você joga D&D?

Realmente, o grande defeito do sistema é o grau de sucesso, que atrapalha muito na hora de saber qual foi o resultado correto, você tem que ficar o tempo todo comparando, o que é muito chato. No entanto, um mestre precavido pode deixar o valor da maioria dos NA que ele ´retende usar (os mais comuns são 5, 7, 10, 13, 15, 20 e 25) e, assim fazer uma tabela associano o NA pradão ao grau de sucesso e ao de falha. Assim, ele só faz olhar na tabela qual grau de sucesso (ou falha) foi.

Já a grande vantagem do sistema CODA é o roleplay. Praticamente todas as regras tem requintes de roleplay. Que outro sistema tomaria como um atributo similar a Porte(como carisma) como um dos atributos mais importantes do jogo, por exemplo? Em D&D, o carisma é o mais inútil e dificilmente é usado como deveria por jogadores e mestres.

Outra grande vantagem do jogo é a liberdade de ccustomização. Tudo bem, eu sou mago, mas quem disse que eu tenho que ser um zero à esquerda no que diz respeito a combates físicos? O clichê? Gandalf é um dos melhores espadachins da sociedade do anel. Ai você diz: no D&D é só subir nível de guerreiro. Mas ai você joga fora o poderio do mago que vai valer muito mais a pena do que pegar dois ou três níveis de guerreiro para ganhar +3 de base de ataque, por exemplo.

E outra coisa que muita gente que não leu e nem jogou direito o jogo costuma reclamar: "as ordens são muito desequilibradas". Muito pelo contrário. Entenda. Guerreiro bate? A perícia de combate com armas é perícia racial da maioria das raças. Fora isso, o resto é roleplay e, nesse momento, mais vale um menestrel, artífice ou marinheiro que um guerreiro.

Outra coisa do sistema: o sistema de magias do jogo beira a perfeição. Por quê? Porque ela faz tudo o que o D&D não consegue fazer: ser sutil (fato definitivo na hora de tratar se o jogo é ou não tolkeniano). E, mesmo asim, a magia da Terra Média não deixa de ser poderosa (coisa que muito jogadore iniciante de CODA achou que fosse). Qualquer leitor atento do sistema consegue ver aplicações bem apelonas de certas magias. O único defeito do sistema de magias é que ele não tem nada padronizado: você escolhe o que quiser e faça bom proveito. Pra mim, é particularmente estranho um mágico iniciante podendo lançar chama de arnor. Fora que, o fato de você poder escolher QUALQUER magia do grimório da Terra Média(com excessão dos feitíços) logo na criação do personagem, pode espantar jogadores pela preguiça de ter que folear o livro em busca de uma magia que combine com seu personagem.

Quanto às raças, elas são propositalmente desequilibradas. Veja bem, os elfos são como semi-deuses na Terra-Média e os Hobbits sofrem uma série de limitações físicas para isso. Mesmo asim, no fim das contas, as vantagens das raças em si não vão alterar em nada o jogo. Por quê? Porque a maioria das vantagens raciais são físicas que DE NADA serve na maioria dos casos, uma vez que o enfoque do jogo é o Roleplay. As guerras em SdA não são o tema em si, são o plano de fundo. Quem leu o livro sabe disso.

Principalmente, o sistema trata de limitações humanas extendidas ao conceito do romance épico de Tolkien. O sistema de Corrupção, Coragem e Fadiga são outros que completam muito bem o clima do jogo. (os dois primeiros são muito facilmente aplicáveis no D&D, mas esse último não).


Quanto às falhas mecânicas, acho que vocês estão com uma visão muito D&D em que a gente precisa se preocupar muito com a sistemática do jogo senão estraga tudo. No CODA não. jogue os d6, some os valores e compare com o NA. Nesse ponto o sistema é muito simplista, o que gera as falhas de mecânica, mas ele cumpre bem o seu papel no que diz respeito a tocar o jogo pra frente, pois, na verdade, assim como em storyteller, essa parte do sistema não é importante.


O CODA, sejamos justos, não é o sistema mais maravilhoso e perfeito do mundo, mas ele cumpre bem o seu papel no sentido de proporcionar um roleplay correto ao clima tolkieniano, o que não ocorre com D&D. Ou seja, nesse ponto, CODA é muito melhor que D&D. Você pode dizer que "quem faz o roleplay é o jogador e não o sistema". E eu lhe digo que você está redondamente enganado. Já imaginou Vampiro: A Máscara sem Humanidade(sistema totalmente voltado para o roleplay)? Simplesmente, pela falta de um único e maldito atributo na ficha de vampiro, o jogo vai todo por água a baixo.
Imagem
Avatar do usuário
Kasuya
 
Mensagens: 592
Registrado em: 18 Jul 2008, 01:41

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Anand em 18 Jul 2008, 09:31

Eu acho que o D&D é muito mais parecido com LotR - os filmes, mas que para uma ambientação mais parecidas com os livros (que é muito mais sombrio e focado nos hobbits, imho), não é a melhor opção. Tanto que o sistema novo da WotC e os filmes do Peter Jackson são o retrato da nova geração: coloridos, vibrantes e action-paced. Mas quem quer aquela ambientação mais épica, mais descritiva, eu usaria umas das opções citadas aqui. Menos CODA. :)
Avatar do usuário
Anand
 
Mensagens: 335
Registrado em: 25 Set 2007, 04:52
Localização: São Paulo, SP

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor DaviSalles em 18 Jul 2008, 11:16

Eu acho que Murazor está bem certo mesmo, eu acho que temos visões bem diferentes do que é SdA. Talvez eu seja mais fã de Hobbit do que SdA, e é por isso que para mim magia não é tão sutil. Pois no Hobbit magia não é tão sutil, temos Gandalf mandando fogo, raio, magias de ilusão, temos armas e outros itens mágicos, os elfos que desaparecem do nada na floresta das trevas. E o livro está repleto de coisas assim, sem contar de ser um livro cheio de aventura, combates rápidos e emocionantes como de Bilbo contra as aranhas, ou a batalha final quando Beor (acho que é esse o nome dele) vira diversos animais para derrotar os orcs (não acho isso sutil também).
Eu me empolgo muito em ler os combates com légolas e gimli contra os Uruks, mas gosto de pular as partes menos emocionantes dos dois hobbits.

Não é preciso adaptar muito o D&D, se fosse teria escolhido outro sistema, basta jogar Low-level, como vai ter poucos combates os personagens vão demorar para passar de nível. Se for um jogo onde characterísticas sociais são importantes carísma será muito útil, D&D usa um sistema de skill muito parecido com o CODA, ele só é mais simples, com menos skill redundantes. Não sei porque uma pessoa escolheria Bearing no CODA, mas não escolheria Charisma no D&D 4e, principalmente se o enfoque do jogo for o mesmo. Tentem entender que não estou jogando D&D 4e, estou jogando RPG de Arda, que se passa em 1922 da terceira éra usando o sistema d20 da 4e (o que faz bastante sentido não ter hobbits, já que a aventura começa em Pelargir). Eu comecei montando essa campanha usando o CODA, mas ele não era tão legal, ele não passava o sentimento que queria dar e meus jogadores. vou passar aqui nas próximas linhas um resumo da aventura que escrevi:

A aventura tem três partes cada uma num cenário diferente, a primeira mais diplomática e interpretativa acontece na própria cidade de Pelargir, a segunda e mais investigativa na cidade de Fanuilond, a terceira e mais violenta ocorre nos barcos gondorianos e cosários, quando esses são atacados por piratas de Umbar.
A primeira parte tem muita informação que os personagens devem descobrir gradualmente, apesar de não afetar diretamente a cronologia da aventura a fará muito mais interessante. A cidade de Pelargir é antiga e esplendorosa, no entanto na terceira era ela é um recanto de miséria e pobreza, ela representa bem a grande queda de Gondor. Apesar disso seus grandes comerciantes ainda se privilegiam de riqueza e fartura, dando o suficiente para que os pobres não se revoltem nem espalhem mais uma praga.
A segunda parte é apenas um encontro divertido para os personagens, em que eles devem lidar com um suposto lobisomem, que nada mais é que um Ranger recluso, no entanto a pequena cidade de Fanuilond está sempre disposta a levantar tochas contra alguém diferente e estranho.
A terceira parte, provavelmente a mais interessante para os combatentes do grupo é um encontro entre os barcos de Pelargir que iam para Dol Amroth e barcos piratas de Umbar.

E aqui vai uma das partes textos que escrevi, para ser o que vou faalr para meus jogadores no decorrer da aventura:

Os portos de Pelargir são enormes, com lugares para grandiosas embarcações. No entanto a tamanha beleza do porto não se repete no seus barcos. Estes estão sujos e velhos, as árvores que antes mostravam o esplendor de Gondor agora mostram sua decandência. Os guardas e marinheiros, mais parecem piratas e arruaceiros. Mas em pequenos objetos, seja um bússola ou âncora é possível perceber que esta foi uma grande civlização, e alguns arriscam que ira voltar a ser.
Um grande barco acinzentado mostre-se diante de todos, é possível ver manchas brancas de tinta pelo casco, resquícios do que um dia foi. Na parte frontal do barco uma cabeça de cisne resplandece, seus olhos parecem brilhar com o Sol. As velas estão morrons, mas em prata brilhante a árvora branca, símbolo do Gondor, brilha intensamente, como se a peste, as guerras e a corrupção fossem coisas do passado.

Eu tentei passar o máximo de sentimento do cenário, talvez não tenha sido o suficiente, como podem ver pelo resumo é uma aventura que não tem muitos conflitos físicos, mas eu sempre acho legal colocar um ou outro.
Jogo D&D 4e, Mutantes & Malfeitores, Serenity RPG, World of Darkness e Vampire: The Requiem
Mestrando A Fome Sombria de Ungoliant
http://www.fichasderpg.com/wiki/index.p ... _Ungoliant
Jogando Luz nas Sombras, como Karus o Warlord alcólatra
http://www.fichasderpg.com/wiki/index.p ... as_Sombras
Avatar do usuário
DaviSalles
 
Mensagens: 89
Registrado em: 08 Jul 2008, 01:10

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Kasuya em 19 Jul 2008, 04:33

Eu acho que Murazor está bem certo mesmo, eu acho que temos visões bem diferentes do que é SdA. Talvez eu seja mais fã de Hobbit do que SdA, e é por isso que para mim magia não é tão sutil.


