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Alcunhas: Paraíso dos Piratas, O Arquipélago Pirata, A Grande Escama.
Forma de Governo: Oligarquia (recém Anarquia).
População: 73.100 em todo o arquipélago.
Cidades principais: Archolle (32.100 hab.), Palhi (16.500 hab.), Trové (12.100 hab.), Dasa (10.200 hab.). Mais algumas vilas e povoados de nativos espalhados pelas ilhas.
Importa: Comida de todas as culturas, escravos, seda e especiarias.
Exporta: Peixes, frutos do mar, ouro, prata, ferro, madeira (principalmente barabá), fumo, chimê e bebidas (principalmente o rum).
Nível de Civilização: Idade Média/Renascentista.
Clima: Tropical.
Geografia:
Terreno
O Arquipélago da Escama é um pequeno conjunto de ilhas situado no mar de juncos, um pouco acima da ilha de Sumbuda. Ao contrário do Pequeno Paraíso do Mar, o Arquipélago da Escama tem sua origem vulcânica. Ele é formado por várias ilhas, sendo as quatro principais chamadas de Megenn, Laes, Blakkr e Noire. Existe um pequena ilha no centro do arquipélago chamada A Rocha da Vigia e uma outra ilha em frete a Noire denominada Issad. As ilhas estão repletas de montanhas e vulcões, mas a maioria deles já está inativa a mais de 200 anos. Os dois únicos vulcões ainda ativos são conhecidos como Os Gêmeos de Fogo pela população e não prejudicam o arquipélago como um todo por estarem situados na costa exterior da ilha quase deserta de Noire, perto apenas de alguns povoados de nativos.
O Arquipélago da Escama é muito bem protegido de ataques inimigos pelos seguintes motivos: as ilhas do arquipélago são “fechadas” criando um mar central onde só é possível entrar por quatro canais. O canal nordeste pode ser atravessado facilmente por um navio pequeno ou veloz, os navios grandes da marinha não conseguem passar em grande número. O canal a noroeste é repleto de bancos de areia e pode ser atravessado apenas por navios pequenos e quando a maré está alta. Já o canal sudoeste é impenetrável pela quantidade de rochas; essa região é chamada de Eriases. A entrada sudeste é muito fechada, permitindo apenas um escaler passar sem sofrer danos. Além disso, a rocha no centro do mar chamada de Rocha da Vigia possui um enorme farol que ajuda (ou atrapalha, no caso de inimigos) a navegação pelos canais.
A costa exterior do arquipélago é toda rochosa e praticamente desabitada. É praticamente impossível chegar a uma das ilhas de barco por essa região. Além de quase toda ela ser repleta de montanhas, o que faz com que ninguém desembarque lá. A costa possui falésias e algumas possuem fendas onde alguns marinheiros gostam de se esconder ou até mesmo “sumir” diante dos olhos de um navio inimigo.
O clima no arquipélago é temperado, com muita chuva durante todas as estações do ano. A chuva ajuda muito para as plantação de fumo e faz com que as florestas de barabá possam viver mesmo sobre as rochas. O mar no centro do arquipélago não é muito agitado, com exceção da costa da ilha de Noire, onde os marinheiros não costumam navegar, ainda mais pelas superstições sobre Issad.
Fauna
Pelo mar ser tão calmo no centro do arquipélago, a pesca se tornou uma parte muito importante da economia do reino. Os peixes são variados e muitos cardumes de peixes raros são encontrados sem muita dificuldade, principalmente na baía de Megenn. Frutos do mar também são muito abundantes, principalmente crustáceos encontrados na costa de todas as ilhas. Os caranguejos terrestres e marinhos são variados, alguns vivem nas rochas sob as florestas enquanto outros são encontrados na costa ou mesmo na praia. Esses crustáceos são muito apreciados na culinária do arquipélago.
A fauna não é muito variada fora do mar. Por possuir muitos peixes no mar central, existe todo o tipo de aves pesqueiras por todas as ilhas. As gaivotas são muito abundantes, junto com os piratas (como são chamadas as aves que roubam os peixes da boca de outros pássaros em pleno vôo). Além de aves pesqueiras, são encontrados outros pássaros comuns ao clima tropical das ilhas, como as araras que vivem aos bandos nas florestas de barabá.
