[Reino] Kawi'ole

Projeto coletivo de criação de um cenário oriental para o sistema d20, bem como criação e alteração de regras para o mesmo.

Moderadores: Madrüga, Youkai X, Léderon, Moderadores

[Reino] Kawi'ole

Mensagempor Lanzi em 06 Fev 2008, 22:36

Sim, escrevi isso tudo hoje, numa sentada, e só representa 1/3 de toda a informação sobre esse reino. Qualquer dúvida, venham falar comigo. Eu inclui um número bem grande de raças devido a biodiversidade e imensidão dos domínios desse reino, mas vou me ocupar nelas nos próximos dias. Então, sem preocupações.

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Kawi'ole - Geografia e Principais Povoados

Descrição do Arquipélago: Kawi’ole é um gigantesco arquipélago que ocupa uma porção significativa do oceano ao leste do grande continente. Possui 1.200.000 km², sendo que a grande maioria é composta por água. Apesar desse avantajado território, na prática, o poder não se estende nem até a metade desse número, concentrando os domínios ao oeste, mais próximo do continente.

O arquipélago é constituído de mais de 20 mil ilhas, a maioria em condições extremamente selvagens e hostis à presença humana, com um número de espécies de animais e de vegetação desconhecidos até para os maiores navegadores kawwakes. A visão que o povo de Kawi’ole tem sobre o leste é, por esses motivos, nebulosa e aterrorizada. Os rumores dominam todo o conhecimento que eles têm sobre essa região, recheada de raças hostis, selvagens ou inteligentes, como os homens-lagarto que habitam a porção leste do arquipélago. Os povos aliados e neutros são os kokoalikatos, que povoam as ilhas do norte, os puakahos, que habitam as proximidades vulcânicas nos interiores das grandes ilhas e as pequenas ilhas ao sul, os papus, povo cogumelo que habita as florestas e os ahelanos, povo alfaiate que habita o interior da Ilha da Seda.

Apesar dessa cortina nebulosa que paira sobre o leste dessas ilhas, há, no entanto, rumores intensos de navegadores kawwakes que fizeram contato com civilizações avançadas e pacíficas, além dos domínios hostis que cobrem essa camada do arquipélago. O desafio seria ter de atravessar essas barreiras até atingir os povos desconhecidos do leste.

O oeste, verdadeiro domínio kawwake, é compreendido por um número menor de ilhas, mas de porções terrestres bem mais expressivas do que as do leste. Essas ilhas são relativamente próximas ao continente, embora o povo de Kawi’ole só viesse a tomar conhecimento da existência dos povos do continente com a chegada da caravana de Tenshi e logo após, de maneira mais consolidada, com a invasão por parte desse reino. Essa isolação acabou contribuindo para que o reino construísse cultura e religiões próprias, bem diferentes das do continente e sem qualquer relação. Apesar dessa barreira cultural entre o arquipélago e o continente, a cultura kawwake sempre contou com aspectos semelhantes com as culturas locais, mesmo de outras raças, até mesmo de raças hostis. Ainda que a invasão tenha durado um período relativamente expressivo, ela não serviu para que Tenshi se impusesse cultural e religiosamente, tanto é que as tradições não se perderam e apenas se fortaleceram depois dos invasores terem sido expulsos. Fortalecimento esse que serve hoje para difundir a cultura, religião e domínios kawwakes através de outras ilhas do arquipélago que ainda não fazem parte do domínio real de Kawi’ole.

As ilhas maiores, que fazem parte do domínio real do reino, são compostas de diversos povoados ribeirinhos e litorâneos. O interior das ilhas, apesar de povoado de maneira menos generosa, é hostil demais para abrigar humanos menos preparados, devido ao número abundante de vegetação traiçoeira e animais selvagens.

Há também uma intensa presença de atividade vulcânica. O próprio nome de Kawi’ole significa Vulcão Azul no idioma kawwake, devido ao maior vulcão do reino, situado na ilha capital de Kaulahana. Apesar de tudo, o vulcão se encontra adormecido há séculos, exceto pela recente erupção que culminou na vitória dos kawwakes contra os desmandos do domínio Tenshi.