Calma lá! Do que o RPG do CODA trata? De O Senhor dos Anéis! Mas vamos supor que você esteja falando apenas da Terra Média vista sob dois pontos de vista. SIM a magia continua sutil.

Como assim? Gandalf, como eu disse, é o mago mais poderoso da Terra Média. Na época do Hobbit ele perdia, talvez, apenas para o Saruman. OK. Então ele lançava raios e fogo? Mas, sério, cara, justiça seja feita. Se você tiver comparando o gandalff com um mago de D&D no primeiro nível, de fato, a magia não é nada sutil. Mas, compare poderes proporcionalmente iguais. Gandalf é, tecnicamente, o "topo" que um mago pode chegar. Dessa forma, é perfeitamente plausível comparar com um mago de 20º nível em D&D. E, francamente, atear fogo ou lançar um relâmpago é MUITO sutil frente a uma chuva de meteoros ou realizar controle total de mentes em massa, ou matar todos, TODOS com apenas um grito. Há, mas temos um cara que se transformou em animal? O nosso mesmo mago de D&D se transforma em um DRAGÃO colossal em frações de segundos!


Entenda. Você pode ler TODOS os livros possíveis sobre a Terra Média e as magias mais espalhafatosas que você vai encontrar são a de Atear Fogo(apenas em níveis altos, pois requer muita prática para fazer o efeito que Gandalf foi capaz de gerar), Chama de Anor, essa de se transformar em animal e aquela de manipular a água(em níveis altos de treinamento) que o cara(cujo nome me falha a memória no momento) que resgatou Frodo para Valfenda fez (aquela onda que mais pareciam vários cavalos de água). Todas as outras são pouco chamativas. Tanto é que , quem não entende a sutileza da magia da terra média e assite aos filmes acha que o Gandalf é um mago de meia-tijela pois quase não usa nenhuma magia, quando, na verdade, ele abusa de suas habilidades mágicas tal é o poder do cara que pouco tem a temer quanto à fadiga.


Não é preciso adaptar muito o D&D, se fosse teria escolhido outro sistema, basta jogar Low-level, como vai ter poucos combates os personagens vão demorar para passar de nível.


Percebe o que você diz? Vamos lá: O Senhor dos Anéis tem como tema o romance romantico que trata de a busca desesperada de um Hobbit de nome Frodo contando apenas com a ajuda de San e a duvidosa companhia de Gollun. O Plano de fundo disso é a guerra. E guerra, implica um monte de combate. O combate NÃO é importante, mas ele tá lá o tempo todo. Qual é a solução do sistema CODA? Um sistema de ataque simples onde acerta-se o inimigo muito facilmente. O orc morre geralmente com um golpe. Um Uruk, uns dois. O jogador, no entanto, leva MUITO tempo para ter sequer um ferimento um pouco preocupante. Percebe a velocidade das coisas? Com algumas roladas de dado, os inimigos foram todos para o limbo sem que os jogadores precisem se preocupar com a cura(note que durante todos os três livros os personagens pouco se feriram e, quando ocorria, raríssimas vezes era algo realmente preocupante) sobrando tempo de sobra para o roleplay. No D&D, isso não ocorre. A sistemática estratégica dos combates destrói grande parte da velocidade do combate, sobrando menos tempo para o Roleplay.

Agora vamos para outro ponto: Você mesmo repetiu o que eu disse. Seria necessário que os jogadores estivessem em níveis baixos para que o D&D funcione. Agora vamos comparar o ambiente com o sistema. Gandalf é o mais poderoso mago da terra média e suas magias mais espetaculares são o Raio, a Chama de Anor e Atear Fogo, correto? Quando é que um mago é capaz de fazer algo similar? No quinto nível, onde ele tem Relâmpago e bola de fogo que são magias de dano massivo e tão espetaculares quanto essas magias do Gandalf(senão mais). Então, se o 6º nível(colocando por cima) é o patamar do Gandalf no sistema do D&D, os jogdores vai fuicar praticamente estagnados nos 1º e 2º níveis! E é ai que o sistema morre fácil fácil.

Primeiro. Nenhum jogador que se prese gostaria de ver seu personagem viver uma penca de aventuras maravilhosas sem ver que o seu personagem não evoluiu praticamente nada em relação ao início.
Segundo. O plano de fundo de O Senhor dos Anéis é a GUERRA, então a questão de que "não haverão muitos combates" é um pocuo furado. Claro, como narrador, você pode escolher outro plano de fundo para o seu jogo que não seja a guerra. Mas, lembremos que o roleplay deve ser presenteado com XP. Ou seja, de alguma forma ou de outra, eles TÊM que subir nível.
Terceiro. Com base no que foi dito, é bem provável que a maioria do XP seja proveniente do Roleplay e nesse momento o D&D dança mais uma vez. Encaremos os fatos: D&D é limitadíssimo no que diz respeito à evolução intelectual e social do personagem. Não faz o menor sentido ele resolver uma série de problemas diplomáticos e, ao passar de nível, tornar-se melhor combatente e ganhar mais pontos de vida. Mesmo que o jogador invista em perícias como diplomacia ou intimidação, de nada vai explicar a evolução tão notória dos poderes do personagem.

Já no CODA, isso não existe. Por que? Aragorn, segundo o suplemento da Sociedade do Anél, tem 70 e poucas evoluções(72 se não me engano). Mesmo assim, ele nem ao menos tentou lutar com o Balrog de Moria. Por quê? Porque ele tinha total ciência de suas limitações humanas e qualquer golpe certeiro do bicho seria fatal. Ou seja, isso te permite manter uma certa regularidade de evoluções entre os personagens sem abalar de forma alguma o clima do jogo. O narrador não precisará segurar o XP e não deixará os jogadores desgostosos com isso.

No CODA, também temos uma clara evolução social e intelectual. A evolução é perfeitamente customizável. Assim, no mesmo caso em que os jogadores resolveram uma série de problemas diplomáticos, eles poderiam investir toda uma evolução baseada em Porte, Espírito e perícias sociais(como diplomacia, inquirir, etc...) e esquecer completamente de desenvolver força ou habilidades combativas, coisa que não foi praticada durante a aventura diplomática.

Se for um jogo onde characterísticas sociais são importantes carísma será muito útil


No D&D, o Carisma apenas influi nos resultados de algumas poucas perícias que representa as capacidades sociais do personagem, digamos assim. Em coda, o simples fato de você ter um alto valor de Porte, você pode, inclusive, influenciar a magia sutil da Terra Média e não apenas melhorar suas chances com os testes de perícias sociais. Um exemplo bem prático de entender isso é numa guerra. O líder de Porte alto tem MUITO mais probabilidade de levar seu exército à vitória. O que aconteceu com Theoden durante a batalha na frente das Minas Tyrith. Eles eram em menor número que os orcs e ainda foram menos soldados para o combate que o esperado. Mesmo assim, eles ganharam esmagadoramente só por causa do esmagador Porte do Rei Theoden. Ele espantou o medo dos corações dos rohirin, conseguiu fazer com que o céu ficasse mais claro e com que os orcs vacilassem no combate, começassem a ficar inseguros e com medo. Sim, esse é o efeito do Porte que o Carisma do D&D nem ao menos sonhava em fazer.

Se for um jogo onde characterísticas sociais são importantes carísma será muito útil, D&D usa um sistema de skill muito parecido com o CODA, ele só é mais simples, com menos skill redundantes.


Francamente, eu não estou com o livro em mãos no momento, mas eu não lembro de perícias redundantes. Não que supere tanto assim em números as redundâncias do D&D. Se puder me apresentar as perícias que você alega ser redundantes, poderíamos discutir sobre, pois eu realmente não lembro dessa redundância toda. Não é a primeira vez que eu leio sobre isso, mas nunca vi nenhuma citação sobre quais redundancias se está falando.


Não sei porque uma pessoa escolheria Bearing no CODA, mas não escolheria Charisma no D&D 4e, principalmente se o enfoque do jogo for o mesmo.


Bem, eu li o livro em português e, portanto, não sei exatamente do que você está falando. A julgar que a maioria das perícias tem nomes arcáicos e de difícil entendimento sem um dicionário a mãos, não fiquei surpreso de não conhecer essa palavra "Bearing" ou pelo menos de não lembrar dela. Sendo assim, gostaria que você falasse melhor pois, do jeito que você está espressando, não me está fazendo o menor sentido.^^'

Tentem entender que não estou jogando D&D 4e, estou jogando RPG de Arda, que se passa em 1922 da terceira éra usando o sistema d20 da 4e (o que faz bastante sentido não ter hobbits, já que a aventura começa em Pelargir).


Tudo bem a ausência de Hobbits, mas isso não explica por que o D&D (ainda mais da quarta edição) funciona melhor. Se os problemas de realismo do 3.5 atrapalha MUITO o clima de jogo de O Senhor dos Anéis, imagine agora o 4.0 que é bem mais espetacular visualmente e fazendo menos sentido lógico em prol da jogabilidade e combates sensacionais. Uma vez eu li em um fórum(não sei se foi esse, acho que não) um cara que dizia que o 4.0 está mais Final Fantasy do que nunca. Acho que não precisa dizer mais nada no que diz respeito à compatibilidade ambiental com a Terra Média...