As florestas do arquipélago não abrigam muitos animais mas insetos de todos os tipos são encontrados com freqüência. Alguns desses insetos causam muitas doenças perigosas mas já se descobriu a cura de muitas delas por ervas e outros medicamentos confeccionados no próprio arquipélago. No passado não era bem assim e muitos colonos daquela época morreram por febres misteriosas advindas dessas doenças transmitidas por insetos. Outros animais de maior porte podem ser encontrados nas florestas, como o javali, muito utilizado na comida local. Além de javalis são encontrados muitos tipos de macacos que antigamente eram caçados por invadir os povoados e causar bagunça pelas ruas, mas isso não acontece mais.
As montanhas da costa não são completamente desabitadas, um número razoável de cabras da montanhas pode ser encontrado por lá mas ninguém liga muito para elas, já que dá má sorte comer cabras da montanha. As cabras são caçadas por nativos que não ligam para as superstições dos colonizadores, eles usam o couro do animal e comem sua carne, além de utilizarem o animal em rituais da sua própria religião.
Flora
Por possuir tantas montanhas, o solo do arquipélago é primariamente rochoso. Apesar disso, existem muitas florestas na parte central das ilhas. Essas florestas são compostas primariamente do barabá, uma árvore nobre muito valorizada para a construção de navios, casas e móveis. O barabá é uma das principais fontes de renda do arquipélago, ele cresce por cima das rochas, isso faz com que muitas florestas de barabá se espalhem mesmo sob as ilhas rochosas do arquipélago. Outras árvores menos nobres também crescem nas rochas e são encontradas pelo meio das florestas, essas arvores são usadas para a construção de casas e moveis mais baratos, além de serem usados para a lenha. Existem ainda, algumas árvores frutíferas infestadas de aves e macacos.
O Arquipélago da Escama está repleto de cogumelos, principalmente o chimê, um misterioso cogumelo descoberto a alguns anos por um dos líderes piratas. Esse cogumelo tem o nome dado pelos nativos. O pirata descobriu o cogumelo em uma de suas viagens de exploração na ilha de Megenn. Ele aprendeu a fazer um chá com alguns nativos de um pequeno vilarejo, esse chá tem mesmo nome do cogumelo. O pirata, vendo o grande tesouro que tinha nas mãos, rapidamente ensinou o modo de preparo para os escravos e hoje o chimê é muito lucrativo para o arquipélago. Mesmo trazendo alucinações e vício aos usuários, os piratas afirmam que tem um gosto melhor que o rum e é ótimo para relaxar durante uma tempestade em alto mar. O chimê, apesar de gerar muitos lucros, tem sido um problema para o arquipélago. A quantidade de mendigos viciados no chá está começando a causar problemas, mas os líderes piratas não ligam muito para isso, os lucros estão acima do bem estar da população.
Muitas plantas utilizadas em remédios podem ser encontradas nas ilhas. Elas foram descobertas pelos primeiros colonos devido ao grande número de mortes pelas doenças transmitidas pelos mosquitos e outros insetos do arquipélago. Essas plantas são cultivadas até hoje apesar do baixo número de mortes causadas pelas doenças. O fumo também é muito cultivado em algumas ilhas e a qualidade da planta é excepcional.
História:
A história do Arquipélago da Escama começa com uma grande aventura. O Capitão Steven Tie tinha acabado de atacar uma frota da marinha cheia de tesouros, a frota estava levando ouro, prata e outras pedras preciosas das primeiras colônias para a capital e o capitão não podia deixar de conferir o carregamento. Sua armada pirata de sete navios destruiu a frota inimiga e roubou todo o tesouro que eles carregavam. Mas, o que o Capitão Tie não esperava era uma esquadra da marinha que estava vindo logo atrás do carregamento. A esquadra perseguiu os piratas enquanto atirava com seus canhões de perseguição.
O navio do Capitão Tie, um Brigue, estava mais lento que o de costume pela lotação de pedras preciosas e o peso do Demônio Nym que ele tinha roubado de um dos navios da frota inimiga. Os homem de Tie ainda estavam instalando o grande canhão na proa da embarcação quando um marujo no cesto da gávea avistou terra. Steven pegou a luneta e viu a sua frente uma terra linda e, o melhor de tudo, eram ilhas fechadas que formavam um tipo de entrada, perfeito para se esconder. Por possuir poucos navios e todos serem pequenos em relação as fragatas inimigas, eles conseguiram passar pela entrada nordeste do arquipélago. Dois dos navios da sua armada se chocaram nas rochas, não conseguindo atravessar a difícil travessia. A marinha decidiu ficar algum tempo e esperar os navios voltarem pois não queria arriscar toda a esquadra para entrar naquelas águas desconhecidas.
