[Raça] Privodnaha

Projeto coletivo de criação de um cenário oriental para o sistema d20, bem como criação e alteração de regras para o mesmo.

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[Raça] Privodnaha

Mensagempor Madrüga em 24 Ago 2007, 11:42

Privodnaha

Traços físicos
É praticamente impossível confundir um privodna com outro tipo de humanóide. Eles têm altura mediana (entre um metro e meio a um metro e setenta centímetros), corpos normalmente esguios e um tom de pele que varia do castanho-esverdeado ao verde-escuro. Finos cabelos esverdeados cobrem suas cabeças, e seus olhos são normalmente amarelos, castanhos ou verdes.

Embora haja distinção entre homens e mulheres, isso é completamente uma questão de temperamento: os corpos de ambos os “sexos” são praticamente idênticos, havendo uma diferença maior apenas na forma e nos traços do rosto. Privodnaha têm temperamentos masculinos ou femininos, sendo capazes de se apaixonar e até estabelecer uniões, mas os rituais de fertilidade independem de qualquer diferença entre seus corpos.

As estações têm um belo efeito na fisionomia de um privodna: quando chega o outono, seus cabelos e pele começam a mudar de cor, adquirindo matizes avermelhados. Na primavera, as cores ficam mais vivas e as mulheres chegam a manifestar flores nos cabelos e tons lilases. No inverno, os privodnaha perdem muito de sua exuberância, tornando-se mais austeros e com cores mais escuras.

Eles costumam favorecer tons de verde e castanho em suas vestimentas e armaduras, para melhor se camuflar na floresta. Além disso, não é comum ver um privodna utilizando armaduras ou escudos de metal: eles preferem usar o couro de animais que tenham morrido de causas naturais ou caçados por outrem, além da madeira de certas árvores da região, conhecidas por sua resistência e leveza.

Personalidade/temperamento
Os privodnaha são um povo reservado e silencioso. Embora sejam bastante plácidos, a rapidez com que eles se voltam à fúria é impressionante: eles tendem a se apegar a alguns ideais e a reagir violentamente quando esses ideais são contrariados. O privodna padrão é extremamente ponderado, e tende a pesar bem os diversos lados das questões antes de agir; contudo, é capaz de um ímpeto inexplicável ao fazê-lo.

Eles são racionais ao extremo – talvez, dizem os poucos que se aventuram a falar no assunto, herança de seu parentesco com as árvores –, e têm um tipo de pensamento completamente alheio aos padrões da maioria das criaturas. Alguns argumentam que a racionalidade dos privodnaha é uma farsa, um condicional imposto pelos anciões para conter uma raça que facilmente perde a cabeça.

Quando em contato com desconhecidos, os privodnaha são considerados apáticos, pois não manifestam muito interesse pelas vidas de outras pessoas. É de se compreender, visto que passaram séculos em guerra com diversas outras raças, e os novos nativos de Avkhass têm uma certa dificuldade em travar contato com outras culturas, o que se traduz em uma completa falta de habilidades sociais e, muitas vezes, em uma sinceridade extrema, que chega a ser ferina. O privodna normal também não perde muito tempo com minúcias de etiqueta, chegando a ser considerado grosseiro por ser tão direto.

Traços culturais

A religião dos privodnaha (e um traço fundamental de sua cultura) é o culto à natureza, personificada em uma imagem materna. A Matriarca, como é chamada pelos privodnaha, é o próprio planeta personificado, e todos são seus filhos. Os fenômenos naturais, como trovões, chuvas e terremotos, todos são reflexos de algum sentimento da matriarca. Os privodnaha cultuam todos os fenômenos naturais, e divinizam alguns, como o sol e a lua, mas sempre com menos ênfase que a matriarca. Apenas mulheres podem ser xamãs entre os privodnaha, e apenas os homens podem ser guerreiros sagrados.