Eu comecei montando essa campanha usando o CODA, mas ele não era tão legal, ele não passava o sentimento que queria dar e meus jogadores. vou passar aqui nas próximas linhas um resumo da aventura que escrevi:


Ok, eu li tudo e tal. Mas em que momento o CODA deixa de passar o sentimento do jogo? Pelo contrário, para mim, ele está se encaixando perfeitamente. De qualquer forma, não me tome como se eu tivesse dizendo que, se você quer jogar SdA tem que jogar por CODA, eu apenas estou questionando essa tão difundida idéia de que "o CODA é um lixo" e que "D&D cabe muito bem para o Senhor dos Anéis". No mais, sinta-se livre para jogar com o sistema que mais lhe agrada.(eu sei que você sabe de tudo isso, mas é sempre bom deixar claro tudo isso, ok? ;) )
Imagem
Avatar do usuário
Kasuya
 
Mensagens: 592
Registrado em: 18 Jul 2008, 01:41

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Murazor em 19 Jul 2008, 13:56

Realmente Kasuya tem razão em muitos pontos.
Concordo com o que você diz a respeito da compatibilidade de D20 com o Senhor dos Anéis. E eu acho o sistema CODA mais adequado, e muito mais funcional estruturalmente (corrigindo as falhas mecanicas com as Erratas e as regras alternativas presentes Thumbarions Compendium e Hall of Fire).

Mas por outro lado, temos que ver também o que cada jogador deseja jogar. No caso o Davi deixou bem claro que ele gosta daqueles combates "heróicos-irreais-fantasticos-abstratos" que só é possível realizar dentro da mecãnica do D20/D&D, e que me parece que na quarta edição esse surrealismo esta melhorado. Então, é o que eu disse, não vai haver outro sistema que apresente uma proposta melhor para o que ele deseja.

O erro do Davi, que talvez tenha gerado uma indignação aqui nos jogadores de CODA foi exatamente o de expressão, ao comentar que o D20 era melhor que o CODA para a Terra Média. Ai está o ponto, por que realmente o D20 não tem a capacidade de emular a ambientação da Terra Média. Na minha opinião, em termos de abranger todas as caracteristicas das obras de Tokien, o D20 seria o pior sistema possível para isso. Mas é algo que não vem ao caso, por que o interesse do RPG dele é combates heróicos e fantasticos na Terra Média. Nesse ponto, o D20 como afirmei a cima é melhor.

Eu particularmente abomino o sistema D&D, mas não é uma bronca com o sistema em sí, por que está funcional, mas sim com o estilo de jogo que ele proporciona, o combate é totalmente sem nexo, habilidades irreais, combates abstratos, sem nenhuma noção de realismo. Isso que me incomoda. Vou exemplificar, é uma questão de gosto pessoal, nos tempos de fliperamas eu jogava "Pit-Fighter" mas odiava o "Street-Fighter". Por que simplesmente não aguento essas alucinações de bolas de fogo, golpes que desafiam a gravidades, luzes coloridas... num jogo de luta eu acho que a violencia nua e crua deve prevalecer. E usando esse mesmo exemplo, o D&D é Street Fighter e no caso o Gurps no outro extremo é Pit Fighter. O CODA conseguiria um meio termo nesse balanceamento, pois tem habilidades especiais mas não o tornam um rpg de super-heróis medievais.

Sobre os Magos de Senhor dos Anéis...
Vale lembrar que realmente não há magos na obra de Tolkien, e sim os Istari, chamados Magos que na realidade nao são humanos, são entidades superiores chamadas de "Maiar"; esses espíritos tomam uma forma de carne e osso para viver na Terra Média, no caso os Maiar são os magos e há também os Maiar corrompidos a servo do Senhor Escuro, o Balrog de Moria é um exemplo disso. Então teoricamente o Balrog e Gandalf seriam mais ou menos equilibrados em poder, pois seriam criaturas da mesma "raça", apesar de possuirem formas físicas diferentes.

Sobre os erros de mecanica do sistema CODA
Esse é o RPG que ganhou o Oscar de erros, hehehe. Como comentaram tem uma errata que vale um livro. É uma droga, merecia uma edição revisada mesmo. Mas fazer o que... Eu simpatizo com o sistema, gosto muito de sua estrutura, então ajusto, corrijo, altero vários pontos da mecanica. Afinal é só corrigir números (embora sejam muitos números, hehehe), é algo que eu gosto, de mexer na estrutura do jogo e testar novas regras caseiras. Deixar algumas jogadas mais realistas e complexas , deixar outras mais simples... gosto de fazer isso. Então para mim não é um grande problema.

E como eu comentei também, não vamos ficara aqui nesse tópico brigando sobre sistema melhor ou pior, cada um tem sua mecanica voltada para uma proposta que agrada ou não o jogador.
Avatar do usuário
Murazor
 
Mensagens: 69
Registrado em: 30 Jun 2008, 20:48

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Tabris em 19 Jul 2008, 15:46

Eu concordo com o Murazor. Só acho que o DaviSalles não está jogando na terra-média como vista por Tolkien, ele está jogando na própria versão dele. Isso ou ele é um daqueles jogadores que não quer outro sistema no lugar de D&D só pq é oq todo mundo joga ou pq não quer comprar outro livro.

Eu já fui um daqueles caras apaixonados por realismo, hoje eu já n sou tão extremo, pq eu reparo que realismo extremo (HarnMaster, RoleMaster e similares) leva a jogos mais lentos e preocupação maior com certas coisas que pode não ser importantes para a campanha na hora. Oq eu me preocupo mais agora é com um sistema que consiga passar o clima do jogo de forma correta e eu posso ver isso com Rolemaster, MERP (O primeiro RPG oficial da Terra-Média), Savage Worlds, GURPS e até True20, mas não consigo ver isso com um D&D sem modificações massivas.

Deixando esses pontos bem claros, concordo com o Murazor. Só queria salientar tb que a magia na terra-média é um a coisa meio difícil de definir. Sim, oq chamamos de magos são apenas os Istari, mas a magia está presente o tempo todo na chamada sub-criação, talvez até Aragorn tenha feito magia durante a batalha do abismo de Helm quando ele pareceu maior e mais forte para afugentar os inimigos, isso entretanto não significa que ele estudou livros e grimórios, pq na terra-média a magia acontece de forma meio espontânea para com heróis e outras pessoas de grande poder ou que tem um "destino" importante.
Imagem
Imagem
Avatar do usuário
Tabris
 
Mensagens: 400
Registrado em: 25 Ago 2007, 03:42

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Kasuya em 19 Jul 2008, 20:09

Mas por outro lado, temos que ver também o que cada jogador deseja jogar. No caso o Davi deixou bem claro que ele gosta daqueles combates "heróicos-irreais-fantasticos-abstratos" que só é possível realizar dentro da mecãnica do D20/D&D, e que me parece que na quarta edição esse surrealismo esta melhorado. Então, é o que eu disse, não vai haver outro sistema que apresente uma proposta melhor para o que ele deseja.


Temos que ver também se ele REALMENTE quer jogar senhor dos anéis ou uma versão distorcida dele. A obra Tolkeniana é totalmente romântica e bela. A natureza, bem como a magia significa muita coisa para o percurso da história. Se os jogadores estão querendo jogar um jogo numa "Terra Média" em que todo mundo usa bolas de fogo e golpes fenomenais, repletos de itens mágicos, etc, com enfoque em combates espetaculares em detrimento do roleplay, é um gosto deles e o problema não é meu, é do Tolkien se remechendo no túmulo (e talvez dos jogadores, caso ele resolva fazer uma "visitinha" para os que acreditam que ele faria... :P).

Ou se o jogador é apaixonado por
esse ou outro sistema e quer por que quer jogar SdA NESSE sistema, mais uma vez, o problema é dele para fazer as devidas adaptações de modo que dê certo para jogar. Eu, por exemplo, preferiria adaptar SdA para Storyteller que para D&D, uma vez que o enfoque desse sistema é o roleplay e não o combate. Tudo que você deveria fazer é adaptar um pouco as rolagens de combate para tornar as coisas mais rápidas. Quanto ao roleplay, o jogo já está suficientemente estruturado para isso.^^'

Na minha opinião, em termos de abranger todas as caracteristicas das obras de Tokien, o D20 seria o pior sistema possível para isso. Mas é algo que não vem ao caso, por que o interesse do RPG dele é combates heróicos e fantasticos na Terra Média. Nesse ponto, o D20 como afirmei a cima é melhor.


Depende do que você chama de "combate heróico e fantástico". Pra mim, heróico é um combate que envolve autosuperação e obstinação não fatiação insana de orcs. Fantástico, é um combate narrado de forma a dar o clima do cenário, prendendo os jogadores à espectativa e à preocupação quanto ao resultado do mesmo e não chuvas de meteoros e espadas flamejantes explosivas voando pelo campo de batalha. Para esse tipo de combate que você fala, o nome correto é combate espetacular que, como a série Final Fantasy, prefere explorar o impacto visual que exatamente a lógica. E, francamente, na Terra Média NÂO existe lugar para esse tipo de combate. Devido a isso, como podemos ver, D&D NÃO é melhor nem nesse ponto, pois o CODA serve muito bem para manter um combate heróico e fantástico. As regras de Coragem, as Magias, Porte, as perícias Inspirar, Intimidar, etc, Fadiga, e Ferimentos contribuem para isso. Sem falar na narração, a melhor parte, pois o narrador vai fazer com que a magia sutil funcione no combate e influencie o resultado a medida que também funciona como um reflexo do resultado mais provável. Por exemplo. Se os orcs estão em vantagem e os homens estão com medo e em menor número, certamente o cenário ficará mais escuro, chuvoso e mórbido. Se o contrário ocorrer, a cena ficará brilhante, irradiante, alegre e rápida.

Eu particularmente abomino o sistema D&D, mas não é uma bronca com o sistema em sí, por que está funcional, mas sim com o estilo de jogo que ele proporciona, o combate é totalmente sem nexo, habilidades irreais, combates abstratos, sem nenhuma noção de realismo. Isso que me incomoda.


Calma ai. Quem disse que o D&D precisa ser sem nexo? Justiça seja feita: nem todas as habilidades na terceira edição são absurdas e o combate estratégico com regras rígidas garante a verosimilhança no combate (mas também a sua lentidão). Mesmo assim, se for levar em conta que tudo um pouco mais espalhafatoso é irreal, praticamente qualquer sistema dança. Já viu a Disciplina de Vampiro chamada Quimerismo? Suficientemente surreal? Pra mim é. E olhe que trata-se de storyteller, o sistema cuja característica mais marcante é o realismo.

