MAS tenho a impressão que se fizéssemos um levantamento de todos os cenários mainstream e indie publicados, veriamos que a maioria dos maintream consistem em variações conservadoras de 1 ou 2 gêneros estabelecidos (high fantasy tolkienesco sendo o principal), enquanto os jogos indie, apeasar de também possuirem seus high fantasy, possuem mais gêneros obscuros e excêntricos, e até mesmo coisas dificeis de serem classificadas (qual o gênero de Dogs in the Vineyard, My Life with Master, e Lacuna por exemplo? ).
Variação
conservadora?
Pense nos cenários da TSR, a começar com
Spelljammer (Damn, o cenário coloca a Física Aristotélica como base da realidade),
Planescape e
Dark Sun - todos os 3 podem ser chamados de "High Fantasy", mas distorcem brutalmente quase todos os tropes aplicados a ela e misturam com algum outro gênero (Pós-Apoc para Dark Sun e Space Opera com Spelljammer). Sem contar que a Wizards of the Coast lançou
Everway, a maior tentativa de lançar um "Indie RPG" no mercado "Mainstream" seguindo todos os conselhos "trendy" no ramo nos anos 90 (que o planes chamava, corretamente, do "Woodstock do RPG").
Saindo do território da Wizards/TSR, dá para citar no caso da WhiteWolf ao menos
Mago: Ascensão (e o seu spin-off, Cruzada dos Feiticeiros),
Vampiro: A Máscara e
Wraith: The Oblivion. Não é sequer necessário citar Vampiro (well, eu não acho ele nenhum pouco inovador, mas aqui é meu gut-feeling falando muito mais alto), mas Mago era consideravelmenta criativo tematicamente (Conflito de Visões do Mundo, Magia como "Expressão da Vontade", a própria idéia do Paradoxo) e Wraith vinha com a "Shadow", a versão "sombria' do seu personagem - que era controlada por outro jogador. Além de ser um dos cenários mais deprimentes que eu já li.
E lembre-se, esses RPGs suportam uma variação temática muito maior do que qualquer "Indie RPG", já que não são feitos com a idéia "forgística" de que um bom jogo deve ser limitado tematicamente e tentar agradar uma (e só uma) forma de jogar. Aliás, talvez seja esse o motivo de tais RPGs serem "excêntricos" ou "criativos": eles tem que ser de escopo restrito e fazerem de tudo para reforçar tal escopo.
"Eu não sou católica, mas considero os princípios cristãos - que tem suas raízes no pensamento grego e que, no transcorrer dos séculos, alimentaram todas as nossas civilizações européias - como algo que uma pessoa não pode renunciar sem se aviltar" Simone Weil
When you decide to grant power to government, start by thinking "What powers would I allow the government to have over me if I knew that my worst enemy in the world was going to be in charge of this government?" - Hastings & Rosenberg.