Os interiores, quando não são recheados de florestas selvagens, densas e biodiversificadas, comportam belas planícies e rios constantes, de abundante vida, ou vulcões responsáveis pela desertificação da natureza local. Nas planícies peladas é mais fácil encontrar populações humanas, por motivos óbvios, apesar de não haver agricultura significativa devido à pobreza do solo.

A população kawwake é estimada em 90 mil.

Principais ilhas e principais povoados: as principais ilhas são facilmente encontradas ao oeste do arquipélago, devido a maior proporção terrestre em relação às outras ilhas menores, onde sequer há presença humana.

Ilha de Seda – onde se encontra os ahelanos, povo alfaiate. Apesar de haver outra raça inteligente, senão o kawwake, nessa ilha, a relação entre os dois povos é de absoluta harmonia. Com os ahelanos habitando o grande interior da ilha; protegido, e os kawwakes habitando as regiões litorâneas; protegendo. Nessa ilha não há atividade vulcânica. Povoados: Hanelane (15.000hab), Puayi’nahe (8.000hab).
Hanelane: capital dos tecidos. Por ser a maior cidade da ilha, é onde se concentra a maior atividade comercial, comandada pela intensa circulação dos tecidos ahelanos, de altíssima qualidade e valor no mercado. Devido essa construtiva circulação monetária, Hanelane é a cidade que mais cresce no reino devido ao fluxo progressivo de mercadores do continente, interessados em comercializar os tecidos. Apesar de gerar grande lucro para a cidade, que acaba investindo na infra-estrutura, cultura, e poderio militar local, o foco tem sido transferido da capital para cá, e isso não é visto com bons olhos pelo hano Iehawai. Devido essa concorrência direta com a capital do reino, o hano vem tomando medidas avançadas a nível comercial, e instituindo impostos pesados sobre o comércio local, o que vem gerando revolta entre os mercadores kawwakes e até mesmo entre os do continente. Nessa cidade se encontra a sede Liga Ahelane e os Peixes Pretos.
Puayi’nahe: ofuscada pelo brilho crescente de Hanelane, o pequeno povoado procura uma maneira de não se fadar ao esquecimento. Por isso os governantes locais vêm investindo na navegação objetivada a exploração das ilhas menores ao norte, a fim de encontrarem produtos comerciáveis, que concorram com o forte tecido ahelane, que, embora comercializado nessa cidade, busca ignorá-la e partir para portos de circulação maior. Nessa cidade se encontra a Guilda dos Navegadores do Sol.