No entanto, concordo plenamente quando você diz que a 4ª edição é sem nexo. Eu realmente não consigo assimilar uma cena em que um clérigo acerta um golpe num orc e, por isso, seus aliados por perto recupera pontos de vida.(???) Ou, melhor, você TOMA FÔLEGO e tem seus ferimentos fechados! No way. Supor, no 3.5, que um mago de níveis altos pode convocar uma chuva de meteoros simplesmente porque ele conhece essa magia por intermédio de anos e mais anos de estudos e aventuras não é tão absurdo que supor que um não-conjurador consiga fechar instantaneamente seus próprios ferimentos ou que um aliado acerte um inimigo e você veja, após isso, seus ferimentos se fecharem. O mago do 3.5 é muito poderoso, mas ele continua sendo um mero mortal comum: NÃO é capaz de agir de duas formas completamente diferentes esquecendo-se de suas limitações físicas e, principalmente, MENTAIS, pois humano nenhum consegue se concentrar em duas coisas diferentes. Ainda mais duas coisas completamente out uma da outra como bater num orc e o seu aliado a 3m das suas costas se curar.

Vale lembrar que realmente não há magos na obra de Tolkien, e sim os Istari, chamados Magos que na realidade nao são humanos, são entidades superiores chamadas de "Maiar"; esses espíritos tomam uma forma de carne e osso para viver na Terra Média, no caso os Maiar são os magos e há também os Maiar corrompidos a servo do Senhor Escuro, o Balrog de Moria é um exemplo disso. Então teoricamente o Balrog e Gandalf seriam mais ou menos equilibrados em poder, pois seriam criaturas da mesma "raça", apesar de possuirem formas físicas diferentes.


Errado. É por isso que existe o conceito do "mágico" e do "mago". Com certeza, os MAGOS da ordem dos magos são Maiar(fator bem natural pois eles são criaturas divinas e bem poderosas que vivem durante anos. O Gandalf vive na terra média durante mais de 500 anos e só parou de viver lá quando quis, que foi quando resolveu ir para o além-mar). Mas o MÁGICO é todo aquele que aprendeu a manipular a magia sutil da Terra Média com mais freqüência que a ocasionalidade(como acontece com todos os que tem elevados valores em Porte). Não, o mágico, é aquele que entende a magia e sabe como usar ao seu favor. Quer exemplos?

Galadriel, uma elfa, é uma bruxa e é capaz de realizar magias, e efeitos mágicos. Aquele elfo que escoltava Frodo para Valfenda conjurou uma corrente assombrosa em forma de cavalos pelo rio para derrotar os Nazgul. Aliás, falando dos Nazgul, não esquecemos do Rei dos Bruxos, não é?(sem esquecer também que todos os espectros do Um Anél são apenas grandes reis dos homens que foram corrompido pelo pode dos Nove) Além disso, os anões são mágicos muito habilidosos com runas mágicas.(lembra do portão de Moria?) Aliás, falando em objetos mágicos, precisa mesmo falar dos elfos? Eu arrisco dizer que a maioria dos elfos entendem o mínimo de magia sendo membro de ordens como mágico ou mestre do conhecimento. Arrisco também dizer que até mesmo os Hobbits têm suas habilidades mágicas, já notou como alguns conseguem tornar o triste em alegre em pouco tempo? Ah, e, finalmente, o que dizer de Tom Bombadil que LITERALMENTE manipula a natureza com seus poderes mágicos?

A magia flui na Terra Média como o Ar flui no mundo real, meu caro e, por tanto, é perfeitamente natural imaginar que alguns consigam entender como manipular isso ao seu favor. Os Magos Maiar, com certeza são os maiores e mais poderosos magos, mas não significa que existam outros que saibam um ou dois encantamentos. Isso sem contar que, algumas pessoas não-conjuradoras se tornaram tão acometidos de magia que adquiriram um encantamento como habilidade natural. Aragorn é um exemplo que consegue se ofuscar até mesmo dos mais atentos olhos. Muito provavelmente isso é uma habilidade mágica carregada por ele.

Esse é o RPG que ganhou o Oscar de erros, hehehe. Como comentaram tem uma errata que vale um livro. É uma droga, merecia uma edição revisada mesmo.


Com certeza, deveríamos ter uma segunda edição com algorítmos mais funcionais. Mas, veja bem o D&D já está na sua 4ª edição devido a isso. Eu concordaria com você se você disesse que a 4.0 foi mais caça-níqueis que exatamente um sistema para "corrigir" os problemas do 3.5, mas, segundo os autores, a terceira edição foi, toda, um TESTE para o futuro 4.0, prova disso é que a maior parte das boas idéias do 4.0 são proveniente do 3.5 (aliás, isso me faz perguntar por que raios eu teria um motivo para jogar o 4.0 se todas as suas vantagens vêm do 3.5 e suas desvantagens que realmente me espantam totalmente não estão no 3.5...).

Então, não vamos dizer que o sistema é uma droga por que ele não foi corrigido. Lembremos que nós detemos parte da culpa. Se comprássemos o livro em vez de jogá-lo ao limbo por que ele têm certas falhas mecânicas (que não atrapalham em quase nada o jogo, pois o sistema é voltado para o Roleplay) a empresa que fazia o livro não teria abandonado o projeto devido ao fracasso de vendas. Vamos encarar os fatos: uma vez que o jogo tratava-se de SdA(um jogo de fantasia medieval), a primeira coisa que todos pensaram foi: "a ambição deles é concorrer com o D&D" e não é. A pesar de serem o mesmo tema fantasia medieval, as propostas sempre foram completamente diferentes. Se as pessoas entendessem isso antes, certamente não seria esse fracasso todo. A lógica é essa: para que eu vou comprar um sistema com uma mesma proposta do meu sistema que eu jogo há anos, é um dos mais jogados no mundo e ainda é estabelecido, pois já está na sua terceira edição, totalmente corrigida e com poucas falhas? Ainda mais se pensarmos que eu vou ter que ler e aprender um outro sistema e vou gastar muito dinheiro para ter o livro e suplementos. É simplesmente inviável e é nessa idéia que se baseia o OGL.

Partindo desse mesmo ponto de vista, duvido muito que o sistema Storyteller tivesse se estabelecido se tivesse se lançado com um tema de fantasia medieval fente ao D&D.

E como eu comentei também, não vamos ficara aqui nesse tópico brigando sobre sistema melhor ou pior, cada um tem sua mecanica voltada para uma proposta que agrada ou não o jogador.


Concordo plenamente, mas não nos esqueçamos do bom senso. Não adianta nada eu gostar de um sistema de ombates espetaculares se o que eu quero jogar agora é SdA. Você pode? Pode... se você estiver disposto a destruir o clima que Tolkien demorou mais de 5 livros para estabelecer. Você está se divertindo? Então, whatever...


Deixando esses pontos bem claros, concordo com o Murazor. Só queria salientar tb que a magia na terra-média é um a coisa meio difícil de definir. Sim, oq chamamos de magos são apenas os Istari, mas a magia está presente o tempo todo na chamada sub-criação, talvez até Aragorn tenha feito magia durante a batalha do abismo de Helm quando ele pareceu maior e mais forte para afugentar os inimigos, isso entretanto não significa que ele estudou livros e grimórios, pq na terra-média a magia acontece de forma meio espontânea para com heróis e outras pessoas de grande poder ou que tem um "destino" importante.


A magia não é tão indefinida assim. Entenda. A magia na Terra Média não é uma coisa que sái de grimórios e de rituais, é um flúido que percorre todo o mundo. O Mágico é aquele que sabe manipular essa magia ao seu favor(inclusive, outro ponto forte do CODA, ele PERMITE que até mesmo não-conjuradores consiga manipular a magia da Terra Média conscientemente por intermédio da aquisição de um ou dois encantamentos como habilidade natural. Claro, isso vai custar muito caro em termos de evolução, mas quem disse que a capacidade de manipular a magia conscientemente é para qualquer um?).

isso entretanto não significa que ele estudou livros e grimórios, pq na terra-média a magia acontece de forma meio espontânea para com heróis e outras pessoas de grande poder ou que tem um "destino" importante.


Exatamente! Na Terra Média, a magia é influenciada pelos personagens mais importantes(ou, sistematicamente, com Porte elevado), mesmo que ele não tenha a intenção. Isso não requer estudos e rituais, o personagem em questão pode estar tão acometido pela magia da Terra Média que ele foi capaz de desenvolver uma magia natural, o que é, como eu disse antes, (muito bem) figurado pelo sistema CODA.

No fim, a questão não é discutir qual sistema é melhor entre D&D e CODA, até por que eles têm propostas completamente diferentes e fica dificil de comparar pois, para que o CODA se propõe, o D&D perde FEIO e vice-versa. A questão é: CODA é um sistema tão ruim assim como dizem? Muito se fala mas pouco se argumenta a respeito. Até hoje, nunca ouvi algo realmente convincente para isso. Ele tem suas falhas? É claro que tem. D&D também. E, aliás, tem algumas falhas de mecanica tão grosseiras que seria preciso mudar uma porrada de coisa no sistema para tornar aquilo viável.

Vou dar um exemplo bem simples:

1-Testes de força. Já repararam que um cara com força 10 tem chances consideráveis num teste resistido contra um cara com foça 18? Simplesmente porque o teste de força depende quase que exclusivamente do dado. Tipo, um guerreiro com +35 de ataque ao fazer um ataque, o resultado do d20 não vai fazer muita diferença quando a CA é 40, por exemplo. Mas no caso de uma fechadura a se arrombar. Digamos que a CD seja 20. um cara com força 18(+4) precisaria de um 16 e um de foça 12(+1), um 19. Uma diferença de 3 para forças tão absurdamente diferente. E, pior, e se o jogador com força 18 dá azar no dado e tira 2 e o mago de foça 12 dá sorte e tira 20? Imagine a cena totalmente surreal do Guerreiro todo musculoso(à moda Conan) chutando a porta e não surtindo nenhum efeito e o mago magrelo apenas dá um chute fraco e o trinco se destrói. Bem estranho, não?

Mas como alterar o formato do teste sem alterar o sistema quase todo?

