Aqui a raça que ficou em terceiro lugar no concurso de raças da spellforever. Direto para o cenário oriental.
Q'errgizkraf
Nas profundas crateras de vulcões habitam seres estranhos ligados ao fogo. Criaturas de aspecto aterrador aos leigos, mas ferreiros orgulhosos, capazes de forjar armas e obras arquitetônicas únicas com metal extraído diretamente da lava derretida. Os Q’errgizkraf (também conhecidos como Yashtab-hen pelos cinocéfalos) também são muito cautelosos com estrangeiros e outras raças, em especial humanos.
Personalidade: Os q’errgizkraf são reclusos e pouco sociáveis, tanto por sua cautela excessiva quanto por sua aparência e personalidade alienígena. São muito atrelados a suas tradições e deveres para com a sua tribo, sendo por isso dificilmente corruptíveis pelo ouro, jóias ou qualquer outra forma de riqueza de outros povos. Consideram a metalurgia como uma grande arte, alcançada realmente apenas por aqueles capazes de lidar com o fogo e metal derretido com as próprias mãos, considerando, portanto as armas e objetos diversos de metal alheios como “rrlahkhá”, significando algo próximo a “inferiores, vulgares e mortos”. Devido aos seus modos de reprodução diferenciados, o seu conceito de paternidade e maternidade são praticamente nulos. Em compensação o conceito de fraternidade e comunidade são mais intensos, sendo que no máximo reconhecem os mais velhos como “aqueles nascidos antes”, “distribuidores das sementes da vida” entre outros conceitos.
Descrição Física: Os Q’errgizkraf medem entre 1,90 a 2,20 metros de altura, sendo bem longilíneos, com pescoços, tronco, braços, pernas e cauda compridas. Sua face é comprida como a de um cavalo, tendo 2 pares de olhos pequenos e de brilho vermelho intenso, ausência de nariz, narinas ou orelhas e uma mandíbula vertical semelhante a de um inseto, embora com uma fileira de dentes de aspecto ligeiramente metálico fosco de cada lado e sem lábios. Suas línguas são muito compridas e emitem um brilho amarelo vivo intenso, sempre gotejando um líquido ardente. A pele deles é pedregosa, parecendo rocha vulcânica escura e sempre com algumas rachaduras das quais se vê a pele macia, brilhante e ardente assemelhada ao magma. Suas mãos têm 6 dedos, sendo que dois são polegares, um em cima e outro embaixo. As fêmeas são maiores que os machos, sendo que estes por sua vez são capazes de emitir cantos extensos, usados para seduzir as fêmeas. Reproduzem-se de modo semelhante a anfíbios, executando o ato sexual em crateras vulcânicas especialmente selecionadas e assim soltando o sêmen e os óvulos em grande quantidade. Depois que nascem e passam do estágio larval durante 5 anos eles crescem e se tornam uma espécie de “pupa” por mais 3 anos, sendo deixados em paredões especiais denominados “Órqéshze”, na qual os constantes cânticos em uma forma muito simplificada do idioma fazem com que os filhotes dentro das pupas aprendam noções rudimentares do mundo onde vivem, com base em suas memórias da fase larval adicionado a essa linguagem “materna”. Depois do estágio de pupa eles ainda terão aproximadamente mais 9 anos de adolescência pela frente, onde aprenderão com alguns de seus “jiolwat’a” (irmãos, embora sejam irmãos de criação do qual se cria um laço afetivo e espiritual intenso). Eles não se vestem com nenhuma roupa, por elas se inflamarem rápido, sendo que no máximo se enchem de jóias e pendurilhacos de metal e carapaças de determinados tipos de criaturas nativas das crateras vulcânicas. Também esfregam em seus corpos certos tipo de ervas catadas nas vegetações próximas aos vulcões para queimar como incensos em seus corpos, em especial para facilitar um pouco no contato com as outras raças. Um q’errgizkraf pode viver até 160 anos.
Relações: Os q’errgizfraf tendem a se relacionar muito pouco com outros povos. Consideram os humanos pouco confiáveis por causa de sua ambição desmedida. Em tempos anteriores algumas de suas tribos foram dizimadas pelo império humano negro dos Baotowatil, sendo que tal império ruiu a mais de 700 anos e deu aos q’errgizkraf a chance de revidar e matar grande parte dos colonos que permaneceram ali, se tornando um povo submisso aos q’errgizkraf , que só exigem respeito com a natureza do local e alguma adoração mínima e evitar contatos ou repelir povos humanos visivelmente mercantis ou militaristas. Nos últimos anos as tribos das ilhas do norte do arquipélago cederam a acordos comerciais feitos com os cinocéfalos, que contam com uma marinha competente, além de contar com um apoio de alquimistas e até mesmo em último caso magos capazes de descobrir meios de apagar o fogo interior que surge do corpo dos q’errgizkraf. Desde então os cinocéfalos mantém o comércio de itens manufaturados de metal, desde jóias, mobília, esculturas (estas devidamente encomendadas para atender os desejos e ego dos nobres e comerciantes abastados de Tebshad), e até armas, sendo que algumas são forjadas num metal exótico exclusivo da região conhecido como “k’oftq’urech . Sua forja é muito difícil e apenas os q’errgizkraf tem domínio dessas técnicas, oferecendo como itens esse metal no máximo espadas pequenas, versões muito melhoradas das cimitarras dos cinocéfalos. As raras vezes que viram gnolls ou ciápodes os consideravam raças escravas ou servis aos cinocéfalos. Nunca viram śusk’o, humanos de aspecto mongolóide ou caucasiano ou qualquer outra raça de terras distantes.