A armada de Tie entrou no arquipélago e se deparou com uma maravilhosa vista, as ilhas rochosas do arquipélago eram cobertas de árvores fortes e o mar no centro das ilhas era cristalino e cheio de aves nativas. O capitão decidiu esconder o tesouro ali naquele arquipélago, ele deu o nome do lugar de Arquipélago da Escama em homenagem ao seu iguana chamado Escama que o acompanhava em todas as batalhas. A armada então decidiu ancorar na baía onde hoje se encontra Archolle antes de esconder o tesouro. Eles desceram para a praia em escaleres e tiveram o primeiro contato com os nativos. Foram bem recebidos e trocaram muitos conhecimentos por meio de linguagem corporal. Os nativos ajudaram os marinheiros a construir uma pequena cabana que coubesse toda a tripulação e lá descansaram um pouco.
No outro dia a marinha já tinha desistido de esperar e voltaram inconformados para casa. Os piratas resolveram esconder o tesouro em uma caverna natural que tinham visto na ilha Noire, atrás da pequena ilha, onde hoje nenhum marinheiro tem coragem de chegar perto. Quando o capitão e sua armada chegaram perto da caverna, um grande leviatã atacou as embarcações. Marujos fugiam pulando dos navios mas Tie não se intimidou e lutou bravamente contra a fera marinha. Graças ao armamento que ele possuía instalado no brigue, várias garronadas e o grande nym, ele conseguiu derrubar o monstro. O que lhe custou a vida e todo o tesouro que carregava. Os dois últimos navios que sobreviveram fugiram para a baía e não ousaram voltar para recuperar o ouro. O grande amigo de Steven, Skip Selene, resolveu construir uma cidade naquele arquipélago em homenagem ao grande pirata Tie e seu navio Archolle, o qual ele amava mais que a própria vida.
Skip precisava de pessoas para povoar o local então juntou um bando de piratas que tinham se unido na causa e tomaram dois navios de colonos que estavam recém saindo da capital. O roubo ficou conhecido como “O Grande Seqüestro” e rende histórias até hoje, sendo a versão oficial desconhecida. Os colonos não tiveram escolha senão começar a viver no Arquipélago da Escama e não tiveram muito o que reclamar com a riqueza da região. Quando Skip voltou com os navios de colonos, a ilha de Megenn já estava praticamente toda mapeada pelo confiável cartógrafo do Capitão Tie que continuava seu trabalho pelo resto do arquipélago. Alguns anos depois ele morreu em uma de suas explorações pelo arquipélago, alguns dizem que ele queria mapear melhor Eriases.
Skip foi o primeiro monarca do arquipélago e quando ele morreu seu filho, Linus Selene, continuou o trabalho do pai. Linus queria modernizar as cidades do arquipélago que já estavam começando a encher de piratas desordeiros e organizou as primeiras leis que eram muito parecidas com o código pirata. Todos seguiam as leis como seguiam o código pirata e isso fez a cidade crescer muito. Linus foi um bom regente, ele trouxe os primeiros escravos que alavancaram a produção agrícola e mineradora, além de criar a primeira armada oficial de piratas do reino que protegiam as águas do arquipélago. Quando Linus morreu, deixou seu legado para seu filho mais velho, Sebastian. Sebastian tinha longas brigas com o irmão mais novo, William, mas governava com mão firme.
Sebastian Selene era apaixonado pelo mar e queria que o arquipélago fosse uma grande potência naval, assim, resolveu aumentar a armada e gastar muito dos lucros do reino em armamento pesado. Isso quase quebrou a economia do arquipélago mas ele arrecadou muito dinheiro com altos impostos e taxas absurdas. Com esse abuso de poder, os grandes capitães piratas que freqüentavam o arquipélago resolveram despojar o regente com base nas leis piratas do arquipélago. Os capitães tinham grande renome e nenhum pirata da armada do reino ousou impedir a ação. Com Sebastian fora do trono, seu irmão menor William, agora conhecido como Bill Tripa Seca pelos seus atos de violência fora do comum, tomou o trono.
Apesar de Bill ser um pirata maluco e sedento por sangue, ele fez um bom governo. Graças a ele o reino ganhou o grande Centro de Inteligência da Escama, onde muitos espiões trabalham coletando alvos para o saque e descobrindo quando alguma nação está interessada em atacar o arquipélago. Bill era muito paranóico e achava que todos iriam atacar seu paraíso então ele construiu o enorme farol na pedra da vigia para ajudar os navios amigos e atrapalhar os inimigos. Bill morreu cedo por causa do rum e não deixou herdeiros.