Acho que é hora de repensar se o sistema é realmente ruim ou se é preconceito dos amantes de D&D...
Imagem
Avatar do usuário
Kasuya
 
Mensagens: 592
Registrado em: 18 Jul 2008, 01:41

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor DaviSalles em 19 Jul 2008, 21:05

Eu também acho que esta não é um discução de sistemas, tem muitas críticas sobre D&D no forum do D&D. As críticas aqui apresentadas são sem muito sentido na minha opnião, em nenhum momento second wind quer dizer que os ferimentos se fechem e blá blá blá. O golpe do clérigo que cura pv pode muito bem inspirar seus colegas, assim como quando aragorn derrota seus adversários isso inspira seus soldados.

Eu não entendi muito a crítica de quebrar portas, mas no D&D um guerreiro pode muito bem dar um take 20, ele só rola o dado quando está com pressa e sobre pressão, digamos com um bando de orcs atrás dele, ai sim ele precisa rolar o dado, se ele tirar 2, quer dizer que ele se atrapalhou e não conseguiu derrubar a porta e um mago fracote consegue apesar de sua fraqueza atingir o ponto fraco da porta. Lembrando que se ambos tem tempo para fazer algo quem tiver mais skill sempre vai ir melhor, uma mago com arcana +10 pode ter 30 em qualquer teste de arcana, fácil, é só parar e estudar sobre o assunto, enquanto um guerreiro, difícilmente terá mais que 22 (isso tudo no nível 1). E assim é para todo teste de skill. De qualquer forma, isso é diferente no CODA? Não se rola dado para skill no CODA?

A crítica sobre magia eu entendo perfeitamente (e concordo), mas o d20 SdA é ruim com seus sistema para as magias serem sutis? Eu até que gostei, achei complexo, mas achei que se tem um mago bem ao estilo de SdA. manda umas magiazinhas e ainda sabe usar uma espada, tem uns pontos de vida mais altos. Eu não consigo realmente entender críticas sobre fluff porque fluff é fluff, e qualquer sistema que vc colocar pode criar fluff, e qualquer regra pode explicar praticamente qualquer fluff.

Eu ainda acho que JRR Tolkien não vai estar se remexendo em seu túmulo, porque eu não estou fazendo SdA Super Heroes, as limitações humanas estão todas lá, (não é uma aventura para níveis épicos), todos os fluffs da terra-média estão lá. Meus jogadores sabem o que é terra-média e o único mago do grupo também sabe qual é o estilo de magia no lugar. Se eu fosse fazer uma aventura sem ser no estilo de SdA não pegaria Arda como cenário, pegaria Eberron, que é meu cenário de D&D favorito.

Bem... aqui vai o link da minha campanha http://www.fichasderpg.com/wiki/index.p ... _Ungoliant

Assim podem ver as minhas barbaridades e eu destruindo o que tolkien criou :linguinha:
Jogo D&D 4e, Mutantes & Malfeitores, Serenity RPG, World of Darkness e Vampire: The Requiem
Mestrando A Fome Sombria de Ungoliant
http://www.fichasderpg.com/wiki/index.p ... _Ungoliant
Jogando Luz nas Sombras, como Karus o Warlord alcólatra
http://www.fichasderpg.com/wiki/index.p ... as_Sombras
Avatar do usuário
DaviSalles
 
Mensagens: 89
Registrado em: 08 Jul 2008, 01:10

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Murazor em 19 Jul 2008, 21:28

Kasuya...

No momento em que você fala que o companheiro vai destruir o clima de Tolkien jogando o D&D 4 edição, eu digo que talvez sim. Mas o que isso tem a ver... Cada um joga e se diverte como quer. Não existe um jeito certo de jogar o cenário do Tolkien. Se o seu grupo e seus jogadores se divertem com mais ação e combates espetaculares e abstratos, perfeito, jogue assim! O importante é que se divirtam.

A maneira como voce se expressa, dizendo que Tolkien vai se revirar na tumba por que alguém vai jogar uma aventura mais super-heróica e mais combativa ao invés daquele romance colorido entre dois hobbits chorões e sentimentais e seu anel do poder. Afinal, o importante é se divertir. Não acho que tenha um jeito correto de jogar na Terra Média como você deixa a entender. Tem jogador que gosta de combar, tem jogador que gosta de roleplay, e não existe maneira certa.

E Davi...
O que Kasuya falou a respeito das chances de probabilidades sobre d20 e 2d6 é certo. Voce mantem os valores medios mais comuns e criticos mais raros com 2d6, torna o jogo mais realista. Isso é verdade. Acho que cham curva de gauss ou algo assim em estatistica.
Mas cara... faz o teu jogo e se diverte meu! Seja com 3D&T, D&D, AD&D, Gurps, d20 Moderna SDA, BRP, Pendragon, o que tu quiser!!! Joga e te diverte colega! Não existe essa coisa ai de jogar certo ou de "estragar" o mundo de Tolkien. Kasuya ta bancando o fanboy de Tolkien, hehehehe! Não liga não.

Bem, vamos ver uma coisa nessa discussão maluca...

O Davi entrou aqui pra comentar e trocar idéias sobre o Mundo de Tolkien, é o que eu acho, falar de sua campanha, ta postando amostras do seu trabalho ai po, então vamos lá trocar umas idéias sobre a Terra Média ao invés de ficar entrando em bronca de sistema ou bancar puristas de Tolkien.

Kasuya demonstrou nos seus posts gigantescos que possui uma enorme conheciemento sobre a Terra Média, sobre sua visão Tolkeniana, então posta mais ai, da umas dicas de jogo, conselhos como ambientar o clima da campanha mais Tolkeniana, o que da mais clima, o que tira o clima, acho que é essa a proposta do Davi, isso que ele quer discutir aqui.

Por que eu realmente não sou muito fã de Tolkien, admiro o trabalho, o cenário mitico que foi o icone dos mundos de RPG. Mas em termos de cenários e histórias, eu sou mais Conan de Howard, e sua Era Hiboriana ("se não fosse a era hiboriana de Howard, a Terra Média não existiria" - palavras do próprio tolkien)

Depois quero discutir umas regras pra agilizar minha campanha e queria a opinião do povo ai. Abraços a todos.
Avatar do usuário
Murazor
 
Mensagens: 69
Registrado em: 30 Jun 2008, 20:48

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Kasuya em 20 Jul 2008, 01:55

second wind quer dizer que os ferimentos se fechem e blá blá blá. O golpe do clérigo que cura pv pode muito bem inspirar seus colegas, assim como quando aragorn derrota seus adversários isso inspira seus soldados.


Wow! Para mim, pontos de vida significa a vitalidade do personagem e sua experiência em sobreviver. E, francamente, tomar fôlego não geraria nenhum efeito que melhorasse isso. Ele faz o que? Sente-se mais ápto a sobreviver porque parou para observar melhor a cena de combate?

Quanto ao seu infeliz exêmplo do Aragorn, bem, os caras que ele inspira ao derrotar um grande Olog-hai, por exemplo, certamente não sentem-se mais aptos a sobreviver, mas sim sentem-se mais capazes de combater o que seria bem mais cabível representar como um bônus de ataque, dano, testes contra o medo, coisas assim. Exatamente o que acontece com o CODA(sem querer botar mais lenha na fogueira D&D vs CODA....).

Tecnicamente, a teoria do "tomar fôlego" me lembra muito Seiya de Cavaleiros do Zodíaco. Ele apanha feito um condenado, mas, em um momento se ergue ignorando os ferimentos e desferindo um golpe fulminante. Seus meteoros começam a virar cometa e destrói a armadura do inimigo como se fosse de vidro.

Ótimo, nesse caso, a idéia é boa. Mas ela não é bem melhor representada com bônus de ataque e dano, por exêmplo, que regeneração de PVs?

Quanto à inspiração... Essa é nova. Outra vez, um cara discutindo essa mesma coisa falou do PV que também é a sorte do cara em ficar vivo. PV já foi a sua resistência a ferimentos, agora é sorte, inspiração, força de vontade, etc...(apesar de incrivelmente o cara continuar morrendo quando seus PVs chegam ao mínimo). Isso sugere uma desculpa esfarrapada para a falta de lógica da regra, ou é impressão minha? Já falei com alguns caras sobre esse sistema e, francamente, ninguém conseguiu argumentar melhor que isso...


Eu não entendi muito a crítica de quebrar portas, mas no D&D um guerreiro pode muito bem dar um take 20, ele só rola o dado quando está com pressa e sobre pressão, digamos com um bando de orcs atrás dele, ai sim ele precisa rolar o dado, se ele tirar 2, quer dizer que ele se atrapalhou e não conseguiu derrubar a porta e um mago fracote consegue apesar de sua fraqueza atingir o ponto fraco da porta.


Ok. Take 20. Mas você lembra que o nosso mago magrelo TAMBÉM pode escolher 20? Então, mais uma vez, temos a cena estranha do mago chegando e dizendo: "Pode deixar, preciso de ajuda não" enquanto, durante dois minutos, ele quebra a porta espantosamente.

Mas indo para os testes, o que realmente interessa. Se, em um momento de desespero, o guerreiro vacila e não consegue quebrar a porta, como um mago magrelo conseguiria. Imagine agora um cara magrelo e fraco sendo agarrado por um cara fisiculturista. Diga se o magrelo teria chance de se livrar? No D&D, ele TEM! Um cara magrelo teria uma força oscilando entre 9 e 10. O nosso fisicuturista, apesar de toda a força toda, usando os padrões humanos normais, não teria mais quem uns 15 ou 16. Vamos supor a pior hipótese pro nosso magrelo: ele tem força 9(-1) e o fisiculturista tem força 16(+3). Você acha mesmo que as chances do cara magrelo, jogando 1d20-1 contra 1d20+3 são realmente tão remotas quanto na vida real? Acho que não.

De qualquer forma, isso é diferente no CODA? Não se rola dado para skill no CODA?