Tendência: os Q’errgizkraf são desde cedo doutrinados a considerar a sua comunidade extremamente importante, como se fossem todos os membros dela irmãos. Os vulcões e as suas rochas são o seu lar e atrelado diretamente a suas vidas. Defende-los é dever de todos. Levando tudo isso em conta eles tenderão a serem Leais. Os que adotam postura diplomática com os outros povos e tentam se integrar a eles geralmente são Bons, os que mantêm a cautela necessária são Neutros. Embora algumas vezes a cautela torne-se paranóia e resulte em derramamento de sangue desnecessário e atitudes muito duras até mesmo com o próprio povo tendam ao Mal por determinados momentos.
Terras dos Q’errgizkraf: Nos mares ao sul de Tebshad e em distância mediana a um outro continente a Oeste se encontra o Arquipélago da Lua Crescente Vermelha, composto por aproximadamente mil ilhas, cuja disposição e arranjo característicos concederam o nome do arquipélago. Chamado pelos q’errgizkraf como “Ásunrrróqealsh” (Legado da Morte) tal arquipélago é composto de ilhas vulcânicas, sendo que apenas as ilhas da Ponta Norte e da Ponta Sul são habitáveis pelos humanos e formas mais convencionais de vida.As outras ilhas (e as maiores) são de difícil acesso para outras raças, tanto pelo calor intenso quanto pelas criaturas teríveis que ali vivem como thoqquas ( conhecidas pelos nativos como “rrat’aichralt”, “kal-ódgifr” ou “shirrk’eg-haz”), elementais e alguns outros seres estranhos desconhecidos. Nas ilhas do sul existem algumas populações humanas que consideram os q’errgizkraf como intermediários de deuses ou espíritos superiores a serem temidos e reverenciados, até mesmo com sacrifícios humanos, deixando os q’errgizkraf meio embaraçados. Eles vivem dentro de crateras vulcânicas, fazendo as suas comunidades de no máximo 600 habitantes às margens de onde se acumulam rios de lava e próximo aos paredões, cirando conjuntos de casas feitas com lava esfriada, fazendo com que as suas habitações se assemelhem a algum tipo estranho de colméia. Essas habitações são revestidas por um emaranhado de fios de metais diversos formando padrões complexo que lembram remotamente teias desordenadas de aspecto cromado. Sem contar com os fios metálicos gigantescos (denominados de “Hrráq’eok’adtor”) que formam estranhas redes dentro da cratera do vulcão e cada uma sendo erigida a cada 2 anos, numa espécie de ritual de iniciação a vida adulta dos q’errgizkraf, onde eles devem provar os seus dons metalúrgicos moldando um grande fio que será erigido nas paredes da cratera. As estruturas mais complexas desse tipo são as feitas pelas tribos das ilhas centrais.
As tribos mais conhecidas em geral usam como sistema de governo um líder tribal administrativo (“fostukgir”) escolhido por voto popular de 7 em 7 anos, sendo que mesmo assim as decisões devem passar por um conselho de 27 anciões conhecido como t’ash-haéf.
Os q’errgizkraf se dividem em etnias, que por sua vez se dividem em diversas tribos. Os aqalshk’at são os que habitam nas ilhas ao norte e do qual algumas tribos tiveram contato e comércio forçado com os cinocéfalos. Nas ilhas centrais se amontoam as etnias Llkat, Ógshirta, Woq’uqajjaikf, Rér-héch’aklafh, Izhuqhafr e Áthshkr-ahtfr, sendo essas as etnias mais poderosas e capazes de construir as maiores estruturas e até mesmo possuidoras de maiores segredos. Nas ilhas do Sul reside a etnia Drakgralt’at, que mantém um domínio sobre a etnia humana negra Waobenlek, descendentes diretos dos sobreviventes dos massacres cometidos pelos q’errgikraf da região assim que o antigo império que os escravizava foi desfeito.
Um mistério relacionado aos q’errgizkraf é de como uma espécie aparentemente vulnerável a água conseguiu colonizar um arquipélago. Muitos teorizaram sobre a possibilidade do arquipélago ter sido uma única ilha no passado, ou teorias acerca de barcos feitos de pedra-pomes ou uso de magias poderosas na antigüidade.