Aproximadamente 100 anos se passaram, anos conhecidos como “Os Anos Vermelhos”. Durante esses anos, o reino ficou tomado pelo anarquismo. Sem um regente para governar tudo estava banhado em sangue. Alguns piratas tentavam tomar o trono mas um bando de outros cães não deixavam ele viver por tempo o bastante. Foi um tempo bom para os piratas insanos que só pensam em pilhar e matar. A armada não sabia o que fazer e tentava tomar conta dos arruaceiros seguindo a risca as leis do reino. As ruas estavam mal protegidas e cheias de ladrões e assassinos. Muita gente fugiu do reino ou se mudou para Palhi onde ainda restava um pouco de sossego.
Os anos vermelhos acabaram com o “Conselho dos Seis”. Seis renomados capitães piratas resolveram acabar com a anarquia e invadiram o arquipélago matando todos os criminosos que encontravam pelas ruas. Os seis piratas livraram as ruas de Archolle em um ano. O povo já confiava nos novos líderes e a armada estava decidida a ajudar no que pudesse. Em poucos anos eles criaram o Conselho dos Seis, um conselho de seis piratas que deveriam decidir o futuro da nação. Um deles era o líder mas ele não tinha nenhum poder acima dos outros, apenas era a voz do conselho para o povo. Em menos de dez anos o Arquipélago da Escama voltou ao que era antes, o conselho melhorou as leis do reino e investiu no comércio entre as outras nações o que rendeu muitos lucros para os seus cofres. Hoje o arquipélago continua um local livre para você fazer o que quiser, desde que obedeça as leis e não atrapalhe um pirata mais velho.
Economia
A economia no arquipélago não é muito variada, já que o que mais enche os cofres do reino são os tesouros trazidos pelos “seus” piratas. A exportação é a segunda maior fonte de renda, muitos navios vêm para a Grande Escama vender os mais diversos tipos de produtos que depois são revendidos para outros locais ou mesmo no próprio porto para as centenas de embarcações de diferentes nacionalidades que param por lá. Muitos dos marinheiros que vendem sua mercadoria são de índole duvidosa mas como falam os marujos do arquipélago: “o dinheiro não tem índole e não pode te apunhalar enquanto dorme”.
Por possuir uma grande gama de montanhas, o arquipélago extrai muito minério de ferro, além de muita prata e ouro. O trabalho nas minas é mais intenso na ilha de Blakkr, apesar da ilha não possuir muitas montanhas, elas são ricas nesses minérios. Hoje ainda são muito usados escravos no processo de extração do minério como era a muito tempo atrás. A morte nas minas ainda é muito grande mas isso não faz a menor diferença para os líderes piratas.
A produção agrícola é escassa no arquipélago, a única ilha onde alguma terra fértil e propícia para o trabalho pode ser encontrada é a ilha de Laes e um pouco no centro da ilha de Megenn. Em Laes a plantação de tabaco trás muitos lucros para o arquipélago. Além de produzir um fumo de ótima qualidade que é vendido para a maioria das regiões do mundo, muito da produção é vendida no próprio arquipélago para todo o tipo de gente. As plantações de fumo também estão infestadas de mão-de-obra escrava. Já em Megenn, a pouca terra é usada para produzir toda a sorte de bebidas, em especial o rum. Os lucros são bons nesse ramo, a maior parte do rum é vendido no próprio reino para os piratas e marinheiro que não podem viver sem um estoque grande nos seus navios.
Outro item importante na economia é o peixe e os frutos do mar. Por existir um mar muito calmo no centro do arquipélago, a pesca é muito lucrativa. A costa das ilhas também possui muitos crustáceos que também são bem aproveitados. O peixe e os frutos do mar são a segunda maior fonte de renda de exportação no arquipélago, vindo logo atrás da madeira nobre, barabá, muito valorizada no mundo todo para a confecção de navios e outros itens de qualidade excepcional.
Muitos reinos ricos fazem negócio com o Arquipélago da Escama secretamente. O fato de o reino ser governado por piratas e trabalhar com esses cães é conhecido por todos, e isso faz os reinos mais ricos terem receio de negociar abertamente. Mesmo com os riscos que podem correr, eles não deixam de comprar muitas especiarias, principalmente a seda, muito valorizada entre os nobres, roubadas por piratas de nações rivais. Algumas nações chegam ao extremo de informar quando e por onde passarão galeões dos reinos rivais cheios de mercadoria para os piratas do arquipélago roubarem e venderem a eles por preços menores, já que os marujos ganham muito em cima desses saques programados.