A rolagem de 2d6 gera uma distribuição de probabilidade aproximadamente normal. Tipo. Com os dois dados só uma situação consegue dar um resultado 2(1+1) e só outra situação pode dar um resultado 12(6+6). Mas agora pegue o valor 6. Temos 5 combinações de dados possíveis: 1+5, 2+4, 3+3, 4+2, 5+1. Ou seja, cinco vezes a probabilidade dos dois extremos. Dessa forma, fica muito mais fácil estimar quem vai ganhar o teste de força, concorda? Isso sem esquecer de um detalhe:quem é fraco, demora a crescer em termos de resultados. Quem é forte, adquire mais chances ainda mais rápido. É que os modificadores funcionam assim:
de 4-7 temos um valor +0 de modificador, já quem força 13 tem +3 e o modificador vai subindo na proporção de 1 para cada 2 pontos. Ou seja. Se um fraco de força 4 quer aumentar suas chances de conseguir um bom resultado num teste de força em 1, vai ter que aumentar em 4 pontos sua força, coisa que o nosso cara forte vai fazer isso com dois pontos de força. E, vai por mim, é MUITO ÁRDUO elevar algum atributo, especialmente quando ele não é preferencial. Ou seja. Um mestre do conhecimento dificilmente teria força como atributo preferencial e muito facilmente teria um baixo valor nela. Assim, ele gastaria uma eternidade para subir(tendo que deixar de lado toda a sua evolução em conhecimentos e perícias e outras habilidades). O guerreiro provavelmente teria uma força alta, além de esse ser uma das escolhas mais acertadas para atributos preferenciais para a ordem. Isso gera um abismo de diferença entre o forte e o fraco, assegurando que, dada a mesma situação do magrelo e do fisiculturista, as chances do magrelo seja realmente remotas como manda a realidade.


A crítica sobre magia eu entendo perfeitamente (e concordo), mas o d20 SdA é ruim com seus sistema para as magias serem sutis? Eu até que gostei, achei complexo, mas achei que se tem um mago bem ao estilo de SdA. manda umas magiazinhas e ainda sabe usar uma espada, tem uns pontos de vida mais altos. Eu não consigo realmente entender críticas sobre fluff porque fluff é fluff, e qualquer sistema que vc colocar pode criar fluff, e qualquer regra pode explicar praticamente qualquer fluff.


Cara, eu não vi o menor sentido no que você disse com essa passagem. Você tá dizendo que no SdA d20 fizeram um esquema de magias complexo mas que deu pra ficar similar a SdA, é isso? E...? Entenda o que eu venho dizendo: você pode adaptar praticamente tudo em qualquer sistema, desde que haja as devidas mudanças. Se os caras lá da Valinor conseguiram fazer uma limpeza geral na lista de magias do D&D que ficasse combinando com SdA de modo que não fique tão absurdamente espetacular, meus parabéns para eles(e é nessa hora que você percebe a paixão dos caras pelo sistema porque ter esse trabalho todo para adaptar uma coisa que já estava tudo pronto em outro sistema requer muito amor mesmo...). Isso só fundamente mais ainda meu argumento que o d20 não dá certo para SdA, a menos que você faça uma série de adaptações drásticas para esse fim.

Eu ainda acho que JRR Tolkien não vai estar se remexendo em seu túmulo, porque eu não estou fazendo SdA Super Heroes, as limitações humanas estão todas lá, (não é uma aventura para níveis épicos), todos os fluffs da terra-média estão lá. Meus jogadores sabem o que é terra-média e o único mago do grupo também sabe qual é o estilo de magia no lugar. Se eu fosse fazer uma aventura sem ser no estilo de SdA não pegaria Arda como cenário, pegaria Eberron, que é meu cenário de D&D favorito.


Cara, eu olhei os personagens e notei que são do primeiro nível. Como eu disse, até dá certo com personagens de 1º e 2º nível, mas e quando eles começarem subir níveis demais, o que você vai fazer para manter o estilo? Vai segurar a XP até não poder mais? Garanto que os jogadores não vão ficar muito felizes com isso. Não que eu esteja dizendo que seus jogadores são power players que querem mesmo é subir de nível e ter poder. Mas, tipo, é no mínimo frustrante ver que seu personagem não evoluiu nem um pouco. Ele se esforça para que, então?

No momento em que você fala que o companheiro vai destruir o clima de Tolkien jogando o D&D 4 edição, eu digo que talvez sim. Mas o que isso tem a ver... Cada um joga e se diverte como quer. Não existe um jeito certo de jogar o cenário do Tolkien. Se o seu grupo e seus jogadores se divertem com mais ação e combates espetaculares e abstratos, perfeito, jogue assim! O importante é que se divirtam.


Calma lá, amigo. Eu disse muito claramente que, se os jogadores estão se divertindo, não tem o menor problema. No entanto, por causa disso, assumir que não existe um "jeito certo" de narra SdA é um erro. Então por que raios as pessoas lêem livros e mais livros de suplementos sobre seu cenário de campanha preferido? Se não houvesse um "jeito certo" de evocar o clima natural do jogo, os livros apenas se resumiria a descrever a história do mundo e as principais localidades.

Agora aplique isso a SdA, que tem um clima muito mais requintado. Não dá. Tanto é que o livro do CODA passa metade do livro descrevendo de "N" formas possíveis as formas corretas de se entender as magias, como ela funciona, a ambientação, a forma de narrar e descrever. Ele chega ao ponto de até dizer que tipo de aventura é ou não aconselhável de se narrar. Inclusive, o livro fornece até uma espécie de "mandamentos do herói" onde ele aconselha que os jogadores se baseem nisso para definir seus heróis, tudo para manter o clima Tolkieniano a todo custo. Você, como jogador ou narrador, pode jogar todos esses conselhos e idéias no lixo e jogar um jogo mais ao estilo D&D de ser? Pode! O problema é meu? Não! Você que sabe o que quer jogar, oras!

Quanto ao Tolkien se remechendo no túmulo, eu reafirmo. Veja bem, na primeira vez que quiseram fazer um filme de O Senhor dos Anéis, queriam colocar bicos nos orcs e o Tolkien, ao ver isso, LITERALMENTE vomitou!!! Imagine se ele sonha com a possibilidade de ver uma batalha ao melhor estilo Final Fantasy em plena Terra Média??? Certamente ele se remecheria.

A maneira como voce se expressa, dizendo que Tolkien vai se revirar na tumba por que alguém vai jogar uma aventura mais super-heróica e mais combativa ao invés daquele romance colorido entre dois hobbits chorões e sentimentais e seu anel do poder.


Não deboche, meu caro. O Senhor dos Anéis trata-se de um romance romântico mas sem nenhuma conotação sentimental. Não no que diz respeito a amor e paixão. Com excessão, talvez de Aragorn que tem um romance com a Arwen e fica meio que um triângulo amoroso com a Éowyn, pelo menos do ponto de vista dela... A Terra Média é uma ambientação que implica respeito absoluto. Lá não há um xingamento mais pesado que "tolo". Enfim, voltando aos Hobbits, a "amizade colorida" de Frodo e San, nada mais é que o respeito exagerado que o San tem pelo mais nobres dos Hobbits que é o Frodo(que detém uma riquesa maior que todo o resto do Condado). O San é o jardineiro pessoal dos Bolseiros e deve a Frodo o seu ganha pão. Frodo, por outro lado é um rapaz virtuoso que não ousaria desejar mal nem ao seu mais patético servissal, tratando San como um amigo, coisa que todo patrão deveria fazer com seu empregado já que isso vai implicar que eles tenham que conviver muito um com o outro.

O resultado disso, é que San tornou-se uma espécie de súdito, especialmente depois de ficar "preso" ao Frodo pelas palavras duras de Gandalf: "Não o deixe, San Gandgi. Nem por um segundo!". Assim, como eles sempre são MUITO cordiais um com o outro, nós, pessoas com bem mais malícia que dois jovens hobbits que viveram toda a vida isolados do resto do mundo, temos uma impressão "estranha" acerca disso.

Mas cara... faz o teu jogo e se diverte meu! Seja com 3D&T, D&D, AD&D, Gurps, d20 Moderna SDA, BRP, Pendragon, o que tu quiser!!! Joga e te diverte colega! Não existe essa coisa ai de jogar certo ou de "estragar" o mundo de Tolkien. Kasuya ta bancando o fanboy de Tolkien, hehehehe! Não liga não.


Com certeza. Jogue o que quiser e como quiser. O Mundo de Tolkien não será "estragado" por que ele não vai deixar de ser como é só por que alguém tem uma visão diferente do cenário ou tá afim de avacalhar mesmo(não é o seu caso, cara, mas, é possivel que exista alguém que queira), mas certamente você vai deixar de aproveitar parte do que a Terra Média oferece. Se você está se divertindo, tudo bem. Você não é obrigado a manter o clima do jogo, mas é, no mínimo aconselhável que isso ocorra, não concorda?

O Davi entrou aqui pra comentar e trocar idéias sobre o Mundo de Tolkien, é o que eu acho, falar de sua campanha, ta postando amostras do seu trabalho ai po, então vamos lá trocar umas idéias sobre a Terra Média ao invés de ficar entrando em bronca de sistema ou bancar puristas de Tolkien.


Bem, ai é que está o problema. Ele não me passa nem um pouco essa sensação quando o primeiro post que eu vi dele nesse tópico iniciou-se com ele metendo bomba no sistema CODA e falando que estava narrando em D&D 4.0. De forma pouco argumentativa, na minha opinião. E foi por isso que eu entrei comentando a sistemática dos dois sistemas.

Eis o post inicial dele:

Eu comprei o CODA assim que saiu, adoro Senhor dos Anéis, e tenho boa familiaridade com o universo. Mesmo assim acho o CODA uma merda, o livro é muito legal para aprender como narrar e jogar no mundo da terra média, mas o CODA não ajuda em nada. Se fosse tão especialmente bom para SdA teriam criado outro sistema para StarTrek, mas usaram o mesmo (ou será que Star Trek e SdA são muito parecidos?)

Vou começar minha campanha de SdA agora, usando o 4e, tirei todas as coisas que não são da terra média, isso é agora as não tem clérigo, não tem halfling e coisas do tipo. Não me importei de criar raças para hobbits, não acho que eles são boas classes pra aventureiros.