Os ritos são relativamente simples, e consistem em apascentar a Matriarca através de agradecimentos, oferendas e rituais de purificação da floresta. Séculos de rituais tornaram a vegetação de Avkhass altamente resistente às intempéries e à depredação: a extração de madeira da floresta é quase impossível por meios mundanos, e as cidades e vilarejos vizinhos da floresta já quase não tentam mais derrubar árvores de lá. Apenas Daguna conseguiu um feito similar, fato que pesou consideravelmente na mudança de atitude dos privodnaha para com o mundo exterior.

A cultura privodna é uma cultura de meditação e paciência: boa parte das cerimônias são conduzidas a meia-voz, com bastante contemplação e observação. Espera-se que o privodna contenha seu espírito de agressão, e diversas disciplinas são formadas ao redor desse conceito: algumas formas de arte (como escultura e pintura) e artesanato (produção de itens básicos) são incentivadas como forma de manter a alma limpa. Obviamente, essas atividades são feitas com o que a natureza oferece. Outra atividade bastante difundida é a prática de arco e flecha: a paciência necessária para mirar e atingir um alvo estático é cultivada e ensinada mesmo às crianças.

Os privodnaha não se relacionam muito bem com qualquer tipo de vida que exista fora da floresta, têm uma rixa ancestral com os fnugsata. Eles vivem bem com os recursos que a própria floresta fornece, e não procuram nada além disso; às vezes, alguns emissários dos privodnaha saem da floresta em busca de especialistas que possam forjar metal para armas (há diversas minas nos subterrâneos da floresta) ou mesmo em busca de armas prontas, sejam quais forem os meios para consegui-las.

Recentemente, o povo entrou em um tênue acordo de paz com os vunyatra depois de um episódio em particular: os alquimistas de Daguna provaram ser capazes de produzir uma espécie de óleo capaz de espalhar fogo rapidamente mesmo pela floresta de Avkhass, consumindo uma pequena parte dela no processo. Isso assustou sobremaneira os anciões privodnaha, que desde então fizeram um acordo com os impérios de Daguna e Ramkûd: em troca do fornecimento de algumas armas e especiarias, eles dariam acesso a algumas das minas subterrâneas – claro, desde que eles mesmos lidassem com a ameaça dos fnugsata – e a muitas ervas medicinais e de uso alquímico, abundantes em Avkhass.

O privn'li é o idioma corrente das diversas tribos dos privonaha. É uma língua relativamente simples, com apenas o necessário para que eles se comuniquem adequadamente. Não há registros escritos da língua, mas nas poucas vezes em que eles ocorrem – um fenômeno recente – os privodnaha utilizam uma variante do alfabeto bez-shinal de Daguna, a cultura letrada com a qual eles mais têm contato. Mesmo entre os mais velhos da raça e nas histórias mais antigas contadas entre os privodnaha, não parece ter havido uma língua privn'li arcaica muito diferente da atual; séculos de isolamento parecem ter mantido a quase integralidade da língua original desse povo, salvo alguns neologismos decorrentes do recente contato com os habitantes de Daguna, Tervat, Pehelnaur ou Bujdret. Algumas variações de pronúncia acabam por ocorrer em tribos muito distantes, mas nada que um falante proficiente não possa compreender. O organismo único dos privodnaha torna o privn'li quase impronunciável para membros de outras raças (notável exceção feita aos fnugsata). Eles conseguem sons aproximados, mas que são suficientes para se fazer entender.

Localização
Principalmente radicados na gigantesca floresta de Avkhass, os privodnaha não se expandiram muito nos últimos séculos. Apenas atualmente, contudo, que as relações deles com outras terras precisam ser forjadas, e lugares mais tolerantes (como Daguna, Pehelnaur ou Gavagai) já contam os privodnaha como moradores ou freqüentadores. A intolerante Tervat não permite que seres não-humanos adentrem ou vivam em seus domínios, um motivo simples para manter qualquer privodna afastado daquelas terras.

Nomes e sobrenomes
Nomes de privodnaha costumam ser seguidos de honoríficos ou epítetos ao invés de sobrenomes, e costumam servir para ambos os gêneros:

Tranam, Juvtis, Onegsar, Laret, Pobliu, Barkai, Ressip, Vnosha, Darimui, Menengar, Zulsar, Kevrim, Fagmoi, Gefet, Neemar.