Religião: Animismo. Eles crêem que antigamente o mundo era muito mais vivo e vulcânico, sendo que as águas do mar são a personificação da própria morte que veio destruir a antiga ordem do mundo. Sendo assim os espíritos antigos (também conhecidos como Kajjartkó) buscaram soltar a s sementes de sua vitalidade, criando as ilhas do arquipélago onde eles atualmente vivem. Mesmo com esses grandes deuses mortos a ilha ainda se manteria viva por fragmentos do poder desses deuses, que ainda reagem intensamente, em especial nos vulcões, tidos como regiões sagradas e tendo inclusive alguns vulcões proibidos e cujo acesso é permitido apenas a xamãs especiais (ou “húrqaq’o”). Na visão deles as raças que vieram além-mar são a personificação de uma nova criação, gerada pela própria força da morte, e portanto considerando-os perigosos.
Idiomas: Existem indícios de pelo menos 4 troncos lingüísticos existentes atualmente nessa raça. O mais conhecido e registrado (devido ao contato recente com os cinocéfalos e humanos de Ram-ud) é o tronco k’oltaqugesh, da qual se origina o idioma Aqalshréj.
Uma limitação característica a todos os idiomas dos q’errgizkraf (a palavra do aqalshréj para denominar a qualquer membro dessa raça) é a ausência de sons que dependam dos lábios ou sons nasais, fazendo com que os fonemas B, P, M, N, Ñ, V ou o Ü do alemão.
Os idiomas do tronco k’oltaqugesh, em especial o idioma aqalshréj, são caracterizados por serem aglutinativos, terem uma grande quantidade de casos gramaticais, seguirem o padrão Objeto-Verbo-Sujeito, além de conseguirem conjugar os verbos em um tempo equivalente a um passado muito remoto.
Possuem 5 gêneros, o masculino, o feminino, o neutro (usado em geral para cargos ou grupos mistos), o rshílk’é (gênero aplicado ao que eles consideram vivo, como os metais, a terra, o fogo, a lava, etc) e o lkufoz (gênero aplicado a objetos ou seres vivos associados a morte, por virem do além-mar ou por serem originados da água, além da própria água). Obviamente é um idioma muito rico em termos ligados a metais, rochas e fogo, embora tenha uma carência forte de cores como o verde e azul, tendo apenas uma palavra que designa ambas as cores sem diferenciá-las (Khosfér). É rico em sons glotais e aspirados e possui os fonemas A, E, I, O, U, K, KH, K’, G, GH, T, TH (como em think), T’, D, J, R, RR, L, F (embora sem o uso dos lábios, tornando um som diferente), Q (nesse idioma e nos idiomas dos q’errgizkraf em geral existe a diferenciação do K e do , como no árabe) Q’, Z, S, H, CH, CH’, SH, J (como o J do português em geral) e JJ(como o J do inglês e japonês). Os acentos agudos são usados para representar vogais longas ao invés de indicar sílabas tônicas.
Não possuem um sistema de escrita, tendo no máximo intrincados auto-relevos de fios de metal usados na confecção de objetos de arte e representando conceitos em geral, principalmente ligados as suas crenças xamânicas.
Ainda não se sabe como são os idiomas dos outros povos, cuja existência só é confirmada por poucos registros de viagens e de relatos dos povos humanos cativeiros ao Sul, mas supõe-se que sejam muito mais intrincados e complexos, com exceção dos idiomas das etnias q’errgizkraf do Sul, por terem um contato maior com humanos desde o passado.
Em geral os q’errgizkraf sabem mais de 1 idioma local devido aos seus intercâmbios constantes entre aldeias.
Nomes: Assim que um q’errgizkraf sai de sua pupa, ele recebe o nome da tribo. Depois recebe outro nome, o do conjunto familiar de “irmãos” e “irmãs” que cuidarão dele (denominado Hq’alsut). E por fim um nome individual, que vem depois dos outros dois nomes.
Nomes de Aldeias: Aqalshk’at, Rarútk’ok’ar, Lerféokda, Kalshchiteq, Zórféjart’osh, Ozrat’aklashtur
Nomes de famílias: Kerirka, Ohortagáf, Aqolq’a, Jirtírfkol, Dark’ótarsh, Shurqaktatho
Nomes masculinos: Aq’asalarat, Goturaer, Jjafhurk’ol, K’olkadtaf, Áf-rortag-há, Korgak’izat, Sharshfat’ó.
Nomes Femininos: Elirq’i, Kóltalshel, Churt’ik, Rách’ehelt, Dargikho, Khok’oit, Jjuhiljik, Qildefthí.
Aventureiros: Os Q’errgizkraf geralmente se aventuram para se dirigirem até outras tribos e etnias de sua raça e assim manter a integração da raça. Também é o caso de alguns serem forçados a integrarem grupos de viagem com cinocéfalos até Tebshad ou algum outro território.
Classe Favorecida: Xamã