O CODA é ruim na minha opnião pq a errata é quase maior que o livro "exagerando aqui, mas não muito", na errata eles conseguiram refazer a lista de armas completamente!!! Os edges são muito brokens com uns bem melhores que outros, e tipo, vc pensa e dai um ser melhor que o outro, mas é que alguns fazem exatamente o que outro faz só que muuuito melhor, e não tem uma diferença importante de como é aprensentado, não lembro agora qual era, mas me lembro de ver muito disso.

Muitas skills inúteis (é como pegar o 3.0 e fazer uma versão 3.-2)

Combatas eternos, e não precisa de jogo de cintura do mestre, é preciso ignorar todas as regras e simplesmente descrever os combates, pq jogá-los é um lixo. Ou pelo menos são puco divertidos.

bem teria outras coisas para reclamar, mas deixa pra outro post



--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Kasuya demonstrou nos seus posts gigantescos que possui uma enorme conheciemento sobre a Terra Média, sobre sua visão Tolkeniana, então posta mais ai, da umas dicas de jogo, conselhos como ambientar o clima da campanha mais Tolkeniana, o que da mais clima, o que tira o clima, acho que é essa a proposta do Davi, isso que ele quer discutir aqui.


Bem, eu tentarei ajudar no que for preciso. Mas tipo, a dica mais importante, como não poderia deixar de ser é: Leia a trilogia. Como isso nem sempre é possível(especialmente porque não é uma solução muito objetiva, já que isso demanda MUITO tempo), outra dica interessante é que você leia o livro do SdA RPG (CODA). Pule o sistema se você não gosta e caia de cabeça na parte de narrativa, no capítulo de magias(não necessariamente o grimório da Terra Média, mas sim a explicação que ele faz de como é, o que é e como funciona a magia sutil da Terra Média. Isso é muito importante para o clima. Coisas assim. Outra coisa particularmente interessante é: dê uma olhadinha nas características da classe literária do romantismo. Esqueça os romances chorosos e as tramas de "ele fica ou não com ela". Pense na ambientação da escola literária que, aliás, é onde se encaixa a trilogia que é totalmente romântica(mas sem quase nenhum romance afetivo, é bom que se lembre).

Uma das características mais importantes do romantismo de Tolkien é: a natureza é amiga do herói(mocinho, etc...). Como assim? Se ele estiver se dando mal, provavelmente o clima vai ficar mais obscuro, as nuvens tendem a ficar mais carregadas, podendo chegar a chover, e em níveis proporcionais ao problema dos mocinhos, as flores tendem a ficarem um pouco "caidas" e sem muita vida, etc... É como se a natureza chorasse e se compadecesse com os mocinhos. O contrário também é válido. Se os heróis estiverem levando vantagem, encorajados ou se dando bem de alguma outra forma, o céu vai ficar aberto, irradiante, os pássaros estarão perto cantando sua melhor música, os servos do Inimigo estarão vacilantes e particularmente frágeis.
Exêmplo: No Abismo de Helm, quando os Rohirin estavam encurralados, em um número MUITO menor e amedrontados a noite ficou particularmente escura, os orcs pareciam indestrutíveis e uma chuva extremamente densa surge logo em seguida. Mas é só o Gandalf pisar com seu cavalo na arena de batalha junto com o exército do Eomer, o céu instantaneamente fica irradiante(assista o filme. A mudança é sutil, mas dá pra notar como ela é mágica). Ele avança com tudo e o Gandalf usa seus poderes mágicos para aumentar mais isso ao ponto que os orcs da infrantaria simplesmente não conseguiam mais lutar, tamanho era o poder da ofuscação em seus olhos. Assim, os orcs começam a vacilar e se dispersar como se toda a chance de vitória deles fosse levada embora pelo brilho branco do manto de um velho homem que monta um cavalo branco...

Outra coisa importante é o respeito absoluto! Em SdA ninguém destrata ninguém sem motivo algum, nem mesmo o mais arrogante e orgulhoso anão! Então, falas pomposas(sem exageros) e de termos medievais beirando o poético são predominantes na obra e muito boas para manter o clima do cenário.

Tem mais um monte de coisa que vai ficar complicado de eu ficar falando, pois meu post está suficientemente grande e vocês devem estar de saco cheio de ler tanta ccoisa. :P

Depois quero discutir umas regras pra agilizar minha campanha e queria a opinião do povo ai. Abraços a todos.


Estou aberto a qualquer discussão tanto do sistema CODA quanto da ambientação do cenário. O que eu puder ajudar, estamos aí. ;)
Imagem
Avatar do usuário
Kasuya
 
Mensagens: 592
Registrado em: 18 Jul 2008, 01:41

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Murazor em 20 Jul 2008, 04:08

Quanto ao Tolkien se remechendo no túmulo, eu reafirmo. Veja bem, na primeira vez que quiseram fazer um filme de O Senhor dos Anéis, queriam colocar bicos nos orcs e o Tolkien, ao ver isso, LITERALMENTE vomitou!!! Imagine se ele sonha com a possibilidade de ver uma batalha ao melhor estilo Final Fantasy em plena Terra Média??? Certamente ele se remecheria.


Os orcs com bicos ia ser ridiculo. Não sabia dessa história não. Pela descrição dos Orcs de Tolkien eles tinham alguns traços relacionados aos asiaáticos, pele, algo assim... faz tempo que li Silmarilion e a triologia. Mas ainda restam algumas coisas a serem esclarecidas... As asas do Balrog e as orelhas dos elfos... rsrsrsrs

Não deboche, meu caro. O Senhor dos Anéis trata-se de um romance romântico mas sem nenhuma conotação sentimental. Não no que diz respeito a amor e paixão. Com excessão, talvez de Aragorn que tem um romance com a Arwen e fica meio que um triângulo amoroso com a Éowyn, pelo menos do ponto de vista dela... A Terra Média é uma ambientação que implica respeito absoluto. Lá não há um xingamento mais pesado que "tolo". Enfim, voltando aos Hobbits, a "amizade colorida" de Frodo e San, nada mais é que o respeito exagerado que o San tem pelo mais nobres dos Hobbits que é o Frodo(que detém uma riquesa maior que todo o resto do Condado). O San é o jardineiro pessoal dos Bolseiros e deve a Frodo o seu ganha pão. Frodo, por outro lado é um rapaz virtuoso que não ousaria desejar mal nem ao seu mais patético servissal, tratando San como um amigo, coisa que todo patrão deveria fazer com seu empregado já que isso vai implicar que eles tenham que conviver muito um com o outro.


Eu gosto dos senhor dos anéis, gosto de Tolkien, mas como comentei me atraio mais pelo Howard e seu Conan da Ciméria. E agora vendo o que voce postou dá pra gente ver como os dois autores, apesar de escreverem fantasia, são completamente antagonicos em sua visão de mundo. Tolkien define muito bem, em preto e branco o bem e o mal. Howard cria um mundo onde é cada um por si, sem ter um mal ou um bem absoluto. Sobre a questão de respeito que voce fala é verdade, durante toda obra de Tolkien as pessoas se tratam com cortesia. No conan de Howard eu me divirto com pérolas como "Seu Chacal filho de mil homens" ou "cão filho de uma cadela estígia".

Sobre as discussões de mecanica...

É o seguinte... quero eliminar aquele monte de nível de ferimento e toda aquela contabilidade toda...eu não gosto desse estilo de marcação, me atrapalho anotando ponto de dano, muito ponto de dano, mais ponto de dano, etc. Tenho a mesma bronca com o Cyberpunk 2020 que também usa mecanica similar.

Comentei com o Gun alguns posts atrás em algo estilo o TrueD20, uma jogada de, na verdade um teste de Vigor quando voce recebe dano, com NA igual a quantidade de dano sofrido, e se fracassar perde níveis de saúde, um para cada grau de fracasso. Mas dei uma experimentada e desisti por que achei que incorpora uma jogada de dado a mais e cálculo de grau de sucesso, que ninguém gosta muito, principalmente no meio de um combate.

então mudei de idéia...
Pensei em algo simples mesmo, os velhos e clássicos PVs, como usam em quase tudo que é RPG (D20, Gurps, daemon, BRP, OPERA). Substituiria a Saude pelos PVs, direto. ignoro os níveis. Uso uma mecanica similar a Gurps e Opera: quando o individuo chega a zero pvs faz teste de vigor pra ficar em pé e nao desmaiar devido a quantidade de dano sofrido, morre quando chegar a -Pvs. As penalidades de ações e testes são iguais ao valor de Pvs negativos.
O personagem ta ferido com -5 Pvs, então recebe penalidade -5 devido aos ferimentos.
Bem, essa seria a alternativa para simular os níveis de ferimento e suas penalidades. Até ai eu achei legal, só que bati num problema...o Tamanho!

O Tamanho diferente do humano acrescenta ou reduz niveis de ferimentos (em resumo, o cara tem mais Pvs ou menos). Revirando o sistema OPERA esses dias, tive uma ideia de lá. Cada nivel de Tamanho maior, a criatura perde 1 Pv para cada aumento de tamanho maior e vice versa se for pequena. Um ser imenso no caso perderia 1 PV para cada 3 de dano que sofresse. Um hobitt pequeno estaria mal, perdendo 2 Pvs para cada ponto de dano sofrido. Bem, essa é a ideia, acho que é por ai, por enquanto estou só especulando algumas possibilidades.

O problema disso tudo é que as coisas iam ficar mais mortais, principalmente para criaturas pequenas. O cálculo de saúde, que seria a referencia do número de PVs, é feito com base em Vitalidade + Modificador de Força. Isso acabaria beneficiando as criaturas grandes e prejudicando as menores caso eu resolvesse adotar uma mecanica de Pvs, então pensei numa fórmula tipo: 10+Modificador de Vitalidade no lugar da usual. Assim os pequenos iam ficar um pouquinho mais resistentes e os grandões não fiacavam tão poderosos.

Bem, não sei se nada disso vai ficar funcional, ou se alguém já adotou alguma mecanica diferente para contabilizar Pontos de Vida/Saude/Ferimentos em CODA, dá uma dica ou uma idéia ai....