Ilha de Kaulahana – a ilha capital. Comporta grande parte do poderio militar de Kawi’ole, assim como as maiores instituições do reino, desde guildas até organizações religiosas e comerciais. Apesar de ser a segunda maior ilha, é a que possui maior população, concentrada no litoral, embora haja focos populacionais no interior da ilha, abundantemente explorado devido à riqueza vegetal. Os maiores produtos de comercialização são a henekakke, madeira vulcânica, jóias encontradas no fundo dos rios, flores e cogumelos. Estes últimos, no entanto, são proibidos de serem comercializados devido a sua importância religiosa. Porém, a fim de acirrar a concorrência com o comércio de Hanelane, Iehawai vem enfrentando dúvidas sobre permitir ou não a extração e comércio do produto, que mesmo marginalizado, é amplamente trabalhado. Há a presença do grande Vulcão Azul, dado como adormecido há séculos, porém temido e adorado devido à recente erupção. Nas proximidades desse vulcão há focos de povoados puakahos, povo com o qual os kawwakes estabelecem uma relação de “servidão”, devido a sua importância religiosa nos sacrifícios humanos, que aumentaram significativamente desde a expulsão dos invasores tenshi. Há também, nas florestas que circulam o interior da ilha a presença de pequenos povoados papus, do povo cogumelo, que estabelece uma relação de comércio marginal com os kawwakes. Povoados: Kaulahana (18.000hab), Hakkewapa (13.000hab), Yhalene (6.000hab).
Kaulahana: é considerada por alguns como uma capital decadente, embora tenha a força de vontade crescente que contagia o povo kawwake desde a guerra contra Tenshi. É repleta de ornamentos, desde pagodes até belos monumentos religiosos e estruturas exóticas. Flores recheiam e embelezam a cidade, além de grandes palmeiras devidamente plantadas e cultivadas, metricamente nos cantos do povoado, até o palácio que, de tão belo, nem parece feito de bambu. Nessa cidade se encontra a Milícia Kawwake, o Porto Vespertino, a Catedral e a sede dos Seguidores do Deus Cogumelo – essa última marginalizada.
Hakkewapa: conhecida até no continente pela grande circulação de henekakke, e consequentemente pela forte exportação de armas militares, feitas da madeira vulcânica. A cidade foge dos costumes kawwakes, pois se encontra no interior da ilha e se parece com uma grande fortaleza civil, devido a expressiva presença militar. Não é a toa que aqui se encontra a sede do exército kawwake, já ao nível de instituição. Esse povoado surgiu como ponto de encontro entre os exploradores de henekakke até o litoral. Para facilitar o abastecimento e dinamizar o comércio, aqui se estabeleceu uma indústria bélica, ainda que feita de maneira quase artesanal. Nessa cidade, além de comportar o Exército de Kawi’ole, se encontram a Liga Henekakke e os Filhos dos Puakahos, devido a proximidade com os povoados puakahos.
Yhalene: a cidade só existe por ser o único porto, do extenso território de Kawi’ole, que é voltado para o leste. A estranheza desse fato tem servido de sorte ou revés para esse pequeno povoado. Foi aqui onde se sucedeu o assassinato da comitiva de Tenshi e foi por aqui que esse reino começou a sua invasão, além de ser justamente nesse povoado que houve a batalha que culminou na vitória de Kawi’ole. Por esses motivos, é uma cidade por onde passam a maioria das caravanas comerciais que buscam os povoados maiores da ilha. Esse tráfego tem rendido certo lucro para a cidade, que tenta aprimorar a hospitalidade de seus moradores, macambúzia devido sua frustração com a invasão Tenshi, que serviu para fomentar uma xenofobia geral. É também uma cidade de grande diversidade cultural, por esses motivos, mesmo que passageiros, e por isso ainda sofre grande influência estrangeira. Nessa cidade se situam os Cadeados de Kawi’ole.

Ilha Portal - essa ilha faz jus ao nome, pois é a última grande ilha entre o leste e o oeste de Kawi’ole. Devido essa proximidade com as áreas hostis do reino, ela tem sofrido diversos ataques de todos os povos inimigos dos kawwakes, desde os clãs dos homens-lagarto do leste, até mesmo dos kakkeidos, que são kawwakes que se converteram a uma espécie de magia negra. Essa freqüente guerra tem sido motivo de recebimento de tropas de diversas ilhas kawwakes. Por isso se encontra num estado de fortificação de defesas, embora os ataques pareçam não ter fim e serem aprimorados a cada vez que os kawwakes enviam mais soldados. A ilha possui no interior alguns povoados puakahos, sempre alheios aos conflitos, assim como cidades papus nas florestas grandes do interior. A presença de papus aqui é bem maior que na ilha de Kaulahana, apesar de aqui de menor comércio devido a hostilidade do terreno. Povoados: Forte Kakehe (4.000hab), Akka (2.500hab).
Forte Kakehe: forte litorâneo construído para resistir aos ataques incisivos e constantes das raças hostis. As vitórias e derrotas oscilam em níveis infelizes e o forte recebe cada vez mais soldados kawwakes. Esse forte se situa no extremo leste da ponta da Ilha Portal, atravessando a planície e os vulcões interioranos. Aqui se encontra a Coalizão Kawwake.
Akka: se Forte Kakehe se encontra no extremo leste da ilha, esse povoado se encontra no extremo oeste, e por isso sofre menos com os ataques dos povos do leste. Essa pequena cidade é notável pela forte influência dos puakahos nas decisões governamentais, coisa nunca vista em nenhuma outra parte do reino. A servidão kawwake a esse povo é ainda maior aqui e toda a cultura é voltada para eles. É também nessa pequena cidade que ocorre o maior número de sacrifícios devotos aos puakahos. Para não influenciar no número de habitantes do povoado, eles procuram sacrificar criaturas capturadas em combate no leste. Apesar dos Filhos dos Puakahos ser situado em Hakkewapa, aqui também há uma sociedade irmã, os Vulcânicos, seita conhecida por ser muito mais radical que sua irmã na intenção de espalhar o domínio puakaho pelo arquipélago.

