Atenção, aviso: muitos nomes usados empregam algumas letras diferentes que parecem impronunciáveis à primeira vista. as letras acentuadas ś e ć representam na verdade os sons de SH e CH, respectivamente. As apóstrofes das letras K',T',CH' e P' representam versões "estalidas" das letras representadas .
No último ano os reinos humanos souberam da existência de uma potencial nova ameaça a eles. Uma raça brutal, intrépida e pouco conhecida mostra sua ferocidade, provocando destruição em muitos locais onde passaram. Os śusk’o agora se mostram como mercenários prestativos a muitas cidades de Neerghul, embora ainda haja sobre eles uma forte aura de desconfiança, aparentemente com razão. Sua brutalidade e aparência monstruosa escondem uma sociedade organizada e com fortes convicções religiosas, uma verdadeira máquina de guerra a se revelar.
Personalidade: Os śusk’o são em geral belicosos e agressivos. Também são um povo bastante devotado religiosamente e a absoluta maioria de algum modo crê na divindade de um gigantesco cadáver, conhecido como Kamuk-Aaśuu no interior de seu reino. Suas convicções são fortes e sua crença na superioridade de sua espécie e de que todas as outras devem ser manipuladas, escravizadas ou destruídas. Quando conveniente eles se mostram dispostos a ajudar a quem possam obter favores e se fortalecerem deles. Quando guerreiam os śusk’o realmente são capazes de semear o terror com sua força, poder, astúcia e crueldade. Em especial a crueldade e força.
Descrição Física: Os śusk’o são altos e magros, medindo de 2,10 a 2,55 metros de altura e pesando de 80 a 140 quilos. Os machos são em geral ligeiramente mais altos e mais musculosos que as fêmeas. Tem peles duras e de cores vivas como vermelho, verde, amarelo, azul, laranja ou roxo. Seus cabelos são lisos, duros e de cores metálicas como prateado, dourado, bronze ou cobre. Muitos deixam seus cabelos longos e os machos também podem ter barba e bigodes bem parecidos com seus cabelos. Suas bocarras têm fileiras de dentes afiados cuja arcada inferior (em especial dos machos) tem dentes caninos e alguns incisivos protuberantes, de modo ligeiramente parecido ao de um javali, embora de presas mais intimidadoras. Seus olhos variam entre diversas cores vivas como vermelho, amarelo, verde, castanho, prateado ou púrpura. Possuem na testa um terceiro olho, que funciona como modo de ativar seus misteriosos poderes inerentes a sua espécie e que pode variar dependendo da linhagem. Também tem chifres em suas testas, igualmente intimidadores, embora sem uma real função de defesa ou ataque. Se vestem com roupas de aspecto rude e suas armaduras são em geral feitas de couro, ferro, algumas vezes de aço, além de estranhos materiais, sendo que muitos deles lembram ossos metalizados ou de aspecto estranho. Tendem a se encher de troféus e pendurilhacos feitos a partir de pedaços dos corpos de suas vítimas. Os altos oficiais sacerdotes e conjuradores arcanos tendem a usar vestes muito mais elaboradas, em especial os sacerdotes e conjuradores. Muitos śusk’o da facção Majuśwoppurja são mais baixos que a média dos outros de sua raça (de 1,85 a 2,10 metros de altura e de 58 a 90 quilos), além de terem pele de cores mais escuras e menos chamativas.
Relações: Para os śusk’o os seres humanos são fracos e potenciais escravos e sacrifícios, embora saibam que eles podem ser adversários muito difíceis e que possam sair perdendo caso entrem em uma guerra, preferindo primeiro se infiltrar cuidadosamente nas sociedades humanas de forma a conhecer melhor suas fraquezas, plano esse ainda em fase inicial e cujos resultados poderão demorar muitas décadas ou até séculos, e sem nenhuma garantia de sucesso mesmo sendo considerada todo esse tempo de demora. Mas isso não impede os śusk’o de atacarem com requintes de crueldade e fúria inúmeros povoados e aldeias humanas de forma a não deixar praticamente ninguém escapar vivo. Dentre os humanos os śusk’o tentam se relacionar mais com as diversas cidades-estados da porção leste de Neerghul, aproveitando de suas rivalidades para encontrarem trabalhos como mercenários e assim ajudarem mais a semear a guerra por essas regiões. Shian-hu definitivamente não vê com bons olhos a raça śusk’o, pois alguns śusk’o provocaram o massacre no monastério Xian Pà Mien. Alguns deles da facção Oag-gakara decidiram partir em expedições pequenas de exploração de terreno e chegaram até territórios do grandioso império de Sakya, considerado um dos maiores perigos para qualquer tentativa de invasão, devido tanto aos impressionantes números de seu exército quanto à disciplina deles. Tais expedições viajam com muita cautela em território dos cinocéfalos, mais para que não sejam reconhecidos pelos ciápodes, a quem consideram interessantes como sacrifícios, alimento e troféus, do que por qualquer outro motivo, especialmente para que não criem uma imagem ruim ante os cães antropomórficos de Tebshad. Tenshi ainda não foi visitada por śusk’o, apesar de alguns diplomatas de Tenshi ao terem ouvido as descrições sobre a aparência dos śusk’o terem achado-os de algum modo estranhamente familiar, talvez similar a monstros e demônios mitológicos de algum tipo. Mas se existe uma nação a quem os śusk’o manifestam um ódio intenso e descarado são contra Näkşövri, a outrora gloriosa nação dos homens-iaque das proximidades do Norte conhecidos como Haçmaşut, com os quais mantiveram uma longa guerra de mais de 1 século. Atualmente a maioria dos escravos dos śusk’o são haçmaşut capturados e criados de maneira cruel e desumana, como se fossem simples gado.