Eu gosto do CODA, só nao me adapto bem com esse monte PVs que tem nos níveis de ferimento.

depois posto mais coisas... e quanto aos dano das armas, voces usam qual... o que ta no livro ou o da Errata mesmo...
Avatar do usuário
Murazor
 
Mensagens: 69
Registrado em: 30 Jun 2008, 20:48

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Kasuya em 20 Jul 2008, 05:31

Cara, eu não entendo bem teu problema com avitalidade se você só vai ter o trabalho de reduzir os valores, mais simples, só, talvez, o sistema de dano do Multants & Masterminds, uma versão simples, prática, genérica e, ao que parece, praticamente sem bugs do d20 System.

Talvez essa seja uma boa saida. Eu, particularmente, não lembro bem como era o sistema de dano lá, mas não envolve nem pontos de vida, nem vitalidade nem nada disso. É um conceito bem diferente e prático. Se eu não me engano, ele também serve para simular as penalidades por ferimento. Tenta ler essa regra, se tu entende um pouco de d20(você pode não gostar, mas, talvez você tenha lido o livro de D&D, não é? Pelo menos pra ter alguma idéia?).

De qualquer forma, quando eu tiver uma oportunidade, eu dou uma lidinha nesse sistema de dano do Mutants & Masterminds(na tradução ficou Mutantes & Malfeitores) e tento dar uma adaptada. Como o esquema de ataque e dano do D&D e do CODA são muito similares, acho que dá para absorver perfeitamente, agilizando pro seu lado nessa parte de contabilizar a vitalidade.^^

Mesmo assim, eu vou pensar em alguma outra coisa nesse meio termo. Por hora, a minha disposição para pensar está incrivelmente reduzida (estou me sentindo um zumbi de tanto sono... AHuahuauauahuhahau).

Sobre as regras auxiliares que tu pensou, vai ficar ruim, acho que não vai funcionar não. Mesmo assim, não custa nada fazer um playtest, né?

Quanto às armas, prefiro dar preferência às da errata e gosto de criar uma ou duas armas que não tenha. Quando eu só disponho apenas do livro e não tenho como olhar a errata, não vejo problema em usar as armas do livro, depois corrige.^^
Imagem
Avatar do usuário
Kasuya
 
Mensagens: 592
Registrado em: 18 Jul 2008, 01:41

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Murazor em 20 Jul 2008, 14:24

Se eu não me engano, ele também serve para simular as penalidades por ferimento. Tenta ler essa regra, se tu entende um pouco de d20(você pode não gostar, mas, talvez você tenha lido o livro de D&D, não é? Pelo menos pra ter alguma idéia?).


Eu gosto da mecanica do TrueD20 (essa usada em Mutants & Masterminds), e quando digo que não gosto de D20, é penas isso. Não gosto da proposta de jogo, que cada vez mais se aproxima de um video-game e de certos conceitos abstratos demais na minha opinião (como BAB, CA, vários dados diferentes para representar dano de armas), mas como comentei é um gosto pessoal meu, nada que desmereça o sistema. Por que é funcional e excelente para o que se propoem. Mas já não causa tanto efeito quando sai de sua área de atuação, como por exemplo quando fizeram o D20 Call of Cthulhu, realmente alteraram muitas mecanicas e não teve o impacto esperado, mas cara, é o livro de rpg mais bonito que eu já vi na minha vida! Ricamente ilustrado, um visual impactante! Nunca vi um livro que chegasse perto do cthulhu d20 em beleza. E eu tinha a versão espanhola (a que foi lançada em preto e branco!!!! Que droga!!!!)

Então não interprete que eu seja um fanatico anti-D&D ou algo do tipo. Simplesmente não me agrada a mecanica do jogo. O que não significa que seja bom ou ruim, ou melhor ou pior que qualquer outro. Outro exemplo é o Storyteller, acho que tem um sistema coeso, mais realista que o D20, mas aqueles "baldes" de dados de d10 eu acho maçante. Mas é outro sistema excelente e muito funcional. É tudo questão de gosto e ambientação apenas. Eu por exemplo jogava grandes partidas de vampire usando o Gurps Vampire the Masquerade - adaptação oficial de Gurps, e resolvia meus problemas usando os mais simplórios 3d6 mesmo, rsrsrssr.
E voltando a comentar, para que eu não pareça um xiita fanático, não é um sistema que é melhor, é apenas o sistema que mais te agrada para determinado cenário.

Bem, voltando a mecanica do CODA, outro ponto que queria ver algumas opiniões é na polemica Evolução. Pois muito se comenta que a evolução e investimentos massivos em perícias permite aos personagens alcançarem valores estratosféricos em perícias logo no começo de suas carreiras.

Outro ponto é na criação, pois as regras de criação do CODA são paar voce gerar personagens "Heróis da Terra Média", no calibre de futuros Gimli/Legolas, capazes de aniquilar hordas de orcs, mas quando se quer algo mais pé no chão, ou um aventureiro bem no inicio de carreira, o suplemento Thumbarions Compendium II apresenta uma mecanica de criação alternativa, eu achei bem legal.
Avatar do usuário
Murazor
 
Mensagens: 69
Registrado em: 30 Jun 2008, 20:48

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Kasuya em 21 Jul 2008, 04:48

Então não interprete que eu seja um fanatico anti-D&D ou algo do tipo.


Na boa, cara.^^ É por isso que eu estava meio que supondo que você entendesse o mínimo do sistema.^^

Bem, voltando a mecanica do CODA, outro ponto que queria ver algumas opiniões é na polemica Evolução. Pois muito se comenta que a evolução e investimentos massivos em perícias permite aos personagens alcançarem valores estratosféricos em perícias logo no começo de suas carreiras.


Cara, é muito simples: o narrador resolve.

Primeiro. Achei muito estranho que no livro eles não tenham mensionado algo do tipo: você só pode investir opções de evolução em coisas que você praticou para isso. Se você passou a aventura toda em combates irracionais contra orcs, por que raios você acha que seu personagem deveria melhorar seu espírito? Mais interessante seria melhorar a força, combate com armas, agilidade, prestreza, etc...

Segundo. Acho perfeitamente natural que ocorra algumas restrinções. Uma boa, por exemplo, é limitar o aumento de perícias em, no máximo 2 pontos por perícia em cada evolução. Isso obrigaria os jogadores a distribuir melhor a compra de graduações ao evoluir.

Terceiro. Uma idéia legal que eu li num site: adote como valor máximo em uma única perícia 12 graduações. Isso obrigaria os personagens experientes para de aloprar em uma única perícia para aprender mais sobre as outras. Se o jogador quiser REALMENTE aumentar sua graduação acima de 12, vai ter que gastar uma opção de evolução extra ao normal para aquela perícia. Ou seja, se for perícia de ordem, vão ser necessárias duas opções em vez de uma. Se não, vão ser 3, em vez de duas. Os jogadores vão realmente pensar no caso pois vai sair caro demais para uma mera graduação de perícia.


Outra coisa que vale lembrar: isso fará com que os jogadores busquem outras formas de apelar, como o aumento de atributos. Uma alternativa para esse possível problema é gerar um outro limite: o máximo possível que o valor de um atributo de um personagem pode assumir é 12+ modificador racial. Por exemplo. Os anões têm +2 em Porte. Assim, o Porte máximo do anão é 14, mas seu espírito máximo é 12, pois não há modificadores.

Se o jogador quiser subir o atributo a valores sobre-raciais, ele precisa gastar mais opções de evolução. Os atributos preferenciais passam a exigir 5 opções. Apenas atributos preferencias podem crescer dessa forma, pois, não tem como um atributo não-preferencial ficar mais caro ainda pois só temos cinco opções de evolução e não se pode "guardar" opções para gastar na proxima vez que evoluir.


Outro ponto é na criação, pois as regras de criação do CODA são paar voce gerar personagens "Heróis da Terra Média", no calibre de futuros Gimli/Legolas, capazes de aniquilar hordas de orcs, mas quando se quer algo mais pé no chão, ou um aventureiro bem no inicio de carreira, o suplemento Thumbarions Compendium II apresenta uma mecanica de criação alternativa, eu achei bem legal.


Quem disse? O Legolas tem 60 e poucas evoluções, o Gimlin está quase por ai. Aragorn 70 e pouco e por ai vai. Os jogadores iniciantes estão MUITO longe desse patamar. Os personagens recém criados são bem pé no chão na minha opinião. Acho que você deve ter essa impressão por causa das opções gratúitas. Mas elas não são gastas na proporção de 1 pra 1. Na errata, temos que as opções gratúitas são gastas exatamente como as opções evolução. Ou seja, vai funcionar como os pontos de bônus de Storyteller que, a princípio, pode parecer muito, mas, na verdade, os pontos vão embora rapidinho...
Imagem
Avatar do usuário
Kasuya
 
Mensagens: 592
Registrado em: 18 Jul 2008, 01:41

CODA--> Senhor dos Anéis RPG

Mensagempor Gun_Hazard em 21 Jul 2008, 11:26

Caralho! Perdi a vontade de ler de tão grande que ficou a discussão por uma coisa que abranje gosto pessoal.

Claro que eu que cutuquei a onça com vara curta.

Mas meu post diz tudo:

Gun_Hazard escreveu:Jogar Senhor dos Aneis usando a 4ª Ed?

¬¬


PRÓXIMO!


Vamos discutir outra coisa...

E Realmente CODA é "Quebrado" para combates? É.

Assim como Storeteller é "Quebrado" para combates, pois o foco deles não é este.

Mesmo quebrado o melhor sistema (De combate mesmo) que se adapta para minhas aventuras de SdA é o CODA. Ele tem todos os Elementos de Combate e fora de combate que eu preciso.


(Pena que não conheço o Pendragon... Alias, Até tenho como pegar a 5th edition emprestado... )
Se não puder ajudar, Atrapalhe, O Importante é participar!Imagem

BLOG FALHA CRÍTICA

Masmorras & Dragões

SPOILER: EXIBIR
Imagem
Inverta Admin e o Mod que dá no mesmo...
Avatar do usuário
Gun_Hazard
 
Mensagens: 733
Registrado em: 19 Fev 2008, 17:55
Localização: Parnaíba City

AnteriorPróximo

Voltar para Outros Sistemas

Quem está online

Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 1 visitante

cron