Exemplos de aventureiros
  • O caçador: esse especialista na floresta consegue encontrar tudo de que precisa. Um olhar afiado para detalhes, uma intuição privilegiada e conhecimento de sobrevivência são as maiores virtudes do caçador. A comunidade prefere essa versatilidade ao que consideram um “desperdício” quando um guerreiro se especializa apenas nisso, na arte da guerra (tornando-se mais dependente dos outros quando se trata de seguir rastros ou sobreviver fora de seu habitat), e o caçador é bastante prestigiado.
  • A xamã: saber falar com os espíritos da natureza é uma bênção e uma maldição, e só as verdadeiros xamãs sabem suportar esse fardo. Tradicionalmente, são as privodnaha que detêm os conhecimentos da espiritualidade, e essa aventureira não é exceção. Buscando compreender o papel que sua floresta ancestral tem nesse mundo em plena transformação, essa sacerdotisa dos espíritos percorrerá outras regiões e tentará entrar em contato com uma realidade que desconhece.
  • O vingador: tentar conter a fúria da floresta não é do feitio desse guerreiro. Em sintonia com a natureza, ele aprendeu a canalizar seus piores sentimentos e direcioná-los a seus inimigos. Sejam eles forasteiros, kaamur ou fnugsata, o vingador não tem medo. Seu corpo ostenta as cicatrizes e troféus que recebeu em suas encarniçadas batalhas por Avkhass.

Características raciais dos privodnaha
  • Atributos: +2 Destreza, +2 Sabedoria.
  • Tamanho: médio.
  • Velocidade: 6 quadrados.
  • Perícias: +2 em Conhecimento (natureza).
  • Proficiências: arcos curtos e longos, facões.
  • Pele arbórea: a armadura natural de um privodna recebe +1.
  • Visão na penumbra: um privodna pode enxergar até três vezes mais longe que um humano sob a luz da lua, estrelas, tochas ou condições similares de iluminação precária. Ele mantém a habilidade de distinguir cores e detalhes nessas condições.
  • Resistências: +2 para resistir a envenenamento, doenças, efeitos de ação mental (feitiços, compulsões, fantasmas, padrões e efeitos morais) e efeitos de sono.
  • Sono leve: privodnaha dormem apenas 4 horas por noite, e nesse período podem se beneficiar do que seriam oito horas de sono para um humano.
  • Alimentação diferenciada: um privodna pode substituir a alimentação de um dia inteiro se passar uma hora sob o sol, mas ainda assim precisa consumir líquidos (contudo, menos da metade do que precisaria um ser humano).
  • Idiomas: privn’li.
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Re: [Raça] Privodnaha

Mensagempor Madrüga em 11 Dez 2010, 11:14

Devidamente atualizados e padronizados! :wub:
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Re: [Raça] Privodnaha

Mensagempor Blackbird em 11 Dez 2010, 12:00

Há um tempo o João desenvolveu um RPG de navegantes espaciais em conjunto com amigos, e uma das raças era a dos Pianta - que era mais ou menos isso, homens-planta. Fiz um pianta da vez que joguei, e os cabelos do meu pianta eram raízes (como fossem dreads); diversas características dele mudavam de acordo com a estação - cor de pele, cor das raizes, folhagem sobre as raízes, surgimento de flores, etc.

O que acha disso?
i am jack's complete lack of surprise.


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Re: [Raça] Privodnaha

Mensagempor Madrüga em 11 Dez 2010, 13:54

Achei LINDO e não tinha pensado nisso. Vou mudar, :wub:
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Re: [Raça] Privodnaha

Mensagempor Léderon em 11 Dez 2010, 15:11

Quando em contato com desconhecidos, os privodnaha são considerados apáticos, pois não manifestam muito interesse pelas vidas de outras pessoas.
Led é um privodna. XD

Eu já gostava deles antes. Padronizados ficaram ainda mais lindos. :haha:
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