Tendência: A sociedade dos śusk’o em geral exige um alto nível de compromisso com a sua facção, sua religião e a busca da superioridade de sua espécie em relação as outras. Mesmo entre as diversas tribos bárbaras que se encontram espalhadas ao longo de Akkungaohumakśuo existe alguns códigos relativamente fortes de conduta em relação a sua tribo. Rebeldia são para os ineptos e assim são tratados e prontamente executados. Suas tendências estão quase sempre ligadas ao Mal e a Ordem, sendo no máximo neutros em um ou nos dois aspectos, não importando a qual facção pertençam.
Terras dos śusk’o: Seu reino fica a leste da cadeia montanhosa de Nuoleem-ghomu (nos dialetos dos povos neerghulyenus que vivem próximos a essa região). O reino de Akkungaohumakśuo é praticamente desconhecido pelos não-śusk’o e das poucas vezes que foi explorado é descrito como uma região de terrenos irregulares e pedregosos onde ossadas gigantescas jazem aos montes como parte integrante do relevo e cuja vegetação é estranha demais para ser considerada feita a partir de plantas, além dos céus ligeiramente avermelhados e com dias ou noites muito longas devido a sua proximidade com o círculo polar. Essa região é temida por degenerar as pessoas fisica e mentalmente, tornando-as ao longo do tempo seres tão asquerosos e pútridos como mortos-vivos e tão insanos a ponto de suas palavras soarem tão depravadas que os murmúrios de um demônio. Os śusk’o aparentemente não sofrem nenhum desses efeitos – pelo menos não de forma a serem fragilizados por eles. Suas cidades em geral não são muito grandes, abrigando somente algumas centenas ou poucos milhares de shusk’o. Excessão a tal regra são as poucas metrópoles shusk’o, incluindo a cidade Hoabanuok’uratmuo (Aríete para o Oeste), Maruzmuo (Porto), Śurumazrujamuo (Redomas brancas) e sua capital e principal centro político, cultural, religioso, econômico e bélico de seu reino, a grande cidade de Wuugusoć’azmuo (Andaimes do Altar), construída aos arredores e até mesmo por dentro do cadáver da divindade única e poderosa da religião shusk’o, Kamuk-Aaśuu. Suas casas geralmente são feitas de grandes ossos dos inúmeros cadáveres gigantescos retirados da região, substâncias remotamente semelhantes a bambu ou até mesmo madeira extraídos das “plantas” nativas do reino (denominadas pelos nativos como waokor), peles extendidas de criaturas criadas como gado e rochas. As fortalezas, templos religiosos e edifícios importantes também usam muito bronze, ouro e estranhos metais proprios da região, como um metal negro de grande valor financeiro conhecido como koot-rutk’a (ouro negro). Além de misturas em muito semelhantes a um cimento avermelhado e feito a partir de muitos corpos triturados entre outros ingredientes, que são amplamente utilizadas na confecção das mais diversas estruturas nas cidades, desde as mais simples as mais elaboradas e imponentes.
Em terras extrangeiras os śusk’o geralmente atuam como mercenários ou exploradores, bastante cautelosos em território longínquo mas implacáveis próximos de seu reino.
Religião: Monolatria. Os śusk’o tem como a sua divindade o gigantesco cadáver Kamuk-Aash\\śuu, parte intrínsceca da grande metrópole Wuugusoć’azmuo. Mesmo que os śusk’o reverenciem apenas Kamuk-Aaśuu como divindade de fato isso não impede com que as camadas populares e tribos de regiões mais afastadas prestem culto a uma miríade de semi-deuses, espíritos maiores, ancestrais sagrados e santos, que seriam mais “acessíveis” a questões menores, como cura de doenças e maldições, garantia de uma boa caça, eliminação de um rival, dentre outras. Na capital a população não se vale de criaturas intermediárias e prestam um culto mais direto a Kamuk-Aaśuu.