OBS: a relação de kawwakes com gabbus – proteção por jóias respectivamente – acontece em todas as ilhas onde há presença das duas raças.
Editado pela última vez por Lanzi em 11 Abr 2008, 14:53, em um total de 3 vezes.
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Mensagempor Youkai X em 07 Fev 2008, 00:59

E enfim Kawi'ole retorna com grande estilo para o Cenário Oriental!

Agora o cenário do arquipélago se revela mais detalhado e complexo do que da outra vez, com outras raças além da humana. Mas bem que você vai precisar detalhar mais essas outras raças, que espero já estarem nos 2/3 restantes de informações. Então já tem rumores de povos mais ao leste, das pseudo-Américas? É algo a ser visto com cuidado e deixado mais para o futuro, mas enfim foi o primeiro a já citar tais elementos (já tive essa idéia para os Haçmaşut, um dos povos não-humanos do Norte, mas acabei ainda nem escrevendo sobre eles, que são no fim das contas da mesma espécie que os Haruum, mas de etnia e cultura bem distintas dos homens-iaque de Gerav)

Bem, hora de se pensar mais sobre a pseudo-polinésia que já começou a se formar no cenário.
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Mensagempor Lanzi em 08 Fev 2008, 00:56

Kawi’ole – Fauna e Flora

Natureza: o arquipélago ocupa uma monstruosa região no oceano, no entanto, predomina nessas ilhas o clima tropical, sem qualquer exceção. Os dias são quentes e o sol reina soberanamente no topo do céu. Também, devido às enormes porções de água, chove muito, ao longo do ano todo, em chuvas leves, mas constantes.

As selvas nos interiores das ilhas são densas, de abundante vida animal e variedade na vegetação, desde cipós avantajados até epífitas gigantescas. Se é que podemos dizer algo sobre a vegetação de Kawi’ole, é que aqui não foram poupados esforços. Além da beleza natural incontestável e biodiversidade, a vida, em todas as suas formas, se revela de incomensurável gigantismo. A altura média das árvores é de 70 metros.

Essa biodiversidade é aproveitada comercialmente em Kawi’ole. Os cogumelos alucinógenos e tidos por alguns como revelações da manifestação divina são cultivados pelos papus - povo cogumelo - e comercializados marginalmente devido seu valor religioso para o povo kawwake. No entanto, não são todos os cogumelos que são capazes de provocar efeitos alucinógenos. Alguns são venenosos e têm esse veneno usado militarmente e comercializado, os outros, comestíveis, também são aproveitados comercialmente e explorados de maneira criminosa para atender aos interesses continentais. Além de cogumelos, nas florestas também há uma grande variedade de flores coloridas, que servem desde a interesses medicinais, militares – veneno pode ser extraído de algumas flores - ou artesanais, servindo de adorno e enfeite em várias situações. Devido o seu tamanho e beleza, esse produto é decisivamente explorado e valioso no mercado. A madeira vulcânica, henekakke, encontrada no interior das ilhas vulcânicas, também é explorada e comercializada, conhecida no continente pela sua resistência e uso na produção de armas. Os tecidos do povo alfaiate não podem ser contados como produtos naturais, pois passam pela manufatura desse próprio povo até atingirem o mercado. Embora toda essa riqueza natural seja presente, o solo nessa região é bem pobre, dificultando a agricultura. Fato estranho é que apesar da pobreza do solo, arenoso e úmido, há uma grande quantidade de jóias no leito dos rios. Isso acontece pelo povo Gabbu – nome dado por eles a eles mesmos – que são exímios fabricadores de pérolas e jóias, habitantes do interior das cavernas, submersas ou à beira da superfície. No entanto, devido ao freqüente movimento nos rios, essas pérolas tendem a serem soterradas quando perdidas pelos gabbus. As jóias são extremamente valiosas e comerciáveis, dada a relação entre os kawwakes e os gabbus. Contam também que há uma espécie de animal equivalente a esse, mas que vive em terra, nas florestas ou vulcões, no entanto, nem mesmo os mais vividos e viajados kawwakes tomaram nota de sua existência.

Apesar da densa e constante vegetação, há atividade vulcânica em grande parte das ilhas. Mesmo que alguns vulcões tenham adormecidos e gerado em seus seios grandes florestas, outros se encontram ativos. Ao redor desses ativos não há manifestação de grandes vegetações, apenas planícies que cobrem grandes interiores das ilhas. Nas proximidades desses vulcões há uma espécie humanóide chamada Puakaho, que participa de cultos religiosos kawwakes e tem forte influência cultural sobre eles, de maneira soberana.

Os vulcões, apesar de nocivos a qualquer ser humano, são devidamente adorados por aqui e possuem forte apelo religioso. Sacrifícios humanos tomam parte desse culto ao deus do fogo, e devido essa proximidade entre religião e vulcões, estes últimos acabam fazendo parte definitivamente da cultura kawwake, sendo retratados em pinturas, artesanatos e até em símbolos e cantos de guerra. Em ilhas de intensa atividade vulcânica, a população kawwake, obviamente, tende a ser muito reduzida.

O solo do arquipélago é muito pobre e de difícil cultivo. Também há poucos metais na região. As únicas jóias são fabricadas pelos gabbus, e quando perdidas, encontram-se soterradas nos rios. Quando não, são dadas aos kawwakes em troca de proteção, assim como é feito com os ahelanos.

As cavernas são outro aspecto interessante do ambiente. São muitas, espalhadas por todo o arquipélago, submersas, incrustadas em vulcões adormecidos, ou escondidas na mata densa. Em todas as ocasiões os perigos são muitos, seja por animais desconhecidos e grandiosos, ou por insetos de veneno letal, ou pela hostilidade natural de suas arquiteturas. Em cavernas próximas à água ou até mesmo submersas, os gabbus podem servir para protegerem os aventureiros que se arriscarem por lá.


Perigos: os aventureiros devem ser cautelosos ao se aventurarem por ilhas desconhecidas ou até mesmo nos interiores menos povoados:

Florestas: as florestas representam um nível de perigo inimaginável. Palmeiras gigantescas peneiram a luz solar e epífitas multicoloridas formam verdadeiras muralhas intransponíveis de flores. A mata é relativamente densa, mas ainda é possível adentrá-la se os aventureiros tomarem os devidos cuidados. Há vários guias kawwakes nas cidades que funcionam como auxílio para esses aventureiros dispostos a explorarem as florestas ao interior das ilhas, que ainda permanecem desconhecidas em sua totalidade devido a hostilidade do terreno. Além das árvores possuírem tamanhos exagerados por aqui, os animais também possuem, por isso não é raro encontrar mosquitos do tamanho da palma da mão ou formigueiros de dois metros de altura. Apesar das riquezas naturais serem altamente comercializáveis - flores, cogumelos, madeira – e possuírem alto valor no mercado, a floresta funciona quase como um ser consciente ao proteger esses componentes. Por isso não é raro ver diversas espécies hostis aos seres humanos se relacionando de maneira harmônica no interior das selvas. Devido a densidade da mata e hostilidade do terreno, muito dos interiores das ilhas permanece inexplorado e guardando segredos benignos ou malignos.
Animais de Florestas: dado o tamanho exagerado das diversas formas de vida, e pelas tais florestas comportarem um número abundante de vida animal, constrói-se um terreno e região completamente adversos aos seres humanos. Cupins de tamanhos grotescos penduram-se no topo das árvores, assim como formigueiros formam enormes galerias. Insetos altamente venenosos espreitam camuflados no verde vivo e ardente da mata. Enxames de mosquitos funcionam quase como um organismo único, o que não seria problema se os mosquitos não fossem do tamanho de uma mão adulta e não chupassem o sangue instalando-se no pescoço das vítimas. Sanguessugas do tamanho de braços bóiam tranquilamente na superfície dos mangues e disputam espaço com caranguejos coloridos do tamanho de troncos humanos. Apesar de essa descrição representar levianamente toda a natureza florestal do arquipélago, é fácil ter noção do por que dos kawwakes construírem suas vilas em regiões litorâneas.