A prática dos sacrifícios de escravos e criminosos é muito comum e amplamente divulgada pelos cleros em grandes procissões e eventos significativos e importantes.
As visões religiosas acerca de Kamuk-Aaśuu estão divididas em três vertentes que já estiveram em conflito muito intenso a ponto de terem sido travadas verdadeiras guerras santas. Essas três facções seriam Womutać’ok’ar (Fôlego Vermelho, que crê numa guerra final entre Kamuk-Aaśuu contra outras hostes de divindades e cuja vitória deve ser garantida a Kamuk-Aaśuu em troca de uma nova era de glórias e descanso eterno; Oag-gakara (Espinha Verde/Azul. No idioma padrão dos śusk’o não há uma diferenciação clara entre as cores verde e azul), que crê que kamuk-Aaśuu ficou aprisionado neste mundo através de um complexo conjunto de selos mágicos conjurados por outras divindades e cujos segredos para desvencilhar sua reverenciada divindade de tal prisão estão contidos nos fenômenos naturais do céu e em complexos cálculos geográficos que determinarão a localização exata dos elos frágeis de tais lacres; e a polêmica facção Majuśwoppurja (vísceras ocre), que crê que a adoração a Kamuk-Aaśuu é muito perigosa e que deve-se evitar que ele acorde, para o bem de todos, e por isso se valem dos meios mais sujos para que seus objetivos se concretizem.
Idiomas: O idioma padrão e amplamente utilizado pelos śusk’o é o shusk’otug (fala śusk’o). O śusk’otug é um idioma aglutinativo e cuja seqüência em uma oração é do tipo Verbo-sujeito-objeto. Usa amplamente partículas (característica essa encontrada no idioma japonês) em muitas situações. Os verbos são na verdade substantivos que são transformados em verbos através de um prefixo. Possui apenas três vogais, “a”, “o” e “u”, sendo que o “o” é sempre fechado. Possui 19 consoantes. K, g, t, r (sempre com som de caro), s (sempre com som de som), ś (como "sh" no inglês), h(com som aspirado como no inglês ou japonês), n, m, z, k’, t’, b, w, j (com som de James), ć (com som de tchau), ć’, p, p’. Os fonemas representados com a adição de uma apóstrofe são versões especiais de seu respectivo fonema, representando uma “explosão” sonora com a língua, que também se encontram no idioma aymara (é, a explicação não está muito boa, talvez só ouvindo o som). O śusk’otug usa como sistema de escrita o Oraon-urbawojou (Escrita dos Blocos de Três Partes), que ficou resumido na fala coloquial como Oronurjou. É uma escrita scomposta por blocos silábicos de até 3 caracteres por bloco. A leitura é de cima para baixo e da direita para a esquerda, de forma idêntica ao japonês ou chinês. As sílabas em śusk’otug podem ser V(vogal), VV, CV(consoante vogal), CVC, CVV, VVC ou CCV(apenas consoantes duplas). Consoantes duplas indicam pausa ao se pronunciar determiada consoante e nunca apodem ser usadas no início da palavra. E caso uma sílaba terminada em consoante tenha como próxima sílaba uma que comece com vogal existe uma pausa entre elas, como na palavra man-uk (regra). Encontros de consoantes não geral encontro consonantal, sendo pronunciadas separadamente. Todas as sílabas são tônicas e as vogais nunca são nasalizadas sob nenhuma circunstância.
A literatura dos śusk’o é rica em mitologias diversas envolvendo Kamuk-Aaśuu, além de inúmeros tratados teológicos, registros de guerras. Os Oag-gakara tem em suas mãos as maiores bibliotecas em toda Akkungaohumakśuo. Muitos de seus livros tratam sobre astronomia, astrologia, além de noções básicas e (muitas vezes cheias de elementos pseudo científicos e cheios de misticismos) sobre meteorologia, medicina, geologia, química, entre outras.
Nomes: Os śusk’o tem nomes com vários significados ligados a coisas que consideram importantes ou relevantes, em especial ligados aguerra, religião ou eventos naturais. Os nomes dos grandes clãs religiosos, conjuraodres, militares, nobres (mercadores) usam nomes e sobrenomes em variantes cultas ou arcaicas o śusk’otug.
Aventuras: Os śusk’o se aventuram por diversos motivos. Os Womutać’ok’arwuz se interessam por reconhecer terreno para futuras guerras e se aprimorar na espada. Os Oag-gakarawuz se interessam em mapear melhor o mundo ao seu redor e assim buscar os segredos do que estaria lacrando kamuk-Aaśuu a este mundo, além de conhecimentos diversos. Os majuśwoppurjawuz se aventuram para acompanhar cada passo do restante das outras facções e assim impedir que possam de fato conseguir fortalecer Kamuk-Aaśuu..