Rios, lagos e mares: a água é abundante aqui como seria em qualquer outro arquipélago. Infelizmente, o número de raças hostis também é abundante. Apesar dos perigos, não é só disso que vivem as águas do arquipélago. No fundo dos rios repousam jóias valiosíssimas e nos mares jazem os navios naufragados de Tenshi, que zarpavam para o continente com grandes baús de tesouro, além de uma quantidade diversa de ruínas misteriosas que repousam na profundidade dos oceanos, ao que parece indicar uma antiga civilização poderosa que sofreu um cataclismo que culminou na sua extinção. As ruínas parecem ter serem abrigo de uma raça bem desenvolvida tecnologicamente, cujos vestígios são artifícios e itens com propósitos desconhecidos, mas cobiçados por estudiosos e exploradores do continente.
Animais de Rios: o navegador determinado em explorar não só a profundidade dos rios, lagos ou mares, como também a superfície, deverá tomar cuidados essenciais, pois a síndrome de tamanhos exagerados continua no ambiente aquático. Por isso não é raro encontrar-se com piranhas de tamanho descomunal roendo a madeira das embarcações – a madeira henekakke é usada também para construir embarcações e por isso não sofre como a madeira comum sofreria. Cardumes colossais de peixes carnívoros também são algo a ser evitado. Quanto mais profundo, maior o tamanho do animal, por isso aqueles que estiverem dispostos a explorarem ruínas perdidas na profundeza dos mares deverão contar com um bom número de aventureiros e especialistas, pois não gostariam dar de cara com serpentes marinhas de 20 metros ou famílias de baleias assassinas gigantescas. O que acontece nas florestas se repete aqui também, pois a natureza se revela como barreira para o desenvolvimento humano. A hostilidade do ambiente não permite que o povo kawwake avance na exploração do local. Mas, pelo alto número de perigos, tanto nas florestas como nos mares, a natureza tem servido para criar um povo forte e resistente, determinado e disposto a lutar pela sobrevivência, que se revela muito difícil nesse arquipélago tão selvagem.

Nota: aqui não foram citados os homens-lagarto, pois, mesmo habitando as porções ao leste e, ainda assim, fazendo parte do ambiente do arquipélago, não se pode dizer que eles fazem parte da fauna local, pois são uma raça inteligente. Apresentá-lo como animal selvagem, semelhante a um tigre ou ave, seria o mesmo que fazer isso a um ser humano, pois ambos – homem comum e homem-lagarto – vivem em sociedades, em espaços que mantêm determinada distância da natureza, ainda que relacionando-se inteiramente com ela.
Editado pela última vez por Lanzi em 11 Abr 2008, 14:49, em um total de 2 vezes.
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Mensagempor Lanzi em 14 Fev 2008, 14:13

Dei uma editada inserindo as novas informações.

Preciso de alguém que manje de aves pra escrever sobre elas pra mim. Esses animais merecem um capítulo especial. Quem puder, entre em contato comigo pelo msn.
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Mensagempor Lanzi em 11 Abr 2008, 14:28

Acabei de dar outra editada. Inseri informações sobre cavernas e metais, e coloquei um povo novo, habitantes de cavernas aquáticas, que fabricam pérolas e mantêm relações comerciais com o kawwakes.

Além de alguém pra escrever o capítulo sobre aves - que acho que vai ser o Youkai. Preciso de alguém pra remanejar os parágrafos, condensar informações, porque tá muito confuso, bagunçado e extenso, com várias informações repetidas. Preciso de alguém pra fazer isso.
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Mensagempor Madrüga em 13 Abr 2008, 14:48

Revisão, edição e embelecamento de texto pode deixar comigo. Fá-lo-ei breve.
Cigano, a palavra é FLUFF. FLUFF. Repita comigo. FLUFF

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